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Morfologia: as flores das orquídeas

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Eis o motivo pelo qual todos nós cultivamos orquídeas: suas flores! Alguns podem até discordar, dizendo que a planta importa tanto quanto sua flor, mas eu sou categórico em dizer que, salvo raras excessões em que o vegetal é tão lindo quanto a flor, cultivamos orquídeas para apreciar suas belas flores. E, diga-se de passagem, este não é um trabalho fácil, seja para a planta, seja para o orquidófilo. O tempo que uma orquídea pode levar para gerar uma flor pode ser bem longo, como pode ser visto no meu artigo “O longo caminho entre a semente e a flor da orquídea“.

A natureza, sábia, já pensa um pouco diferente de nós. Se cultivamos as orquídeas pela beleza de suas flores, as orquídeas as geram com a finalidade de perpetuar a espécie, gerando descendentes. Este processo, de alta complexidade, demanda esforço e energia, exigindo muito mais da planta e, por isto, devemos entender todo este processo e dar a devida atenção à ele.

A família das orquídeas é uma das que apresenta o maior espectro de variação floral. Geralmente apresentam flores hermafroditas, mas podem apresentar flores exclusivamente masculinas ou femininas em alguns gêneros. O tamanho das flores também varia bastante, podendo ser milimétrica, do tamanho da cabeça de um alfinete, ou grande o suficiente para ser maior que sua mão aberta. Suas cores variam bastante também, muitas vezes mesclando várias cores, sendo ainda mais atraentes. Veja alguns exemplos:

As flores normalmente apresentam simetria bilateral, possuindo seis tépalas, sendo que estas estão divididas em duas camadas. As três mais externas são chamadas de sépalas e as três mais internas são as pétalas. Uma das pétalas, a inferior, é chamada de labelo.

Morfologia: as flores das orquídeas
Morfologia da flor. Desenho de Malena Barretto, 1997

As tépalas variam bastante no formato e tamanho, podendo até se apresentar parcialmente ou inteiramente unidas em alguns casos. É o caso dos Paphiopediluns, que possuem a sépala dorsal completamente diferente das outras duas laterais, que são fundidas formando uma só. Essa sépala é colorida e curvada por cima do labelo, formando um copo, protegendo-o da entrada de água. Confira na imagem abaixo:

Labelo

O labelo é a pétala dorsal que, por uma torção de 180° no botão floral (ressupinação), termina por posicionar-se numa posição ventral, embora em certas orquídeas isto não ocorra. O labelo diferencia-se das outras pétalas, podendo ser bastante simples e parecido com as outras pétalas ou apresentar calos, lamelas ou verrugas, com formatos e tamanhos variados, até bastante intrincados com cores diversas e contrastantes. Isto se dá por um motivo muito nobre: o labelo também tem a função de ser o chamariz da orquídea para seus polinizadores. Normalmente ele se encontra-se em posição oposta aos órgãos reprodutivos, e utiliza sua forma e suas cores para guiar o polinizador de forma a que ele entre em contato com a antera e carregue as polínias por meio de calos na sua superfície. Além disso, o labelo pode produzir odor, guiando insetos pelo olfato em direção aos órgãos sexuais da flor. O labelo ainda pode secretar néctar, que é um atrativo para certos polinizadores. Quando o labelo é altamente especializado, ele pode simular a cor e a forma de uma abelha fêmea, atraindo os machos da espécie e fazendo com que eles copulem com a flor, carregando as polínias para outra flor e assim efetuando a polinização. A observação das estruturas e padrões do labelo é uma das maneiras mais simples de reconhecer as diferentes espécies de orquídeas.

Órgãos reprodutivos

O androceu e o giniceu, orgãos reprodutivos das orquídeas, encontram-se reduzidos e fundidos em uma estrutura central chamada coluna, ginostêmio ou androstilo. A quantidade de estames varia de acordo com a subfamília, mas a maioria apresenta apenas o estame central funcional, com os dois outros atrofiados ou ausentes. Assim como o labelo, a coluna ajuda muito na identificação das orquídeas.

Morfologia: as flores das orquídeas
Morfologia da flor. Desenho de Malena Barretto, 1997

Seu pólen normalmente está aglomerado em uma massa firme e cerosa denominada polínea, porém pode estar também agrupado em uma massa pastosa ou, em alguns casos, soltos. As políneas podem ter várias cores e tamanhos e ficam penduradas em uma haste chamada caudículo ou estipe. De acordo com sua estrutura, ficam presas por um disco viscoso chamado viscídio, coladas por um líquido espesso secretado pelo rostelo. A maioria das espécies epífitas apresenta uma pequena capa recobrindo as polínias, denominada antera. O estigma é normalmente uma cavidade na coluna, onde as polínias são inseridas pelo agente polinizador. O ovário é ínfero, tricarpelar e possui até cerca de um milhão de óvulos.

É importante entender que a complexidade das orquídeas é tamanha que o gasto energético que uma orquídea despende ao produzir suas flores é altíssimo. Plantas que não se encontram saudáveis também podem florescer, até por um impulso de preservação da espécie, mas você deverá decidir se levará a floração adiante, pois isto poderá resultar na morte da planta. Em casos assim, aconselha-se eliminar a floração e fortalecer a planta.

Referências

  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br
  • Jardim Botânico do Rio de Janeiro
  • wikipedia.org
  • Malena Barretto

Abraços!

Glossário do orquidófilo

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Nós, meros mortais, que nos aprofundamos no estudo da orquidofilia por hobby, normalmente (ou sempre) esbarramos em termos que até então não conhecíamos. São muitos os termos que, para aqueles que não são oriundos de uma área de formação relacionada à Biologia, acabam por confundir mais do que ajudar. Pensando nisto, eis um pequeno glossário voltado aos orquidófilos.

É simples, mas sempre ajuda.

Em tempo: este texto será atualizado constantemente.

A

  • Abaxial – face inferior ou dorsal das folhas;
  • Acume – ponta aguda e comprida;
  • Acuminado(a) – agudo(a), aguçado(a), pontiagudo(a); terminado(a) em, ou provido(a) de acume, folha terminando gradualmente em ponta;
  • Adaxial – face superior ou ventral das folhas;
  • Adnato – ligado a alguma coisa de que parece fazer parte, que nasce junto de; fusão de diferentes partes, como labelo e coluna;
  • Adsorção – adesão (fixação) de moléculas de um fluido (o adsorvido) a uma superfície sólida (o adsorvente);
  • Aecial – estado esporifico dos fungos destinado à multiplicação zigótica;
  • Agente polinizador – ave ou inseto que fecunda a flor;
  • Alba ou albina – variedade de flor branca, sem pigmentação, podendo ter nuances amarelos na fauce;
  • AM – “Award of Merit“, prêmio de mérito, segunda maior premiação dada pela American Orchid Society e outras sociedades orquidófilas a plantas com qualidade de flor avaliada entre 79,5 e 89,4 pontos;
  • Anamórfico – estado assexuado, conidial ou clonal dos fungos;
  • Androceu – conjunto dos órgãos masculçinos da flor, conjunto dos estames;
  • Antera – porção dilatada, sacular, que se acha no ápice do filete do estame e que encerra os grãos de pólen;
  • Antracnose – infecção fúngica caracterizada por manchas de coloração castanha-marrom, arredondadas ou irregulares, sobre as folhas ou pseudobulbos;
  • AOSAmerican Orchid Society, sociedade orquidófila dos EUA, com sede na Flórida, com mais de 550 sociedades afiliadas. Edita mensalmente a revista “Orchids“;
  • Apiculado – provido de apículo, ponta aguda, rija e curta;
  • Aquinada – diz-se das Cattleya e Laelia que apresentam as pétalas manchadas, lembrando a Cattleya intermedia var. Aquini;
  • Assimbiótico – processo de germinação de sementes, criado por Knudson em 1922, em laboratório, em que as sementes são introduzidas dentro de um frasco esterilizado contendo micronutrientes, onde não é necessária a presença do fungo micorriza, para germinar e se desenvolver. Quando bem executado, pode-se obter milhares de plantas com uma única cápsula de sementes.

B

  • Bainha – bráctea protetora que envolve, total ou parcialmente, o escapo floral, quando ainda em formação, protegendo-o até que o mesmo esteja em condições de irromper de seu interior. Também conhecida por espata;
  • Bifoliada – que apresenta duas folhas num só pseudobulbo;
  • Botão – a flor antes de desabrochar; pode ser usado também para a pequena saliência que nos vegetais dá origem a novos ramos, folhas ou flores;
  • Bráctea – folha geralmente modificada, em cuja axila nasce uma flor ou uma inflorescência;
  • Bulbo – na orquídea, o que chamamos de bulbo chama-se pseudobulbo, pois o bulbo na realidade é um órgão que na maioria das plantas, fica abaixo do solo;
  • Bulbo traseiro – um velho pseudobulbo, frequentemente sem folhas, simpodial, que ainda está vivo e pode ser usado para propagação de uma nova planta ecomo reserva de nutrientes para o restante da planta.

C

  • Cálice – invólucro exterior da flor periantada, composto por sépalas livres ou concrescidas/fundidas, total ou parcialmente;
  • Cápula – o fruto que contém as sementes das orquídeas, frequentemente com milhares e até mesmo milhões de sementes;
  • Catafilo – cada uma das duas folhas opostas de uma plântula, muitas vezes escamiformes e aclorofiladas, situadas acima dos cotilédones e abaixo das folhas propriamente ditas, mais simples que as folhas características da planta. As escamas de certas gemas, bulbos e rizomas também podem ser chamadas de catafilos;
  • Caule – parte de uma planta que suporta as folhas e as flores, com forma, organização e dimensões extremamente variáveis;
  • CBR – “Certificate of Botanical Recognition“, prêmio da AOS dado apenas uma vez a uma orquídea espécie quando é pela primeira vez apresentada em flor;
  • CCM – “Certificate of Cultural Merit“, prêmio da AOS dado ao cultivador de uma muito bem tratada planta de orquídea;
  • CHM – “Certificate of Horticultural Merit“, prêmio da AOS dado a uma espécie de interesse acima dos padrões dos cultivadores;
  • CITES – sigla de “Convention on International Trade in Endangered Species“, ou Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, acordo internacional que relaciona as espécies de plantas e animais consideradas em perigo de extinção e as regras que controlam ou proíbem seu comércio;
  • Clamidosporo – célula especial rica em nutrientes e de paredes espessas produzida por algumas espécies de fungos, destinada a resistir a condições ambientais adversas;
  • Cleitogamia – polinização que ocorre antes da flor desabrochar;
  • Cleistogâmica – flor que realiza autopolinização, sem estar aberta inteiramente;
  • Clone – todas as diversas manifestações vegetativas (divisões, propagação meristemática, etc…) de uma única planta de orquídea, cultivada originalmente de uma só semente;
  • Coalescência – junção de várias manchas ou lesões, normalmente fúngicas, formando uma área maior e contínua;
  • Colo – parte da planta situada entre a haste principal e as raízes, no nível do solo;
  • Coluna – nas orquídeas, estrutura constituída pelo concrescimento de filetes e estigmas. Orgão sexual, localizado na parte superior do labelo, podendo ou não ser envolvida por este. Órgão que se projeta do centro da flor da orquídea e que é o resultado da fusão dos órgãos, masculino (estame) e feminino (pistilo). É uma importante característica para a identificação das orquídeas;
  • Conidial – estado assexuado, anamórfico ou clonal dos fungos;
  • Coriáceo – de consistência e aspecto semelhante de couro;
  • Coroa – a parte central da roseta de folhas de uma orquídea monopodial, como Phalaenopsis, da qual novos brotos se elevam;
  • Corola – invólucro floral, por dentro do cálice, geralmente a parte mais vistosa das flores, de cores variadas, formada por um ou mais segmentos livres ou concrescidos, as pétalas;
  • Cromossomo – corpúsculo em que se divide o núcleo celular no curso da mitose; cada espécie vegetal ou animal possui um número constante de cromossomos, que transmitem os caracteres hereditários de cada ser e constituem unidades definidas na formação do novo ser;
  • Cruzamento – a progênie que resulta da transferência de pólen de uma planta para a flor de outra; o ato em si;
  • Cultivar – em orquídeas, uma planta específica cultivada de uma única semente; deve ser designada com aspas simples em seu nome. Ex.: Cattleya labiata var. ametistina ‘Canoinha’;
  • Cultura de tecidos – técnica de laboratório que consiste em fazer novas plantas mediante propagação de tecidos meristemáticos; micropopagação meristemática, merismática.

D

  • Decídua – diz-se da planta cujas folhas caem em certa época do ano ou após amadurecimento, com novas brotações após um período de repouso;
  • Descanso hibernal – descanso vegetativo da planta;
  • Diandras – planta que apresenta dois estames no androceu da flor;
  • Diplóide – planta com duas séries cromossomas, também conhecida como 2N;
  • Divisão – forma de obter novas plantas pelo corte do rizoma de uma orquídea simpodial (ex. Cattleya) em partes contendo pseudobulbos e rizomas, com gemas vivas, ou corte de uma parte superior do tronco de uma orquídea monopodial (ex. Vanda);
  • DOG – “Deutsche Orchideen Gesellschaft“, Associação Alemã de Orquídeas, que atribui, em ordem de valor, medalhas de ouro (GM), prata (SM) e bronze (BM) às plantas julgadas;
  • Dormência – um período de entorpecimento e repouso durante o qual não ocorre crescimento vegetativo, comumente após um período de crescimento ou a perda de folhas; normalmente requer temperaturas mais baixas e menos água.

E

  • Ectoparasita – parasita que se situa na parte externa do hospedeiro;
  • Ensiforme – em forma de espada;
  • Epífita – diz-se de uma planta que vive sobre outra, mas sem parasitá-la, ou seja, sem retirar dela nutrientes, que lhe são providos pela chuva, pelo ar e detritos disponíveis. Pode viver sobre outros tipos de suporte. Que vive sobre árvores usando-as apenas como hospedeiro; Ver post sobre orquídeas epífitas clicando aqui;
  • Equitante – diz-se das folhas conduplicadas quando as mais velhas envolvem as mais novas da mesma gema ou do mesmo broto (a palavra vem do latim equitare, cavalgar, montar sobre), como no conhecido Oncidium equitans, agora renominado como Tolumnia, ou na Maxillaria equitans (ex Marsupiaria matogrossensis);
  • Escapo floral – inflorescência;
  • Esfagno – musgo de água e que é um ótimo substrato para o desenvolvimento de plantas mais novas, pois ele mantém umidade por mais tempo e geralmente não produz fungos; Ver post sobre esfagno clicando aqui;
  • Espata – bráctea protetora que envolve total ou parcialmente, o escapo floral, quando ainda em formação, protegendo-o até que o mesmo esteja em condições de irromper de seu interior. Também conhecida como bainha. Bráctea que fica na base de uma inflorescência, em geral membranosa, que protege a flor em botão;
  • Espécie – conjunto de plantas ou outros seres vivos muito semelhantes que parecem ter um ancestral tão próximamente relacionado que suas características definitivamente os separam de qualquer outro grupo; várias espécies formam um gênero. Indivíduo representativo de uma classe, de um gênero, de uma espécie, etc; pode indicar também a espécie que tipifica um gênero;
  • Espermogonio – órgão produtor dos gametas sexuais masculinos;
  • Esporos – formação geralmente unicelular e uninuclear, capaz de germinar em condições determinadas, reproduzindo, vegetativa ou assexuadamente, o indivíduo que o formou; propágulo dos fungos;
  • Estame – órgão masculino da flor, onde se encontram a antera e os sacos polínicos, que encerram os grãos de pólen;
  • Estigma – cavidade existente na parte inferior da coluna, embaixo da antera, preenchida de uma substância gelatinosa, que recebe as políneas para a fertilização (parte feminina da flor);
  • Estômato – estrutura microscópica existente na epiderme das folhas e caules, constituída basicamente de duas células que se afastam e se aproximam, permitindo uma abertura pela qual se efetuam trocas gasosas entre a planta e o meio e absorção de água ou sua exsudação.

F

  • Fauce – extremidade do tubo do labelo. Abertura do tubo da corola, do labelo em orquídeas;
  • FCC – “First Class Classification”, o mais alto prêmio para qualidade de flor dado pela AOS, para plantas avaliadas entre 89,5 e 100 pontos. Este prêmio surgiu na RHS, que o mantém até hoje;
  • Ferrugem – infecção causada por determinados fungos, caracterizados por altas taxas de reprodução; no herbário do Instituto Biológico de S.Paulo existem mais de 11.000 espécies de ferrugens coletadas no Brasil;
  • Filiformes – em forma de fios;
  • Fimbriado – em forma de franja, principalmente com relação a segmentos finamente recortados;
  • Flabelado – em forma de leque; flabeliforme;
  • Flâmea, Flameada – diz-se da flor que apresenta as pétalas coloridas, da cor de chama, imitando o labelo; é um tipo de pelória;
  • Flor – órgão da planta adaptado à reprodução sexuada em que o pólen proveniente da parte masculina (estame) que é transferido para o ovário da parte feminina (pistilo ou estigma) para que se dê a fecundação e surjam então as sementes;
  • Florífera – diz-se de planta que floresce frequentemente;
  • Folha “terete” – folhas ‘terete’ são folhas cilíndricas e engrossadas, com aparência tipo uma cebolinha, para colocar em termos práticos. São uma adaptação comum ao xerofitismo (adaptação a áreas secas = xericas). Em plantas como Brassavola e Leptotes ainda ha um sulco na folha, equivalente ao sulco central em Cattleyas, Laelias etc… Outras espécies, como por exemplo Papilionanthe teres (ex Vanda teres), muito cultivada no Brasil, são completamente cilíndricas, sem qualquer evidencia de sulco (Cássio Van Den Berg);
  • Fonte de inóculo – tecidos ou órgãos de plantas sobre os quais os fungos produzem propágulos de disseminação e dispersão;
  • Forma lepto – ferrugem que produz teliosporos hialinos os quais germinam sem qualquer período de repouso;
  • Fotosíntese – síntese de materiais orgânicos a partir de água e gás carbônico, quando a fonte de energia é a luz, cuja utilização é mediada pela clorofila;
  • Frasco – vasilha, normalmente de vidro transparente, usado para germinação de sementes ou micropropagação de meristemas de orquídeas (e outras plantas) em laboratório;
  • Fusiforme – com a forma de fusos (bobinas), como alguns pseudobulbos.

G

  • Garganta – a parte mais interna de um labelo tubular de orquídea;
  • Gênero – subdivisão de uma família que agrupa espécies muito próximas. O nome do gênero vem em primeiro lugar na designação latina de uma planta. Um conjunto de orquídeas ou outros seres classificados juntos porque apresentam características similares e um presumível ancestral comum; há cerca de 900 gêneros naturais de orquídeas e cerca de 600 outros intergenéricos, poucos nativos, a maioria feitos pelo homem;
  • Gineceu – a parte feminina da flor; conjunto de pistilo, que por sua vez é formado de ovário, estilete e estigma;
  • Ginostêmio – órgão central, em forma de coluna, das flores das orquídeas, constituído pela junção do estame e do pistilo;
  • Grex – termo usado para referir toda a progênie de um específico cruzamento.

H

  • Habitat – lugar onde um determinado organismo vive ou habita;
  • Haste – parte da planta que sustenta alguma outra;
  • Haste floral – longo ramo desprovido de folhas que parte da base da planta e é guarnecido de flores;
  • HCC – “Highly Commended Certificate”, Certificado de Altamente Recomendável, o menor dos três prêmios para qualidade de flor dados pela AOS, para plantas avaliadas entre 74,5 e 79,4 pontos;
  • Herbário – coleção de espécimes de plantas que passaram por um processo de prensagem e secagem, ordenadas de acordo com um determinado sistema de classificação e disponíveis para referências e outros fins científicos;
  • Hialino – destituído de cor, transparente;
  • Híbrido – a progênie (descendência) resultante da união de duas diferentes espécies (o que seria um híbrido primário), ou de uma espécie e um híbrido, ou de dois híbridos (um híbrido complexo). É o resultado do cruzamento entre espécies, subespécies ou outros híbridos, dando origem a uma nova planta que apresenta a junção das características dos pais que a geraram;
  • Híbrido natural – aquele que ocorre na natureza, sem interferência do homem;
  • Hifas – qualquer filamento de um micélio;
  • Higrófito – vegetais adaptados à vida em ambientes de elevado grau de umidade.

I

  • In situ – locução latina que significa “no lugar”;
  • In vitro – cultivo assinbiótico, em meio estéril (sem o fungo micorríza);
  • Inflorescência – qualquer sistema de ramificacão (racimo, panícula ou escapo) terminado em flores. Cacho ou espiga agrupando flores;
  • Intergenérico – cruzamento entre dois ou mais gêneros, resultando um híbrido intergenérico.

J

  • JC – “Judges’ Commendation”, recomendação dos juízes, prêmio dado pela AOS para planta especial e/ou para flores muito características;
  • JOGA – “Japanese Orchid Growers Association”, Associação Japonesa dos Cultivadores de Orquídeas, que reúne orquidófilos do Japão.

K

  • Keiki – são plântulas que emergem nas hastes florais ou mesmo na base de determinados gêneros, como Phalaenopsis e Dendrobium, inicialmente com folhas e raízes, que, com determinado tamanho, podem ser retiradas e replantadas, constituindo uma nova planta. A palavra tem origem no Havaí e se pronuncia “quêiqui”.

L

  • Labelo – é a terceira, a maior e mais colorida pétala de uma flor de orquídea, modificada pela evolução num labelo (com a forma de lábio) quase sempre um atrativo campo de aterrissagem para polinizadores;
  • Lanceolada – folha larga no meio, atenuando-se para as extremidades, em forma de lança;
  • Linear – folha estreita com bordas paralelas;
  • Litófita, litófila – orquídea ou outra planta que cresce ou se desenvolve sobre rochas; rupreste, rupícola; Ver post sobre orquídeas rupícolas aqui;
  • Lobo, lóbulo – recorte pouco profundo e arredondado;
  • Lobos laterais – os dois lobos de cada lado do lobo central de um labelo trilobado;
  • Lumem, lux – unidades de medida de intensidade luminosa.

M

  • Mandaiana – diz-se da variedade de Laelia purpurata que não apresenta estrias na fauce, normalmente de cores suaves no labelo;
  • Mericlone – uma cópia exata de uma orquídea, salvo alterações genéticas, feita em laboratório pela técnica de propagação de tecidos meristemáticos; como um cultivar, deve ter seu nome escrito entre aspas simples;
  • Meristema – divisão clonal de uma planta, também chamada micropropagação ou cultura de tecido. Para utilizar este método, necessita-se de um ótimo microscópio esteroscópio para facilitar a propagação do núcleo meristemático da orquídea. A escolha da planta é fundamental para iniciar este método. Tecido que se caracteriza pela ativa divisão de suas células e que produz as novas células necessárias ao crescimento da planta; ex. gemas, pontas de raiz e outros. Pode ser usado como sinônimo de mericlone;
  • Meristemagem – técnica de laboratório que consiste em fazer novas plantas mediante propagação de tecidos meristemáticos; micropopagação meristemática, merismática;
  • Micélio – talos dos fungos, composto de filamentos, ditos hifas, destituídos de clorofila;
  • Micorriza – fungo que vive em simbiose com vários tipos de plantas, geralmente em suas raízes e que ajuda na conversão de alimento das plantas, existe em grande quantidade na raiz das orquídeas e além da conversão, esteriliza a semente propiciando as condições necessárias a sua germinação e desenvolvimento até chegar a um tamanho em que possa se desenvolver sozinha. Associação íntima de raízes de uma planta com as hifas de determinados fungos, necessária à germinação simbiótica de sementes de orquídeas;
  • Microcíclica – ferrugem de ciclo curto que produz somente espermogônios e teleosporos ou apenas teleosporos;
  • Microesclerócio – grupo de células ou de hifas enoveladas, formando um corpúsculo compacto, produzido por certas espécies de fungos, destinado a resistir a condições ambientais adversas;
  • Mitose – divisão celular em que o núcleo forma cromossomos e estes se bipartem, produzindo dois núcleos filhos com o mesmo patrimônio original;
  • Monofoliada – que apresenta apenas uma folha por pseudobulbo;
  • Monandra – diz-se da planta que apresenta um só estame no androceu da flor;
  • Monopodial – crescimento da planta somente na direção vertical. Tipo de ramificação em que o eixo principal mantém-se retilíneo e uniforme, gerando ramos menores que ele; ex. Vanda, Phalaenopsis, etc;
  • Multiflora – que apresenta muitas flores; multifloral.

N

  • Néctar – líquido açucarado que as orquídeas e outras plantas segregam em várias partes, denominadas nectários;
  • Nectário – estrutura glandular que produz néctar, podendo ser de diversos tipos, localizados na flor (nectários florais) ou fora delas (nectário extraflorais);
  • Nematóide – verme cilíndrico que apresenta espécies capazes de parasitar plantas;
  • Nidoepífitas – Esse termo foi inventado por Hoehne ao descrever as espécies que desenvolveram uma combinação específica de raízes; a Miltonia cuneata é um ótimo exemplo. Crescem nos topos dos troncos das árvores, depois da bifurcação principal, produzem raízes finas;
  • – um ponto de junção ou encaixe, numa inflorescência, caule ou pseudobulbo, de onde podem emergir uma haste floral, folhas ou mesmo raízes; o espaço entre dois nós consecutivos é chamado de entrenó;
  • Nomenclatura – vocabulário de nomes; Ver post sobre nomenclaturas das orquídeas clicando aqui, aqui ou aqui;
  • Nomenclatura binominal – expressão de dois nomes, em latim ou grego latinizado, método científico de nominar seres existentes, com o primeiro termo (com inicial maiúscula) um substantivo significando o gênero e o segundo um adjetivo (com inicial minúscula) significando a espécie. Deve ser grafado em itálico. Ex.: Homo sapiens, Canis domesticus, Cattleya labiata, Tyrannosaurus rex.

O

  • Oblongo – folha com base e ápice arredondados;
  • Obtuso – folha terminando num vértice arredondado;
  • Orquidácea – Provavelmente a família com o maior número de plantas. Algumas epífitas, outras rupícolas e as terrestres, rizomatosas na sua maioria;
  • Ovário – a parte do pistilo que contém óvulos;
  • Ovóides – de forma oval;
  • Óvulo – unidades contidas no ovário, a célula ovo que se transforma na semente.

P

  • Panduriforme – que tem formato de viola ou violino. Ex. Coelogyne pandurata;
  • Panícula – inflorescência do tipo cacho composto, em que os ramos vão crescendo da base para o ápice, assumindo uma forma aproximadamente piramidal;
  • Patógeno – organismo que tem a habilidade de produzir doenças;
  • Pedicelo – haste que suporta uma flor (e mais tarde um fruto) numa inflorescência; o mesmo que pedúnculo;
  • Pelória – anomalia vegetal, comum nas orquídeas, em que uma flor zigomorfa (com um só plano de simetria, simetria bilateral) mostra tendência a se tornar actinomorfa (com várias simetrias radiadas, ou seja, que permite sejam traçados vários planos de simetria); ex. típico: Cattleya intermedia var aquini;
  • Pelórico – que apresenta pelória; peloriado;
  • Pétala – segmento que compõe a corola, invólucro floral por dentro do cálice; podem ser livres ou concrescidas e geralmente formam a parte mais vistosa da flor, com cores as mais variadas; em orquídeas, os três segmentos que se posicionam entre as três sépalas, um deles modificado como labelo;
  • Picnídeo – estrutura globosa e microscópica onde são produzidos os esporos de alguns fungos;
  • Plântula – pequena planta recém-nascida; uma orquídea nova, que ainda não floriu; seedling;
  • Polínias ou políneas – grãos de pólen ou massa de consistência gelatinosa, cerosa ou granulosa (parte masculina da flor). Políneas ou polínias são as massas agrupadas de pólen comuns nos grupos mais avançados de orquídeas. São geralmente associadas a outras estruturas peculiares de orquídeas. Na ponta da coluna você encontra as anteras como uma ‘cápsula’ branca com pequenas subdivisões ‘caixas’ dentro das quais se formam as polínias. Ao conjunto de polínias chamamos polinário. Em Cattleya e Laelia ha um pequeno apêndice, amarelo, originado do tecido das polínias, que se chama ‘caudículo’ e que adere ao inseto polinizador. Em outros grupos tais como Oncidium, Catasetum, Zigopetalum, Stanhopea, Maxillaria, Vanda, Phalaenopsis etc. estas caudículas são quase inaparentes e há uma estrutura diferente, como uma pequena haste alongada, geralmente branca e originada de tecido da Coluna e não da Polínia… Este é chamado estipe. Na sua extremidade oposta as polínias freqüentemente ha um outro tecido aderente, que é chamado viscidio e ajuda a esta estrutura toda (polinário + estipe + viscidio) aderir ao polinizador. Grupos mais primitivos, tais como Sobralias, Epistephium e Cleistes e muitas outras terrestres tem o pólen granuloso ou farináceo e mais ou menos solto, ao invés de agrupados em massas (Cássio Van Den Berg);
  • Pólen – espécie de fina poeira que esvoaça das anteras das plantas floríferas e cuja função é fecundar os óvulos, representando, assim, o elemento masculino da sexualidade vegetal;
  • Poliplóide – planta com um número de séries de cromossomas maior que dois e que normalmente apresenta flores com ganho de tamanho e forma;
  • Propagação vegetativa – a criação de novas plantas mediante divisão (corte) formação de keikis, ou métodos meristemáticos, mas não por semente;
  • Propágulo – qualquer estrutura, conjunto de células ou mesmo gemas especiais que servem à propagação ou multiplicação vegetativa de uma planta; organela de reprodução;
  • Pulverolento – coberto ou cheio de pó; semelhante a pó;
  • Parasita – vegetal que suga a seiva de outro vegetal, o que não acontece com as orquidáceas;
  • Protótipo – original, modelo exemplar mais perfeito;
  • Pseudobulbo – bulbo ou parte da planta, que armazena água e substâncias nutritivas.

R

  • Racimo – inflorescência indefinida na qual as flores são pedunculadas e se inserem no eixo a distância considerável umas das outras; o mesmo que racemo ou cacho;
  • Raiz – órgão de fixação do vegetal ao solo ou onde esteja ancorado, por onde retira água e nutrientes, com variáveis morfologias interna e externa; no caso das orquídeas epífitas, as raízes não absorvem nutrientes dos hospedeiros;
  • Raiz nua – método para despachar uma orquídea, retirada do vaso e com as raízes limpas de substrato;
  • Raízes aéreas – que se desenvolvem no ar, emitidas por caules aéreos. Sua funções são freqüentemente, a de segurar a planta a árvores ou a outros suportes e a de absorver unidade do ar;
  • Reniforme – com a forma de rim;
  • Ressupinado – órgão ou segmento vegetal que está invertido em relação à posição normal; em orquídeas, aquelas flores cujos labelos estão posicionados para baixo em relação ao eixo da inflorescência;
  • Ressupinar – ato ou efeito de tornar ressupinado; no caso da grande maioria das orquídeas, o labelo está voltado para cima dentro do botão da flor;
  • Ressupinação – movimento que a flor faz, de até 180º, antes de abrir-se, colocando o labelo em posição horizontal;
  • RHS – “Royal Horticultural Society”, a Real Sociedade Horticultural, que reúne orquidófilos e cultivadores de outras plantas no Reino Unido e que mantém hoje o registro de híbridos de orquídeas, talvez a única família botânica com a grande maioria de seus híbridos registrados;
  • Rizoma – caule carnudo da planta que une os pseudobulbos. Pode estar no subsolo ou na superfície do solo nas espécies terrestres, ou ainda nas epífitas que ficam na superfície da casca da árvore. Caule que se desenvolve horizontalmente, sobre o solo ou substrato, de onde emergem os pseudobulbos das orquídeas simpodiais;
  • Rostelo – parte estéril do estigma das orquídeas que se projeta em ponta;
  • Rupestre – orquídea ou outra planta que nasce ou se desenvolve sobre rochas; litófila, rupícola;
  • Rupícola – orquídea ou outra planta que nasce ou se desenvolve sobre rochas; litófila, rupestre; ex. Laelia rupícolas. Planta que vegeta sobre as pedras. Veja também sobre litófitas. Ver post sobre orquídeas rupícolas aqui.

S

  • Saprófita – planta que retira o alimento de organismos mortos. São raríssimas. A primeira orquídea foi coleta em 1928 na Austrália, trata-se da Rhizanthella gardneri; Ver post sobre orquídeas saprófitas aqui;
  • Saprófito – organismo que vive da matéria orgânica morta;
  • Seedling – planta nova. Período que varia do nascimento da semente, até à 1ª floração. Plântula, uma orquídea nova ainda não florida;
  • Self – orquídea obtida pela fertilização da mesma flor, aplicando-se o seu pólen sobre o próprio estigma;
  • Semi-alba – variedade de orquídea com pétalas e sépalas brancas e labelo colorido;
  • Sépala – segmentos que compõem o invólucro exterior (cálice) da flor periantada, podendo ser livres (cálice dialissépalo), como em Cattleya, ou fundidos total ou parcialmente em uma só peça (cálice gamossépalo), como em Paphiopedilum, Masdevalia e outras;
  • Sépala dorsal – aquela que se posiciona na parte superior da orquídea;
  • Sépala lateral – aquelas duas que se apresentam nos lados, apontando para baixo, formando um triângulo com a sépala dorsal, na maioria das orquídeas;
  • Septo – parede que separa os segmentos das hifas ou de esporos dos fungos;
  • Sibling – orquídea resultante de um cruzamento selecionado de plantas da mesma sementeira;
  • Simbiose – processo de propagação das plantas, na natureza, em que o embrião das sementes, é atacado pelo fungo micoriza, que vive em simbiose nas raízes. Esse fungo transforma a água, o ar e os detritos que são depositados nas raízes, em elementos nutritivos para que as sementes germinem;
  • Simbiótico – processo de propagação das plantas na natureza em que o embrião das sementes é atacado pelo fungo micorriza;
  • Simpetalia – fenômeno de concrescimento de pétalas em maior ou menor extensão;
  • Simpodial – crescimento da planta em dois sentidos(horizontal e vertical). Tipo de ramificação lateral em que o eixo não prevalece, sendo substituído por outro ramo, que, posteriormente, será substituído por outro, horizontalmente, de forma mais irregular que na ramificação monopodial; no caso das orquídeas, o tipo de crescimento dos rizomas que, após crescimento de um pseudobulbo e sua floração, abrem uma gema na base do pseudobulbo e iniciam novo crescimento, sempre seguindo horizontamente, em frente ou irregularmente;
  • Sinsepalia – fenômeno de concrescimento de sépalas em maior ou menor extensão;
  • Sistêmico – assim são chamados os inseticidas, fungicidas e outros pesticidas que, quando aplicados, são absorvidos pelas folhas e vegetações, atuando de dentro da planta;
  • Sphagnum – musgo d’água (ótimo substrato, por manter a umidade por mais tempo) e não proliferar fungos; Ver post sobre sphagnum aqui;
  • Substrato – material onde se plantam as orquídeas o meio, o material ou mistura de materiais usado para se plantar uma orquídea, envolvendo suas raízes e onde essas podem se desenvolver adequadamente; no Brasil, são mais comuns o xaxim em fibra (raízes de samambaia), esfagno (musgo), coxim (fibras de coco), cascas de pinhos e outras madeiras, piaçava ou piaçaba (fibras de folhas de determinadas palmeiras) pedaços de carvão, cascalho fino, etc. Para orquídeas terrestres e rupícolas há outros substratos, que incluem terra, areia, compostos orgânicos etc. Ver minhas postagens sobre substrato clicando aqui;

T

  • Teleosporo – tipo de propágulo (esporo) dos ficomicetos que possui a capacidade de se movimentar na água;
  • Terete – folhas ‘terete’ são folhas cilíndricas e engrossadas, com aparência tipo uma cebolinha, para colocar em termos práticos. São uma adaptação comum ao xerofitismo (adaptação a áreas secas = xericas). Em plantas como Brassavola e Leptotes ainda ha um sulco na folha, equivalente ao sulco central em Cattleyas, Laelias etc… Outras espécies, como por exemplo Papilionanthe teres (ex Vanda teres), muito cultivada no Brasil, são completamente cilíndricas, sem qualquer evidencia de sulco. Que tem forma cilíndrica, redonda; teretiforme;
  • Tereticaule – que tem caule cilíndrico. Ex. Vanda teres, hoje reclassificada como Papilionanthe teres;
  • Teretifoliado – que tem folhas de seção circular;
  • Terrestre – plantas que vegetam na terra, em orquídeas, aquelas que vivem no solo ou no pouco substrato, normalmente detritos vegetais, sobre o solo;Ver post sobre orquídeas terrestres clicando aqui;
  • Tetraplóide – planta com quatro séries de cromossomas, também conhecida como 4N e que normalmente apresenta flores com ganho de tamanho e forma;
  • Triplóide – planta com três séries de cromossomas, também conhecida como 3N e que dificilmente pode ser cruzada;
  • Túnica – invólucro exterior livre, membranoso ou fibroso, que envolve vários tipos de bulbo.

U

  • Unguiculado – de forma semelhante à unha;
  • Unifoliada – que apresenta apenas uma folha por ramo ou, em orquídeas, no pseudobulbo;
  • Urediniosporo – esporo clonal ou assexual das ferrugens.

V

  • Variedade – uma subdivisão de uma espécie que agrupa plantas com uma forma diferenciada que se transmite à progênie;
  • Vaso coletivo – muitas plântulas, ou “seedlings”, plantadas junto num único vaso, antes de atingir um tamanho que permita serem replantadas individualmente;
  • Velame – células de paredes espessadas e cheias de ar, absorventes, que envolvem as raízes das orquídeas epífitas e que têm um papel protetor e também de reservatório de água; velâmen;
  • Viscoso – que tem visco, que é pegajoso, grudento; o mesmo que visguento e víscido;
  • Virasole – produto utilizado para eliminar vírus em orquidáceas, segundo Malavolta (Instituto Botânico do Estado de São Paulo).

X

  • Xaxim – tronco de determinadas samambaias arborescentes, cuja massa fibrosa é utilizada como substrato para cultura de orquídeas e outras plantas. Ver post sobre xaxim clicando aqui;
  • Xerófito – vegetais adaptados, morfológica ou fisiologicamente, à vida em ambientes secos.

Referência

  • damianus.bmd.br

Abraços!

IV Simbraoq – 23 de março – Conservação de orquídeas

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Pessoal, estou compartilhando com vocês uma palestra do meu amigo Luciano Zandoná, a respeito de conservação de orquídeas na Mata Atlântica. A palestra dele começa em 1h30m do vídeo. É muito importante entender este tipo de trabalho pois vai de encontro ao que escrevi sobre a coleta ilegal e suas consequências.

Mais informações sobre o trabalho do Luciano você encontra em zandonaconservacao.com.br.

Orquídeas e seus frutos e sementes – não se deixe enganar!

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Alguns motivos me levaram a pensar neste artigo e publicá-lo, mesmo sem ter todo o material disponível para tal. Por que falar dos frutos – ou capsulas – e das sementes das orquídeas?

A grande maioria das pessoas não sabem como funciona a propagação de uma espécie qualquer da família Orchidaceae, a família das orquídeas. De fato, é muito curioso, pois difere daquilo que conhecemos como o “habitual” na natureza, quer seria o “colocar a semente no solo e esperar brotar“, fruto da visão um tanto quanto incompleta que nos é passada logo na infância, com a famosa experiência de brotação da semente do feijão no algodão.

Este desconhecimento tem duas consequências. A primeira, quando uma orquídea gera um fruto, o orquidófilo ignora, pois não sabe o que fazer com ela ou imagina que sabe, tentando cultivar de maneiras tradicionais. Já a segunda, que motivou este artigo, é a forma como pessoas inescrupulosas, principalmente brasileiros, se aproveitam desta ignorância para ganhar algum dinheiro em cima dos pobres iludidos por anúncios enganosos. Exemplo? Vai no Mercado Livre ou Aliexpress, por exemplo, e digite “sementes orquídeas”. O resultado vai ser mais ou menos assim:

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Resultado da pesquisa: até orquídea com olhos!

O resultado mostrado na imagem acima mostra uma coisa interessantíssima: primeiro, todos tem paciência para contar as sementes da orquídea (você entenderá a ironia logo adiante – sementes de orquídeas são como pó). Há sementes de Phalaenopsis azul – a famosa Blue Mystic, sendo que é uma flor tingida, ou seja, fabricada a partir de uma Phalaenopsis branca e que, obviamente, não é natural, cuja próxima florada voltará a ser branca. Há também sementes de plantas que nem orquídea são e, a melhor de todas sementes: a orquídea cara de papagaio, uma brincadeira feita no Photoshop que até sementes reais está rendendo. E pasmem, só neste anúncio o vendedor já vendeu 63 pacotes destas sementes, ao custo de R$ 17,77 cada, totalizando um roubo de R$ 1.119,51.

Ah Luis, mas as pessoas não caem nesta não. Não? 63 pessoas compraram uma orquídea com olhos! Opa, 64 agora!

Ah Luis, mas elas vão perceber, reclamar e pegar o dinheiro de volta. Não, não vão. Seja lá o que o vendedor envia para estas pessoas, ou não vai brotar, ou até ter cara de alguma outra planta ele já terá embolsado seu dinheiro e você não poderá mais reclamar. É quase um crime perfeito. Um crime que só pega os desinformados.

O que todos precisam? Informação! Então vamos lá, neste caso o Wikipedia tem informações muito interessantes. Antes de mais nada, é importante entender de onde surge a semente.

A flor

Dentre todas as famílias de plantas possivelmente as orquídeas é a família que apresenta maior espectro de variação floral. Geralmente apresentam flores hermafroditas mas, além destas, em alguns gêneros podem apresentar flores exclusivamente masculinas ou femininas. Os órgãos reprodutivos (androceu e gineceu) encontram-se reduzidos e fundidos em uma estrutura central chamada coluna, ginostêmio ou androstilo. O número de estames varia entre as subfamílias: Apostasioideae possui três; Cypripedioideae dois, com o estame central modificado; as demais apresentam apenas o estame central funcional, com os dois outros atrofiados ou ausentes. Os grãos de pólen quase sempre encontram-se aglutinados em massas cerosas chamadas polínias, mas podem encontrar-se também agrupados em massa pastosa, ou rarissimamente soltos. As polínias ficam penduradas em uma haste chamada caudículo ou estipe, conforme sua estrutura, presas por um disco viscoso chamado viscídio, coladas por um líquido espesso secretado pelo rostelo. A maioria das espécies epífitas apresenta uma pequena capa recobrindo as polínias, denominada antera. O estigma é normalmente uma cavidade na coluna, onde as polínias são inseridas pelo agente polinizador. O ovário é ínfero, tricarpelar e possui até cerca de um milhão de óvulos.

A fecundação

Pela sua estrutura reprodutiva, as orquídeas obrigatoriamente necessitam do auxílio de agentes externos para o transporte de pólen ao órgão feminino de suas flores, uma vez que a massa polínica é pesada demais para ser levada pelo vento, e a parte receptiva do órgão feminino não é exposta o suficiente para recebê-la. Assim, as orquídeas selecionaram as estratégias mais fascinantes para promover a polinização. As flores podem possuir cores e aromas que atraem a atenção de polinizadores diversos, como abelhas, borboletas, mariposas diurnas e noturnas, besouros e beija-flores. Sua forma e tamanho também correspondem ao tipo de polinizador. Algumas flores podem assumir formas extremas. Orquídeas do gênero europeu Ophrys, por exemplo, apresentam a cor e a forma do labelo, ornado por cerdas, de maneira tal que se assemelham a fêmeas de uma certa espécie de abelhas. De forma que o macho, atraído pelo feromônio produzido pela própria flor e pela sua forma, copula com esta por engano, levando consigo as polínias, que depositará na próxima flor que visitar.

O fruto

Eis que sua bela flor foi fecundada. Ela começa então a gerar o fruto. Quase todas as orquídeas apresentam frutos capsulares. Eles claramente diferem em tamanhos, formas e cores. As epífitas apresentam frutos muito mais espessos com paredes carnosas, espécies terrestres apresentam frutos mais finos com paredes mais delicadas. Geralmente são triangulares, mais ou menos arredondados, com números de lamelas que variam de três a nove. Alguns são lisos outros rugosos ou mesmo cheios de tricomas, verrugas ou protuberâncias em sua superfície. Os frutos desenvolvem-se com o engrossamento do ovário na base da flor, o qual geralmente é dividido em três câmaras.

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Cápsulas de uma orquídea: seu fruto

Quando maduro o fruto seca e abre-se em três ou seis partes ao longo do comprimento, embora não inteiramente, mantendo-se sempre preso à inflorescência. Boa parte das sementes logo cai, depositando-se entre as raízes da planta mãe, as sementes são também amplamente dispersas com o vento por longas distâncias. Esta é a grande vantagem do tamanho mínimo destas sementes, afinal, com o auxílio do vento elas podem percorrer grandes distâncias antes de assentar em algum lugar.

As sementes

Quase todas as orquídeas apresentam sementes minúsculas e leves, constituídas por um pequeno aglomerado de células de cobertura abrigando um embrião. Seu tamanho é realmente microscópico, visto que não há reserva alimentar para que a semente possa germinar. Cada planta produz de centenas de milhares de sementes em cada uma de suas cápsulas. Ao contrário da maioria das plantas, as quais produzem um endosperma capaz de alimentar o desenvolvimento do embrião em seus primeiros estágios, as orquídeas utilizam-se de um processo simbiótico o fungo Micorriza que excreta os nutrientes utilizados pela jovem orquídea a partir da decomposição pelo fungo do material encontrado próximo à semente. Tão logo o embrião é capaz de realizar a fotossíntese, este processo torna-se responsável pela alimentação da planta e a Micorriza não é mais necessária.

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Milhares, talvez milhões de sementes.

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O fruto e sua semente

Apenas por curiosidade, algumas espécies de orquídeas saprófitas nunca serão capazes de realizar a fotossíntese plenamente e permanecem dependentes do fungo por toda a vida. Já algumas espécies de orquídeas, como por exemplo as do gênero Bletilla, apresentam alguma quantidade de endosperma. Por fim, poucas espécies de orquídeas têm sementes grandes. Estas são representadas principalmente pelos membros da subfamília Vanilloideae.

Em breve estarei escrevendo sobre como realizar a germinação destas sementes. Não, não é na terra. É um processo um pouco mais complexo – e interessante – que supre as necessidades da minúscula semente de forma artificial. Ou seja, sabe aquela semente que você compra no Mercado Livre e planta na terra? Esqueça, vai sair de tudo, menos a orquídea rara prometida no anúncio!

Abraços

Referências

  • pt.wikipedia.org
  • Imagens de um fórum – serão substituídas assim que conseguir fotografar uma cápsula em casa.

O vaso ideal para sua orquídea

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Vasos

Depois de tanto falar sobre substratos é hora de falar um pouco sobre qual vaso é o mais indicado para sua orquídea, afinal, são assuntos complementares.

Antes de mais nada, se você perdeu a série sobre substratos, que tal dar uma olhada nos links abaixo?

Fatores que influenciam a escolha de um vaso

Beleza? Preço? Bom, depende muito de onde você quer chegar. Se você considerar estes fatores antes de considerar a espécie, o clima, o substrato e a praticidade, talvez você esteja pensando de forma errada.

É importante, antes de mais nada, conhecer a espécie que você irá cultivar ou transplantar para saber o tipo de substrato que irá utilizar (artigos citados acima) e o clima da região que você vive, para saber como irá tratar a umidade do vaso. Em um segundo plano, o tempo de dedicação que você irá dispor à sua coleção também é importante. Eu explico: se você não tiver tanto tempo disponível, talvez prefira vasos que, em conjunto com o substrato, irão manter sua orquídea em condições ideais por mais tempo. Em outras palavras, irá manter a umidade por mais ou menos tempo.

Tamanho dos vasos

– Ah, vou plantar em um vaso bem grande e não precisar replantá-la mais.

Errado. Sabem, eu pensava assim também. Ledo engano.

Antes de mais nada, quanto maior o vaso, mais substrato você irá usar. Normalmente este material não é barato, se você usar um de qualidade. Se você vai se tornar colecionador de quantidade, ira ser muito, mas muito caro.

Se você pensa que assim irá passar um longo período sem replantá-la, você corre riscos. Os substratos que utilizamos hoje tem validade. Substratos antigos podem liberar elementos em uma quantidade danosa à planta e/ou ter uma alteração significativa de pH, também prejudicial à planta. A não ser que você efetue o plantio em pedra, claro. Mas lembre-se que mesmo assim você deverá ter cuidados com o acumulo de sais.

Com o vaso maior, a planta terá mais dificuldades na fixação física e na absorção de elementos da adubação. Das duas uma: com as raízes mais espaçadas, o aproveitamento será menor. Se o orquidófilo compensar com mais adubo, irá perder dinheiro com o excesso de adubo e ainda correrá o risco de intoxicar a planta.

O ideal é sempre replantar sua orquídea em um vaso um pouco maior do que a planta em si. Mas apenas um pouco maior. Vamos analisar as imagens abaixo:

orquideas.eco.br - vasos
Vaso que ainda não precisa de replante

No exemplo acima temos algumas plantas. Apesar de parecer que elas necessitam de mais espaço, ainda é possível que elas passem outra temporada nos vasos onde elas se encontram. Claro, se o substrato estiver apto para mais este tempo sem o replante.

orquideas.eco.br - Raízes
Esta sim parece que precisa de um vasinho maior 🙂

Nesta imagem notamos que as raízes estão saindo do vaso, inclusive com partes aéreas. Neste caso o replante é quase uma obrigação. Orquídeas gostam de ficar apertadas nos vasos, mas aí já é um exagero.

Qual modelo usar?

Existem vários tipos de vasos, vou comentar sobre os mais comuns.

Plástico

Amplamente usado pelos comerciantes, tem a característica de reter mais a umidade, sendo indicado para regiões secas e quentes. É de fácil reutilização, bastando lavá-lo e esterilizá-lo. Por outro lado, é um vaso leve, que necessita de uma camada de brita (ou materiais equivalentes) para efetuar a drenagem e manter ele firme no lugar.

Existem vasos plásticos construídos com material transparente. Estes tem a vantagem de permitir que a luz chegue às raízes. Este modelo é recomendado para as Phalaenopsis, pois elas fazem fotossíntese pelas raízes. Os modelos mais comuns – não transparentes – podem ser usados com Cattleyas, Dendrobiuns e Oncidiuns.

Caso você opte por este modelo e necessite que ele não retenha tanta umidade, você poderá fazer furos na lateral do vaso.

Particularmente, eu não gosto. Acho que não combinam muito com o ar de naturalidade que as orquídeas trazem ao ambiente que se encontram. Só utilizo em último caso. Ou quando ainda não replantei determinada planta.

Cerâmica

Normalmente encontramos os vasos de cerâmica já com os furos laterais, direcionado a quem cultiva orquídeas. É de secagem rápida, sendo indicada para ambientes mais úmidos. Caso você opte por este vaso, terá que observar mais suas plantas para evitar que elas sofram com longos períodos de seca.

Para reutilizá-lo é mais complicado, pois deverá ser bem lavado (esfregado mesmo!) e esterilizado, pois como é poroso, tende a acumular mais impurezas em suas laterais. Antes do plantio, é interessante colocá-lo submerso para que absorva bem a água. Desta forma, quando você plantar sua orquídea, ele não irá puxar a umidade da planta, conservando-a hidratada por mais tempo.

Por ser mais pesado e de secagem rápida, não necessita de uma camada de pedras no fundo. Mesmo assim eu costumo a colocar algumas, dependendo da planta. Particularmente gosto bastante deste tipo. A maioria das orquídeas que tenho em vasos estão em vasos de cerâmica. É um bom vaso para Cattleyas.

Cachepot

Suas características são semelhantes ao vaso de cerâmica, por ser um vaso aberto e de secagem rápida. Aliás, suas recomendações de uso e de reutilização são praticamente as mesmas. O que irá mudar mesmo é a planta que você irá colocar nos cachepots. Eles são amplamente utilizados para o cultivo de Vandas, Renantheras e Ascocendas, por causa do substrato. Aliás, por causa da ausência dele!

Normalmente ficam pendurados, fornecendo boa aeração. É importante fixar bem o material que você utilizará para pendurá-los para que não aconteçam surpresas com suas orquídeas.

Aqui em casa utilizo os cachepots para minhas Masdevallias e Draculas. Aparentemente, elas tem gostado bastante!

Fibra de coco

Não vou me estender muito sobre vasos de fibra de coco. Não gosto muito deste material. Como está no mercado, não posso deixar de comentar algo sobre ele. Suas características se encaixariam em um vaso intermediário entre o de plástico e o de cerâmica. Ele não retém tanta umidade quanto o de plástico, mas possui esta característica. É leve, neutro e permite certa aeração das raízes. A reutilização dele é mais complicada, visto que a esterilização é complexa, se houver um meio de realizá-la.

Existem outras formas de vasos que não abordei aqui. Por exemplo, muitas pessoas cultivam Catasetums em garrafas PET. Como não é um cultivo que tenho experiência – aliás, matei todos nas minhas PET’s – prefiro ainda não emitir uma opinião a respeito. Outros cultivam em árvores ou em tocos. As possibilidades são infinitas. Basta criatividade e um pouco de conhecimento, você poderá utilizar muitos materiais!

Referências

  • rv-orchidworks.com
  • orchidstocoffee.blogspot.com
  • cynthiablanco.blogspot.com.br
  • blog.morumby.com.br

Abraços!

Classificação das orquídeas por habitat: as epífitas ou dendrícolas

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Orquídeas do mato (3) – conscientize-se

É hora de começar mais uma série de artigos. Desta vez, vou falar sobre um assunto que gera bastante dúvidas nos orquidófilos iniciantes: a classificação das orquídeas de acordo com o seu habitat.

Neste artigo estarei focando as epífitas, mas falarei mais adiantes sobre as terrestres, rupícolas e saprófitas.

Epifitismo

Antes de mais nada, é necessário entender o que significa ser epífita. Muitos acreditam que as orquídeas são parasitas por estarem sobre outras
plantas, principalmente árvores. Não é bem o caso.

Segundo o Wikipedia, epífitas são, por etimologia, plantas sobre plantas, ou seja, plantas que vivem sobre outras plantas.

O epifitismo é algo comum nas florestas tropicais. A competição por um espaço onde um pouco de luz forneça o necessário para que a planta prospere é acirrada. E, como natureza é sábia, certas espécies são capazes de germinar em ambientes um pouco diferentes do habitual, como cascas de árvores ou outros objetos. Resumindo, é como uma seleção natural: as espécies que foram capazes de se adaptar e germinar nestes ambientes até então inóspitos conseguiram sobreviver.

As epífitas possuem sistemas complexos e específicos para absorver umidade do ar e extrair sua alimentação dos elementos que são depositados sobre si, resultando muitas vezes em plantas com necessidades específicas de umidade e de luz. Na maioria das vezes, vicejam sobre o tronco das árvores e dispõem de raízes superficiais que se espalham pela casca e absorvem a matéria orgânica ali presente em decomposição.

Aí vem a parte interessante.

Muitas vezes, as raízes das orquídeas são acompanhadas por um fungo microscópico conhecido como micorriza, que se encarrega de transformar a matéria orgânica morta em sais minerais, facilitando a sua absorção pela planta. Por outro lado, se as epífitas não conseguem absorver matéria prima da superfície da árvore, a planta pode utilizar seu hospedeiro como suporte para alcançar seu ambiente ideal na floresta. É quase uma escalada, por assim dizer.

O mais importante nisto tudo é saber que as epífitas jamais buscam alimento nos organismos hospedeiros. Suas raízes superficiais não absorvem a seiva da planta hospedeira, ou seja, não há qualquer relação de parasitismo. A presença de epífitas não prejudica a árvore onde elas vegetam.

No cultivo caseiro as coisas não são muito diferentes. Se você optar pode deixar suas orquídeas em árvores, deverá ter a certeza que o ambiente em torno desta árvore favorecerá o crescimento da planta. De nada adianta, por exemplo, você colocar uma orquídea em uma árvore ou toco ou casca e esperar que por si só ela evolua. Lembre-se que sua casa não é uma floresta tropical, logo, muitas variáveis para o desenvolvimento dela faltarão. O mais importante aqui é a regra de não matá-la de sede ou afogada. E não esquecer de outra coisa muito importante: que as raízes irão querer respirar.

Eis alguns exemplos de minha coleção:

 
 
 
 
 
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Abraços

Morfologia: o fruto e as sementes das orquídeas

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Pode ser um pensamento cruel para alguns, mas, conforme escrevi no artigo sobre a morfologia das flores, a finalidade real da flor de uma orquídea é ser o chamariz para que insetos sejam atraídos e efetuem a sua polinização. A beleza e o fato que a apreciamos é apenas um bônus que a natureza nos dá.

Polinização

Quando o inseto poliniza a flor e os óvulos no ovário são produzidos, o tubo polínico cresce dentro da coluna até chegar no ovário. Seus núcleos fecundam os óvulos e, então, o ovário começa a se desenvolver, tornando-se o que chamamos de cápsula, fruto ou frutos capsulares. Dentro deste fruto os óvulos se desenvolvem dando origem às sementes, protegidas e alimentadas pelo próprio fruto.

https://www.youtube.com/watch?v=RDjcxlvpzZ0

Frutos – ou cápsulas

Quase que a totalidade das orquídeas geram frutos. Suas formas, tamanhos e cores variam bastante, sendo que nas epífitas são mais espessos com paredes carnosas e nas terrestres são mais finos e com paredes delicadas. Sua forma, normalmente triangular mais ou menos arredondada, possui lamelas cujo número varia de três a nove. A exceção é a subfamília Vanilloideae, que possuem uma cápsula que lembra muito uma vagem e, como tal, apresenta sementes bem maiores que as usuais.

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Cápsulas – fruto – de um híbrido

Os frutos podem ser lisos ou rugosos, possuir tricomas (espécie de pelo dos vegetais), verrugas ou protuberâncias em sua superfície. Por se desenvolver do engrossamento do ovário na base da flor, é normalmente dividido em três câmaras. Seu tempo de desenvolvimento varia, dependendo da espécie. Você pode conferir o tempo de maturação das cápsulas de orquídeas lendo meu artigo sobre o tema. Quando finalmente maduro, o fruto seca, “explodindo”, e abre-se em três ou seis partes ao longo do comprimento, mantendo-se sempre preso à inflorescência, ou seja, não se destacando da planta principal.

Quando rompe, o fruto libera a maioria das suas sementes no mesmo local, entre as raízes da planta geradora. Entretanto, e esta é a beleza de toda esta história, as sementes são muito leves e, com isto, são levadas pelo vento também, podendo percorrer grandes distâncias.

Sementes

Excetuando as orquídeas da subfamília Vanilloideae, que possuem sementes maiores, a grande maioria das orquídeas possui sementes microscópicas e leves. Provavelmente, um artifício da natureza para que fazer com que sua propagação seja mais esparsa, pois são facilmente levadas pelo vento. Por serem minúsculas e leves, são constituídas apenas por um pequeno aglomerado de células de cobertura abrigando um embrião, desprovidas ou com pouco tecido de reserva, chamado endosperma.

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Cápsulas e sementes
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Detalhe do tamanho das sementes

Cada planta é capaz de produzir milhares de sementes em cada um dos seus frutos. Por possuírem pouco ou nenhum endosperma para se alimentar, nos primeiros estágios o embrião utiliza-se de um processo simbiótico com o fungo Micorriza, que excreta os nutrientes utilizados pela jovem orquídea a partir da decomposição do material encontrado próximo à semente pelo fungo. Os detalhes desta simbiose você pode conhecer no artigo que escrevi sobre a Micorriza, clicando aqui.

Assim que o embrião torna-se capaz de realizar a fotossíntese, passa a alimentar-se deste processo. Com isto, a Micorriza não é mais necessária. Apenas quando a orquídea não é capaz de realizar a fotossíntese é que ela torna-se dependente da Micorriza. Isto acontece com algumas espécies saprófitas.

Assim, o ciclo do crescimento continua, e a orquídea irá se desenvolver até o ponto de, mais uma vez, perpetuar sua espécie através das suas sementes. Você pode ler mais sobre os passos desta evolução da semente até a flor clicando aqui.

Curiosidade: os oportunistas

escrevi aqui no orquideas.eco.br sobre isto, mas é sempre bom lembrar aqueles que não conhecem profundamente o assunto: não caia no golpe das sementes das orquídeas! Se você gosta de comprar produtos online, não deixe-se levar pelos anúncios bonitos e a raridade das plantas em sites como Mercado Livre ou AliExpress. Inúmeros vendedores inescrupulosos utilizam estes meios para lucrar com a boa fé das pessoas, vendendo um produto que simplesmente não existe. Bom, não na mão deles!

Basta um acesso ao Mercado Livre, por exemplo, para você encontrar anúncios que vendem este tipo de mercadoria. Agora me diga, como um vendedor consegue ficar contando sementes microscópicas para enviar o número anunciado? Claro que não consegue! Fora os que tem a audácia de dizer que “é só plantar na terra” – o que a descaracteriza ainda mais das orquídeas, devido à sua necessidade de simbiose com a micorriza. O que eles fazem é mandar qualquer semente no lugar das prometidas. É um crime perfeito para eles, pois quando a semente brotar (se brotar), o cliente não poderá reclamar e já terá perdido seu dinheiro.

O mais importante desta série sobre a morfologia das orquídeas é você aprender o que elas realmente são, como se comportar e quais suas necessidades. Assim, estará apto a cultivá-las sadiamente – e não cairá em golpes assim!

Referências

  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br
  • wikipedia.org

Abraços!

Classificação das orquídeas por habitat: as rupícolas, litófitas ou rupestres

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Orquídeas em pedras. Pera lá, pode isto?

Sim! E se você pensa que isto é coisa de ficção científica, saiba que você pode estar mais perto destas belezas do que imagina.

Orquídeas litófitas, saxícolas, rupícolas, petrófitas ou ainda rupestres (ufa!) são plantas que crescem diretamente sobre rochas. Bom, na verdade não é bem sobre elas, mas sim em suas rachaduras ou em lugares onde haja o acúmulo de matéria orgânica e umidade. É um ambiente extremamente inóspito, fazendo com que apenas plantas especializadas consigam o feito de se desenvolver plenamente em lugares assim. Por que? Obviamente, um ambiente assim não é um centro de excelência no fornecimento de nutriente a uma planta. Por isto, uma orquídea rupícola normalmente não é uma planta de grandes proporções.

O grande barato destas orquídeas (e outras plantas rupícolas) é que elas dependem muito da composição rochosa abaixo delas. Em um ciclo comum, temos uma rocha colonizada por aquilo que chamamos de litófitas primárias, como os musgos. Estas litófitas irão instalar-se sobre rochas que, por consequência de sua forma, acumulam minerais e matéria orgânica. Desta forma, acabam permitindo a instalação de outras espécies maiores, como orquídeas e bromélias.

Você pensa que a dureza acabou? Não, veja só como pode ser ainda mais complicado. Levando-se em consideração que estas orquídeas vivem sobre as rochas elas estão, em sua grande maioria, sob Sol pleno. Para sobreviver, protegem suas raízes colocando-as sob a matéria orgânica onde se encontra. Porém isto não é uma unanimidade, pois não é difícil encontrar orquídeas vivendo sobre rochas que atingem temperaturas bem mais altas e ver que todo este calor não danifica a planta e suas raízes. Como regra geral, formam touceiras compactas cobrindo pequenas áreas.

laelinhas rupicolas
Laelias em seu habitat natural

Seu metabolismo faz com que ela não perca muita água durante o dia, não abrindo seus estômatos neste período. Estas estruturas abrem apenas no período noturno, para a realização das trocas gasosas importantes para a formação de ácidos que serão estocados nos vacúolos das células e que depois, durante o dia, serão utilizados nos processos fotossintéticos.

Algumas dicas importantes para o cultivo

  • alta luminosidade e boa ventilação;
  • substrato misto de pedra canga – laterita – e casca de pinus em decomposição;
  • uso de isopor na parte de baixo do vaso – preferencialmente de plástico – para ajudar na drenagem;
  • adubação orgânica – torta de mamona, farinha de ossos e cinzas (5-2-3);
  • irrigação sempre que estiver seco, a noite no verão e pela manhã no inverno.

Rupícola
Laelias em seu habitat natural

Respondendo a pergunta do início do artigo: por que você estaria mais perto do que imagina destas belezuras? Muito simples, temos uma vasta gama de Laelias (hoje chamadas de Hoffmannseggella) no Brasil, principalmente em Minas Gerais e no Espírito Santo. Portanto quando for adquirir uma beleza destas, fique de olho nos cuidados para que ela cresça bem e floresça sempre!

Referência

  • awzorchids.com.br

Substratos para orquídeas – qual o melhor?

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Substratos (7) – Resumão e considerações finais

É importante conhecer os fatores que influenciam o substrato a ser escolhido. Antes de mais nada, a planta. Se ela necessita de mais ou menos água ou aeração é primordial para saber que material usar no substrato. Outro fator é o clima na região onde ela estará plantada. Orquídeas que precisam de umidade, porém, estão em um lugar quente e seco, necessitam de um substrato que retenha mais umidade. O inverso também é valido, portanto, cuidado! Não existe mais cultivo de orquídea sem organização e preparo. Você tem que estudar e entender tudo que envolve a planta, inclusive as técnicas para proporcionar a ela a melhor ambientação possível.

Aí vem a questão: qual é o melhor substrato de todos? Vamos tentar responder esta questão no final deste artigo.

Principais propriedades de um bom substrato

Tenha em mente que um bom substrato deverá:

– Reter bem os nutrientes depois de cada adubação para liberá-lo aos poucos;
– Ser facilmente encontrado no mercado;
– Não possuir substâncias que sejam tóxicas para a planta;
– Sustentar a planta com firmeza;
– Permitir uma boa aeração para raízes;
– Reter água na quantidade ideal, sem encharcar;
– Manter o pH equilibrado;
– Durar de 2 a 3 anos, pelo menos.

E existe um substrato com todas estas características? Não. Por isto misturamos alguns elementos para chegarmos perto do substrato ideal.

Também é necessário lembrar que para utilizar um substrato são necessários alguns cuidados, como lavá-lo e esterilizá-lo (escrevi sobre isto no post sobre madeiras e afins). Também é importante realizar o que alguns chamam de “water flush”, ou seja, lavar o substrato periodicamente. Colocar o vaso embaixo de uma torneira por alguns minutos ou mergulhá-lo em um balde com água por algum tempo fará com que o substrato elimine o excesso de sais que poderiam prejudicar as raízes. Aliás, a segunda opção também fará com que pequenos animais saiam do substrato, afinal, eles precisam respirar. Por fim, adubação. Nenhum substrato é capaz de liberar tantos nutrientes quanto a planta necessita. O complemento com o adubo se torna extremamente necessário.

Novamente vem a questão: qual o melhor substrato? Calma…

Primeiro, assistam este vídeo e já voltamos ao assunto.

Agora, leiam (se ainda não leram) a minha série de artigos sobre substratos:

Substratos para orquídeas – Xaxim e sua proibição
Substratos para orquídeas – Fibra de coco
Substratos para orquídeas – Sphagnum, esfagno, musgo
Substratos para orquídeas – Cascas, lascas, troncos e madeiras em geral
Substratos para orquídeas – Materiais inertes
Substratos para orquídeas – Mix, misturas e afins

Então, depois de tudo isto, a que conclusão eu chego? Qual o melhor substrato?

Eu diria que o melhor substrato é o natural. Como assim? Ué, o melhor substrato do mundo é aquele onde a orquídea nativa está. Eu explico: quando sua semente saiu da cápsula, ao vento, procurando um lugar para iniciar um novo ciclo de vida, o lugar que ela parou e conseguiu germinar pode ser considerado um excelente substrato. Veja o empenho orquidófilos do mundo inteiro para fazer um punhado de sementes brotarem em um pequeno frasco de vidro. A natureza, sábia como só ela, consegue fazer isto naturalmente.

Preciso dizer mais? Ok, posso colocar toda a questão de outra forma: o melhor substrato para mim? Nenhum. E todos. Tudo ao mesmo tempo. Tudo dependerá de você.

Sim, tudo dependerá do tempo que você dedicará ao estudo, ao cultivo, à observação, enfim, ao aperfeiçoamento. Só assim você se tornará um excelente orquidófilo e terá plantas saudáveis, floridas e bem cuidadas.

Afinal, não é isto que buscamos?

Abraços!

Substratos para orquídeas – Materiais inertes

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Substratos (5) – Materiais inertes

Materiais inertes? Que raios é isso?

Um substrato inerte seria aquele que não sofre variação ou não reagem com os elementos ao seu redor. Pelo menos deveriam ser assim.

Bom, já falei sobre o xaxim, a fibra de coco, o musgo e madeiras em geral. Todos eles tem suas propriedades no que se diz respeito à umidade e retenção de nutrientes. Mas utilizar apenas estes materiais (a exceção do xaxim, claro, por ser proibido) não é limitar e condicionar a planta a uma situação que poderia ser um pouquinho melhor? Ou mais econômica para o dono dela?

Sim. Você não irá montar um vaso apenas com musgo ou com fibras. Torna-se caro. E talvez a planta não se adapte só àquele substrato. Precise de alguma variação, aquilo que dê liga, que dê areação, secagem, umidade, ou simplesmente o controle necessário ao micro-habitat que ela se encontra.

Eu ia finalizar esta série de artigos falando das misturas que temos disponíveis por aí. Mas pensando bem, acho importante mostrar certos elementos que podem ser utilizados em conjunto com outros substratos para auxiliar o orquidófilo na tarefa de aclimatizar a planta da melhor maneira possível.

Alguns materiais inertes utilizados pelos orquidófilos são: cacos de cerâmica (telhas e vasos), pedras (brita, cascalho, seixos e ardósia), argila expandida, isopor e carvão vegetal. Estes materiais são normalmente usados em complemento a algum outro elemento no vaso. Se usado como substrato principal, deve-se redobrar a atenção com as regas e fertilizações, já que os materiais inertes tendem a secar rapidamente e não segurar o adubo por muito tempo. Além disto, é sempre bom efetuar a limpeza do material a ser utilizado para evitar a proliferação de fungos e bactérias. Uma boa fervida ou o tratamento com cloro deve resolver.

Carvão vegetal

Facílimo de achar, já que nada mais é do que o bom e velho carvão do churrasco de final de semana. Deve ser utilizado novo, pois o usado tem suas propriedades químicas alteradas e certamente prejudicará a planta. Bom para locais de clima úmido, pois não retém umidade. É ineficiente na retenção de adubo, mas tende a acumular sair com o tempo, sendo necessária lavagem periódica igual a que fazemos quando há acumulo de sais nos vasos, ou seja, uma boa ducha com água limpa. Leve, não dá sustentação à planta. É um excelente elemento para se utilizar em conjunto com substratos que retenham umidade, caso haja necessidade. Dura cerca de dois anos. Após este período satura em sais minerais e começa a esfarelar.

Brita, dolomita, cascalho e seixo

Brita nada mais é do que a pedra que utilizamos nas construções. É facilmente encontrada e ajudam no enraizamento das plantas. Em contrapartida, retém sais, sendo necessária lavagem de vez em quando para evitar a queima das raízes. Algumas possuem muito cálcio, podendo prejudicar algumas espécies de orquídeas. Possui durabilidade indeterminada, pseudo-eterna :).

Cacos de cerâmica

Obtidos das mais diversas fontes, como por exemplo vasos e telhas. Sempre utilizar materiais novos, pois os antigos podem estar contaminados por fungos e bactérias. Bastante porosos, retém umidade e adubo, além de serem bastante arejados. Entretanto, secam rapidamente. Fornecem uma boa sustentação à planta. Duram em média 5 anos, porém, acredito que possam durar bem mais se conservados corretamente.

Aqui eu dou uma dica: vá a uma cerâmica que fabrique aqueles vasos furados para orquídeas. Normalmente eles também cozinham as sobras destes vasos furados (as rodelinhas) e colocam à venda. Tem a vantagem de ser uma cerâmica nova (nunca usada) e em um formato interessante para o uso.

Ardósia

Basicamente, possui as mesmas qualidades e defeitos da brita. Entretanto, possui ferro, podendo ser interessante para o cultivo de orquídeas como as Laelias mineiras e outras rupícolas.

Isopor

Extremamente leve, normalmente é usado como dreno em vasos. Particularmente eu não gosto muito, como sou meio desajeitado, faz muita sujeira comigo. Não gosto de ficar caçando bolinhas de isopor. Não retém umidade nem adubo, porém, a planta se agarra bem nele por ser levemente rugoso.

Argila expandida

Utiliza o mesmo princípio que comentei das rodelinhas dos vasos de orquídeas, já que é sobra de material das cerâmicas. Retém umidade e adubo.

Perlita

Este estou colocando pois algumas pessoas o sugeriram. Perlita é um mineral de origem vulcânica que quando aquecido a altas temperaturas expande de quatro a vinte vezes o seu volume original. É leve, neutro, com alta capacidade de retenção de líquidos e adubos. Mas a grande sacada da perlita é a areação que ela fornece. Além disto, é interessante por conter alguns elementos como alumínio, silício, ferro, magnésio, cálcio, sódio e potássio. Devido a retenção de sais, sua durabilidade é de aproximadamente um ano.

Vermiculita

Equivalente a perlita, destaca-se pela retenção de líquidos. Deve-se evitar porque algumas jazidas estão contaminadas com amianto, prejudicial a nossa saúde. O certo é conhecer bem a procedência do produto.

Referências

  • aorquidea.com.br
  • jsalmazo.blogspot.com.br

Abraços

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