Estudos

Início Estudos

Substratos para orquídeas – Fibra de coco

4
Substratos (2) - Fibra de coco

Pois bem. Falamos do xaxim há alguns dias e percebi que muitos ainda o utilizam, gostam, mas sabem que um dia a fonte secará. Para estes, a fibra de coco pode ser a solução.

Todos com quem conversei que o utilizam tem o xaxim há tempos, estocado. Imagino que seja assim mesmo, afinal, onde conseguiríamos comprá-lo? E quando digo comprá-lo, estou falando de uma forma lícita, pois sei que os mesmos mateiros que vendem orquídeas do mato também vendem o xaxim. Tudo vai da consciência de cada um.

A fibra de coco é um substrato considerado por muitos como o substituto do xaxim. Por este motivo, resolvi falar dele antes de comentar os que eu realmente utilizo. Ué, mas eu não utilizo fibra de coco? Não. Por que? Porque não gosto.

Vamos aos fatos. Segundo o Wikipedia, a fibra de coco, também chamada Coir, provém do coqueiro comum (cocus nucifera). É a única fibra de fruta que é usada em quantidade digna de ser mencionada. O coqueiro é plantado na Índia desde a antiguidade. Lá ele é chamado de “Árvore do Bem-Estar” ou “Árvore do Céu”. Desde 1840 o plantio é feito em grande escala. O coco fornece um sem-número de artigos importantes (…). Do mesocarpo obtém-se a fibra. (…) Atualmente, a Índia é líder mundial na comercialização desse produto, com 1,02 bilhão de toneladas de fibra produzidas por ano. (…) No Brasil, a produção é ainda incipiente, com cerca de 40 milhões de toneladas de fibra produzidas anualmente. Os coqueiros vêm crescendo no estado de São Paulo, tomando espaço da laranja e do café nas regiões de São José do Rio Preto, Marília e Garça.

Bacana. De certa forma, é uma reciclagem. Antes, fibra era um item jogado no lixo. Agora, fabricamos vasos e outros artigos com esta fibra.

Bom, se você utiliza fibra para suas orquídeas e gosta, ótimo. Você se adaptou bem à fibra e as técnicas de plantio nela. Eu confesso que aqui realmente não rolou. Entre um vaso de cerâmica e um de fibra, fico com o de cerâmica. Entre um substrato com fibra e outro qualquer, bom, eu acho que existem coisas melhores.

Mas há pessoas que gostam. No blog Minhas Orquídeas, a autora cita que gosta bastante. Mas comenta que, para o sucesso do cultivo, é necessário utilizar material de boa qualidade. De nada adianta utilizar um material de fibra mal fabricado. Provavelmente ele vai se desfazer e/ou machucar suas plantas, principalmente as raízes. Particularmente, eu confesso que este é um grande problema: material de boa qualidade. Voltando ao porque eu não gosto da fibra, acredito que é muito devido à maneira que os vasos e palitos são fabricados. Primeiramente não gosto daquela coisa aglomerada que utiliza muitas vezes cola tóxica para ser construída. Depois, todos que eu tive se desfizeram/apodreceram muito rapidamente. A mesma coisa com a fibra isolada, como substrato.

Mas devo salientar: é a minha opinião. Eu optei por não usar, mas se você gosta e usa, ótimo. Todos temos que encontrar uma forma de cultivo que gostamos e facilita nossa vida.

Cultivo

Para o cultivo em fibra, é importante lavá-la bem com água de torneira. Depois deixe-a de molho por uma hora em uma solução de água sanitária (1/3 de copo para 8 litros de água – balde). Depois, enxaguar em água limpa. Isso ajuda a eliminar o excesso de substâncias tóxicas (tanino) e matar fungos e bactérias. É importante também colocar o substrato, com a planta, vaso, tudo junto, em um balde com água de torneira por 15 minutos. Assim serão eliminados os excessos de sais que podem queimar as raízes. É uma simulação do que acontece nas florestas, quando cai uma chuva torrencial.

Apresentação

Coco desfibrado: feito a partir de cocos que sobram da comercialização da água e são vendidos em estado rústico. Tem a vantagem de conter macro e micro nutrientes importantes para o crescimento e desenvolvimento da planta. É importante ter cuidado com o tanino presente na fibra (vide tratamento acima). Por outro lado, não retém muito adubo e é carente de nitrogênio. Não é recomendado para regiões frias e úmidas porque retém muita água e as raízes podem apodrecer.

Fibra de coco prensada: produto industrializado feito a partir do coco desfibrado. Pode ser encontrado em forma de vasos, pequenos cubos, bastões, placas ou fibras. Possui a vantagem de conservar a acidez em um nível bom para a absorção de nutrientes. Além disto, é muito absorvente, sendo ideal para regiões mais secas e quentes. Da mesma forma que o desfibrado, não retém muito adubo e é carente de nitrogênio. Ao absorver a água, aumenta um pouco de tamanho e se expande. Ao secar, volta ao seu volume original. Não é recomendado para regiões frias e úmidas porque retém muita água e as raízes podem apodrecer.

Lembre-se que o excesso de tanino pode queimar as raízes.

Referências

  • wikipedia.org
  • minhasorquideas.wordpress.com
  • aorquidea.com.br

Abraços!

Etimologia, pronúncia e nomenclatura das orquídeas (1)

0
Etimologia, pronúncia e nomenclatura das orquídeas (1)
Etimologia, pronúncia e nomenclatura das orquídeas (1)

Muitas dúvidas pairam sobre quem está iniciando no hobby sobre como nomear corretamente sua planta. Não é uma tarefa fácil nem difícil, apenas necessita de um pouco de dedicação para que os conceitos e a fonética sejam entendidos corretamente. A pronúncia é difícil no começo, mas nada que o treino não resolva.

Bom, antes de mais nada é importante salientar a importância da correta identificação de uma planta. De nada adianta você ter uma coleção sem identificação alguma. Você provavelmente acabará adquirindo plantas repetidas ou trocando plantas que não são aquilo que a contra parte da negociação está esperando. Outra coisa boa de possuir uma planta corretamente identificada é poder difundir sua imagem com a nomenclatura correta. Não é raro encontrar imagens na internet, principalmente nos milhões de grupos desunidos que temos, com nomes que não correspondem às plantas fotografadas. Considero isto pior do que postar um planta sem o nome, pois acaba induzindo ao erro daquele que busca a informação e o aprendizado.

Eu mesmo devo ter plantas classificadas com erro. Infelizmente, a maioria de nós não possui um botânico ao nosso lado capaz de classificar corretamente todas as plantas que possuímos. Quando recorremos à livros, algumas vezes não encontramos a espécie a qual buscamos o nome. Quando caímos na internet, com seus fóruns e grupos, corremos o risco de ter a planta classificada incorretamente, pois podemos fornecer uma imagem que não seja a melhor para classificar uma planta ou a pessoa do outro lado interprete aquela imagem de outra forma. Enfim, erros acontecem e sempre vão acontecer.

De qualquer forma, o importante é organizar da melhor forma as plantas que você possui, certo?

Já mostrei aqui como eu organizo minhas plantas com o auxílio da rotuladora. Fora isto, tenho uma planilha com todas as plantas que possuo catalogadas com informações básicas como nome, número, tipo de vaso, tipo de substrato, origem, data de origem e mês de florada em todos os anos. É hora de entendermos como escrever corretamente o nome de uma determinada planta.

<h3<Etimologia

De acordo com as regras de nomenclatura botânica, o nome da família deve ser escrito em latim, ou seja, Orchidaceae, derivado do grego Orchis. O termo Orchis significa testículos e foi usado pela primeira vez por Theophrastus (372~287 a.C.), filósofo grego, discípulo de Aristóteles. Theophrastus comparou as raízes tuberosas de algumas orquídeas mediterrâneas com os testículos humanos. Por este motivo, desde a
Idade Média, propriedades afrodisíacas são atribuídas às orquídeas.

Latim? Bom, há um motivo para tal: padronização. Os nomes das orquídeas (e muitas outras coisas) são dados em latim ou grego clássico por serem línguas mortas. Desta forma, serão iguais em todo o mundo e nenhuma língua viva irá prevalecer sobre ela.

Pronúncia

Isto gera alguns problema na hora da pronúncia. Eu mesmo vivo falando errado, passando a maior vergonha na frente das pessoas que entendem melhor este assunto. Alguns exemplos:

  • O encontro de vogais ae pronuncia-se e – exemplo: Laelia -> Lélia;
  • O encontro de vogais oe pronuncia-se e – exemplo: Coelogyne -> Celogine;
  • O encontro de consoantes ch pronuncia-se k – exemplo: pulchelum -> pulkelum;
  • O encontro da consoante e vogal ti pronuncia-se ci, exceto quando precedido de s, t ou x – exemplos: Constantina -> Constancia, Neofinetia -> Neofinecia, Bletia -> Blecia, Comparettia -> Comparettia, Pabstia -> Pabistia.

Algumas regras básicas

Consoantes

– A letra x tem sempre o som cs:

xánthina -> csántina;
chrysotóxum -> chrysotócsum.

– O conjunto ch tem som de k:

chocoénsis -> kocoénsis;
Dichaea -> Dia;
Dendrochílum -> Dendrokílum.

– O conjunto ti, quando seguida de vogal, soa como ci:

Binotia -> Binócia;
Blétia -> Blécia;
martiána -> marciána.

Porém, se precedida de s, x ou t, soa mesmo como ti:

Comparéttia -> Comparettia.

– O ph soa como f:

Phragmipédium -> Fragmipédium;
Phymatídium -> Fimatídium.

Ditongos

ae e oe soam como e:

Laelia -> Lélia;
triánae -> triáne;
Coeloglóssum -> Celoglóssum;
Aeónia -> Eónia.

– Quando a e e não formam ditongos devem ser pronunciados distintamente. Neste caso deve-se colocar um trema sobre o e.

rángis, ránthes, rides.

Acentuação do latim

No latim, apenas a penúltima e a antepenúltima sílabas levam acentuação tônica, ou seja, palavras paroxítonas e proparoxítonas.

anceps -> ánceps;
Colax -> Cólax.

Localizando a sílabatônica em palavras com mais de duas sílabas

A que serve de base para localizar a tônica é sempre a penúltima:

  • Se a vogal dessa sílaba for seguida de x ou z ou de duas consoantes duplas (ll, tt) ou de duas simples (nt, sc, …), a tônica será nesta mesma sílaba. Exemplos: Bulbophýllum , Polyrhízia, chysotóxum, Scaphyglóttis, colóssus, rufescéns, flavéscens, pubéscens, nigréscens, albéscens, e outros terminados em scens.
  • Se na penúltima houver ditongo: ae -> e, oe -> e, au, eu, e, ei, oi, ui, a tônica estará também nesta sílaba, por exemplo: Promenaea -> Promenéa; Dichæa -> Dikéa, amoenum -> aménum;
  • Se a vogal da penúltima sílaba for seguida de outra vogal (da última sílaba), o acento tônico estará na antepenúltima, por exemplo: Stanhópea -> Stan-hó-pe-a; Blétia -> Blé-ti-a -> Blécia; Loddigésii -> Lod-di-gé-si-i; Neomóre -> Ne-o-mó-re-a; Cymbídium -> Cym-bí-di-um;
  • O i pode influenciar na acentuação quando estiver na penúltima sílaba. Exemplo: longipes deverá pronunciar como proparoxítona -> lóngipes. Nos compostos de color o acento deverá estar na antepenúltima. Exemplos: bícolor, díscolor, trícolor unícolor, cóncolor.
  • O sufixo inus das palavras latinas deverão ser pronunciadas como paroxítona. Exemplos: matutína, velutína, tigrínum, lilacínus. Nas palavras derivadas do grego deverão ser pronunciadas como proparoxítonas. Exemplos: cinnabárina, xánthina, tyriánthina.

Na continuação deste artigo falarei sobre a etimologia dos nomes das espécies das orquídeas, assim como sua nomenclatura botânica.

Referências

  • Questões práticas de nomenclaturas de Orquidáceas, José Gonzales Rapozo
  • Dicionário etmológico das orquídeas do Brasil, José Gonzales Rapozo
  • A etimologia a serviço dos orquidófilos, José Gonzales Rapozo
  • www.damianus.bmd.br/CursoLabiata

A morfologia das orquídeas

2

Nas últimas semanas publiquei uma série de artigos sobre a morfologia das orquídeas, mostrando toda complexidade e beleza desta família. O objetivo foi, além de servir como aprendizado pessoal, aglutinar informações relevantes para a consulta de todos, das mais variadas fontes, pois acredito que quanto mais conhecemos nossas plantas, melhor podemos cuidar delas.

Sempre friso que este conhecimento é importante e posso usar meu próprio exemplo. Quando comecei na orquidofilia, o mais importante para mim era o “ter”. A primeira coisa que aprendi foi que mais importante que a quantidade era a qualidade. Lembro que escrevi algumas linhas sobre isto, que você pode ler clicando aqui. Quando comecei a focar mais na qualidade, percebi que isto sem conhecimento era inútil, pois suas características variam de espécie para espécie, tornando o cultivo um ato de estudo, conhecimento, tempo e amor.

As família Orchidaceae constitue um dos maiores e mais diversos agrupamentos de angiospermas, com cerca de 24000 espécies conhecidas. Notável por sua diversificada morfologia floral e vegetativa, é constituída de cinco subfamílias: Apostasioideae, Cypripedioideae, Vanilloideae, Vanilloideae e Epidendroideae. Nesta última, inclusive, está o esteriótipo que conhecemos quando começamos a falar de orquídeas: grandes flores e pseudobulbos, além de ser a mais numerosa.

Entre todas as características distintivas da família Orchidaceae, muito poucas são compartilhadas por todas as espécies, devido ao fato destas encontrarem-se em diferentes estágios evolucionários. Alguns grupos divergiram do grupo principal nos primeiros estágios evolutivos da família, enquanto outros permaneceram constantes por muito tempo. No entanto, há características comuns à quase todas as orquídeas: a presença da coluna, estrutura originada pela fusão de seus órgãos sexuais masculinos e femininos; grãos de pólen agrupados em estruturas cartilaginosas chamadas polínias; sementes muito pequenas, quase sem nutrientes, formada por agrupamentos com poucas células, as quais somente germinam através da simbiose com micorriza; flores de simetria lateral, não radial, constituídas por seis segmentos; raízes cobertas por estrutura esponjosa chamada velame.

Capazes de se adaptarem aos mais variados ambientes, podem ser terrestres, epífitas, litófitas, psamófitas, saprófitas ou raramente aquáticas. Apresentam crescimento contínuo ou sazonal, simpodial ou monopodial, agrupado ou espaçado, ascendente ou pendente, aéreo ou subterrâneo.

Enfim, para ler mais sobre a morfologia das orquídeas, oriente-se pelos links abaixo:

Referência

  • webbee.org.br

Abraços!

Substratos para orquídeas – qual o melhor?

6
Substratos (7) – Resumão e considerações finais

É importante conhecer os fatores que influenciam o substrato a ser escolhido. Antes de mais nada, a planta. Se ela necessita de mais ou menos água ou aeração é primordial para saber que material usar no substrato. Outro fator é o clima na região onde ela estará plantada. Orquídeas que precisam de umidade, porém, estão em um lugar quente e seco, necessitam de um substrato que retenha mais umidade. O inverso também é valido, portanto, cuidado! Não existe mais cultivo de orquídea sem organização e preparo. Você tem que estudar e entender tudo que envolve a planta, inclusive as técnicas para proporcionar a ela a melhor ambientação possível.

Aí vem a questão: qual é o melhor substrato de todos? Vamos tentar responder esta questão no final deste artigo.

Principais propriedades de um bom substrato

Tenha em mente que um bom substrato deverá:

– Reter bem os nutrientes depois de cada adubação para liberá-lo aos poucos;
– Ser facilmente encontrado no mercado;
– Não possuir substâncias que sejam tóxicas para a planta;
– Sustentar a planta com firmeza;
– Permitir uma boa aeração para raízes;
– Reter água na quantidade ideal, sem encharcar;
– Manter o pH equilibrado;
– Durar de 2 a 3 anos, pelo menos.

E existe um substrato com todas estas características? Não. Por isto misturamos alguns elementos para chegarmos perto do substrato ideal.

Também é necessário lembrar que para utilizar um substrato são necessários alguns cuidados, como lavá-lo e esterilizá-lo (escrevi sobre isto no post sobre madeiras e afins). Também é importante realizar o que alguns chamam de “water flush”, ou seja, lavar o substrato periodicamente. Colocar o vaso embaixo de uma torneira por alguns minutos ou mergulhá-lo em um balde com água por algum tempo fará com que o substrato elimine o excesso de sais que poderiam prejudicar as raízes. Aliás, a segunda opção também fará com que pequenos animais saiam do substrato, afinal, eles precisam respirar. Por fim, adubação. Nenhum substrato é capaz de liberar tantos nutrientes quanto a planta necessita. O complemento com o adubo se torna extremamente necessário.

Novamente vem a questão: qual o melhor substrato? Calma…

Primeiro, assistam este vídeo e já voltamos ao assunto.

Agora, leiam (se ainda não leram) a minha série de artigos sobre substratos:

Substratos para orquídeas – Xaxim e sua proibição
Substratos para orquídeas – Fibra de coco
Substratos para orquídeas – Sphagnum, esfagno, musgo
Substratos para orquídeas – Cascas, lascas, troncos e madeiras em geral
Substratos para orquídeas – Materiais inertes
Substratos para orquídeas – Mix, misturas e afins

Então, depois de tudo isto, a que conclusão eu chego? Qual o melhor substrato?

Eu diria que o melhor substrato é o natural. Como assim? Ué, o melhor substrato do mundo é aquele onde a orquídea nativa está. Eu explico: quando sua semente saiu da cápsula, ao vento, procurando um lugar para iniciar um novo ciclo de vida, o lugar que ela parou e conseguiu germinar pode ser considerado um excelente substrato. Veja o empenho orquidófilos do mundo inteiro para fazer um punhado de sementes brotarem em um pequeno frasco de vidro. A natureza, sábia como só ela, consegue fazer isto naturalmente.

Preciso dizer mais? Ok, posso colocar toda a questão de outra forma: o melhor substrato para mim? Nenhum. E todos. Tudo ao mesmo tempo. Tudo dependerá de você.

Sim, tudo dependerá do tempo que você dedicará ao estudo, ao cultivo, à observação, enfim, ao aperfeiçoamento. Só assim você se tornará um excelente orquidófilo e terá plantas saudáveis, floridas e bem cuidadas.

Afinal, não é isto que buscamos?

Abraços!

Listagem de Híbridos Intergenéricos

8

A maioria das espécies de orquídeas é capaz de cruzar com as espécies próximas e produzir híbridos férteis. Estes híbridos ainda podem ser cruzados com outras espécies e produzir novas gerações de híbridos férteis. Mesmo a maioria dos gêneros próximos pode cruzar produzindo descendentes férteis. Há inumeráveis híbridos entre espécies, e milhares mesmo entre gêneros. Há híbridos obtidos através do cruzamento de várias gerações de híbridos de quatro ou mais gêneros distintos. Este é o segredo dos orquidários comerciais, que podem misturar suas espécies e obter uma combinação quase infinita de novas formas e cores para nosso deleite.

Os híbridos também ocorrem naturalmente, sem a intervenção humana. É possível que várias espécies classificadas pelos botânicos hoje sejam, na verdade, híbridos naturais há muito estabelecidos na natureza.

Afim de elucidar um pouco aqueles que buscam informação na hora da compra de uma planta, querendo saber sua procedência não só comercial como também biológica, eis uma listagem de híbridos, suas siglas e seu parentesco mais próximo. Lembro que na definição do nome de uma orquídea, quando de cruzamentos entre plantas diferentes, seja espécies e/ou híbridos, o nome que será dado a progênie deverá ser escrito colocando o primeiro nome da espécie/hibrido da planta-mãe, ou seja, da planta que recebeu as políneas e teve seu ovário fecundado. O segundo nome
O segundo nome refere-se à espécie/híbrido da planta-pai, ou seja, a planta que doou as políneas.

Gênero híbrido Abreviatura Pais
Acinbreea Acba Acineta x Embreea
Adacidium Adcm Ada x Oncidium
Adaglossum Adgm Ada x Odontoglossum
Adioda Ado Ada x Cochlioda
Aerasconetia Aescta Aerides x Ascocentrum x Neofinetia
Aeridachnis Aerdns Aerides x Arachnis
Aeridisia Aersa Aerides x Luisia
Aeriditis Aerdts Aerides x Doritis
Aeridocentrum Aerctm Aerides x Ascocentrum
Aeridochilus Aerchs Aerides x Sarcochilus
Aeridofinetia Aerf Aerides x Neofinetia
Aeridoglossum Aergm Aerides x Ascoglossum
Aeridoglottis Aegts Aerides x Trichoglottis
Aeridovanda Aerdv Aerides x Vanda
Aeridovanisia Aervsa Aerides x Luisia x Vanda
Aitkenara Aitk Otostylis x Zygopetalum x Zygosepalum
Alangreatwoodara Agwa Colax x Promenaea x A
Alexanderara Alxra Brassia x Cochlioda x Odontoglossum x Oncidium
Aliceara Alcra Brassia x Miltonia x Oncidium
Allenara Alna Cattleya x Diacrium x Epidendrum x Laelia
Alphonsoara Alph Arachnis x Ascocentrum x Vanda x Vandopsis
Andrewara Andw Arachnis x Renanthera x Trichoglotis x Vanda
Angraecentrum Angctm Angraecum x Ascocentrum
Angraecostylis Angsts Angraecum x Rhynchostylis
Angraecyrtanthes Ancyth Aeranthes x Angraecum x Cyrtorchis
Angraeorchis Angchs Angraecum x Cyrtorchis
Angrangis Angchs Aerangis x Angraecum
Angranthellea Angtla Aeranthes x Angraecum x Jumellea
Angranthes Angth Aeranthes x Angraecum
Angreoniella Angnla Angraecum x Oeoniella
Angulocaste Angcst Anguloa x Lycaste
Anoectomaria Anctma Anoectochilus x Haemaria
Ansieium Asdm Ansellia x Cymbidium
Aracampe Arcp Arachnis x Acampe
Arachnoglossum Arngm Arachnis x Ascoglossum
Arachnoglottis Arngl Arachnis x Trichoglottis
Arachnopsis Arnps Arachnis x Phalaenopsis
Arachnostyllis Arnst Arachnis x Rhynchostylis
Aranda Aranda Arachnis x Vanda
Aranthera Arnth Arachnis x Renanthera
Arizara Ariz Cattleya x Domingoa x Epidendrum
Ascandopsis Asctm Ascocentrum x Vandopsis
Ascocenda Ascda Ascocentrum x Vanda
Ascocleinetia Ascln Ascocentrum x Cleisocentron x Neofinetia
Ascofinetia Ascf Ascocentrum x Neofinetia
Ascogastisia Agsta Ascocentrum x Gastrochilus x Luisia
Ascoglottis Asgts Ascocentrum x Trichoglottis
Asconopsis Ascps Ascocentrum x Phalaenopsis
Ascorachnis Ascns Ascocentrum x Arachnis
Ascovandoritis Asvts Ascocentrum x Doritis x Vanda
Aspasium Aspsm Aspasia x Oncidium
Aspodia Asid Aspasia x Cochlioda
Aspodonia Aspd Aspasia x Miltonia x Odontoglossum
Aspoglossum Aspgm Aspasia x Odontoglossum
Ayubara Ayb Aerides x Arachnis x Ascoglossum
Bakerara Bak Brassia x Miltonia x Oncidium
Baldwinara Bdwna Aspasia x Cochlioda x Odontoglossum x Oncidium
Banfieldara Bnfd Ada x Brassia x Odontoglossum
Barangis Brgs Aerangis x Barombia
Baptirettia Btta Baptistonia x Comparettia
Barbosaara Bbra Cochlioda x Gomesa x Odontoglossum x Oncidium
Bardendrum Bard Barkeria x Epidendrum
Barkonitis Bknts Barkeria x Sophronitis
Bateostylis Btst Batemannia x Otostylis
Baumannara Bmnra Comparettia x Odontoglossum x Oncidium
Beallara Bllra Brassia x Cochlioda x Miltonia x Odontoglossum
Beardara Bdra Ascocentrum x Doritis x Phalaenopsis
Bifrenidium Bifdm Bifrenaria x Oncidium
Bifreniella Bifla Bifrenaria x Rudolfiella
Bishopara Bish Broughtonia x Cattleya x Sophronitis
Blackara Blkr Aspasia x Cochlioda x Miltonia
Bloomara Blma Broughtonia x Laeliopsis x Tetramicra
Bokchoonara Bkch Arachnis x Ascocentrum x Phalaenopsis x Vanda
Bollopetalum Blptm Bollea x Zigopetalum
Bovomara Bov Arachnis x Ascocentrum x Rhynchostylis x Vanda
Bradeara Brade Comparettia x Gomesa x Rodriguezia
Brapasia Brap Aspasia x Brassia
Brassada Brsa Ada x Brassia
Brassidium Brsdm Brassia x Oncidium
Brassioda Broda Brassia x Cochlioda
Brassocattleya Bc Brassavola x Cattleya
Brassochilus Brchs Brassia x Leochilus
Brassodiacrium Bdia Brassavola x Diacrium
Brassoepidendrum Bepi Brassavola x Epidendrum
Brassoepilaelia Bpl Brassavola x Epidendrum x Laelia
Brassokeria Brsk Barkeria x Brassavola
Brassolaelia Bl Brassavola x Laelia
Brassolaeliocattleya Blc Brassavola x Cattleya x Laelia
Brassophronitis Bnts Brassavola x Sophronitis
Brassotonia Bstna Brassavola x Broughtonia
Brilliandeara Brlda Aspasia x Brassia x Cochlioda x Miltonia x Odontoglossum x Oncidium
Brownara Bwna Broughtonia x Cattleya x Diacrium
Brummittara Brum Comparettia x Odontoglossum x Rodriguezia
Buiara Bui Broughtonia x Cattleya x Epidendrum x Laelia x Sophronitis
Burkhardtara Bktra Leochilus x Odontoglossum x Oncidium x Rd
Burkillara Burk Aerides x Arachnis x Vanda
Burrageara Burr Odontioda x Miltonia x Odontoglossum x Oncidium
Caloarethusa Clts Arethusa x Calopogon
Campbellara Cmpba Odontoglossum x Oncidium x Rodriguezia
Carpenterara Cptra Baptistonia x Odontoglossum x Oncidium
Carterara Ctra Aerides x Renanthera x Vandopsis
Casoara Csr Brassavola x Broughtonia x Laeliopsis
Catamodes Ctmds Catasetum x Mormodes
Catanoches Ctnchs Catasetum x Cycnoches
Catasandra Ctsda Catasetum x Galeandra
Cattkeria Cka Barkeria x Cattleya
Cattleyopsisgoa Ctps Cattleyopsis x Domingoa
Cattleyopsistonia Ctpsta Broughtonia x Cattleyopsis
Cattleytonia Ctna Broughtonia x Cattleya
Cattotes Ctts Cattleya x Leptotes
Charlerworthara Cha Cochlioda x Miltonia x Oncidium
Charliera Charl Rhynchostylis x Vanda x Vandopsis
Chewara Chew Aerides x Renanthera x Rhynchostylis
Chilocentrum Chctm Ascocentrum x Chiloschista
Chondrobollea Chdb Bollea x Chondrorhyncha
Christiera Chtra Aerides x Ascocentrum x Vanda
Chuanyenara Chnya Arachnis x Renanthera x Rhynchostylis
Cirrhophyllum Crphm Bulbophyllum x Cirrhopetalum
Cischostalix Cstx Cischweinfia x Sigmatostalix
Cleisocalpa Clclp Cleisocentron x Pomatocalpa
Cleisodes Clsd Aerides x Cleisocentron
Cleisofinetia Clfta Cleisocentron x Neofinetia
Cleisonopsis Clnps Cleisocentron x Phalaenopsis
Cleisopera Clspa Cleisostoma x Micropera
Cleisoquetia Clq Cleisocentron x Robiquetia
Clesostylis Clsty Cleisocentron x Rhynchostylis
Cleisothera Cltha Cleisostoma x Pelatantheria
Cochella Chla Cochleanthes x Mendoncella
Cochlecaste Cccst Cochleanthes x Lycaste
Cochlenia Cclna Cochleanthes x Stenia
Cochleottia Colta Cochleanthes x Galeottia
Cochlepetalum Ccptm Cochleanthes x Zygopetalum
Colaste Cste Colax x Lycaste
Colmanara Colm Miltonia x Odontoglossum x Oncidium
Conphronitis Conph Constancia x Sophronitis
Cookara Cook Broughtonia x Cattleya x Diacrium x Laelia
Coryhopea Crhpa Coryanthes x Stanhopea
Crawwhayara Craw Aspasia x Brassia x Miltonia x Oncidium
Cycnodes Cycd Cycnoches x Mormodes
Cymphiella Cymph Cymbidium x Eulophiella
Cyrtellia Cyrtl Ansiellia x Cyrtopodium
Darwinara Dar Ascocentrum x Neofinetia x Rhynchostylis x Vanda
Debruyneara Dbra Ascocentrum x Luisia x Vanda
Degarmoara Dgmra Brassia x Miltonia x Odontoglossum
Dekensara Dek Brassavola x Cattleya x Schomburgkia
Dendroberia Denga Dendrobium x Flickingeria
Devereuxara Dvra Ascocentrum x Phalaenopsis x Vanda
Diabroughtonia Diab Broughtonia x Diacrium
Diacattleya Diaca Cattleya x Diacrium
Diakeria Dkra Barkeria x Diacrium
Dialaelia Dial Diacrium x Laelia
Dialaeliocattleya Dialc Cattleya x Diacrium x Laelia
Dialaeliopsis Dialps Diacrium x Laeliopsis
Diaphanangis Dpgs Aerangis x Diaphananthe
Dieselara Dsla Laelia x Schomburgkia x Sophronitis
Dillonara Dill Epidendrum x Laelia x Schomburgkia
Diplonopsis Dpnps Diploprora x Phalaenopsis
Domindesmia Ddma Domingoa x Hexadesmia
Domintonia Dmtna Broughtonia x Domingoa
Dominyara Dmya Ascocentrum x Luisia x Neofinetia xRhynchostylis
Domliopsis Dmlps Domingoa x Laeliopsis
Doncollinara Dclna Cochlioda x Odontoglossum x Rodriguezia
Dorandopsis Ddps Doritis x Vandopsis
Doricentrum Dctm Ascocentrum x Doritis
Doriella Drlla Doritis x Kingiella
Doriellaopsis Dllps Doritis x Kingiella x Phalaenopsis
Dorifinetia Dfta Doritis x Neofinetia
Doriglossum Drgm Ascoglossum x Doritis
Doristylis Dst Doritis x Rhynchostylis
Doritaenopsis Dtps Doritis x Phalaenopsis
Dorthera Dtha Doritis x Renanthera
Dossinimaria Dsma Dossinia x Haemaria
Downsara Dwsa Aganisia x Batemannia x Otostylis x Zygosepalum
Dracuvallia Drvla Dracula x Masdevallia
Dresslerara Dres Ascoglossum x Phalaenopsis x Renanthera
Duggerara Dugg Ada x Brassia x Miltonia
Dunnara Dnna Broughtonia x Cattleyopsis x Domingoa
Dunningara Dngra Aspasia x Miltonia x Oncidium
Durutyara Dtya Batemannia x Otostylis x Zygopetalum x Zygosepalum
Eastonara Eas Ascocentrum x Gastrochilus x Vanda
Edeara Edr Arachnis x Phalaenopsis x Renanthera x Vandopsis
Epibarkiella Epbkl Barkeria x Epidendrum x Nageliella
Epibrassonitis Epbns Brassavola x Epidendrum x Sophronitis
Epicatonia Eoctn Broughtonia x Cattleya x Epidendrum
Epicattleya Epc Cattleya x Epidendrum
Epidella Epdla Epidendrum x Nageliella
Epidiacrium Epdcm Diacrium x Epidendrum
Epiglottis Epgl Epidendrum x Scaphyglottis
Epigoa Epg Domingoa x Epidendrum
Epilaelia Epl Epidendrum x Laelia
Epilaeliocattleya Eplc Cattleya x Epidendrum x Laelia
Epilaeliopsis Eplps Epidendrum x Laeliopsis
Epiopsis Eps Cattleyopsis x Epidendrum
Epiphronitis Ephs Epidendrum x Sophronitis
Epistoma Epstm Ambostoma x Epidendrum
Epitonia Eptn Broughtonia x Epidendrum
Ernestara Entra Phalaenopsis x Renanthera x Vandopsis
Eryidium Erdm Erycina x Oncidium
Eulocymbidiella Eucmla Cymbidiella x Eulophiella
Euryangis Eugs Aerangis x Eurychone
Eurygraecum Eugcm Angraecum x Eurychone
Eurynopsis Eunps Eurychone x Phalaenopsis
Freedara Frda Ascoglossum x Renanthera x Vandopsis
Fergusonara Ferg Brassavola x Cattleya x Laelia x Schomburgkia x Sophronitis
Fialaara Fia Broughtonia x Cattleya x Laelia x Laeliopsis
Forgetara Fgtra Aspasia x Brassia x Miltonia
Fujioara Fjo Ascocentrum x Trichoglottis x Vanda
Fujiwarara Fjw Brassavola x Cattleya x Laeliopsis
Galeansellia Gslla Ansellia x Galeandra
Galeopetalum Gptm Galeottia x Zygopetalum
Galeosepalum Glspm Galeottia x Zygosepalum
Gastisia Gsta Gastrochillus x Luisia
Gastisocalpa Gscpa Gastrochilus x Luisia x Pomatocalpa
Gastritis Gtts Doritis x Gastrochilus
Gastrochiloglottis Gchgl Gastrochilus x Trichoglottis
Gastrosarcochilus Gsarco Gastrochilus x Sarcochilus
Gastrothera Gsrth Gastrochilus x Renanthera
Gauntlettara Gtra Broughtonia x Cattleyopsis x Laeliopsis
Georgeblackara Gbka Comparettia x Leochilus x Oncidium x Rodriguezia
Goffara Gfa Luisia x Rhynchostylis x Vanda
Gohartia Ghta Gomesa x Lockhartia
Gomada Gmda Ada x Gomesa
Gomettia Gmtta Comparettia x Gomesa
Gomochilus Gnch Gomesa x Leochilus
Goodaleara Gdlra Brassia x Cochlioda x Miltonia x Odontoglossum x Oncidium
Gottererara Gott Ascocentrum x Renanthera x Vandopsis
Grammatocymbidium Grcym Cymbidium x Grammatophyllum
Grammatopodium Grtp Cyrtopodium x Grammatophyllum
Graphiella Grpla Cymbidiella x Graphorkis
Hagerara Hgra Doritis x Phalaenopsis x Vanda
Hamelwellsara Hmwsa Aganisia x Batemannia x Otostylis x Zygopetalum x Zygosepalum
Hanesara Han Aerides x Arachnis x Neofinetia
Hartara Hart Broughtonia x Laelia x Sophronitis
Hasegawaara Hasgw Brassavola x Broughtonia x Cattleya x Laelia x Sophronitis
Hattoriara Hatt Brassavola x Broughtonia x Cattleya x Epidendrum x Laelia
Hausermannara Haus Doritis x Phalaenopsis x Vandopsis
Hawaiiara Haw Renanthera x Vanda x Vandopsis
Hawkesara Hwkra Cattleya x Cattleyopsis x Epidendrum
Hawkinsara Hknsa Broughtonia x Cattleya x Laelia x Sophronitis
Helpilia Hpla Helcia x Trichopilia
Herbertara Hbtr Cattleya x Laelia x Schomburgkia x Sophronitis
Higashiara Hgsh Cattleya x Diacrium x Laelia x Sophronitis
Hildaara Hdra Broughtonia x Laeliopsis x Schomburgkia
Himoriara Hmra Ascocentrum x Phalaenopsis x Rhynchostylis x Vanda
Holttumara Holtt Arachnis x Renanthera x Vanda
Hookerara Hook Brassavola x Cattleya x Diacrium
Howeara Hwra Leochilus x Oncidium x Rodriguezia
Hueylihara Hylra Neofinetia x Renanthera x Rhynchostylis
Hugofreedara Hgfda Ascocentrum x Doritis x Kingiella
Hummelara Humm Barkeria x Brassavola x Epidendrum
Huntleanthes Hnths Cochleanthes x Huntleya
Ionettia Intta Comparettia x Ionopsis
Irvingara Irv Arachnis x Renanthera x Trichoglottis
Isaoara Isr Aerides x Ascocentrum x Phalaenopsis x Vanda
Iwanagara Iwan Brassavola x Cattleya x Diacrium x Laelia
Izumiara Izma Cattleya x Epidendrum x Laelia x Schomburgkia x Sophronitis
Jewllara Jwa Broughtonia x Cattleya x Epidendrum x Laelia
Jimenezara Jmzra Broughtonia x Laelia x Laeliopsis
Joannara Jnna Renanthera x Rhynchostylis x Vanda
Johnkellyara Jkl Brassia x Leochilus x Oncidium x Rodriguezia
Johnyeeara Jya Brassavola x Cattleya x Epidendrum x Laelia x Schomburgkia x Sophronitisÿÿÿÿ
Jumanthes Jmth Aeranthes x Jumellea
Kagawara Kgw Ascocentrum x Renanthera x Vanda
Kanzerara Kza Chondrorhyncha x Promenaea x Zygopetalum
Kawamotoara Kwmta Brassavola x Cattleya x Domingoa x Epidendrum x Laelia
Keferanthes Kefth Cochleanthes x Kefersteinia
Leptokeria Lptka Barkeria x Leptotes
Laeptolaelia Lptl Laelia x Leptotes
Leptovola Lptv Brassavola x Leptotes
Leslieara Lesl Broughtonia x Cattleyopsis x Diacrium x Epidendrum
Lewisara Lwsra Aerides x Arachnis x Ascocentrum x Vanda
Liaopsis Liaps Laelia x Laeliopsis
Lichtara Licht Doritis x Gastrochilus x Phalaenopsis
Liebmanara Lieb Aspasia x Cochlioda x Oncidium
Limara Lim Arachnis x Renanthera x Vandopsis
Liaponia Lpna Broughtonia x Laeliopsis
Lockcidium Lkcdm Lockhartia x Oncidium
Lockochilettia Lkctta Comparettia x Leochilus x Lockhartia
Lockochilus Lkchs Leochilus x Lockhartia
Lockogochilus Lkgch Gomesa x Leochilus x Lockhartia
Lockopilia Lckp Lockhartia x Trichopilia
Lockostalix Lkstx Lockhartia x Sigmatostalix
Lowara Low Brassavola x Laelia x Sophronitis
Lowsonara Lwnra Aerides x Ascocentrum x Rhynchostylis
Luascotia Lscta Ascocentrum x Luisia x Neofinetia
Luicentrum Lctm Ascocentrum x Luisia
Luichilus Luic Luisia x Sarcochilus
Luinetia Lnta Luisia x Neofinetia
Luinopsis Lnps Luisia x Phalaenopsis
Luisanda Lsnd Luisia x Vanda
Luisistylis Lst Luisia x Rhynchostylis
Luivanetia Lvta Luisia x Neofinetia x Vanda
Lutherara Luth Phalaenopsis x Renanthera x Rhynchostylis
Lycasteria Lystr Bifrenaria x Lycaste
Lymanara Lynra Aerides x Arachnis x Renanthera
Lyonara Lyon Cattleya x Laelia x Sophronitis
Maccoyara Mcyra Aerides x Vanda x Vandopsis
Macekara Maka Arachnis x Phalaenopsis x Renanthera x Vanda x Vandopsis
Maclellanara Mclna Brassia x Odontoglossum x Oncidium
Maclemoreara Mclmra Brassavola x Laelia x Schomburgkia
Macomaria Mcmr Haemaria x Macodes
Macradesa Mcdsa Gomesa x Macradenia
Mailamaiara Mai Cattleya x Diacrium x Laelia x Schomburgkia
Masonara Msna Aganisia x Batemannia x Colax x Otostylis x Promenaea x Zygosepalum
Matsudaara Msda Barkeria x Cattleya x Laelia x Sophronitis
Maymoirara Mymra Cattleya x Epidendrum x Laeliopsis
Maxillacaste Mxcst Lycaste x Maxillaria
Maxilobium Mxlb Maxillaria x Xylobium
Mendosepalum Mdspl Mendoncella x Zygosepalum
Micholitzara Mchza Aerides x Ascocentrum x Neofinetia x Vanda
Milpasia Mpsa Aspasia x Miltonia
Milpilia Mpla Miltonia x Trichopilia
Miltada Mtad Ada x Miltonia
Miltadium Mtadm Ada x Miltonia x Oncidium
Miltassia Mtssa Brassia x Miltonia
Miltistonia Mtst Baptistonia x Miltonia
Miltonidium Mtdm Miltonia x Oncidium
Miltonioda Mtda Cochlioda x Miltonia
Mizutara Miz Cattleya x Diacrium x Schomburgkia
Moirara Moir Phalaenopsis x Renanthera x Vanda
Mokara Mkra Arachnis x Ascocentrum x Vanda
Monnierara Monn Catasetum x Cycboches x Mormodes
Moorara Mnra Aerides x Ascocentrum x Neofinetia x Rhynchostylis
Moscosoara Mscra Broughtonia x Epidendrum x Laeliopsis
Nakagawaara Nkgwa Aerides x Doritis x Phalaenopsis
Nakamotoara Nak Ascocentrum x Neofinetia x Vanda
Nashara Nash Broughtonia x Cattleyopsis xÿ
Naugleara Naug Ascocentrum x Ascoglossum x Renanthera
Neoaeristylis Nrst Aerides x Neofinetia x Rhynchostylis
Neobatopus Nbps Cryptopus x Neobathiea
Neoglossum Neogm Ascoglossum x Neofinetia
Neograecum Ngrcm Angraecum x Neofinetia
Neostylis Neost Neofinetia x Rhynchostylis
Ngara Ngara Arachnis x Ascoglossum x Renanthera
Nobleara Nlra Aerides x Renanthera x Vanda
Nonaara Non Aerides x Ascoglossum x Renanthera
Normahamamotoara Nhmta Aerides x Rhynchostylis x Vandopsis
Northenara Nrna Cattleya x Epidendrum x Laelia x Schomburgkia
Norwoodara Nwda Brassia x Miltonia x Oncidium x Rodriguezia
Notylettia Ntlta Comparettia x Notylia
Notylidium Ntldm Notylia x Oncidium
Notylopsis Ntlps Ionopsis x Notylia
Odontioda Oda Cochlioda x Odontoglossum
Odontobrassia Odbrs Brassia x Odontoglossum
Odontocidium Odcdm Odontoglossum x Oncidium
Odontonia Odtna Miltonia x Odontoglossum
Odontopilia Odpla Odontoglossum x Trichopilia
Odontorettia Odrta Comparettia x Odontoglossum
Okaara Oks Ascocentrum x Renanthera x Rhynchostylis x Vanda
Oncidenia Oncna Macradenia x Oncidium
Oncidesa Oncsa Gomesa x Oncidium
Oncidettia Onctta Comparettia x Oncidium
Oncidiella Onclla Oncidium x Rodrigueziella
Oncidioda Oncda Cochlioda x Oncidium
Oncidpilia Oncpa Oncidium x Trichopilia
Onoara Onra Ascocentrum x Renanthera x Vanda x Vandopsis
Opsisanda Opsis Vanda x Vandopsis
Opsiscattleya Opsct Cattleya x Cattleyopsis
Opsistylis Opst Rhynchostylis x Vandopsis
Orchiserapias Orsps Orchis x Serapias
Ornithocidium Orncm Oncidium x Ornithophora
Osmentara Osmt Broughtonia x Cattleya x Laeliopsis
Otaara Otr Brassavola x Broughtonia x Cattleya x Laelia
Otocolax Otcx Colax x Otostylis
Otonisia Otnsa Aganisia x Otostylis
Otosepalum Otspm Otostylis x Zygosepalum
Owensara Owsr Doritis x Phalaenopsis x Renanthera
Pageara Pga Ascocentrum x Luisia x Rhynchostylis x Vanda
Palermoara Pal Ada x Comparettia x Gomesa
Palmerara Plmra Batemannia x Otostylis x Zygosepalum
Pantapaara Pntp Ascoglossum x Renanthera x Vanda
Parachilus Prcls Parasarcochilus x Sarcochilus
Parnataara Parn Aerides x Arachnis x Phalaenopsis
Paulara Plra Ascocentrum x Doritis x Phalaenopsis x Renanthera x Vanda
Paulsenara Plsra Aerides x Arachnis x Trichoglottis
Pehara Peh Aerides x Arachnis x Vanda x Vandopsis
Pelacentrum Plctm Ascocentrum x Pelatantheria
Pelachilus Pelcs Gastrochilus x Pelatantheria
Pelastylis Pelst Pelatantheria x Rhynchostylis
Pelatoritis Pltrs Doritis x Pelatantheria
Perreiraara Prra Aerides x Rhynchostylis x Vanda
Pescatobollea Psbol Bollea x Pescatorea
Pescawarrea Psw Pescatorea x Warrea
Pescoranthes Psnth Cochleanthes x Pescatorea
Pettitara Pett Ada x Brassia x Oncidium
Phaiocalanthe Pheal Calanthe x Phaius
Phaiocymbidium Phcym Cymbidium x Phaius
Phalaerianda Phda Aerides x Phalaenopsis x Vanda
Phalandopsis Phdps Phalaenopsis x Vandopsis
Phalanetia Phnta Neofinetia x Phalaenopsis
Phaliella Phlla Kingiella x Phalaenopsis
Phragmipaphium Phrphm Paphiopedilum x Phragmipedium
Phillipsara Phill Cochleanthes x Stenia x Zygopetalum
Plectochilus Plchs Plectorrhiza x Sarcochilus
Plectrelgraecum Plgcm Angraecum x Plectrelminthus
Pomacentrum Pmctm Ascocentrum x Pomatocalpa
Pomatisia Pmtsa Luisia x Pomatocalpa
Porterara Pal Rhyncostylis x Sacochilus x Vanda
Potinara Pot Brassavola x Cattleya x Laelia x Sophronitis
Prolax Prx Colax x Promenaea
Propetalum Pptm Promenaea x Zygopetalum
Raganara Rgn Renanthera x Trichoglottis x Vanda
Ramasamyara Rmsya Arachnis x Rhynchostylis x Vanda
Recchara Recc Brassavola x Cattleya x Laelia x Schomburgkia
Renades Rnds Aerides x Renanthera
Renafinanda Rfnda Neofinetia x Renanthera x Vanda
Renaglottis Rngl Renanthera x Trichoglottis
Renancentrum Rnctm Ascocentrum x Renanthera
Renanda Rnnd Arachnis x Renanthera x Vanda
Renanetia Rnet Neofinetia x Renanthera
Renanopsis Rnps Renanthera x Vandopsis
Renanstylis Rnts Renanthera x Rhynchostylis
Renantanda Rntda Renanthera x Vanda
Renanthoglossum Rngm Ascoglossum x Renanthera
Renanthopsis Rnthps Phalaenopsis x Renanthera
Rhinochilus Rhincs Rhinerrhiza x Sarcochilus
Rhynchocentrum Rhctm Ascocentrum x Rhynchostylis
Rhynchonopsis Rhnps Phalaenopsis x Rhynchostylis
Rhynchorides Rhrds Aerides x Rhynchostylis
Rhynchovanda Rhv Rhynchostylis x Vanda
Rhyndoropsis Rhdps Doritis x Phalaenopsis x Rhynchostylis
Richardmizutaara Rcnza Ascocentrum x Phalaenopsis x Vandopsis
Richardsonara Rchna Aspasia x Odontoglossum x Oncidium
Ridleyara Ridl Arachnis x Trichoglottis x Vanda
Robifinetia Rbf Neofinetia x Robiquetia
Robinara Rbnra Aerides x Ascocentrum x Renanthera x Vanda
Rodrassia Rdssa Brassia x Rodriguezia
Rodrettia Rdtta Comparettia x Rodriguezia
Rodrettiopsis Rdtps Comparettia x Ionopsis x Rodriguezia
Rodrichilus Rdchs Leochilus x Rodriguezia
Rodricidium Rdcm Oncidium x Rodriguezia
Rodridenia Rden Macradenia x Rodriguezia
Rodriglossum Rdgm Odontoglossum x Rodriguezia
Rodriopsis Rodps Ionopsis x Rodriguezia
Rodritonia Rdtna Miltonia x Rodriguezia
Rolfeara Rolf Brassavola x Cattleya x Sophronitis
Ronnyara Rnya Aerides x Ascocentrum x Rhynchostylis x Vanda
Rosakirschara Rskra Ascocentrum x Neofinetia x Renanthera
Roseara Rsra Doritis x Kingiella x Phalaenopsis x Renanthera
Rothara Roth Brassavola x Cattleya x Epidendrum x Laelia x Sophronitis
Rotorara Rtra Bollea x Cochleanthes x Kefersteinia
Rumrillara Rlla Ascocentrum x Neofinetia x Rhynchostylis
Sagarikara Sgka Aerides x Arachnis x Rhynchostylis
Sanderara Sand Brassia x Cochlioda x Odontoglossum
Sanjumeara Sjma Aerides x Neofinetia x Rhynchostylis x Vanda
Sappanara Sapp Arachnis x Phalaenopsis x Renanthera
Sarcocentrum Srctm Ascocentrum x Sarcochilus
Sarcomoanthus Sran Sarcochilus x Drymoanthus
Sarconopsis Srnps Phalaenopsis x Sarcochilus
Sarcorhiza Srza Rhinerrhiza x Sarcochilus
Sarcothera Srth Renanthera x Sarcochilus
Sarcovanda Srv Sarcochilus x Vanda
Saridestylis Srdts Aerides x Rhynchostylis x Sarcanthus
Sartylis Srts Rhynchostylis x Sarcochilus
Sauledaara Sdra Aspasia x Brassia x Cochlioda x Miltonia x Rodriguezia
Schafferara Schfa Aspasia x Brassia x Cochlioda x Miltonia x Odontoglossum
Schombavola Smbv Brassavola x Schomburgkia
Schombocatonia Smbcna Broughtonia x Cattleya x Schomburgkia
Schombocattleya Smbc Cattleya x Schomburgkia
Schombodiacrium Smbdcm Diacrium x Schomburgkia
Schomboepidendrum Smbep Epidendrum x Schomburgkia
Schombolaelia Smbl Laelia x Schomburgkia
Schombonia Smbna Broughtonia x Schomburgkia
Schombonitis Smbts Schomburgkia x Sophronitis
Scottara Sctt Aerides x Arachnis x Luisia
Scullyara Scu Cattleya x Epidendrum x Schomburgkia
Seahexa Sxa Hexasdemia x Hexisea
Severinara Sev Diacrium x Laelia x Sophronitis
Shigeuraara Shgra Ascocentrum x Ascoglossum x Renanthera x Vanda
Shipmanara Shipm Broughtonia x Diacrium x Schomburgkia
Shiveara Shva Aspasia x Brassia x Odontoglossum x Oncidium
Sidranara Sidr Ascocentrum x Phalaenopsis x Renanthera
Sigmacidium Sgdm Oncidium x Sigmatostalix
Silpaprasertara Silpa Aerides x Ascocentrum x Sarcanthus
Sladeara Slad Doritis x Phalaenopsis x Sarcochilus
Sobennigraecum Sbgcm Angraecum x Sobennikoffia
Sophrocattleya Sc Cattleya x Sophronitis
Sophrolaelia Sl Laelia x Sophronitis
Sophrolaeliocattleya Slc Cattleya x Laelia x Sophronitis
Staalara Staal Barkeria x Laelia x Sophronitis
Stacyara Stac Cattleya x Epidendrum x Sophronitis
Stamariaara Stmra Ascocentrum x Phalaenopsis x Renanthera x Vanda
Stanfieldara Sfdra Epidendrum x Laelia x Sophronitis
Stangora Stga Gongora x Stanhopea
Stanhocycnis Stncn Polycycnis x Stanhopea
Stellamizutaara Stlma Broughtonia x Cattleya x Brassavola
Stewartara Stwt Ada x Cochlioda x Odontoglossum
Sutingara Sut Arachnis x Ascocentrum x Phalaenopsis x Vanda x Vandopsis
Teohara Thra Arachnis x Renanthera x Vanda x Vandopsis
Tetracattleya Ttct Cattleya x Tetramicra
Tetradiacrium Ttdm Diacrium x Tetramicra
Tetrakeria Ttka Barkeria x Tetramicra
Tetraliopsis Ttps Laeliopsis x Tetramicra
Tetratonia Tttna Broughtonia x Tetramicra
Thesaera Thsra Aerangis x Aeranthes
Thompsonara Thmpa Catasetum x Cymbidium x Grammatophylum
Trautara Trta Doritis x Luisia x Phalaenopsis
Trevorara Trev Arachnis x Phalaenopsis x Vanda
Trichocidium Trcdm Oncidium x Trichocentrum
Trichonopsis Trnps Phalaenopsis x Trichoglottis
Trichopsis Trcps Trichoglottis x Vandopsis
Trichostylis Trst Rhynchostylis x Trichoglottis
Trichovanda Trcv Trichoglottis x Vanda
Trigolyca Trgca Mormolyca x Trigonidium
Trisuloara Tsla Barkeria x Brassavola x Cattleya x Epidendrum x Laelia x Sophronitis
Tubaecum Tbcm Angraecum x Tuberolabium
Tuckerara Tuck Cattleya x Diacrium x Epidendrum
Turabowara Tbwa Barkeria x Broughtonia x Cattleya
Uptonara Upta Phalaenopsis x Rhynchostylis x Sarcochilus
Vanalstyneara Vnsta Miltonia x Odontoglossum x Oncidium x Rodriguezia
Vancampe Vcp Acampe x Vanda
Vandachnis Vchns Arachnis x Vandopsis
Vandaenopsis Vdnps Phalaenopsis x Vanda
Vandaeranthes Vths Aeranthes x Vanda
Vandewegheara Vwga Ascocentrum x Doritis x Phalaenopsis x Vanda
Vandofinetia Vf Neofinetia x Vanda
Vandofinides Vfds Aerides x Neofinetia x Vanda
Vandopsides Vdpsd Aerides x Vandopsis
Vandoritis Vdts Doritis x Vanda
Vanglossum Vgm Ascoglossum x Vanda
Vascostylis Vasco Ascocentrum x Rhynchostylis x Vanda
Vaughnara Vnra Brassavola x Cattleya x Epidendrum
Vejvarutara Vja Broughtonia x Cattleya x Cattleyopsis
Vuylstekeara Vuyl Cochlioda x Miltonia x Odontoglossum
Warneara Wnra Comparetia x Oncidium x Rodriguezia
Westara Wsta Brassavola x Broughtonia x Cattleya x Laelia x Schomburgkia
Wilburchangara Wbchg Broughtonia x Cattleya x Epidendrum x Schomburgkia
Wilkinsara Wknsra Ascocentrum x Vanda x Vandopsis
Wilsonara Wils Cochlioda x Odontoglossum x Oncidium
Wingfieldara Wgfa Aspasia x Brassia x Odontoglossum
Withnerara With Aspasia x Miltonia x Odontoglossum x Oncidium
Wooara Woo Brassavola x Broughtonia x Epidendrum
Yahiroara Yhra Brassavola x Cattleya x Epidendrum x Laelia x Schomburgkia
Yamadara Yam Brassavola x Cattleya x Epidendrum x Laelia
Yapara Yap Phalaenopsis x Rhynchostylis x Vanda
Yeepengara Ypga Aerides x Phalaenopsis x Rhynchostylis x Vanda
Yoneoara Ynra Renanthera x Rhynchostylis x Vandopsis
Yonezawaara Yzwr Neofinetia x Rhynchostylis x Vanda
Yusofara Ysfra Arachnis x Ascocentrum x Renanthera x Vanda
Zygobatemannia Zbm Batemannia x Zygopetalum
Zygocaste Zcst Lycaste x Zypopetalum
Zygocella Zcla Mendoncella x Zygopetalum
Zygocolax Zcx Colax x Zygopetalum
Zygodisanthus Zdsnth Paradisanthus x Zygopetalum
Zygolum Zglm Zygopetalum x Zygosepalum
Zygoneria Zga Neogardneria x Zygopetalum
Zygonisia Zns Aganisia x Zygopetalum
Zygorhyncha Zcha Chondrorhyncha x Zygopetalum
Zygostylis Zsts Otostylis x Zygopetalum
Zygotorea Zgt Pescatorea x Zygopetalum
Zygowarrea Zwr Warrea x Zygopetalum

Referências

  • microplanta.com
  • wikipedia.org

Abraços!

Morfologia: as flores das orquídeas

2

Eis o motivo pelo qual todos nós cultivamos orquídeas: suas flores! Alguns podem até discordar, dizendo que a planta importa tanto quanto sua flor, mas eu sou categórico em dizer que, salvo raras excessões em que o vegetal é tão lindo quanto a flor, cultivamos orquídeas para apreciar suas belas flores. E, diga-se de passagem, este não é um trabalho fácil, seja para a planta, seja para o orquidófilo. O tempo que uma orquídea pode levar para gerar uma flor pode ser bem longo, como pode ser visto no meu artigo “O longo caminho entre a semente e a flor da orquídea“.

A natureza, sábia, já pensa um pouco diferente de nós. Se cultivamos as orquídeas pela beleza de suas flores, as orquídeas as geram com a finalidade de perpetuar a espécie, gerando descendentes. Este processo, de alta complexidade, demanda esforço e energia, exigindo muito mais da planta e, por isto, devemos entender todo este processo e dar a devida atenção à ele.

A família das orquídeas é uma das que apresenta o maior espectro de variação floral. Geralmente apresentam flores hermafroditas, mas podem apresentar flores exclusivamente masculinas ou femininas em alguns gêneros. O tamanho das flores também varia bastante, podendo ser milimétrica, do tamanho da cabeça de um alfinete, ou grande o suficiente para ser maior que sua mão aberta. Suas cores variam bastante também, muitas vezes mesclando várias cores, sendo ainda mais atraentes. Veja alguns exemplos:

As flores normalmente apresentam simetria bilateral, possuindo seis tépalas, sendo que estas estão divididas em duas camadas. As três mais externas são chamadas de sépalas e as três mais internas são as pétalas. Uma das pétalas, a inferior, é chamada de labelo.

Morfologia: as flores das orquídeas
Morfologia da flor. Desenho de Malena Barretto, 1997

As tépalas variam bastante no formato e tamanho, podendo até se apresentar parcialmente ou inteiramente unidas em alguns casos. É o caso dos Paphiopediluns, que possuem a sépala dorsal completamente diferente das outras duas laterais, que são fundidas formando uma só. Essa sépala é colorida e curvada por cima do labelo, formando um copo, protegendo-o da entrada de água. Confira na imagem abaixo:

Labelo

O labelo é a pétala dorsal que, por uma torção de 180° no botão floral (ressupinação), termina por posicionar-se numa posição ventral, embora em certas orquídeas isto não ocorra. O labelo diferencia-se das outras pétalas, podendo ser bastante simples e parecido com as outras pétalas ou apresentar calos, lamelas ou verrugas, com formatos e tamanhos variados, até bastante intrincados com cores diversas e contrastantes. Isto se dá por um motivo muito nobre: o labelo também tem a função de ser o chamariz da orquídea para seus polinizadores. Normalmente ele se encontra-se em posição oposta aos órgãos reprodutivos, e utiliza sua forma e suas cores para guiar o polinizador de forma a que ele entre em contato com a antera e carregue as polínias por meio de calos na sua superfície. Além disso, o labelo pode produzir odor, guiando insetos pelo olfato em direção aos órgãos sexuais da flor. O labelo ainda pode secretar néctar, que é um atrativo para certos polinizadores. Quando o labelo é altamente especializado, ele pode simular a cor e a forma de uma abelha fêmea, atraindo os machos da espécie e fazendo com que eles copulem com a flor, carregando as polínias para outra flor e assim efetuando a polinização. A observação das estruturas e padrões do labelo é uma das maneiras mais simples de reconhecer as diferentes espécies de orquídeas.

Órgãos reprodutivos

O androceu e o giniceu, orgãos reprodutivos das orquídeas, encontram-se reduzidos e fundidos em uma estrutura central chamada coluna, ginostêmio ou androstilo. A quantidade de estames varia de acordo com a subfamília, mas a maioria apresenta apenas o estame central funcional, com os dois outros atrofiados ou ausentes. Assim como o labelo, a coluna ajuda muito na identificação das orquídeas.

Morfologia: as flores das orquídeas
Morfologia da flor. Desenho de Malena Barretto, 1997

Seu pólen normalmente está aglomerado em uma massa firme e cerosa denominada polínea, porém pode estar também agrupado em uma massa pastosa ou, em alguns casos, soltos. As políneas podem ter várias cores e tamanhos e ficam penduradas em uma haste chamada caudículo ou estipe. De acordo com sua estrutura, ficam presas por um disco viscoso chamado viscídio, coladas por um líquido espesso secretado pelo rostelo. A maioria das espécies epífitas apresenta uma pequena capa recobrindo as polínias, denominada antera. O estigma é normalmente uma cavidade na coluna, onde as polínias são inseridas pelo agente polinizador. O ovário é ínfero, tricarpelar e possui até cerca de um milhão de óvulos.

É importante entender que a complexidade das orquídeas é tamanha que o gasto energético que uma orquídea despende ao produzir suas flores é altíssimo. Plantas que não se encontram saudáveis também podem florescer, até por um impulso de preservação da espécie, mas você deverá decidir se levará a floração adiante, pois isto poderá resultar na morte da planta. Em casos assim, aconselha-se eliminar a floração e fortalecer a planta.

Referências

  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br
  • Jardim Botânico do Rio de Janeiro
  • wikipedia.org
  • Malena Barretto

Abraços!

Etimologia, pronúncia e nomenclatura das orquídeas (3)

0
1417 - Zygolum Louisendorf Rhein Moonlight
1417 - Zygolum Louisendorf Rhein Moonlight

Neste terceiro artigo da série vou abordar um tema que não deixa de ser também uma curiosidade.

Quantas vezes você já se pegou perguntando o que significava cada um dos sufixos em determinados nomes? Particularmente, eu sempre me confundo com estes sufixos. Por exemplo:

Pleurothallis amarelo-limão e branco. Conhece?

Mas espere, isto existe? Sim, existe.

Se chamarmos de Pleurothallis chloroleuca todo o planeta irá pensar na mesma planta. A palavra chloroleuca, derivada do latim, pode ser entendida em português como amarelo-limão e branco.

Temos inúmeros casos em que podemos entender o que significa o sufixo quando conhecemos seu significado. Particularmente acho isto muito bacana, além de muito útil. Vamos para a tabelinha:

Em LatimEm Português
acuminata, -umpontuda
aggregata, -umagregada, reunida
alba, -umbranca
amabilisdigno de amor, agradável
amethystoglossae língua (labelo) ametista
amicata, -umvestida
ampliatumamplo, largo
ampullaceumem forma de vaso
ancepsde duas cabeças
arcuatacurvada em arco
atropurpureacom cavidade púrpura
auranthiacaornada de ouro
aurea, -umcor de ouro
barbata, -umcom barba
bicolorde duas cores
bufosapo
calceolussapatinho
calceolarissapateiro
candida, -umbranco-puro
capitatuscom cabeça baixa
carinatadisposto em forma de quilha
caudata, -umcom cauda
cernua, -umde cabeça inclinada
chloroleucaamarelo-limão e branco
chrysanthumdourado
cocciniavestida de escarlate
coelestisazul da cor do céu
coeruleaazul
coerulescensazulada
concolorde uma só cor
cornigerumcom chifres
crispa, -umencrespada, ondulada
crispataencrespada, ondulada
crispilabiacom labelo ondulado
cristatacom crista, penacho
cruentamanchada de sangue
cucculatacom capuz
cupreumcor de cobre
cuneataem forma de cunha
denudansdescoberta, nua
difformede formas afastadas, divididas
discolorde diferentes cores
dolosaenganadora
eburnea, -umbranco, marfim
elatanobre, sublime
ensifoliumfolhas em forma de espada
falcata, -umem forma de foice, curva
fimbriatumfranjado, recortado
flabelattumem forma de leque
flavaamarela
flavescensamarelada
flos-aerisflor aérea
fragansde cheiro agradável
fucatapintada
furcatacom dois dentes
flagelariscom chicote
gigasgigante
glaucaesverdeada, verde-mar, cinzenta
grandifloraflores grandes
granulosasalpicada, pintada
guttatamalhada, mosqueada
harpophyllaem forma de espada curva
imarginatasem borda
incurvumcurvado, arredondado, corcunda
infractaquebrada, desanimada
insigne, -isadorno, enfeite, ornamento
intermediusintermediário
jugosusmontanhoso
lanceanumem forma de lança
leucoglossalabelo branco
lithophylla, -umque habita as pedras
longipescomprido
luridumpálido, amarelado
lutea, -umamarela
lutescensamarelado, avermelhado
macrocarpumfruta grande
maculata, -umpintada
megalanthagigante
miniatumavermelhado
nidus-avisninho de passarinho
nobilefamoso, nobre
ochroleucaocre e branca
oculataque tem olhos
odorata, -umperfumada
ornithoidesde forma de pássaro
papilioborboleta
parviflorumde flor pequena
patulaaberta, larga
picta, -umpintada, ornada, florida
pileatumcoberto com capacete, píleo
porphyroglossalíngua púrpura, língua grande
procumbensinclinada para frente, dobrada
pubescoberta de pelos
pubescenscoberta de pelos
pulchella, -umencantador
pulvinatumarqueado, boleado
pulmila, -umanã, pigmeu
retusaembotada, bronca, de cara feia
rexrei
rubensvermelho, colorido
rufescensruivo, avermelhado
rupestrisque habita as pedras
russelianapuxada a vermelho, ruiva
spectabilisvisível, belo, notável, brilhante
splendidumbrilhante, magnífico
spicatumdisposta em forma de espiga
striatacom estrias
strictaestreita
tenuisdelgada
teresdelgada, delicada
tricolorde três cores
thyrsiflorumcacho de flor
umbonulatade forma côncova ou convexa
unicolorde uma única cor
variegatade diferentes matizes
varicosumde pernas afastadas
venustaencantadora, formosa
verecundaruborizada, avermelhada
vernucosacom verrugas
viridiflavumverde-amarelo
viridisde cor verde
vittataenfeitada com fitas
xanthinaamarela
xanthoglossalíngua amarela

Espero que esta série de textos tenha ajudado vocês a compreender melhor como ler, falar e escrever o nome de suas plantas.

Abraços!

Referências

  • Questões práticas de nomenclaturas de Orquidáceas, José Gonzales Rapozo
  • Dicionário etmológico das orquídeas do Brasil, José Gonzales Rapozo
  • A etimologia a serviço dos orquidófilos, José Gonzales Rapozo
  • www.damianus.bmd.br/CursoLabiata

Adubação de orquídeas – pH (potencial hidrogeniônico) e salinidade

4

Como prometido, mais um pouco sobre a química que envolve os nutrientes para as plantas.

pH (potencial hidrogeniônico)

Segundo o Wikipedia, o termo pH foi introduzido, em 1909, pelo bioquímico dinamarquês Søren Peter Lauritz Sørensen (1868-1939) com o objetivo de facilitar seus trabalhos no controle de qualidade de cervejas (à época trabalhava no Laboratório Carlsberg, da cervejaria homônima). O “p” vem do alemão potenz, que significa poder de concentração, e o “H” é para o íon de hidrogênio (H+).

O pH refere-se a uma medida que indica se uma solução líquida é ácida (pH < 7, a 25 °C), neutra (pH = 7, a 25 °C), ou básica/alcalina (pH > 7, a 25°C). Uma solução neutra só tem o valor de pH = 7 a 25 °C, o que implica variações do valor medido conforme a temperatura. Em outras palavras, a temperatura é uma variável a ser considerada na hora de medir o pH. De nada adianta medirmos o pH a 10° ou a 40° e o pH resultante ser 7. Tomando como exemplo uma medição a 45°C em que o resultado do pH foi 7, a água está alcalina. A esta temperatura, o neutro está em torno do pH 6,7. Existem equações matemáticas para calcular esta variação, mas acredito que não vem ao caso aqui. Existe no mercado pHmetros capazes de realizar a compensação do valor medido automaticamente, oferecendo ao aferidor um resultado completo e preciso.

Água, pH, irrigação

Afinal, por que o pH é tão importante? Não é só regar as orquídeas e pronto?

Não é bem assim. O pH interfere diretamente na retenção ou liberação de nutrientes na água utilizada para irrigação. Esta retenção de nutrientes pode ser problemática dependendo do pH em que água de irrigação encontra-se. Em termos gerais, o pH ideal após a mistura com algum tipo de fertilizante é entre 6 e 7. Mas não em 100% dos casos, ou melhor, dos elementos.

Existem orquidófilos que recomendam o pH entre 5 e 6, pois nesta faixa a orquídea absorve melhor os nutrientes no substrato através das suas raízes. Se a planta está em um substrato com pH inadequado (sim, o substrato também influencia) ou é irrigado com uma mistura de água e fertilizante com o pH considerado inadequado, podem acontecer a deficiência ou o excesso de algum elemento. O excesso de um determinado elemento pode ser tóxico e até fatal para uma planta.

Um resuminho básico:

O pH muito baixo ou ácido:

  • Tornam-se tóxicos: Fe, Mn, Zn, Cu;
  • Deficiência de: Ca, Mg, Mo.

O pH muito alto ou alcalino:

  • Tornam-se tóxicos: Mo;
  • Deficiência de: Fe, Mn, Zn, Cu e B.

Salinidade

Segundo o Wikipedia, salinidade é uma medida da quantidade de sais existentes em massas de água naturais, como sejam um oceano, um lago, um estuário ou um aquífero. A forma mais simples de descrever a salinidade é como a razão entre a quantidade total de sólidos (em massa) dissolvidos e a massa da água que lhe serve de solvente (daí que a forma mais comum de expressão seja em g/kg ou em percentagem ou permilagem, sendo que 1 % representa 10 g/kg). A salinidade tem grande importância na caracterização das massas de água, já que a salinidade determina diversas propriedades físico-químicas, entre as quais a densidade, condutividade, o tipo de fauna e flora e os potenciais usos humanos da água.

A relação entre a salinidade e pH

Elevado pH resulta geralmente de alta salinidade. Em certas circunstâncias, o pH pode ser afetado por certos sais, como o bicarbonato, e este sal isoladamente ter pouco efeito sobre a salinidade. Com o uso repetido de água rica em bicarbonato o pH do substrato da orquídea aumenta gradativamente a níveis não aceitáveis. Isto vale para outros elementos também.

Eis um bom motivo pelo qual temos que realizar uma lavagem (water flush) em nossos vasos periodicamente. O acúmulo de sais provenientes dos adubos e da própria água torne-se tóxico para as plantas.

Ajustando o pH

Existem algumas receitinhas básicas para alterar o pH de um líquido. Não vou sugerir métodos pois isto varia de pessoa para pessoa e também da finalidade.

Exemplo: tenho em casa um aquário de ciclídeos africanos, cujo pH deve estar em torno de 8. Antigamente eu costumava a usar bicarbonato para alcalinizá-lo. Quando o montei pela última vez, utilizei pedras alcalinas na montagem do fundo e do substrato. Resultado: nunca mais precisei ajustar o pH. Por outro lado, tenho um aquário que deve ficar levemente ácido. Nele, utilizo troncos de aroeira, que acidificam naturalmente a água.

Mas Luis, você está comentando de métodos demorados, naturais e voltados ao aquarismo.

Calma. Isto é para mostrar que podemos fazer naturalmente com o que temos em casa. É o mesmo princípio para as orquídeas. Existem substratos acidificantes (xaxim, fibras e troncos específicos, por exemplo) e alcalinizantes (pedras calcárias, como halimeda).

Mas, e para fazer a correção rapidamente na água? Dificilmente a água de sua residência estará em uma faixa diferente de 6 a 8 no pH. As estações de tratamento tentam entregar em sua residência uma água muito próxima do pH neutro, ou seja, 7. Caso haja necessidade de correções, existem produtos específicos nas lojas de piscinas e de aquarismo. Ah, mas são caros. Na verdade não são, mas em casos de emergência, lembre-se: vinagre acidifica e bicarbonato alcaliniza.

Bom, por enquanto é isto. A ideia aqui é atiçar a curiosidade de todos, mesmo porque não sou expert nestes assuntos. Quem sabe é uma semente que faça com que muita gente procure mais informações e consigam resultados melhores.

Referências

  • Orquídeas – Manual de Cultivo Vol. 1 – Denitiro Watanabe
  • Orquídeas – Manual de Cultivo Vol. 2 – Denitiro Watanabe
  • ABC do Orquidófilo – José René Rocha
  • orquidariocuiaba.com.br
  • wikipedia.com

Abraços!

Classificação das orquídeas por tipo de crescimento: monopodial e simpodial

0

Uma das classificações mais simples de utilizamos na família Orchidaceae é a relacionada ao seu tipo de crescimento, ou seja, o seu sistema caulinar. Basicamente, elas podem ter o crescimento monopodial ou simpodial.

Orquídeas monopodiais

As orquídeas monopodiais tem uma única haste principal, que cresce verticalmente e produz uma série de folhas na gema apical em sua ponta de crescimento. Esta ponta de crescimento, no final da haste, estende-se continuamente, e as hastes de flores emergem da haste principal entre os nós acima de cada folha. A haste pode, ocasionalmente, gerar ramos, mas isto é muito pouco frequente.

As orquídeas que crescem deste modo têm pouca capacidade para armazenar água. Sendo assim, normalmente precisam ser regadas com maior freqüência, geralmente sem secar muito bem entre as regas. Em muitos casos, as raízes ficam aéreas, expostas, sendo uma das principais fontes de umidade da planta, caso o ambiente tenha umidade suficiente para tal.

orquideas.eco.br - orquidea monopodial
Orquídea monopodial – Desenho de Malena Barretto, 1997

A divisão das orquídeas monopodiais é difícil, sendo que muitos procuram evitar, exceto os especialistas. Neste caso, os keikis são geralmente a melhor forma de propagar estas orquídeas.

Uma das vantagens das orquídeas monopodiais é que, devido à sua característica de crescimento para cima, você poderá reutilizar seus vasos, pois o tamanho poderá ser o mesmo, apenas acrescentando um novo substrato, se for o caso.

As orquídeas monopodiais mais comuns são as Phalaenopsis, Vanda e a Vanilla (baunilha).

Orquídeas simpodiais

As orquídeas simpodiais (ou de crescimento basítona) tem um rizoma a partir do qual emergem uma série de brotos, normalmente um por ano. Cada novo broto que amadurece torna-se um pseudobulbo. Neste, há a geração de flores e, geralmente, antigos pseudobulbos podem durar vários anos. Após a floração, quando a orquídea retomar o crescimento, irá começar a crescer outro segmento de rizoma e o processo é repetido. Normalmente, o pseudobulbo que gerou uma flor não irá florescer novamente. Entretanto, em algumas espécies de orquídeas, as florações podem persistir por muitos anos. Este pseudobulbo, com o tempo, vai perder suas folhas e depois de mais alguns anos acabará por morrer.

orquideas.eco.br - orquidea simpodial
Orquídea simpodial – Desenho de Malena Barretto, 1997

Ao dividir orquídeas simpodiais, o rizoma pode ser cortado mantendo pedaços com 3 a 4 pseudobulbos em cada parte. Pseudobulbos traseiros também podem desenvolver novos brotos.

As orquídeas simpodiais mais comuns são as Cattleyas e seus híbridos.

Referência

  • orchid-care-tips.com
  • Malena Barretto

Abraços

Morfologia: as raízes das orquídeas

29

Em sua maioria aéreas, as raízes das orquídeas não apresentam raízes primárias, ou seja, raízes centrais de onde brotam outras raízes secundárias, como árvores. As orquídeas apresentam apenas as raízes secundárias, as quais brotam diretamente do caule e, ocasionalmente, de outras raízes. Sua principal característica é a presença de um tecido especial chamado velame.

Velame

O velame é uma espécie de esponja para as orquídeas, pois apresenta espaços e canais microscópicos em seu interior, onde usualmente aloja-se um fungo conhecido como micorriza (clique aqui para ler sobre), responsável pela decomposição da matéria orgânica presente no meio em que as epífitas vivem em sais minerais que podem ser absorvidos pelas plantas. Entretanto, o fungo micorriza, na grande maioria das orquídeas adultas, não representa sua fonte principal de nutrientes.

Morfologia: as raízes das orquídeas
Velame para todo lado!

O velame também evita que as raízes expostas sequem com mais facilidade e, por ser um tecido altamente especializado, realiza a absorção de água ou umidade do ar. Possui uma textura e consistência papirácea ou esponjosa, de cor esbranquiçada. É facilmente identificado, pois quando quebramos uma raiz viva, ele representa toda a estrutura que circunda a pequena e fina parte funcional da raiz, onde passam os feixes vasculares.

Forma

As raízes das orquídeas variam em espessura dependendo da espécie. Aliás, a própria estrutura das raízes diferencia-se muito entre as orquídeas de acordo com o local e a maneira onde crescem. Nas epífitas são, em geral, bem desenvolvidas, sendo robustas e cilíndricas enquanto aéreas e achatadas após aderirem ao substrato. As rupícolas também apresentam uma boa estrutura, porém mais finas e curtas, já que em seu habitat elas se limitam ao espaço em que estão alocadas, como pequenas porções de substrato existentes nas fissuras de rochas onde vivem. Já nas terrestres, as raízes normalmente encontram-se espessadas em pequenas ou grandes estruturas parecidas com tubérculos esféricos e longamente cilíndricos, servindo de reserva de nutrientes e água, substituindo os pseudobulbos nesta tarefa.

orquideas.eco.br - Morfologia: as raízes das orquídeas
A ponta de uma raiz: meristema subapical e coifa

A ponta, em geral, é esverdeada, pois ali é a região de crescimento da raiz chamada meristema subapical. Ele é subapical porque não fica na ponta da raiz e sim envolvido por uma camada protetora que funciona como uma capa chamada coifa.

Papel

As raízes se orientam pela umidade. E isto não é por acaso. Elas desempenham o papel de depósito de nutrientes e água. Assim, ajudam as orquídeas a reterem e acumularem o material nutritivo que se deposita em suas bases. Também são, em alguns casos, órgãos clorofilados capazes de realizarem fotossíntese durante os períodos em que as plantas perdem as folhas ou, em outros casos, de orquídeas que não possuem folhas, apenas rudimentos foliares.

orquideas.eco.br - Morfologia: as raízes das orquídeas
As raízes desta Seidenfadenia mitrata busca seu caminho pela casca de madeira

orquideas.eco.br - Morfologia: as raízes das orquídeas
Mas também pode ficar no ar, sem problemas

orquideas.eco.br - Morfologia: as raízes das orquídeas
Raízes de Seidenfadenia mitrata, entrando na madeira

orquideas.eco.br - Morfologia: as raízes das orquídeas
As raízes desta Seidenfadenia mitrata chegam a entalar nos buracos da madeira

orquideas.eco.br - Morfologia: as raízes das orquídeas
E são capazes de seguir os veios, sulcos e buracos

orquideas-eco-br-morfologia-das-orquideas-raizes-10
Nas caixetas, elas fazem diversos caminhos

A durabilidade das raízes varia em função dos fatores ambientais, mas geralmente é inferior à duração dos caules. Novas raízes costumam brotar durante ou no final do período de crescimento vegetativo da planta.

Curiosidade

Algumas orquídeas, como os Catasetum e os Grammatophyllum, podem desenvolver mais uma especialização em suas raízes. Em geral, essas plantas possuem raízes mais grossas utilizadas para fixação e absorção de água e nutrientes. Entretanto, também desenvolvem raízes finas, que curiosamente crescem no sentido contrário ao do substrato, formando uma estrutura semelhante a um ninho. Esta estrutura provavelmente devem ter a função de manter um ambiente mais úmido perto da planta, além de aproveitar a matéria orgânica em decomposição que se deposita ali.

orquideas-eco-br-morfologia-das-orquideas-raizes-9
Raízes de Coryanthes, formando ninhos e indo para cima

orquideas-eco-br-morfologia-das-orquideas-raizes-11
Esta caixeta foi tomada por raízes!

orquideas-eco-br-morfologia-das-orquideas-raizes-12
Novas raízes de uma Acampe

Plantio

O tamanho da raiz nos dá uma grande dica de que tipo de substrato você deverá utilizar no plantio. A regra é simples: orquídeas de raízes mais finas podem ser plantadas em substratos mais finos; já as orquídeas de raízes médias preferem substratos mais grossos; por fim, as orquídeas de raízes mais grossas em geral gostam de substratos formados por pedaços maiores e bem arejados.

Lembre-se: cultivar orquídeas é cultivar raízes!

Entender nossas orquídeas é um grande passo para cultivá-las corretamente. Desta forma, elas irão viver e não apenas sobreviver.

Referências

  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br
  • wikipedia.org
  • fcorquidofilia.com.br

Abraços!

Redes Sociais

24,415FãsCurtir
8,533SeguidoresSeguir
1,379SeguidoresSeguir
955SeguidoresSeguir
8,960InscritosInscrever
- Advertisement -
- Advertisement -

Leia mais