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Como devo alimentar minha orquídea?

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As orquídeas precisam ser alimentadas regularmente. Mas como, se na natureza ninguém faz isso?

Bom, a natureza é sábia. Quando a orquídea está em seu habitat natural, há elementos que contribuem com sua nutrição. Pode ser restos de folhas, o tipo da árvore ou do solo que ela está, até eventuais dejetos de animais específicos da região que ela habita.

Em casa não temos este mesmo habitat. Logo, nutrientes certamente faltarão na dieta de sua orquídea. Por isto devemos adubá-las constantemente.

Muitos orquidófiulos sugerem o uso de um fertilizante balanceado, como o NPK 20-20-20. Entretanto, é imprescindível que ele também inclua todos os elementos traço necessários. Independentemente da formulação de fertilizante que você escolher usar, ele deve conter pouca ou nenhuma uréia. No meu caso, uso o B&G, pois contem todos os elementos que preciso, inclusive cálcio. Como utilizo pulverizador, a vantagem deste fertilizante é já estar na forma líquida. Desta forma, não preciso dissolver e não corro o risco de ter o pulverizador entupido.

É importante salientar que, assim como a irrigação, menos é mais. As orquídeas correrão menos risco se você utilizar menos fertilizante do que o recomendado, ao invés de usar doses maiores. Muitos orquidófilos utilizam a abordagem “fracamente, semanalmente”, aplicando um fertilizante semanalmente em uma diluição maior que a recomendada pelo fabricante (50% ou até 25%), em vez de aplicar uma dose completa uma vez por mês. Outra dica importante é não fertilizar uma planta completamente seca, pois o fertilizante pode queimar as raízes mais secas. O ideal é você molhar todas as plantas para, em seguida, aplicar o adubo. Isto também melhora a absorção do fertilizante, potencializando seu uso, pois faz com que os estômatos da planta estejam abertos.

Caso queira se aprofundar sobre este tema, principalmente na parte química, aconselho a leitura da minhas postagem sobre macro e micro nutrientes e também sobre o pH e salinidade da água.

Abraços!

Por que as folhas de minha orquídea estão enrugadas?

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Folhas murchas ou enrugadas normalmente indicam falta de água para o tecido da planta. Aí podemos ter, basicamente, duas causas.

Primeiro, e o mais simples, sua planta não está recebendo água suficiente. Olhe as raízes e, se parecerem saudáveis (brancas, pontas verdes, gordinhas) e o substrato estiver em boa condição, realmente pode ser que sua planta esteja recebendo água insuficiente.

Por outro lado, se as raízes estiverem em más condições e, principalmente, não estiver em grande quantidade, este pode ser seu problema. Se a planta não tem raízes, não pode absorver água, por mais que você a forneça. Aí o cuidado deve ser redobrado, pois você pode estar perdendo as raízes por estar dando água em excesso ou por causa de um substrato deteriorado. Se for uma planta recém replantada, pode ser que ela esteja mal acondicionada em sua nova casa. Como solução, eleve a umidade ao redor da planta para reduzir o estresse sobre o que sobrou das raízes e aguardar que a planta se restabeleça completamente.

Em ambos os casos aconselho a leitura deste artigo sobre a importância das raízes para sua orquídea.

O pH dos substratos – como isso influencia sua orquídea?

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O tal do pH, quando falamos de um hobby, é muito discutido no aquarismo. Lembro-me bem que, quando tinha aquários em casa, o pH era o primeiro teste que fazia para verificar se a água estava apta a receber determinados tipos de peixes. Também ouvimos isso quando falamos de piscinas e até de quem fabrica cerveja artesanalmente (experiência própria). Mas no substrato – sólido – de uma orquídea, dificilmente você irá ouvir alguém comentar.

Muitas pessoas não tem idéia de como o pH pode influenciar o desenvolvimento e a saúde de suas orquídeas. Vejo que muitos orquidófilos se preocupam com a água água usada para irrigar suas plantas, medindo pH ou optando por usar água da chuva (eu faço isso também). Entretanto, ouvir algum orquidófilo falar de como cuida do pH do seu substrato é praticamente inexistente.

É importante saber o que significa o pH. Para isso, escrevi há alguns anos um artigo sobre o pH e como ele influencia a absorção de nutrientes provenientes de uma adubação. Este artigo você poderá ler clicando aqui. Se não leu, clique e leia, depois volte neste artigo.

Agora que você já se familiarizou com o termo e o que ele significa, é bom fixar que o pH do substrato interfere diretamente na absorção de macro e micro nutrientes pela orquídea. Conforme explicado com maior detalhes no artigo acima, um pH muito alto ou muito baixo faz com que a orquídea não consiga absorver determinados nutrientes, prejudicando seu desenvolvimento – ou pelo menos aquele que você queria que a planta tivesse ao fornecer nutrientes à ela.

Um exemplo básico é a absorção do Nitrogênio. Este elemento será absorvido apenas o meio de cultura em que a orquídea se encontra estiver com o pH entre 6 e 8. Como o Nitrogênio é responsável pelo crescimento da orquídea, o pH estando abaixo de 6 ou acima de 8 impedirá que ela absorva o elemento que a fará crescer melhor.

Aí você aduba a planta e não vê resultados. Não vendo resultados, aduba ainda mais. Com isso, você acabo por intoxicar a planta, prejudicando seu sistema radicular e, em casos extremos, matando a orquídea. Por isso, além de adubar (afinal, ela precisa se alimentar), precisamos ter cuidado com o meio de cultura no qual mantemos nossas plantas. Isso inclui o pH do substrato e também o pH utilizado na água que provemos à nossas plantas. Com estes cuidados, garantimos a completa absorção de todos os nutrientes oferecidos, tornando nossas orquídeas sadias, com crescimento vigoroso e pleno.

Vale lembrar que, mesmo que alguns substratos sejam indicados para orquídeas, devemos cuidar sempre de seu pH. Com o tempo, alguns substratos tendem a se deteriorar. Junto com a adubação e a água utilizada na planta, seu pH poderá mudar drasticamente, prejudicando a planta. Este é um dos motivos que a troca periódica de substrato é tão importante.

Como medir o pH do substrato

Medir o pH do substrato é simples. Tenha em mãos um kit de medir pH, que pode ser encontrado em lojas de produtos para piscinas ou lojas de aquarismo. Encha uma bacia com água e deixe descansar por algumas horas, para eliminar o cloro. Certifique-se esta água esteja neutra, ou seja, com o pH em 7. Com o auxílio de outra bacia, segure o vaso a ser analisado de modo que você possa regar sua planta com a água de pH neutro e toda água utilizada na rega escorra e seja armazenada na bacia abaixo do vaso. Depois, basta seguir as instruções do kit de medição de pH utilizando esta água que escorreu do vaso. Este não é um método preciso, mas pode ajudar a determinar um caminho a ser seguido. Existem outros métodos mais eficazes, porém mais custosos e não tão práticos.

Se o resultado for algo diferente de 7 (pH neutro), teremos uma água ácida (pH menor que 7) ou alcalina (pH maior que 7). Se trocar o substrato não for uma opção, você poderá tentar corrigir o pH. Existem produtos que fazem esta correção do pH e uma forma simples de realizar esta correção é adicioná-los na água utilizada para irrigação (que deve ser neutra) e analisar periodicamente o resultado, medindo novamente o pH do substrato para observar a evolução.

Outra opção é misturar um substrato diferente para tentar equalizar o pH. Eis o pH médio de alguns substratos:

  • Casca de arroz carbonizada – pH de 6,5 a 7,0;
  • Casca de pinus – pH de 4,0 a 4,5;
  • Fibra de coco – pH de 5,5 a 6,0;
  • Fibra de xaxim – pH de 4,0 a 5,0;
  • Sphagnum – pH de 3,5 a 4,2;
  • Turfa – pH de 3,5 a 4,5;
  • Vermiculita – pH de 7,5 a 8,5.

Referência

  • orquideas-ago.blogspot.com.br

Abraços!

Chorume para adubar orquídeas

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Essa é para quem tem o costume de fazer compostagem caseira e não sabe o que fazer com o chorume.

Há muito tempo atrás conheci uma pessoa que utilizava biofertilizante em suas orquídeas. Depois de conversar com ela, entendi que o tal biofertilizante era o chorume proveniente da compostagem que ela realizava em casa. Ao questionar se o líquido resultante da compostagem era realmente bom para as orquídeas, ouvi atentamente a uma aula de como o chorume proveniente de composteiras caseiras é excelente e rico em nutrientes, além, é claro, de saber que ele é chamado de biofertilizante. Aliás, é bom frisar que, ao contrário do que muitos pensam, o chorume não é um contaminante quando composto apenas através da compostagem de matéria orgânica, ou seja, o que você faz em casa é um chorume do bem!

O chorume é gerado através da decomposição de matéria orgânica que, no caso de nossas residências, seria basicamente o resto de folhas, verduras, cascas de frutas e outros resíduos úmidos misturados à matéria orgânica mais seca, como grama, folhas secas, terra e por aí vai. Quando você compra uma composteira ou faz uma em casa (há vários tutoriais e vídeos na internet mostrando este processo), o último compartimento, chamado de caixa coletora, possui uma torneira para obtenção do líquido. É ali que seu biofertilizante será depositado enquanto as minhocas nos compartimentos acima trabalham sem parar. O líquido proveniente desta caixa não deverá ter cheiro ruim se a compostagem for realizada da forma correta, pois é resultado apenas de elementos orgânicos.

Como utilizar

A utilização para qualquer planta é simples, bastando diluir o líquido na proporção 10:1, ou seja, 10 partes de água para uma de chorume. Já para as orquídeas eu faria ainda mais diluído, mas isso vai de cada um, podendo ainda ser 10:1 sem apresentar problemas. Com o líquido já preparado, regue as orquídeas ou borrife as folhas, atentando-se ao fato de realizar este procedimento em horários em que o Sol não esteja tão forte.

Outras funcões

Um bônus ao utilizar chorume em suas plantas é que ele também funciona como repelente, ou seja, é possível que a incidência de insetos em seu cultivo seja menor após utilizar o produto.

Abraços

Usos do vinagre em seu orquidário

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Na semana passada, falei do uso do vinagre para regular o pH do meio de cultivo de suas orquídeas e também controlar pulgões, cochonilhas e fungos. Pois bem, acontece que o vinagre é ainda mais útil do que você imagina! Vejamos mais três funções do vinagre em seu orquidário que podem ajudar muito no aperfeiçoamento do seu cultivo:

Limpeza de vasos de cerâmica

Com o tempo, os vasos de cerâmica absorvem minerais, como o cálcio, fungos e o musgo gerado pela umidade, deixando-o com uma aparência muito menos convidativa. Ao transplantar a planta, você pode desejar utilizar o vaso antigo novamente com outra e, com o vinagre, você poderá deixá-lo como novo!

Vasos
Vasos limpinhos

Primeiro, limpe o excesso de sujeira, por exemplo, com uma escova de cerdas metálicas. Após este procedimento, mergulhe o vaso em uma mistura que contenha cerca de 25% de vinagre durante meia hora. Se a sujeira estiver muito grudada, você poderá utilizar vinagre puro no local.

Limpeza de ferramentas

A limpeza das suas ferramentas de cultivo é muito importante para evitar o alastramento de pragas e doenças. Entretanto, esta limpeza constante pode acabar enferrujando as ferramentas. Para limpar esta ferrugem, deixe suas ferramentas de molho em vinagre puro. Espere meia hora para que o vinagre aja, retire a ferramente e a limpe com água. Depois é só passar um pouco de óleo de cozinha para conservar a ferramenta limpa por mais tempo.

Afugentar formigas

Se você está tendo problemas com formigas em seu orquidário, experimente borrifar um pouco de vinagre no caminho que elas utilizam para se locomover até o orquidário. O vinagre é um repelente natural e pode ser aplicado sempre que precisar, fazendo com que as formigas optem por outros caminhos (e talvez outras plantas). Tome cuidado para não borrifar vinagre puro em suas plantas.

Formigas chatas

Abraços

Vinagre no cultivo de orquídeas

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Vinagre

Vinagre? Nas orquídeas? Pois bem, de vez em quando procuro achar elementos que usamos no cotidiano para auxiliar em nosso cultivo e este é mais um destes casos.

Há muito tempo escrevi sobre o pH do substrato e, relendo minha anotações, achei que poderia mostrar um pouquinho mais sobre os benefícios dos produtos que podem acidificar ou alcalinizar o meio de cultivo de nossas plantas. Isto porque fungos e bactérias gostam de um substrato levemente ácido. Juntando os pontinhos, o vinagre é um dos ingredientes caseiros mais ácidos que temos em nossa despensa. Podemos, então, utilizá-lo para dificultar o desenvolvimento de doenças em nosso cultivo, bastando borrifar uma solução com vinagre em nossas orquídeas.

Para tal, basta diluir uma colher de sopa de vinagre (de maçã, por exemplo) para cada litro da água e borrifar a planta. Tome cuidado para fazer este procedimento em horários em que o Sol não está muito forte, afim de evitar queimaduras nas folhas. Como disse acima, é uma forma de evitar o desenvolvimento de doenças. Se alguma doença já estiver instalada em suas plantas, você terá que adotar outro tratamento. Tenho vários listados aqui no site, basta procurar nos artigos ou usar a busca para procurar o que você precisa.

Outras funções do vinagre

Mais especificamente, podemos utilizá-lo para controlar outras pragas, como por exemplo:

Cochonilhas e pulgões

Você pode remover manualmente cochonilhas e pulgões, quando a infestação não é gigantesca, com uma solução de água e vinagre (50% cada, ou seja, partes iguais). Basta embeber um chumaço de algodão na solução e tratar as partes da planta atingida. Quando a infestação é maior, veja as dicas deste artigo ou deste artigo.

Fungos

O vinagre pode ajudar em infestações mais pesadas de fungos. Com uma solução de duas partes de água para cada parte de vinagre, borrife nas plantas. Repita periodicamente na planta afetada para acompanhar e evolução e, se não houver progresso, parta para tratamentos mais fortes, como a calda bordalesa (clique aqui para ver mais).

Abraços

Enraizadores caseiros para orquídeas

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Quando falei sobre a utilização de calda de tiririca para estimular o enraizamento de orquídeas, muitas pessoas me perguntaram sobre outras receitas para obter um enraizador eficaz de uma forma fácil e barata.

Pois bem, existem outras formas de se obter o mesmo efeito. Entretanto, é importante ter em mente que utilizar um enraizador apenas porque acredita-se que assim as plantas serão melhores e mais fortes é um erro. O ideal é utilizar compostos enraizadores apenas quando há uma necessidade evidente de que, com isso, estaremos proporcionando à planta uma sobrevida, principalmente em casos de transplantes, doenças, debilitação, enfim, em casos bem específicos.

O objetivo de um enraizador é promover o surgimento e o crescimento das raízes principais e desenvolver maior número de raízes secundárias.

Receitas caseiras

Existem alguns enraizadores industrializados, como o SUPERThrive, que são caros e difíceis de achar. Entretanto, temos formas mais econômicas de obter o mesmo efeito, através de enraizadores naturais. A vantagem neste caso é que são 100% orgânicos, fáceis de fazer, econômicos e ecológicos. Vejamos alguns:

Chorume

Chorume é um subproduto de quem tem um minhocário, ou seja, de quem faz compostagem em casa. Em breve escreverei mais sobre este assunto, pois estou realizando compostagem em casa e quero usar o “xixi de minhoca” para adubação. Sua utilização é simples, bastando coletar o líquido escuro que fica acumulado no fundo do seu minhocário ou composteira.

Por ser orgânico, sua validade é curta. Recomenda-se colocar a solução em um recipiente escuro, vedado, e utilizar em até uma semana.

Vitamina ou complexo B1

Nada mais é do que o famoso medicamento Benerva, que pode ser adquirido em qualquer farmácia. Você também poderá manipulá-lo, caso queira aumentar a concentração ou queira o medicamento já em pó.

Para fazer o enraizador com Benerva você irá diluir em cerca de 750ml de água um comprimido de Benerva. A utilização é simples, basta você colocar a planta dentro desta solução durante algumas horas e pronto. Se sobrar um pouco, lembre-se que você deverá guardá-la em um recipiente escuro, não transparente, bem vedado, e a solução deverá ser utilizada em até uma semana.

Água de feijão

Esta é uma opção muito boa para quem gosta de cozinhar um bom feijão (meu caso, por sinal). Tenho o costume de deixar o feijão de molho durante algumas horas antes de cozinhá-lo. Pois bem, esta água na qual o feijão fica em repouso antes de seu cozimento pode ser usada como enraizador e até fertilizante.

Para utilizar a água de feijão você deverá optar por feijões mais novos, deixando-os de molho durante um período (uma noite, por exemplo). Separe o feijão da água e utilize o líquido conforme a sua necessidade.

Vale lembrar que você deverá dar preferência à uma água já filtrada, livre de cloro e fluor, elementos que podem prejudicar a eficácia do enraizador.

Água de feijão – versão turbinada

Você pode potencializar a água de feijão para obter um enraizador ainda mais potente. Depois de deixar o feijão de molho durante a noite, bata no liquidificador o feijão juntamente com a água na qual ele ficou. Filtre bem o liquido resultante e utilize de acordo com sua necessidade.

Novamente vale lembrar que você deverá dar preferência à uma água já filtrada, livre de cloro e fluor, elementos que podem prejudicar a eficácia do enraizador.

Café

Dentre as várias utilidades do café que, aliás, já comentei bastante aqui no site, outra delas é prover auxílio ao bom desenvolvimento das raízes.

Para fazer um enraizador baseado no café, basta você ferver os grãos de café ou café moído. Apenas um punhado é suficiente para um litro dágua. Filtre para eliminar a parte sólida da mistura, deixe repousar por algumas horas e utilize de acordo com sua necessidade.

Canela

Outro produto com diversas finalidade, também já discutidas aqui no site, é a canela. E como tal, não poderia deixar de ser um excelente enraizador.

Para fazer um enraizador baseado em canela, basta você adicionar três colheres de sopa de canela em pó em um litro dágua. Deixe a solução repousar durante e noite e filtre para eliminar a parte sólida da mistura. Depois, basta usar conforme sua necessidade.

Sementes de Soja ou Trigo

Além do feijão, a soja e o trigo também possuem propriedades enraizantes, pois durante sua germinação elas são capazes de gerar hormônios de enraizamento.

Para aproveitar estes hormônios, basta você deixar as sementes de molho em água (filtrada, lembre-se do cloro e flúor) na temperatura ambiente por algumas horas. Separe a água das sementes e reserve o líquido na geladeira. Triture as sementes com água filtrada e coe a solução, acrescentando no final a água que está na geladeira. Depois, use de acordo com sua necessidade.

Lentilhas

Talvez a semente que a maioria dos orquidófilos usam, a lentilha funciona de forma muito parecida com as sementes citadas acima, liberando hormônios durante a sua germinação.

Da mesma forma, para fazer a solução a ideia é a mesma: basta você deixar as lentilhas em repouso na água filtrada por algum tempo, até que você note que algumas começaram a germinar. Bata a água e as lentilhas e filtre para eliminar a parte sólida. Adicione mais um pouco de água filtrada para que não fique tão concentrada e utilize de acordo com a sua necessidade.

Tiririca

A tiririca mereceu um post só para ela aqui no site. O enraizante feito com a tiririca possui uma grande quantidade de ácido indol-acético, que estimula a formação das raízes. Mais detalhes você pode ler clicando aqui.

Referências

  • arbbis.com
  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br

Abraços!

Calda de tiririca – enraizador natural para orquídeas

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Este artigo retrata uma curiosidade que alguns orquidófilos utilizam para reprodução de orquídeas, principalmente por estaqueamento, ou seja, o que é feito com orquídeas terrestres. É importante salientar que deve-se ter muito cuidado ao utilizar este método pois, dependendo da concentração, o efeito é contrário e prejudicial. Entretanto, como meu objetivo é informar e discutir ideias, não poderia deixar de escrever sobre algo que está rolando há algum tempo na Internet e alguns orquidófilos utilizam com muito sucesso.

A planta

A Cyperus rotundus, também conhecida como tiririca ou junça, é uma planta pequena, de rápido desenvolvimento, pertencente à família Cyperaceae e ao gênero Cyperus. Produz pequenos tubérculos de alto poder regenerativo (um único tubérculo cortado pode dar origem a várias plantas) ricos em fitormônios. Essa alta quantidade de fitormônios faz com que a planta seja usada para a produção e enraizamento de outras plantas, principalmente por estaqueamento.

Infelizmente, é uma erva daninha de difícil controle e, consequentemente, um saco de controlar quando há uma infestação.

Bom, pelo menos agora você pode tirar proveito disso, dependendo do caso.

Curiosidades

Proveniente da Índia, é considerada uma das espécies vegetais de maior distribuição no mundo. Está presente em todos os países de clima tropical e subtropical e em muitos de clima temperado. No Hemisfério Norte ocorre a partir do sul dos Estados Unidos e da Europa, aumentando sua presença em direção aos trópicos.

Aqui no Brasil, como a maioria de vocês deve ter notado, ocorre praticamente em toda a extensão territorial.

A grande sacada da tiririca é sua enorme capacidade de multiplicação, podendo formar até 40 toneladas de matéria vegetal por hectare. Ou seja, uma praga. Para isso, extrai o equivalente a 815 kg de sulfato de amônio, 320 kg de cloreto de potássio e 200 kg de superfosfato por hectare, calculados para 30 toneladas de massa vegetal.

Ácido Indol Acético (AIA)

Este é o cara central em toda a questão de utilizar ou não utilizar a calda em qualquer orquídea. Uns dizem que não há problema, outros dizem que temos que ter cuidado com a concentração ao AIA, pois pode queimar raízes e até matar a planta.

O AIA age como um fitorregulador. Fitorreguladores são substâncias utilizadas para interferir no metabolismo (anabolismo e catabolismo) dos vegetais. Os mais conhecidos são hormônios, tanto nas formas naturais (como o AIA) quanto sintéticas. Eles são utilizados para induzir o crescimento de partes ou o todo da planta.

Uso

Quando aplicado diretamente no rizoma, é absorvido e desencadeia processos de formação de calos, que são precursores na formação de raízes. É importante salientar novamente que doses excessivas podem acarretar em inibição da formação de raízes. O ideal é utilizar apenas no (re)plantio de suas orquídeas, ou seja, uma vez só, para dar aquele empurrão que a planta precisa.

Plantas bem adubadas e com substratos arejados não terão problemas de falta de raízes, então não se justifica a aplicação de estimulantes radiculares.

Receita

Existem algumas receitas por aí que usam uma quantidade bem grande de titirica para fazer a calda (do tipo 1 quilo de batatas para 1 litro de água). Como sei que não é fácil conseguir tanto material assim e a alta concentração pode ser prejudicial a planta, vamos fazer uma receita mais básica:

  1. Colha toda tiririca que conseguir (ou junte apenas uma porção generosa, se você tem bastante disponível);
  2. Lave bem e retire toda a terra, deixando apenas a planta;
  3. Junte as folhas e batatinhas no liquidificador e cubra todo material com água;
  4. Bata bem.

Esta calda poderá ser guardada em recipiente escuro, não transparente, pois o ácido indol-acético perde a sua propriedade se for exposto a luz, por até 20 dias.

Como utilizar

Você poderá banhar suas plantas com a calda. Alguns deixam por alguns minutos de molho na calda, outros apenas pulverizam. Fica ao seu critério. É possível, após alguns dias, repetir o processo.

Referências

  • greenme.com.br
  • bonsai.andretoledo.com.br
  • eventosufrpe.com.br
  • aprendendocomasorquideas.blogspot.com.br
  • comofazermudas.com.br
  • arbbis.com
  • mvlocatelli.blogspot.com.br

Abraços!

Plantando orquídeas que necessitam de umidade em vaso plástico com musgo

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Amigos, muitas dúvidas chegam por e-mail e pelas redes sociais de como faço o plantio de espécies como Masdevallia, Dracula e Pleurothallis.

Bom, o que estas espécies tem em comum? Precisam de umidade. Dada a característica das plantas, optei por alguns métodos de cultivo. As Dracula eu coloco no EcoTronco ou na caixeta, pois deixam a parte de baixo da planta bem livre para que as flores cresçam sem problemas. Nesta espécie as flores tendem a ir para baixo e em vasos completamente fechados elas podem se perder.

Já os Pleurothallis que tenho que são provenientes do Equador e necessitam de mais umidade, além das Masdevallia que também gostam de um ambiente mais úmido, eu optei por colocar em vasos plásticos. Este tipo de vaso retém mais a umidade e o musgo é um tipo de substrato que se mantem úmido por muito mais tempo. Para mostrar este plantio, montei o vídeo abaixo. Vale lembrar que o tipo de plantio pode variar de região para região e do tipo de orquidário que você tem em casa. No meu caso, moro em uma cidade fria e úmida. Por este motivo, meu orquidário é coberto e tenho que controlar as regas. Assim, o controle de umidade é essencial.

Abraços

Substratos: cultivo de orquídeas em brita, seixos, cascalho, pedras em geral

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Substratos cultivo de orquídeas em brita, seixos, cascalho, pedras em geral

Há algum tempo quero escrever mais sobre este assunto, afinal, cultivar orquídeas “na pedra” parece uma ideia meio louca para muitos. Bom, não é.

Desde que comecei a me aprofundar no hobby tenho vontade de experimentar tal cultivo. O motivo: sempre notei que alguns dos vasos absurdamente floridos em exposições tinham uma característica diferente: o substrato continha brita. Não no fundo, mas como substrato mesmo, para a planta agarrar e se desenvolver.

Intrigado, fui atrás de mais informações além daquelas que postei aqui no orquideas.eco.br no post que fiz sobre substratos inertes (que você pode ler clicando aqui). Além disto, conversei com alguns orquidófilos responsáveis por orquidários comerciais e, pasmem, brita é o substrato deles.

Mas afinal, qual é a vantagem de você pegar sua Cattleya e plantá-la em um substrato assim?

Vantagens

Basicamente, se eu fosse resumir para você, diria que é um substrato eterno. Mas não é apenas isso. As pedras são, em sua maioria, materiais inertes. Em alguns casos, apresentam pouquíssima atividade química e biológica, o que ainda pode ser benéfico para algumas espécies. Material inorgânico, sem ou com pouquíssima presença de microporos, tornando-os substratos bem secos, mas ao mesmo tempo com certa capacidade de retenção de umidade pela adsorção da água em sua superfície, devido a sua rugosidade. Não se compacta e permitem a aderência, aeração e desenvolvimento das raízes.

Com este substrato não é necessário replante constante devido à decomposição do substrato. A planta cultivada na pedra só é replantada em dois casos: crescimento da planta para fora das bordas do vaso ou com o apodrecimento do próprio vaso. Além disto, os vasos plásticos diminuem a evaporação, retendo um pouco da umidade apesar das pedras. Por fim, este substrato permite que regas sem adubo limpem o substrato, retirando o excesso de minerais que se depositam em qualquer substrato e podem prejudicar a planta com o tempo. Além disto, a planta não ficará encharcada por muito tempo, pois a drenagem da brita é muito boa.

Desvantagens

A principal desvantagem deste tipo de substrato é o seu peso. Se você possui um orquidário com bancadas mais simples ou com lugares para pendurar plantas, é importante considerar que alguns vasos com este tipo de substrato vão fazer uma diferença considerável na sua estrutura. Entretanto, é possível resolver isto usando outros materiais junto com as pedras, como cascas e isopor.

Além disto, você precisará se acostumar com a nova frequência de regas que este substrato irá precisar, visto que possui uma secagem um pouco mais rápida.

Tipos

O tipo mais usado é a brita comum, daquelas de construção mesmo. A brita é um material inerte oriundo da moagem do granito e do gnaisse, rochas ígneas e metamórfica, respectivamente. É considerado por muitos o melhor tipo de pedra para ser usado como substrato.

Há também outros tipos de pedras inertes, como o seixo rolado de quartzo, a pedra de rio ou o pedrisco que sobra do peneirado de areia. Por fim, temos as pedras ricas em ferro, chamada pedra canga ou laterita. A pedra canga é uma pedra ferruginosa oriunda das regiões ricas em minério de ferro. Coincidentemente, estes locais abrigam as orquídeas do gênero Hoffmannseggella, antigas Laelias rupícolas. Elas vegetam neste tipo de rocha pois tem uma grande necessidade de ferro.

As britas oriunda de rochas calcárias não são indicadas para o cultivo, pois é uma rocha sedimentar de reação alcalina, fazendo com que o equilíbro do pH do substrato seja alterado e a planta tenha dificuldades em assimilar alguns nutrientes. Leia mais sobre o pH para as plantas clicando aqui!

Tamanhos

Existem vários tamanhos de brita, como mostrado a seguir:

  • pó de pedra – de 0 a 3 milímetros;
  • pedrisco – de 3 a 5 milímetros;
  • brita 0 – de 5 a 12 milímetros;
  • brita 1 – de 12 a 22 milímetros;
  • brita 2 – de 22 a 32 milímetros;
  • brita 3 – 32 a 62 milímetros;
  • brita 4 e 5 – de 62 a 100 milímetros.

Em geral, a brita 1 e a brita 0 são as mais usadas. Para raízes finas, como as do Dendrobium e Oncidium, o mais recomendado é a brita zero. Para as raízes mais grossas, a mais recomendada é a brita 1. Para qualquer outra entre estes tamanho, você poderá mesclar entre a brita 0 e brita 1.

Plantio

Toda brita deve ser lavada em água corrente para eliminar resíduos. Lembre-se que este tipo de material normalmente está em ambientes que também abrigam outros tipos de material de construção, como cimento e cal, que podem contaminar a brita e matar sua planta. O replantio pode ser feito considerando os passos descritos no meu artigo sobre replantio de orquídeas, que você pode ler clicando aqui.

Abaixo, um exemplo que funciona muito bem: meu amigo Durigan utiliza apenas brita com carvão em suas plantas. E crescem uma barbaridade…

orquideas.eco.br - Substratos cultivo de orquídeas em brita, seixos, cascalho, pedras em geral
Um exemplo, retirado do orquidário do meu amigo Durigan – brita com carvão
orquideas.eco.br - Substratos cultivo de orquídeas em brita, seixos, cascalho, pedras em geral
Ele utiliza apenas isto para seus famosos híbridos
orquideas.eco.br - Substratos cultivo de orquídeas em brita, seixos, cascalho, pedras em geral
E, como você pode ver, crescem muito bem!
orquideas.eco.br - Substratos cultivo de orquídeas em brita, seixos, cascalho, pedras em geral
Tanto na fase adulta…
orquideas.eco.br - Substratos cultivo de orquídeas em brita, seixos, cascalho, pedras em geral
…quanto ainda seedlings.

Referências

  • orquidariodurigan.com.br
  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br
  • joaobehenck.blogspot.com.br
  • iracemafontes.wordpress.com
  • orkideas.com.br

Abraços!

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