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Etimologia, pronúncia e nomenclatura das orquídeas (1)

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Etimologia, pronúncia e nomenclatura das orquídeas (1)
Etimologia, pronúncia e nomenclatura das orquídeas (1)

Muitas dúvidas pairam sobre quem está iniciando no hobby sobre como nomear corretamente sua planta. Não é uma tarefa fácil nem difícil, apenas necessita de um pouco de dedicação para que os conceitos e a fonética sejam entendidos corretamente. A pronúncia é difícil no começo, mas nada que o treino não resolva.

Bom, antes de mais nada é importante salientar a importância da correta identificação de uma planta. De nada adianta você ter uma coleção sem identificação alguma. Você provavelmente acabará adquirindo plantas repetidas ou trocando plantas que não são aquilo que a contra parte da negociação está esperando. Outra coisa boa de possuir uma planta corretamente identificada é poder difundir sua imagem com a nomenclatura correta. Não é raro encontrar imagens na internet, principalmente nos milhões de grupos desunidos que temos, com nomes que não correspondem às plantas fotografadas. Considero isto pior do que postar um planta sem o nome, pois acaba induzindo ao erro daquele que busca a informação e o aprendizado.

Eu mesmo devo ter plantas classificadas com erro. Infelizmente, a maioria de nós não possui um botânico ao nosso lado capaz de classificar corretamente todas as plantas que possuímos. Quando recorremos à livros, algumas vezes não encontramos a espécie a qual buscamos o nome. Quando caímos na internet, com seus fóruns e grupos, corremos o risco de ter a planta classificada incorretamente, pois podemos fornecer uma imagem que não seja a melhor para classificar uma planta ou a pessoa do outro lado interprete aquela imagem de outra forma. Enfim, erros acontecem e sempre vão acontecer.

De qualquer forma, o importante é organizar da melhor forma as plantas que você possui, certo?

Já mostrei aqui como eu organizo minhas plantas com o auxílio da rotuladora. Fora isto, tenho uma planilha com todas as plantas que possuo catalogadas com informações básicas como nome, número, tipo de vaso, tipo de substrato, origem, data de origem e mês de florada em todos os anos. É hora de entendermos como escrever corretamente o nome de uma determinada planta.

<h3<Etimologia

De acordo com as regras de nomenclatura botânica, o nome da família deve ser escrito em latim, ou seja, Orchidaceae, derivado do grego Orchis. O termo Orchis significa testículos e foi usado pela primeira vez por Theophrastus (372~287 a.C.), filósofo grego, discípulo de Aristóteles. Theophrastus comparou as raízes tuberosas de algumas orquídeas mediterrâneas com os testículos humanos. Por este motivo, desde a
Idade Média, propriedades afrodisíacas são atribuídas às orquídeas.

Latim? Bom, há um motivo para tal: padronização. Os nomes das orquídeas (e muitas outras coisas) são dados em latim ou grego clássico por serem línguas mortas. Desta forma, serão iguais em todo o mundo e nenhuma língua viva irá prevalecer sobre ela.

Pronúncia

Isto gera alguns problema na hora da pronúncia. Eu mesmo vivo falando errado, passando a maior vergonha na frente das pessoas que entendem melhor este assunto. Alguns exemplos:

  • O encontro de vogais ae pronuncia-se e – exemplo: Laelia -> Lélia;
  • O encontro de vogais oe pronuncia-se e – exemplo: Coelogyne -> Celogine;
  • O encontro de consoantes ch pronuncia-se k – exemplo: pulchelum -> pulkelum;
  • O encontro da consoante e vogal ti pronuncia-se ci, exceto quando precedido de s, t ou x – exemplos: Constantina -> Constancia, Neofinetia -> Neofinecia, Bletia -> Blecia, Comparettia -> Comparettia, Pabstia -> Pabistia.

Algumas regras básicas

Consoantes

– A letra x tem sempre o som cs:

xánthina -> csántina;
chrysotóxum -> chrysotócsum.

– O conjunto ch tem som de k:

chocoénsis -> kocoénsis;
Dichaea -> Dia;
Dendrochílum -> Dendrokílum.

– O conjunto ti, quando seguida de vogal, soa como ci:

Binotia -> Binócia;
Blétia -> Blécia;
martiána -> marciána.

Porém, se precedida de s, x ou t, soa mesmo como ti:

Comparéttia -> Comparettia.

– O ph soa como f:

Phragmipédium -> Fragmipédium;
Phymatídium -> Fimatídium.

Ditongos

ae e oe soam como e:

Laelia -> Lélia;
triánae -> triáne;
Coeloglóssum -> Celoglóssum;
Aeónia -> Eónia.

– Quando a e e não formam ditongos devem ser pronunciados distintamente. Neste caso deve-se colocar um trema sobre o e.

rángis, ránthes, rides.

Acentuação do latim

No latim, apenas a penúltima e a antepenúltima sílabas levam acentuação tônica, ou seja, palavras paroxítonas e proparoxítonas.

anceps -> ánceps;
Colax -> Cólax.

Localizando a sílabatônica em palavras com mais de duas sílabas

A que serve de base para localizar a tônica é sempre a penúltima:

  • Se a vogal dessa sílaba for seguida de x ou z ou de duas consoantes duplas (ll, tt) ou de duas simples (nt, sc, …), a tônica será nesta mesma sílaba. Exemplos: Bulbophýllum , Polyrhízia, chysotóxum, Scaphyglóttis, colóssus, rufescéns, flavéscens, pubéscens, nigréscens, albéscens, e outros terminados em scens.
  • Se na penúltima houver ditongo: ae -> e, oe -> e, au, eu, e, ei, oi, ui, a tônica estará também nesta sílaba, por exemplo: Promenaea -> Promenéa; Dichæa -> Dikéa, amoenum -> aménum;
  • Se a vogal da penúltima sílaba for seguida de outra vogal (da última sílaba), o acento tônico estará na antepenúltima, por exemplo: Stanhópea -> Stan-hó-pe-a; Blétia -> Blé-ti-a -> Blécia; Loddigésii -> Lod-di-gé-si-i; Neomóre -> Ne-o-mó-re-a; Cymbídium -> Cym-bí-di-um;
  • O i pode influenciar na acentuação quando estiver na penúltima sílaba. Exemplo: longipes deverá pronunciar como proparoxítona -> lóngipes. Nos compostos de color o acento deverá estar na antepenúltima. Exemplos: bícolor, díscolor, trícolor unícolor, cóncolor.
  • O sufixo inus das palavras latinas deverão ser pronunciadas como paroxítona. Exemplos: matutína, velutína, tigrínum, lilacínus. Nas palavras derivadas do grego deverão ser pronunciadas como proparoxítonas. Exemplos: cinnabárina, xánthina, tyriánthina.

Na continuação deste artigo falarei sobre a etimologia dos nomes das espécies das orquídeas, assim como sua nomenclatura botânica.

Referências

  • Questões práticas de nomenclaturas de Orquidáceas, José Gonzales Rapozo
  • Dicionário etmológico das orquídeas do Brasil, José Gonzales Rapozo
  • A etimologia a serviço dos orquidófilos, José Gonzales Rapozo
  • www.damianus.bmd.br/CursoLabiata

Morfologia: o fruto e as sementes das orquídeas

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Pode ser um pensamento cruel para alguns, mas, conforme escrevi no artigo sobre a morfologia das flores, a finalidade real da flor de uma orquídea é ser o chamariz para que insetos sejam atraídos e efetuem a sua polinização. A beleza e o fato que a apreciamos é apenas um bônus que a natureza nos dá.

Polinização

Quando o inseto poliniza a flor e os óvulos no ovário são produzidos, o tubo polínico cresce dentro da coluna até chegar no ovário. Seus núcleos fecundam os óvulos e, então, o ovário começa a se desenvolver, tornando-se o que chamamos de cápsula, fruto ou frutos capsulares. Dentro deste fruto os óvulos se desenvolvem dando origem às sementes, protegidas e alimentadas pelo próprio fruto.

https://www.youtube.com/watch?v=RDjcxlvpzZ0

Frutos – ou cápsulas

Quase que a totalidade das orquídeas geram frutos. Suas formas, tamanhos e cores variam bastante, sendo que nas epífitas são mais espessos com paredes carnosas e nas terrestres são mais finos e com paredes delicadas. Sua forma, normalmente triangular mais ou menos arredondada, possui lamelas cujo número varia de três a nove. A exceção é a subfamília Vanilloideae, que possuem uma cápsula que lembra muito uma vagem e, como tal, apresenta sementes bem maiores que as usuais.

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Cápsulas – fruto – de um híbrido

Os frutos podem ser lisos ou rugosos, possuir tricomas (espécie de pelo dos vegetais), verrugas ou protuberâncias em sua superfície. Por se desenvolver do engrossamento do ovário na base da flor, é normalmente dividido em três câmaras. Seu tempo de desenvolvimento varia, dependendo da espécie. Você pode conferir o tempo de maturação das cápsulas de orquídeas lendo meu artigo sobre o tema. Quando finalmente maduro, o fruto seca, “explodindo”, e abre-se em três ou seis partes ao longo do comprimento, mantendo-se sempre preso à inflorescência, ou seja, não se destacando da planta principal.

Quando rompe, o fruto libera a maioria das suas sementes no mesmo local, entre as raízes da planta geradora. Entretanto, e esta é a beleza de toda esta história, as sementes são muito leves e, com isto, são levadas pelo vento também, podendo percorrer grandes distâncias.

Sementes

Excetuando as orquídeas da subfamília Vanilloideae, que possuem sementes maiores, a grande maioria das orquídeas possui sementes microscópicas e leves. Provavelmente, um artifício da natureza para que fazer com que sua propagação seja mais esparsa, pois são facilmente levadas pelo vento. Por serem minúsculas e leves, são constituídas apenas por um pequeno aglomerado de células de cobertura abrigando um embrião, desprovidas ou com pouco tecido de reserva, chamado endosperma.

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Cápsulas e sementes
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Detalhe do tamanho das sementes

Cada planta é capaz de produzir milhares de sementes em cada um dos seus frutos. Por possuírem pouco ou nenhum endosperma para se alimentar, nos primeiros estágios o embrião utiliza-se de um processo simbiótico com o fungo Micorriza, que excreta os nutrientes utilizados pela jovem orquídea a partir da decomposição do material encontrado próximo à semente pelo fungo. Os detalhes desta simbiose você pode conhecer no artigo que escrevi sobre a Micorriza, clicando aqui.

Assim que o embrião torna-se capaz de realizar a fotossíntese, passa a alimentar-se deste processo. Com isto, a Micorriza não é mais necessária. Apenas quando a orquídea não é capaz de realizar a fotossíntese é que ela torna-se dependente da Micorriza. Isto acontece com algumas espécies saprófitas.

Assim, o ciclo do crescimento continua, e a orquídea irá se desenvolver até o ponto de, mais uma vez, perpetuar sua espécie através das suas sementes. Você pode ler mais sobre os passos desta evolução da semente até a flor clicando aqui.

Curiosidade: os oportunistas

escrevi aqui no orquideas.eco.br sobre isto, mas é sempre bom lembrar aqueles que não conhecem profundamente o assunto: não caia no golpe das sementes das orquídeas! Se você gosta de comprar produtos online, não deixe-se levar pelos anúncios bonitos e a raridade das plantas em sites como Mercado Livre ou AliExpress. Inúmeros vendedores inescrupulosos utilizam estes meios para lucrar com a boa fé das pessoas, vendendo um produto que simplesmente não existe. Bom, não na mão deles!

Basta um acesso ao Mercado Livre, por exemplo, para você encontrar anúncios que vendem este tipo de mercadoria. Agora me diga, como um vendedor consegue ficar contando sementes microscópicas para enviar o número anunciado? Claro que não consegue! Fora os que tem a audácia de dizer que “é só plantar na terra” – o que a descaracteriza ainda mais das orquídeas, devido à sua necessidade de simbiose com a micorriza. O que eles fazem é mandar qualquer semente no lugar das prometidas. É um crime perfeito para eles, pois quando a semente brotar (se brotar), o cliente não poderá reclamar e já terá perdido seu dinheiro.

O mais importante desta série sobre a morfologia das orquídeas é você aprender o que elas realmente são, como se comportar e quais suas necessidades. Assim, estará apto a cultivá-las sadiamente – e não cairá em golpes assim!

Referências

  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br
  • wikipedia.org

Abraços!

Glossário do orquidófilo

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Nós, meros mortais, que nos aprofundamos no estudo da orquidofilia por hobby, normalmente (ou sempre) esbarramos em termos que até então não conhecíamos. São muitos os termos que, para aqueles que não são oriundos de uma área de formação relacionada à Biologia, acabam por confundir mais do que ajudar. Pensando nisto, eis um pequeno glossário voltado aos orquidófilos.

É simples, mas sempre ajuda.

Em tempo: este texto será atualizado constantemente.

A

  • Abaxial – face inferior ou dorsal das folhas;
  • Acume – ponta aguda e comprida;
  • Acuminado(a) – agudo(a), aguçado(a), pontiagudo(a); terminado(a) em, ou provido(a) de acume, folha terminando gradualmente em ponta;
  • Adaxial – face superior ou ventral das folhas;
  • Adnato – ligado a alguma coisa de que parece fazer parte, que nasce junto de; fusão de diferentes partes, como labelo e coluna;
  • Adsorção – adesão (fixação) de moléculas de um fluido (o adsorvido) a uma superfície sólida (o adsorvente);
  • Aecial – estado esporifico dos fungos destinado à multiplicação zigótica;
  • Agente polinizador – ave ou inseto que fecunda a flor;
  • Alba ou albina – variedade de flor branca, sem pigmentação, podendo ter nuances amarelos na fauce;
  • AM – “Award of Merit“, prêmio de mérito, segunda maior premiação dada pela American Orchid Society e outras sociedades orquidófilas a plantas com qualidade de flor avaliada entre 79,5 e 89,4 pontos;
  • Anamórfico – estado assexuado, conidial ou clonal dos fungos;
  • Androceu – conjunto dos órgãos masculçinos da flor, conjunto dos estames;
  • Antera – porção dilatada, sacular, que se acha no ápice do filete do estame e que encerra os grãos de pólen;
  • Antracnose – infecção fúngica caracterizada por manchas de coloração castanha-marrom, arredondadas ou irregulares, sobre as folhas ou pseudobulbos;
  • AOSAmerican Orchid Society, sociedade orquidófila dos EUA, com sede na Flórida, com mais de 550 sociedades afiliadas. Edita mensalmente a revista “Orchids“;
  • Apiculado – provido de apículo, ponta aguda, rija e curta;
  • Aquinada – diz-se das Cattleya e Laelia que apresentam as pétalas manchadas, lembrando a Cattleya intermedia var. Aquini;
  • Assimbiótico – processo de germinação de sementes, criado por Knudson em 1922, em laboratório, em que as sementes são introduzidas dentro de um frasco esterilizado contendo micronutrientes, onde não é necessária a presença do fungo micorriza, para germinar e se desenvolver. Quando bem executado, pode-se obter milhares de plantas com uma única cápsula de sementes.

B

  • Bainha – bráctea protetora que envolve, total ou parcialmente, o escapo floral, quando ainda em formação, protegendo-o até que o mesmo esteja em condições de irromper de seu interior. Também conhecida por espata;
  • Bifoliada – que apresenta duas folhas num só pseudobulbo;
  • Botão – a flor antes de desabrochar; pode ser usado também para a pequena saliência que nos vegetais dá origem a novos ramos, folhas ou flores;
  • Bráctea – folha geralmente modificada, em cuja axila nasce uma flor ou uma inflorescência;
  • Bulbo – na orquídea, o que chamamos de bulbo chama-se pseudobulbo, pois o bulbo na realidade é um órgão que na maioria das plantas, fica abaixo do solo;
  • Bulbo traseiro – um velho pseudobulbo, frequentemente sem folhas, simpodial, que ainda está vivo e pode ser usado para propagação de uma nova planta ecomo reserva de nutrientes para o restante da planta.

C

  • Cálice – invólucro exterior da flor periantada, composto por sépalas livres ou concrescidas/fundidas, total ou parcialmente;
  • Cápula – o fruto que contém as sementes das orquídeas, frequentemente com milhares e até mesmo milhões de sementes;
  • Catafilo – cada uma das duas folhas opostas de uma plântula, muitas vezes escamiformes e aclorofiladas, situadas acima dos cotilédones e abaixo das folhas propriamente ditas, mais simples que as folhas características da planta. As escamas de certas gemas, bulbos e rizomas também podem ser chamadas de catafilos;
  • Caule – parte de uma planta que suporta as folhas e as flores, com forma, organização e dimensões extremamente variáveis;
  • CBR – “Certificate of Botanical Recognition“, prêmio da AOS dado apenas uma vez a uma orquídea espécie quando é pela primeira vez apresentada em flor;
  • CCM – “Certificate of Cultural Merit“, prêmio da AOS dado ao cultivador de uma muito bem tratada planta de orquídea;
  • CHM – “Certificate of Horticultural Merit“, prêmio da AOS dado a uma espécie de interesse acima dos padrões dos cultivadores;
  • CITES – sigla de “Convention on International Trade in Endangered Species“, ou Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Extinção, acordo internacional que relaciona as espécies de plantas e animais consideradas em perigo de extinção e as regras que controlam ou proíbem seu comércio;
  • Clamidosporo – célula especial rica em nutrientes e de paredes espessas produzida por algumas espécies de fungos, destinada a resistir a condições ambientais adversas;
  • Cleitogamia – polinização que ocorre antes da flor desabrochar;
  • Cleistogâmica – flor que realiza autopolinização, sem estar aberta inteiramente;
  • Clone – todas as diversas manifestações vegetativas (divisões, propagação meristemática, etc…) de uma única planta de orquídea, cultivada originalmente de uma só semente;
  • Coalescência – junção de várias manchas ou lesões, normalmente fúngicas, formando uma área maior e contínua;
  • Colo – parte da planta situada entre a haste principal e as raízes, no nível do solo;
  • Coluna – nas orquídeas, estrutura constituída pelo concrescimento de filetes e estigmas. Orgão sexual, localizado na parte superior do labelo, podendo ou não ser envolvida por este. Órgão que se projeta do centro da flor da orquídea e que é o resultado da fusão dos órgãos, masculino (estame) e feminino (pistilo). É uma importante característica para a identificação das orquídeas;
  • Conidial – estado assexuado, anamórfico ou clonal dos fungos;
  • Coriáceo – de consistência e aspecto semelhante de couro;
  • Coroa – a parte central da roseta de folhas de uma orquídea monopodial, como Phalaenopsis, da qual novos brotos se elevam;
  • Corola – invólucro floral, por dentro do cálice, geralmente a parte mais vistosa das flores, de cores variadas, formada por um ou mais segmentos livres ou concrescidos, as pétalas;
  • Cromossomo – corpúsculo em que se divide o núcleo celular no curso da mitose; cada espécie vegetal ou animal possui um número constante de cromossomos, que transmitem os caracteres hereditários de cada ser e constituem unidades definidas na formação do novo ser;
  • Cruzamento – a progênie que resulta da transferência de pólen de uma planta para a flor de outra; o ato em si;
  • Cultivar – em orquídeas, uma planta específica cultivada de uma única semente; deve ser designada com aspas simples em seu nome. Ex.: Cattleya labiata var. ametistina ‘Canoinha’;
  • Cultura de tecidos – técnica de laboratório que consiste em fazer novas plantas mediante propagação de tecidos meristemáticos; micropopagação meristemática, merismática.

D

  • Decídua – diz-se da planta cujas folhas caem em certa época do ano ou após amadurecimento, com novas brotações após um período de repouso;
  • Descanso hibernal – descanso vegetativo da planta;
  • Diandras – planta que apresenta dois estames no androceu da flor;
  • Diplóide – planta com duas séries cromossomas, também conhecida como 2N;
  • Divisão – forma de obter novas plantas pelo corte do rizoma de uma orquídea simpodial (ex. Cattleya) em partes contendo pseudobulbos e rizomas, com gemas vivas, ou corte de uma parte superior do tronco de uma orquídea monopodial (ex. Vanda);
  • DOG – “Deutsche Orchideen Gesellschaft“, Associação Alemã de Orquídeas, que atribui, em ordem de valor, medalhas de ouro (GM), prata (SM) e bronze (BM) às plantas julgadas;
  • Dormência – um período de entorpecimento e repouso durante o qual não ocorre crescimento vegetativo, comumente após um período de crescimento ou a perda de folhas; normalmente requer temperaturas mais baixas e menos água.

E

  • Ectoparasita – parasita que se situa na parte externa do hospedeiro;
  • Ensiforme – em forma de espada;
  • Epífita – diz-se de uma planta que vive sobre outra, mas sem parasitá-la, ou seja, sem retirar dela nutrientes, que lhe são providos pela chuva, pelo ar e detritos disponíveis. Pode viver sobre outros tipos de suporte. Que vive sobre árvores usando-as apenas como hospedeiro; Ver post sobre orquídeas epífitas clicando aqui;
  • Equitante – diz-se das folhas conduplicadas quando as mais velhas envolvem as mais novas da mesma gema ou do mesmo broto (a palavra vem do latim equitare, cavalgar, montar sobre), como no conhecido Oncidium equitans, agora renominado como Tolumnia, ou na Maxillaria equitans (ex Marsupiaria matogrossensis);
  • Escapo floral – inflorescência;
  • Esfagno – musgo de água e que é um ótimo substrato para o desenvolvimento de plantas mais novas, pois ele mantém umidade por mais tempo e geralmente não produz fungos; Ver post sobre esfagno clicando aqui;
  • Espata – bráctea protetora que envolve total ou parcialmente, o escapo floral, quando ainda em formação, protegendo-o até que o mesmo esteja em condições de irromper de seu interior. Também conhecida como bainha. Bráctea que fica na base de uma inflorescência, em geral membranosa, que protege a flor em botão;
  • Espécie – conjunto de plantas ou outros seres vivos muito semelhantes que parecem ter um ancestral tão próximamente relacionado que suas características definitivamente os separam de qualquer outro grupo; várias espécies formam um gênero. Indivíduo representativo de uma classe, de um gênero, de uma espécie, etc; pode indicar também a espécie que tipifica um gênero;
  • Espermogonio – órgão produtor dos gametas sexuais masculinos;
  • Esporos – formação geralmente unicelular e uninuclear, capaz de germinar em condições determinadas, reproduzindo, vegetativa ou assexuadamente, o indivíduo que o formou; propágulo dos fungos;
  • Estame – órgão masculino da flor, onde se encontram a antera e os sacos polínicos, que encerram os grãos de pólen;
  • Estigma – cavidade existente na parte inferior da coluna, embaixo da antera, preenchida de uma substância gelatinosa, que recebe as políneas para a fertilização (parte feminina da flor);
  • Estômato – estrutura microscópica existente na epiderme das folhas e caules, constituída basicamente de duas células que se afastam e se aproximam, permitindo uma abertura pela qual se efetuam trocas gasosas entre a planta e o meio e absorção de água ou sua exsudação.

F

  • Fauce – extremidade do tubo do labelo. Abertura do tubo da corola, do labelo em orquídeas;
  • FCC – “First Class Classification”, o mais alto prêmio para qualidade de flor dado pela AOS, para plantas avaliadas entre 89,5 e 100 pontos. Este prêmio surgiu na RHS, que o mantém até hoje;
  • Ferrugem – infecção causada por determinados fungos, caracterizados por altas taxas de reprodução; no herbário do Instituto Biológico de S.Paulo existem mais de 11.000 espécies de ferrugens coletadas no Brasil;
  • Filiformes – em forma de fios;
  • Fimbriado – em forma de franja, principalmente com relação a segmentos finamente recortados;
  • Flabelado – em forma de leque; flabeliforme;
  • Flâmea, Flameada – diz-se da flor que apresenta as pétalas coloridas, da cor de chama, imitando o labelo; é um tipo de pelória;
  • Flor – órgão da planta adaptado à reprodução sexuada em que o pólen proveniente da parte masculina (estame) que é transferido para o ovário da parte feminina (pistilo ou estigma) para que se dê a fecundação e surjam então as sementes;
  • Florífera – diz-se de planta que floresce frequentemente;
  • Folha “terete” – folhas ‘terete’ são folhas cilíndricas e engrossadas, com aparência tipo uma cebolinha, para colocar em termos práticos. São uma adaptação comum ao xerofitismo (adaptação a áreas secas = xericas). Em plantas como Brassavola e Leptotes ainda ha um sulco na folha, equivalente ao sulco central em Cattleyas, Laelias etc… Outras espécies, como por exemplo Papilionanthe teres (ex Vanda teres), muito cultivada no Brasil, são completamente cilíndricas, sem qualquer evidencia de sulco (Cássio Van Den Berg);
  • Fonte de inóculo – tecidos ou órgãos de plantas sobre os quais os fungos produzem propágulos de disseminação e dispersão;
  • Forma lepto – ferrugem que produz teliosporos hialinos os quais germinam sem qualquer período de repouso;
  • Fotosíntese – síntese de materiais orgânicos a partir de água e gás carbônico, quando a fonte de energia é a luz, cuja utilização é mediada pela clorofila;
  • Frasco – vasilha, normalmente de vidro transparente, usado para germinação de sementes ou micropropagação de meristemas de orquídeas (e outras plantas) em laboratório;
  • Fusiforme – com a forma de fusos (bobinas), como alguns pseudobulbos.

G

  • Garganta – a parte mais interna de um labelo tubular de orquídea;
  • Gênero – subdivisão de uma família que agrupa espécies muito próximas. O nome do gênero vem em primeiro lugar na designação latina de uma planta. Um conjunto de orquídeas ou outros seres classificados juntos porque apresentam características similares e um presumível ancestral comum; há cerca de 900 gêneros naturais de orquídeas e cerca de 600 outros intergenéricos, poucos nativos, a maioria feitos pelo homem;
  • Gineceu – a parte feminina da flor; conjunto de pistilo, que por sua vez é formado de ovário, estilete e estigma;
  • Ginostêmio – órgão central, em forma de coluna, das flores das orquídeas, constituído pela junção do estame e do pistilo;
  • Grex – termo usado para referir toda a progênie de um específico cruzamento.

H

  • Habitat – lugar onde um determinado organismo vive ou habita;
  • Haste – parte da planta que sustenta alguma outra;
  • Haste floral – longo ramo desprovido de folhas que parte da base da planta e é guarnecido de flores;
  • HCC – “Highly Commended Certificate”, Certificado de Altamente Recomendável, o menor dos três prêmios para qualidade de flor dados pela AOS, para plantas avaliadas entre 74,5 e 79,4 pontos;
  • Herbário – coleção de espécimes de plantas que passaram por um processo de prensagem e secagem, ordenadas de acordo com um determinado sistema de classificação e disponíveis para referências e outros fins científicos;
  • Hialino – destituído de cor, transparente;
  • Híbrido – a progênie (descendência) resultante da união de duas diferentes espécies (o que seria um híbrido primário), ou de uma espécie e um híbrido, ou de dois híbridos (um híbrido complexo). É o resultado do cruzamento entre espécies, subespécies ou outros híbridos, dando origem a uma nova planta que apresenta a junção das características dos pais que a geraram;
  • Híbrido natural – aquele que ocorre na natureza, sem interferência do homem;
  • Hifas – qualquer filamento de um micélio;
  • Higrófito – vegetais adaptados à vida em ambientes de elevado grau de umidade.

I

  • In situ – locução latina que significa “no lugar”;
  • In vitro – cultivo assinbiótico, em meio estéril (sem o fungo micorríza);
  • Inflorescência – qualquer sistema de ramificacão (racimo, panícula ou escapo) terminado em flores. Cacho ou espiga agrupando flores;
  • Intergenérico – cruzamento entre dois ou mais gêneros, resultando um híbrido intergenérico.

J

  • JC – “Judges’ Commendation”, recomendação dos juízes, prêmio dado pela AOS para planta especial e/ou para flores muito características;
  • JOGA – “Japanese Orchid Growers Association”, Associação Japonesa dos Cultivadores de Orquídeas, que reúne orquidófilos do Japão.

K

  • Keiki – são plântulas que emergem nas hastes florais ou mesmo na base de determinados gêneros, como Phalaenopsis e Dendrobium, inicialmente com folhas e raízes, que, com determinado tamanho, podem ser retiradas e replantadas, constituindo uma nova planta. A palavra tem origem no Havaí e se pronuncia “quêiqui”.

L

  • Labelo – é a terceira, a maior e mais colorida pétala de uma flor de orquídea, modificada pela evolução num labelo (com a forma de lábio) quase sempre um atrativo campo de aterrissagem para polinizadores;
  • Lanceolada – folha larga no meio, atenuando-se para as extremidades, em forma de lança;
  • Linear – folha estreita com bordas paralelas;
  • Litófita, litófila – orquídea ou outra planta que cresce ou se desenvolve sobre rochas; rupreste, rupícola; Ver post sobre orquídeas rupícolas aqui;
  • Lobo, lóbulo – recorte pouco profundo e arredondado;
  • Lobos laterais – os dois lobos de cada lado do lobo central de um labelo trilobado;
  • Lumem, lux – unidades de medida de intensidade luminosa.

M

  • Mandaiana – diz-se da variedade de Laelia purpurata que não apresenta estrias na fauce, normalmente de cores suaves no labelo;
  • Mericlone – uma cópia exata de uma orquídea, salvo alterações genéticas, feita em laboratório pela técnica de propagação de tecidos meristemáticos; como um cultivar, deve ter seu nome escrito entre aspas simples;
  • Meristema – divisão clonal de uma planta, também chamada micropropagação ou cultura de tecido. Para utilizar este método, necessita-se de um ótimo microscópio esteroscópio para facilitar a propagação do núcleo meristemático da orquídea. A escolha da planta é fundamental para iniciar este método. Tecido que se caracteriza pela ativa divisão de suas células e que produz as novas células necessárias ao crescimento da planta; ex. gemas, pontas de raiz e outros. Pode ser usado como sinônimo de mericlone;
  • Meristemagem – técnica de laboratório que consiste em fazer novas plantas mediante propagação de tecidos meristemáticos; micropopagação meristemática, merismática;
  • Micélio – talos dos fungos, composto de filamentos, ditos hifas, destituídos de clorofila;
  • Micorriza – fungo que vive em simbiose com vários tipos de plantas, geralmente em suas raízes e que ajuda na conversão de alimento das plantas, existe em grande quantidade na raiz das orquídeas e além da conversão, esteriliza a semente propiciando as condições necessárias a sua germinação e desenvolvimento até chegar a um tamanho em que possa se desenvolver sozinha. Associação íntima de raízes de uma planta com as hifas de determinados fungos, necessária à germinação simbiótica de sementes de orquídeas;
  • Microcíclica – ferrugem de ciclo curto que produz somente espermogônios e teleosporos ou apenas teleosporos;
  • Microesclerócio – grupo de células ou de hifas enoveladas, formando um corpúsculo compacto, produzido por certas espécies de fungos, destinado a resistir a condições ambientais adversas;
  • Mitose – divisão celular em que o núcleo forma cromossomos e estes se bipartem, produzindo dois núcleos filhos com o mesmo patrimônio original;
  • Monofoliada – que apresenta apenas uma folha por pseudobulbo;
  • Monandra – diz-se da planta que apresenta um só estame no androceu da flor;
  • Monopodial – crescimento da planta somente na direção vertical. Tipo de ramificação em que o eixo principal mantém-se retilíneo e uniforme, gerando ramos menores que ele; ex. Vanda, Phalaenopsis, etc;
  • Multiflora – que apresenta muitas flores; multifloral.

N

  • Néctar – líquido açucarado que as orquídeas e outras plantas segregam em várias partes, denominadas nectários;
  • Nectário – estrutura glandular que produz néctar, podendo ser de diversos tipos, localizados na flor (nectários florais) ou fora delas (nectário extraflorais);
  • Nematóide – verme cilíndrico que apresenta espécies capazes de parasitar plantas;
  • Nidoepífitas – Esse termo foi inventado por Hoehne ao descrever as espécies que desenvolveram uma combinação específica de raízes; a Miltonia cuneata é um ótimo exemplo. Crescem nos topos dos troncos das árvores, depois da bifurcação principal, produzem raízes finas;
  • – um ponto de junção ou encaixe, numa inflorescência, caule ou pseudobulbo, de onde podem emergir uma haste floral, folhas ou mesmo raízes; o espaço entre dois nós consecutivos é chamado de entrenó;
  • Nomenclatura – vocabulário de nomes; Ver post sobre nomenclaturas das orquídeas clicando aqui, aqui ou aqui;
  • Nomenclatura binominal – expressão de dois nomes, em latim ou grego latinizado, método científico de nominar seres existentes, com o primeiro termo (com inicial maiúscula) um substantivo significando o gênero e o segundo um adjetivo (com inicial minúscula) significando a espécie. Deve ser grafado em itálico. Ex.: Homo sapiens, Canis domesticus, Cattleya labiata, Tyrannosaurus rex.

O

  • Oblongo – folha com base e ápice arredondados;
  • Obtuso – folha terminando num vértice arredondado;
  • Orquidácea – Provavelmente a família com o maior número de plantas. Algumas epífitas, outras rupícolas e as terrestres, rizomatosas na sua maioria;
  • Ovário – a parte do pistilo que contém óvulos;
  • Ovóides – de forma oval;
  • Óvulo – unidades contidas no ovário, a célula ovo que se transforma na semente.

P

  • Panduriforme – que tem formato de viola ou violino. Ex. Coelogyne pandurata;
  • Panícula – inflorescência do tipo cacho composto, em que os ramos vão crescendo da base para o ápice, assumindo uma forma aproximadamente piramidal;
  • Patógeno – organismo que tem a habilidade de produzir doenças;
  • Pedicelo – haste que suporta uma flor (e mais tarde um fruto) numa inflorescência; o mesmo que pedúnculo;
  • Pelória – anomalia vegetal, comum nas orquídeas, em que uma flor zigomorfa (com um só plano de simetria, simetria bilateral) mostra tendência a se tornar actinomorfa (com várias simetrias radiadas, ou seja, que permite sejam traçados vários planos de simetria); ex. típico: Cattleya intermedia var aquini;
  • Pelórico – que apresenta pelória; peloriado;
  • Pétala – segmento que compõe a corola, invólucro floral por dentro do cálice; podem ser livres ou concrescidas e geralmente formam a parte mais vistosa da flor, com cores as mais variadas; em orquídeas, os três segmentos que se posicionam entre as três sépalas, um deles modificado como labelo;
  • Picnídeo – estrutura globosa e microscópica onde são produzidos os esporos de alguns fungos;
  • Plântula – pequena planta recém-nascida; uma orquídea nova, que ainda não floriu; seedling;
  • Polínias ou políneas – grãos de pólen ou massa de consistência gelatinosa, cerosa ou granulosa (parte masculina da flor). Políneas ou polínias são as massas agrupadas de pólen comuns nos grupos mais avançados de orquídeas. São geralmente associadas a outras estruturas peculiares de orquídeas. Na ponta da coluna você encontra as anteras como uma ‘cápsula’ branca com pequenas subdivisões ‘caixas’ dentro das quais se formam as polínias. Ao conjunto de polínias chamamos polinário. Em Cattleya e Laelia ha um pequeno apêndice, amarelo, originado do tecido das polínias, que se chama ‘caudículo’ e que adere ao inseto polinizador. Em outros grupos tais como Oncidium, Catasetum, Zigopetalum, Stanhopea, Maxillaria, Vanda, Phalaenopsis etc. estas caudículas são quase inaparentes e há uma estrutura diferente, como uma pequena haste alongada, geralmente branca e originada de tecido da Coluna e não da Polínia… Este é chamado estipe. Na sua extremidade oposta as polínias freqüentemente ha um outro tecido aderente, que é chamado viscidio e ajuda a esta estrutura toda (polinário + estipe + viscidio) aderir ao polinizador. Grupos mais primitivos, tais como Sobralias, Epistephium e Cleistes e muitas outras terrestres tem o pólen granuloso ou farináceo e mais ou menos solto, ao invés de agrupados em massas (Cássio Van Den Berg);
  • Pólen – espécie de fina poeira que esvoaça das anteras das plantas floríferas e cuja função é fecundar os óvulos, representando, assim, o elemento masculino da sexualidade vegetal;
  • Poliplóide – planta com um número de séries de cromossomas maior que dois e que normalmente apresenta flores com ganho de tamanho e forma;
  • Propagação vegetativa – a criação de novas plantas mediante divisão (corte) formação de keikis, ou métodos meristemáticos, mas não por semente;
  • Propágulo – qualquer estrutura, conjunto de células ou mesmo gemas especiais que servem à propagação ou multiplicação vegetativa de uma planta; organela de reprodução;
  • Pulverolento – coberto ou cheio de pó; semelhante a pó;
  • Parasita – vegetal que suga a seiva de outro vegetal, o que não acontece com as orquidáceas;
  • Protótipo – original, modelo exemplar mais perfeito;
  • Pseudobulbo – bulbo ou parte da planta, que armazena água e substâncias nutritivas.

R

  • Racimo – inflorescência indefinida na qual as flores são pedunculadas e se inserem no eixo a distância considerável umas das outras; o mesmo que racemo ou cacho;
  • Raiz – órgão de fixação do vegetal ao solo ou onde esteja ancorado, por onde retira água e nutrientes, com variáveis morfologias interna e externa; no caso das orquídeas epífitas, as raízes não absorvem nutrientes dos hospedeiros;
  • Raiz nua – método para despachar uma orquídea, retirada do vaso e com as raízes limpas de substrato;
  • Raízes aéreas – que se desenvolvem no ar, emitidas por caules aéreos. Sua funções são freqüentemente, a de segurar a planta a árvores ou a outros suportes e a de absorver unidade do ar;
  • Reniforme – com a forma de rim;
  • Ressupinado – órgão ou segmento vegetal que está invertido em relação à posição normal; em orquídeas, aquelas flores cujos labelos estão posicionados para baixo em relação ao eixo da inflorescência;
  • Ressupinar – ato ou efeito de tornar ressupinado; no caso da grande maioria das orquídeas, o labelo está voltado para cima dentro do botão da flor;
  • Ressupinação – movimento que a flor faz, de até 180º, antes de abrir-se, colocando o labelo em posição horizontal;
  • RHS – “Royal Horticultural Society”, a Real Sociedade Horticultural, que reúne orquidófilos e cultivadores de outras plantas no Reino Unido e que mantém hoje o registro de híbridos de orquídeas, talvez a única família botânica com a grande maioria de seus híbridos registrados;
  • Rizoma – caule carnudo da planta que une os pseudobulbos. Pode estar no subsolo ou na superfície do solo nas espécies terrestres, ou ainda nas epífitas que ficam na superfície da casca da árvore. Caule que se desenvolve horizontalmente, sobre o solo ou substrato, de onde emergem os pseudobulbos das orquídeas simpodiais;
  • Rostelo – parte estéril do estigma das orquídeas que se projeta em ponta;
  • Rupestre – orquídea ou outra planta que nasce ou se desenvolve sobre rochas; litófila, rupícola;
  • Rupícola – orquídea ou outra planta que nasce ou se desenvolve sobre rochas; litófila, rupestre; ex. Laelia rupícolas. Planta que vegeta sobre as pedras. Veja também sobre litófitas. Ver post sobre orquídeas rupícolas aqui.

S

  • Saprófita – planta que retira o alimento de organismos mortos. São raríssimas. A primeira orquídea foi coleta em 1928 na Austrália, trata-se da Rhizanthella gardneri; Ver post sobre orquídeas saprófitas aqui;
  • Saprófito – organismo que vive da matéria orgânica morta;
  • Seedling – planta nova. Período que varia do nascimento da semente, até à 1ª floração. Plântula, uma orquídea nova ainda não florida;
  • Self – orquídea obtida pela fertilização da mesma flor, aplicando-se o seu pólen sobre o próprio estigma;
  • Semi-alba – variedade de orquídea com pétalas e sépalas brancas e labelo colorido;
  • Sépala – segmentos que compõem o invólucro exterior (cálice) da flor periantada, podendo ser livres (cálice dialissépalo), como em Cattleya, ou fundidos total ou parcialmente em uma só peça (cálice gamossépalo), como em Paphiopedilum, Masdevalia e outras;
  • Sépala dorsal – aquela que se posiciona na parte superior da orquídea;
  • Sépala lateral – aquelas duas que se apresentam nos lados, apontando para baixo, formando um triângulo com a sépala dorsal, na maioria das orquídeas;
  • Septo – parede que separa os segmentos das hifas ou de esporos dos fungos;
  • Sibling – orquídea resultante de um cruzamento selecionado de plantas da mesma sementeira;
  • Simbiose – processo de propagação das plantas, na natureza, em que o embrião das sementes, é atacado pelo fungo micoriza, que vive em simbiose nas raízes. Esse fungo transforma a água, o ar e os detritos que são depositados nas raízes, em elementos nutritivos para que as sementes germinem;
  • Simbiótico – processo de propagação das plantas na natureza em que o embrião das sementes é atacado pelo fungo micorriza;
  • Simpetalia – fenômeno de concrescimento de pétalas em maior ou menor extensão;
  • Simpodial – crescimento da planta em dois sentidos(horizontal e vertical). Tipo de ramificação lateral em que o eixo não prevalece, sendo substituído por outro ramo, que, posteriormente, será substituído por outro, horizontalmente, de forma mais irregular que na ramificação monopodial; no caso das orquídeas, o tipo de crescimento dos rizomas que, após crescimento de um pseudobulbo e sua floração, abrem uma gema na base do pseudobulbo e iniciam novo crescimento, sempre seguindo horizontamente, em frente ou irregularmente;
  • Sinsepalia – fenômeno de concrescimento de sépalas em maior ou menor extensão;
  • Sistêmico – assim são chamados os inseticidas, fungicidas e outros pesticidas que, quando aplicados, são absorvidos pelas folhas e vegetações, atuando de dentro da planta;
  • Sphagnum – musgo d’água (ótimo substrato, por manter a umidade por mais tempo) e não proliferar fungos; Ver post sobre sphagnum aqui;
  • Substrato – material onde se plantam as orquídeas o meio, o material ou mistura de materiais usado para se plantar uma orquídea, envolvendo suas raízes e onde essas podem se desenvolver adequadamente; no Brasil, são mais comuns o xaxim em fibra (raízes de samambaia), esfagno (musgo), coxim (fibras de coco), cascas de pinhos e outras madeiras, piaçava ou piaçaba (fibras de folhas de determinadas palmeiras) pedaços de carvão, cascalho fino, etc. Para orquídeas terrestres e rupícolas há outros substratos, que incluem terra, areia, compostos orgânicos etc. Ver minhas postagens sobre substrato clicando aqui;

T

  • Teleosporo – tipo de propágulo (esporo) dos ficomicetos que possui a capacidade de se movimentar na água;
  • Terete – folhas ‘terete’ são folhas cilíndricas e engrossadas, com aparência tipo uma cebolinha, para colocar em termos práticos. São uma adaptação comum ao xerofitismo (adaptação a áreas secas = xericas). Em plantas como Brassavola e Leptotes ainda ha um sulco na folha, equivalente ao sulco central em Cattleyas, Laelias etc… Outras espécies, como por exemplo Papilionanthe teres (ex Vanda teres), muito cultivada no Brasil, são completamente cilíndricas, sem qualquer evidencia de sulco. Que tem forma cilíndrica, redonda; teretiforme;
  • Tereticaule – que tem caule cilíndrico. Ex. Vanda teres, hoje reclassificada como Papilionanthe teres;
  • Teretifoliado – que tem folhas de seção circular;
  • Terrestre – plantas que vegetam na terra, em orquídeas, aquelas que vivem no solo ou no pouco substrato, normalmente detritos vegetais, sobre o solo;Ver post sobre orquídeas terrestres clicando aqui;
  • Tetraplóide – planta com quatro séries de cromossomas, também conhecida como 4N e que normalmente apresenta flores com ganho de tamanho e forma;
  • Triplóide – planta com três séries de cromossomas, também conhecida como 3N e que dificilmente pode ser cruzada;
  • Túnica – invólucro exterior livre, membranoso ou fibroso, que envolve vários tipos de bulbo.

U

  • Unguiculado – de forma semelhante à unha;
  • Unifoliada – que apresenta apenas uma folha por ramo ou, em orquídeas, no pseudobulbo;
  • Urediniosporo – esporo clonal ou assexual das ferrugens.

V

  • Variedade – uma subdivisão de uma espécie que agrupa plantas com uma forma diferenciada que se transmite à progênie;
  • Vaso coletivo – muitas plântulas, ou “seedlings”, plantadas junto num único vaso, antes de atingir um tamanho que permita serem replantadas individualmente;
  • Velame – células de paredes espessadas e cheias de ar, absorventes, que envolvem as raízes das orquídeas epífitas e que têm um papel protetor e também de reservatório de água; velâmen;
  • Viscoso – que tem visco, que é pegajoso, grudento; o mesmo que visguento e víscido;
  • Virasole – produto utilizado para eliminar vírus em orquidáceas, segundo Malavolta (Instituto Botânico do Estado de São Paulo).

X

  • Xaxim – tronco de determinadas samambaias arborescentes, cuja massa fibrosa é utilizada como substrato para cultura de orquídeas e outras plantas. Ver post sobre xaxim clicando aqui;
  • Xerófito – vegetais adaptados, morfológica ou fisiologicamente, à vida em ambientes secos.

Referência

  • damianus.bmd.br

Abraços!

Classificação das orquídeas por habitat: as saprófitas e as humícolas

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Por fim, as menos comuns e, por assim dizer, alvos de muita discussão ainda.

Orquídeas saprófitas

As orquídeas saprófitas são extremamente raras. Desprovidas de clorofila, nutrem-se de restos vegetais ou animais em decomposição. Em uma das classificações atuais, apenas uma orquídea pode ser considerada saprófita, a Rhizanthella gardneri. Mesmo assim, muitos a consideram um parasita e não saprófita). Esta orquídea foi coletada pela primeira vez na Austrália, em 1928. Ela é tão interessante que as vezes floresce dentro do solo.

Esquecendo um pouco o fato que alguns consideram apenas a Rhizanthella gardneri como saprófita, plantas assim possuem raízes do tipo rizoma, curtas e grossas. Vivem no subsolo em simbiose com fungos. Geralmente não possuem folhas, porém, quando estas aparecem são numerosas e “escamiformes” (em forma de escama), saindo da haste floral e protegendo a emas. Sua florescência é em forma racêmica. Normalmente soltam de cinco até dezesseis hastes florais, que brotam do chão rijas, com as flores protegidas por um invólucro. São encontradas na Austrália, Norte da África, Ásia Ocidental e sul da Europa, em solos bastante ricos por decomposição de pinheiros e carvalhos.

Rhizanthella gardneri
Rhizanthella gardneri só com a flor exposta

Rhizanthella gardneri só com a flor exposta

Rhizanthella gardneri e sua parte escondida no solo
Rhizanthella gardneri e sua parte escondida no solo

As saprófitas são motivo de muita discórdia entre os orquidófilos. Muitos costumam classificar suas plantas como saprófitas mesmo quando estas possuem clorofila e, portanto, realizam fotossíntese. Isto biologicamente é um erro. Outros preferem usar o termo humícola que, biologicamente e conceitualmente não está errado (assim como saprófita), mas não serve para designar algumas espécies de orquídeas que não se encaixam muito bem nesta classificação. E onde elas se encaixam?

Orquídeas humícolas

Mais afinal, o que são orquídeas humícolas? Como podem ser parecidas com as saprófitas? Bom, o conceito é bastante parecido, porém as orquídeas humícolas são aquelas que se nutrem a partir de matéria orgânica em decomposição mas que, ao contrário das saprófitas, possuem clorofila e realizam fotossíntese.

Olhando sua estrutura, podem ser confundidas com orquídeas terrestres, mas a principal diferença está na orientação e forma radicular. As orquídeas humícolas sempre apresentam raízes extremamente grossas e que se orientam, em geral, paralelamente ao solo, sempre encobertas pela camada de serrapilheira das matas, não se aprofundando mais do que alguns poucos centímetros no solo.

Um exemplo de orquídea humícola seria o gênero Chloraea. Mas vai ter gente falando que é terrestre e aí a discórdia começa…

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Chloraea bletioides

Chloraea longipetala
Chloraea longipetala

Chloraea alpina
Chloraea alpina

Classificação das orquídeas por tipo de crescimento: monopodial e simpodial

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Uma das classificações mais simples de utilizamos na família Orchidaceae é a relacionada ao seu tipo de crescimento, ou seja, o seu sistema caulinar. Basicamente, elas podem ter o crescimento monopodial ou simpodial.

Orquídeas monopodiais

As orquídeas monopodiais tem uma única haste principal, que cresce verticalmente e produz uma série de folhas na gema apical em sua ponta de crescimento. Esta ponta de crescimento, no final da haste, estende-se continuamente, e as hastes de flores emergem da haste principal entre os nós acima de cada folha. A haste pode, ocasionalmente, gerar ramos, mas isto é muito pouco frequente.

As orquídeas que crescem deste modo têm pouca capacidade para armazenar água. Sendo assim, normalmente precisam ser regadas com maior freqüência, geralmente sem secar muito bem entre as regas. Em muitos casos, as raízes ficam aéreas, expostas, sendo uma das principais fontes de umidade da planta, caso o ambiente tenha umidade suficiente para tal.

orquideas.eco.br - orquidea monopodial
Orquídea monopodial – Desenho de Malena Barretto, 1997

A divisão das orquídeas monopodiais é difícil, sendo que muitos procuram evitar, exceto os especialistas. Neste caso, os keikis são geralmente a melhor forma de propagar estas orquídeas.

Uma das vantagens das orquídeas monopodiais é que, devido à sua característica de crescimento para cima, você poderá reutilizar seus vasos, pois o tamanho poderá ser o mesmo, apenas acrescentando um novo substrato, se for o caso.

As orquídeas monopodiais mais comuns são as Phalaenopsis, Vanda e a Vanilla (baunilha).

Orquídeas simpodiais

As orquídeas simpodiais (ou de crescimento basítona) tem um rizoma a partir do qual emergem uma série de brotos, normalmente um por ano. Cada novo broto que amadurece torna-se um pseudobulbo. Neste, há a geração de flores e, geralmente, antigos pseudobulbos podem durar vários anos. Após a floração, quando a orquídea retomar o crescimento, irá começar a crescer outro segmento de rizoma e o processo é repetido. Normalmente, o pseudobulbo que gerou uma flor não irá florescer novamente. Entretanto, em algumas espécies de orquídeas, as florações podem persistir por muitos anos. Este pseudobulbo, com o tempo, vai perder suas folhas e depois de mais alguns anos acabará por morrer.

orquideas.eco.br - orquidea simpodial
Orquídea simpodial – Desenho de Malena Barretto, 1997

Ao dividir orquídeas simpodiais, o rizoma pode ser cortado mantendo pedaços com 3 a 4 pseudobulbos em cada parte. Pseudobulbos traseiros também podem desenvolver novos brotos.

As orquídeas simpodiais mais comuns são as Cattleyas e seus híbridos.

Referência

  • orchid-care-tips.com
  • Malena Barretto

Abraços

Substratos para orquídeas – qual o melhor?

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Substratos (7) – Resumão e considerações finais

É importante conhecer os fatores que influenciam o substrato a ser escolhido. Antes de mais nada, a planta. Se ela necessita de mais ou menos água ou aeração é primordial para saber que material usar no substrato. Outro fator é o clima na região onde ela estará plantada. Orquídeas que precisam de umidade, porém, estão em um lugar quente e seco, necessitam de um substrato que retenha mais umidade. O inverso também é valido, portanto, cuidado! Não existe mais cultivo de orquídea sem organização e preparo. Você tem que estudar e entender tudo que envolve a planta, inclusive as técnicas para proporcionar a ela a melhor ambientação possível.

Aí vem a questão: qual é o melhor substrato de todos? Vamos tentar responder esta questão no final deste artigo.

Principais propriedades de um bom substrato

Tenha em mente que um bom substrato deverá:

– Reter bem os nutrientes depois de cada adubação para liberá-lo aos poucos;
– Ser facilmente encontrado no mercado;
– Não possuir substâncias que sejam tóxicas para a planta;
– Sustentar a planta com firmeza;
– Permitir uma boa aeração para raízes;
– Reter água na quantidade ideal, sem encharcar;
– Manter o pH equilibrado;
– Durar de 2 a 3 anos, pelo menos.

E existe um substrato com todas estas características? Não. Por isto misturamos alguns elementos para chegarmos perto do substrato ideal.

Também é necessário lembrar que para utilizar um substrato são necessários alguns cuidados, como lavá-lo e esterilizá-lo (escrevi sobre isto no post sobre madeiras e afins). Também é importante realizar o que alguns chamam de “water flush”, ou seja, lavar o substrato periodicamente. Colocar o vaso embaixo de uma torneira por alguns minutos ou mergulhá-lo em um balde com água por algum tempo fará com que o substrato elimine o excesso de sais que poderiam prejudicar as raízes. Aliás, a segunda opção também fará com que pequenos animais saiam do substrato, afinal, eles precisam respirar. Por fim, adubação. Nenhum substrato é capaz de liberar tantos nutrientes quanto a planta necessita. O complemento com o adubo se torna extremamente necessário.

Novamente vem a questão: qual o melhor substrato? Calma…

Primeiro, assistam este vídeo e já voltamos ao assunto.

Agora, leiam (se ainda não leram) a minha série de artigos sobre substratos:

Substratos para orquídeas – Xaxim e sua proibição
Substratos para orquídeas – Fibra de coco
Substratos para orquídeas – Sphagnum, esfagno, musgo
Substratos para orquídeas – Cascas, lascas, troncos e madeiras em geral
Substratos para orquídeas – Materiais inertes
Substratos para orquídeas – Mix, misturas e afins

Então, depois de tudo isto, a que conclusão eu chego? Qual o melhor substrato?

Eu diria que o melhor substrato é o natural. Como assim? Ué, o melhor substrato do mundo é aquele onde a orquídea nativa está. Eu explico: quando sua semente saiu da cápsula, ao vento, procurando um lugar para iniciar um novo ciclo de vida, o lugar que ela parou e conseguiu germinar pode ser considerado um excelente substrato. Veja o empenho orquidófilos do mundo inteiro para fazer um punhado de sementes brotarem em um pequeno frasco de vidro. A natureza, sábia como só ela, consegue fazer isto naturalmente.

Preciso dizer mais? Ok, posso colocar toda a questão de outra forma: o melhor substrato para mim? Nenhum. E todos. Tudo ao mesmo tempo. Tudo dependerá de você.

Sim, tudo dependerá do tempo que você dedicará ao estudo, ao cultivo, à observação, enfim, ao aperfeiçoamento. Só assim você se tornará um excelente orquidófilo e terá plantas saudáveis, floridas e bem cuidadas.

Afinal, não é isto que buscamos?

Abraços!

Orquídeas e seus frutos e sementes – não se deixe enganar!

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Alguns motivos me levaram a pensar neste artigo e publicá-lo, mesmo sem ter todo o material disponível para tal. Por que falar dos frutos – ou capsulas – e das sementes das orquídeas?

A grande maioria das pessoas não sabem como funciona a propagação de uma espécie qualquer da família Orchidaceae, a família das orquídeas. De fato, é muito curioso, pois difere daquilo que conhecemos como o “habitual” na natureza, quer seria o “colocar a semente no solo e esperar brotar“, fruto da visão um tanto quanto incompleta que nos é passada logo na infância, com a famosa experiência de brotação da semente do feijão no algodão.

Este desconhecimento tem duas consequências. A primeira, quando uma orquídea gera um fruto, o orquidófilo ignora, pois não sabe o que fazer com ela ou imagina que sabe, tentando cultivar de maneiras tradicionais. Já a segunda, que motivou este artigo, é a forma como pessoas inescrupulosas, principalmente brasileiros, se aproveitam desta ignorância para ganhar algum dinheiro em cima dos pobres iludidos por anúncios enganosos. Exemplo? Vai no Mercado Livre ou Aliexpress, por exemplo, e digite “sementes orquídeas”. O resultado vai ser mais ou menos assim:

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Resultado da pesquisa: até orquídea com olhos!

O resultado mostrado na imagem acima mostra uma coisa interessantíssima: primeiro, todos tem paciência para contar as sementes da orquídea (você entenderá a ironia logo adiante – sementes de orquídeas são como pó). Há sementes de Phalaenopsis azul – a famosa Blue Mystic, sendo que é uma flor tingida, ou seja, fabricada a partir de uma Phalaenopsis branca e que, obviamente, não é natural, cuja próxima florada voltará a ser branca. Há também sementes de plantas que nem orquídea são e, a melhor de todas sementes: a orquídea cara de papagaio, uma brincadeira feita no Photoshop que até sementes reais está rendendo. E pasmem, só neste anúncio o vendedor já vendeu 63 pacotes destas sementes, ao custo de R$ 17,77 cada, totalizando um roubo de R$ 1.119,51.

Ah Luis, mas as pessoas não caem nesta não. Não? 63 pessoas compraram uma orquídea com olhos! Opa, 64 agora!

Ah Luis, mas elas vão perceber, reclamar e pegar o dinheiro de volta. Não, não vão. Seja lá o que o vendedor envia para estas pessoas, ou não vai brotar, ou até ter cara de alguma outra planta ele já terá embolsado seu dinheiro e você não poderá mais reclamar. É quase um crime perfeito. Um crime que só pega os desinformados.

O que todos precisam? Informação! Então vamos lá, neste caso o Wikipedia tem informações muito interessantes. Antes de mais nada, é importante entender de onde surge a semente.

A flor

Dentre todas as famílias de plantas possivelmente as orquídeas é a família que apresenta maior espectro de variação floral. Geralmente apresentam flores hermafroditas mas, além destas, em alguns gêneros podem apresentar flores exclusivamente masculinas ou femininas. Os órgãos reprodutivos (androceu e gineceu) encontram-se reduzidos e fundidos em uma estrutura central chamada coluna, ginostêmio ou androstilo. O número de estames varia entre as subfamílias: Apostasioideae possui três; Cypripedioideae dois, com o estame central modificado; as demais apresentam apenas o estame central funcional, com os dois outros atrofiados ou ausentes. Os grãos de pólen quase sempre encontram-se aglutinados em massas cerosas chamadas polínias, mas podem encontrar-se também agrupados em massa pastosa, ou rarissimamente soltos. As polínias ficam penduradas em uma haste chamada caudículo ou estipe, conforme sua estrutura, presas por um disco viscoso chamado viscídio, coladas por um líquido espesso secretado pelo rostelo. A maioria das espécies epífitas apresenta uma pequena capa recobrindo as polínias, denominada antera. O estigma é normalmente uma cavidade na coluna, onde as polínias são inseridas pelo agente polinizador. O ovário é ínfero, tricarpelar e possui até cerca de um milhão de óvulos.

A fecundação

Pela sua estrutura reprodutiva, as orquídeas obrigatoriamente necessitam do auxílio de agentes externos para o transporte de pólen ao órgão feminino de suas flores, uma vez que a massa polínica é pesada demais para ser levada pelo vento, e a parte receptiva do órgão feminino não é exposta o suficiente para recebê-la. Assim, as orquídeas selecionaram as estratégias mais fascinantes para promover a polinização. As flores podem possuir cores e aromas que atraem a atenção de polinizadores diversos, como abelhas, borboletas, mariposas diurnas e noturnas, besouros e beija-flores. Sua forma e tamanho também correspondem ao tipo de polinizador. Algumas flores podem assumir formas extremas. Orquídeas do gênero europeu Ophrys, por exemplo, apresentam a cor e a forma do labelo, ornado por cerdas, de maneira tal que se assemelham a fêmeas de uma certa espécie de abelhas. De forma que o macho, atraído pelo feromônio produzido pela própria flor e pela sua forma, copula com esta por engano, levando consigo as polínias, que depositará na próxima flor que visitar.

O fruto

Eis que sua bela flor foi fecundada. Ela começa então a gerar o fruto. Quase todas as orquídeas apresentam frutos capsulares. Eles claramente diferem em tamanhos, formas e cores. As epífitas apresentam frutos muito mais espessos com paredes carnosas, espécies terrestres apresentam frutos mais finos com paredes mais delicadas. Geralmente são triangulares, mais ou menos arredondados, com números de lamelas que variam de três a nove. Alguns são lisos outros rugosos ou mesmo cheios de tricomas, verrugas ou protuberâncias em sua superfície. Os frutos desenvolvem-se com o engrossamento do ovário na base da flor, o qual geralmente é dividido em três câmaras.

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Cápsulas de uma orquídea: seu fruto

Quando maduro o fruto seca e abre-se em três ou seis partes ao longo do comprimento, embora não inteiramente, mantendo-se sempre preso à inflorescência. Boa parte das sementes logo cai, depositando-se entre as raízes da planta mãe, as sementes são também amplamente dispersas com o vento por longas distâncias. Esta é a grande vantagem do tamanho mínimo destas sementes, afinal, com o auxílio do vento elas podem percorrer grandes distâncias antes de assentar em algum lugar.

As sementes

Quase todas as orquídeas apresentam sementes minúsculas e leves, constituídas por um pequeno aglomerado de células de cobertura abrigando um embrião. Seu tamanho é realmente microscópico, visto que não há reserva alimentar para que a semente possa germinar. Cada planta produz de centenas de milhares de sementes em cada uma de suas cápsulas. Ao contrário da maioria das plantas, as quais produzem um endosperma capaz de alimentar o desenvolvimento do embrião em seus primeiros estágios, as orquídeas utilizam-se de um processo simbiótico o fungo Micorriza que excreta os nutrientes utilizados pela jovem orquídea a partir da decomposição pelo fungo do material encontrado próximo à semente. Tão logo o embrião é capaz de realizar a fotossíntese, este processo torna-se responsável pela alimentação da planta e a Micorriza não é mais necessária.

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Milhares, talvez milhões de sementes.

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O fruto e sua semente

Apenas por curiosidade, algumas espécies de orquídeas saprófitas nunca serão capazes de realizar a fotossíntese plenamente e permanecem dependentes do fungo por toda a vida. Já algumas espécies de orquídeas, como por exemplo as do gênero Bletilla, apresentam alguma quantidade de endosperma. Por fim, poucas espécies de orquídeas têm sementes grandes. Estas são representadas principalmente pelos membros da subfamília Vanilloideae.

Em breve estarei escrevendo sobre como realizar a germinação destas sementes. Não, não é na terra. É um processo um pouco mais complexo – e interessante – que supre as necessidades da minúscula semente de forma artificial. Ou seja, sabe aquela semente que você compra no Mercado Livre e planta na terra? Esqueça, vai sair de tudo, menos a orquídea rara prometida no anúncio!

Abraços

Referências

  • pt.wikipedia.org
  • Imagens de um fórum – serão substituídas assim que conseguir fotografar uma cápsula em casa.

Morfologia: a inflorescência das orquídeas

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Entender nossas orquídeas é um grande passo para cultivá-las corretamente. Desta forma, elas irão viver e não apenas sobreviver.

Neste quarto artigo da série sobre a morfologia das orquídeas, chegamos à parte que mais interessa à grande maioria das pessoas: as flores. Entretanto, não vou falar delas diretamente neste momento. Antes de falar das flores, é importante conhecer outra estrutura diretamente ligada à elas: suas inflorescências.

A inflorescência é a parte da orquídea em que se localizam as flores. Normalmente consiste em um prolongamento semelhante ao caule provido de folhas modificadas chamadas brácteas (clique aqui para ler mais sobre a morfologia das folhas e o que são brácteas). Nas axilas destas brácteas localizam-se as flores. Elas variam de acordo com a espécie, podendo ter de uma a algumas centenas de flores. De certa forma, o termo inflorescência diz respeito à tudo que envolve a forma como as flores serão apresentadas pela orquídea, ou seja, tem relação com a quantidade de flores em uma haste, a posição em que essa haste surge, a disposição em que essa haste se encontra e se ela produz flores indefinidamente ou de forma definida.

Forma

Uma inflorescência pode ter apenas uma flor ou centenas de flores, formando cachos sensacionais. Além disto, as inflorescências nas orquídeas podem variar, entre outras coisas, em relação a sua forma.

Posição

Em relação à posição das inflorescências, elas podem ser apicais, laterais ou basais. Nas orquídeas apicais, as inflorescências saem do topo dos caules. Já nas laterais, as inflorescências saem de uma gema lateral do caule. Por fim, nas basais, as inflorescências saem de uma gema na base do caule ou do nó mais próximo ao rizoma – ou do próprio rizoma. Estas hastes podem ser eretas, pendentes ou podem crescer em direção ao substrato e saírem por baixo dos recipientes de cultivo, como as Stanhopeas:

1091 - Stanhopea lietzei var. straminea (33)
Inflorescência basal em uma Stanhopea

orquideas.eco.br - glossário orquidófilo
Inflorescência apical em um híbrido

Forma da inflorescência

A forma das inflorescências também é bastante variada, sendo simples ou ramificadas. Além disto, elas podem ser racemosas ou paniculadas, formando corimbos ou umbelas, com flores simultâneas ou abrindo em sucessão, ao longo da inflorescência ou brotando sempre no mesmo local.

Racemo

Rácemo, racemo, racimo ou cacho é um tipo de inflorescência em que os pedicelos (estrutura originada da modificação do caule responsável pela sustentação e condução de seiva para as flores) das flores se inserem em diversos níveis no eixo comum, a ráquis (eixo central de estruturas biológicas ramificadas), atingindo diferentes alturas, e cujas flores se abrem sucessivamente na extremidade do ramo, conforme este vai crescendo, de maneira que as flores mais velhas ficam mais afastadas do ápice. Seu crescimento é indeterminado.

orquideas-eco-br-racemo
Racemo

Em alguns casos, quando o racemo é claramente visível, tal pode refletir-se no nome científico da planta.

1122 - Brassia Rex
Brassia Rex e sua inflorescência racemosa

Panícula

Panícula é um tipo de inflorescência que se caracteriza por um cacho (racemo) composto em que os ramos vão decrescendo da base para o ápice, razão porque assume forma piramidal.

orquideas-eco-br-panicula
Panícula

Oncidium Twinkle e sua inflorescência paniculada
Oncidium Twinkle e sua inflorescência paniculada

Corimbo

Corimbo é um tipo de inflorescência aberta, racemosa, na qual o eixo é curto e os pedicelos das flores são longos, inserindo-se a diferentes alturas do eixo. O comprimento de cada pedicelo floral é tal que todas as flores do corimbo abrem a um mesmo nível.

orquideas-eco-br-corimbo
Corimbo

Umbela

Umbela é um conjunto de flores que partem os pedicelos, iguais, do eixo central, com formato de um guarda-chuva. Pode ser simples ou composta.

orquideas-eco-br-umbela
Umbela simples

orquideas-eco-br-umbela-composta
Umbela composta

orquideas-eco-br-bulbophyllum-guttulatum-x-rothschildianum
Bulbophyllum guttulatum x rothschildianum: umbela

Espiga

Espiga é um tipo inflorescência de flores sésseis ao longo de um raquis (eixo da inflorescência). Quando o eixo é grosso e carnoso, a inflorescência chama-se de espádice.

orquideas-eco-br-espiga
Espiga simples

orquideas-eco-br-espiga-composta
Espiga composta

orquideas-eco-br-bulbophyllum-elassonotum
Bulbophyllum elassonotum: espiga

orquideas-eco-br-bulbophyllum-lilacinum
Bulbophyllum lilacinum: espiga

Outras estruturas

Algumas espécies apresentam estruturas perenes, que servem apenas para floração. É o caso de algumas Masdevallias, por exemplo. As flores apresentam brácteas em sua base, porém muitas vezes reduzidas em tamanho. Por outro lado, outra apresentam brácteas grandes, como em algumas espécies do gênero Eria e Cyrtopodium.

Como curiosidade, a inflorescência das espécies do gênero Dimorphorchis pode estender-se por quase cinco metros com flores espaçadas em quase um metro. Já a inflorescência das Octomeria mede poucos milímetros de comprimento.

orquideas-eco-br-oncidium
Que tal o tamanho da haste deste Oncidium?

Referências

  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br
  • funghiitaliani.it
  • wikipedia.org

Abraços!

Substratos para orquídeas – Mix, misturas e afins

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Substratos (6) – Mix, misturas e afins

Por fim, o tão conhecido mix.

É mix disto, mix daquilo, mix do mix, mix sem mix e por aí vai. São tantas as receitas milagrosas que muitos esquecem de um fator muito mais importante para a planta do que o próprio substrato: o lugar em que ela se encontra. De nada adianta você montar um mix que retenha umidade em um ambiente sempre úmido. Assim como de nada adianta você montar um mix de secagem ultra rápida em um lugar de clima seco.

Bom senso é primordial nestas horas. Veja só a quantidade de materiais que mostrei nos últimos 5 posts sobre substratos. Imagine que não são nada perto da imensa gama de opções disponíveis. É perfeitamente possível montar uma mistura bacana, assim como é muito provável montar algo desnecessário e até prejudicial.

Aqui eu gostaria de colocar a minha opinião: vá pelo caminho mais fácil, use as misturas consagradas. Você pode inventar uma mistura nova, usando materiais desconhecidos da grande maioria e ter sucesso. Mas a probabilidade de você matar a planta existe e deve ser considerada. Lembre-se que você está lidando com seres vivos!

Algumas misturas que você pode utilizar

Não vou falar de nomes, apesar de eu estar testando algumas marcas a convite dos fabricantes. Vou me restringir ao tipo da mistura de acordo com as necessidades da planta e a região onde você se encontra. Você poderá montá-las de acordo com sua necessidade e facilmente, visto que todos os materiais são bem fáceis de achar. Lembre-se que cada planta possui características específicas, que você deverá respeitar com o substrato.

Substrato de secagem lenta para locais de baixa umidade

O mais indicado aqui é utilizar um vaso de plástico, esfagno, isopor, brita nº 0, casca de pinus (fina), carvão em pedaços (médio) e chips de coco.

Substrato de secagem média para locais de umidade moderada

Aqui já podemos usar um vaso de barro, isopor, brita nº 0, casca de pinus (média), carvão em pedaços (médio) e chips de coco.

Substrato de secagem rápida para locais com muita umidade

Aqui é interessante usarmos vasos de barro ou caixetas, isopor em pedaços grandes, brita nº 1, casca de pinus (grossa), carvão em pedaços (médio) e chips de coco.

Substrato de secagem ultra rápida para locais com muita umidade e calor

Neste caso podemos usar tocos madeira ou casca de peroba. Pode ser utilizado sozinho ou em conjunto com algum tipo de musgo ou fibra, para dar liga e um bom “start” na planta no toquinho.

Vale lembrar que não é necessário todos os componentes juntos, mas pelo menos um para cada função, como sustentação, fixação, aeração, retenção de umidade e nutrientes.

Para alguns, nada supera o xaxim. De certa forma, eu concordo. O xaxim é fabuloso, possui qualidades que nenhum outro substrato sozinho possui. Mas vamos encarar a realidade e ser ecologicamente corretos. Estas misturas são muito boas e, de certa forma, trabalham em conjunto para tentar realizar o mesmo que o xaxim é capaz de fazer.

Tenho utilizado algumas em meus principais vasos e não posso reclamar. Vale da experiência de cada um.

E você, o que tem usado?

Referências

  • jsalmazo.blogspot.com.br

Abraços!

Classificação das orquídeas por habitat: as rupícolas, litófitas ou rupestres

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Orquídeas em pedras. Pera lá, pode isto?

Sim! E se você pensa que isto é coisa de ficção científica, saiba que você pode estar mais perto destas belezas do que imagina.

Orquídeas litófitas, saxícolas, rupícolas, petrófitas ou ainda rupestres (ufa!) são plantas que crescem diretamente sobre rochas. Bom, na verdade não é bem sobre elas, mas sim em suas rachaduras ou em lugares onde haja o acúmulo de matéria orgânica e umidade. É um ambiente extremamente inóspito, fazendo com que apenas plantas especializadas consigam o feito de se desenvolver plenamente em lugares assim. Por que? Obviamente, um ambiente assim não é um centro de excelência no fornecimento de nutriente a uma planta. Por isto, uma orquídea rupícola normalmente não é uma planta de grandes proporções.

O grande barato destas orquídeas (e outras plantas rupícolas) é que elas dependem muito da composição rochosa abaixo delas. Em um ciclo comum, temos uma rocha colonizada por aquilo que chamamos de litófitas primárias, como os musgos. Estas litófitas irão instalar-se sobre rochas que, por consequência de sua forma, acumulam minerais e matéria orgânica. Desta forma, acabam permitindo a instalação de outras espécies maiores, como orquídeas e bromélias.

Você pensa que a dureza acabou? Não, veja só como pode ser ainda mais complicado. Levando-se em consideração que estas orquídeas vivem sobre as rochas elas estão, em sua grande maioria, sob Sol pleno. Para sobreviver, protegem suas raízes colocando-as sob a matéria orgânica onde se encontra. Porém isto não é uma unanimidade, pois não é difícil encontrar orquídeas vivendo sobre rochas que atingem temperaturas bem mais altas e ver que todo este calor não danifica a planta e suas raízes. Como regra geral, formam touceiras compactas cobrindo pequenas áreas.

laelinhas rupicolas
Laelias em seu habitat natural

Seu metabolismo faz com que ela não perca muita água durante o dia, não abrindo seus estômatos neste período. Estas estruturas abrem apenas no período noturno, para a realização das trocas gasosas importantes para a formação de ácidos que serão estocados nos vacúolos das células e que depois, durante o dia, serão utilizados nos processos fotossintéticos.

Algumas dicas importantes para o cultivo

  • alta luminosidade e boa ventilação;
  • substrato misto de pedra canga – laterita – e casca de pinus em decomposição;
  • uso de isopor na parte de baixo do vaso – preferencialmente de plástico – para ajudar na drenagem;
  • adubação orgânica – torta de mamona, farinha de ossos e cinzas (5-2-3);
  • irrigação sempre que estiver seco, a noite no verão e pela manhã no inverno.

Rupícola
Laelias em seu habitat natural

Respondendo a pergunta do início do artigo: por que você estaria mais perto do que imagina destas belezuras? Muito simples, temos uma vasta gama de Laelias (hoje chamadas de Hoffmannseggella) no Brasil, principalmente em Minas Gerais e no Espírito Santo. Portanto quando for adquirir uma beleza destas, fique de olho nos cuidados para que ela cresça bem e floresça sempre!

Referência

  • awzorchids.com.br

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