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Morfologia: o caule das orquídeas

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Entender nossas orquídeas é um grande passo para cultivá-las corretamente. Desta forma, elas irão viver e não apenas sobreviver.

Após falar sobre as raízes, cujo artigo você pode ler clicando aqui, é hora de falar sobre o caule das nossas orquídeas.

O caule varia de acordo com o hábito de crescimento das orquídeas que, por outro lado, determina uma das formas de classificação das orquídeas, ou seja, orquídeas de crescimento monopodial e orquídeas de crescimento simpodial. Se você não está familiarizado com estes termos, não se preocupe, você pode ler mais sobre esta classificação nos artigo “Classificação das orquídeas por tipo de crescimento: monopodial e simpodial”.

O importante aqui é você entender a diferença entre ambos os tipos. Desta forma o texto a seguir será mais fácil de assimilar.

O caule

Apesar de variar em relação à forma, o caule das orquídeas tem em comum a presença de nós, entrenós (espaço entre dois nós), gema apical composto pelo meristema apical (região de crescimento da planta) e gemas laterais (ficam na região do nó, onde também ficam inseridas as folhas).

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Caule com entrenós bem definidos

As espécies epífitas (clique aqui para ler mais sobre as orquídeas epífitas) podem apresentar os dois tipos de crescimento, ou seja, serem simpodiais ou monopodiais. Nas de crescimento simpodial, o caule é composto por uma parte reptante, curta ou longa, fina ou espessa, chamada rizoma, e uma parte aérea que pode ou não encontrar-se espessada em estrutura para reserva de água e nutrientes, conhecida como pseudobulbo. Em alguns gêneros epífitas, o caule secundário aéreo encontra-se reduzido a um nódulo ínfimo que origina as folhas.

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Orquídea simpodial, rizoma e início dos pseudobulbos
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Rizoma, pseudobulbos e folhas
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Em outro tipo, rizoma, pseudobulbo e folhas

Já nas de crescimento monopodial, o caule é único e aéreo, ereto ou pendente, e não se encontra espessado em pseudobulbos, sendo ajudado no armazenamento de nutrientes pelas folhas e raízes que brotam continuamente ao longo de todo o caule.

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Nas monopodiais, caule único
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Nas monopodiais, caule único

As espécies terrestres (clique aqui para ler mais sobre as orquídeas terrestres) podem ou não apresentar caules desenvolvidos e estes, diferente das epífitas, que sempre apresentam caules perenes, podem ser parcialmente decíduos. Algumas das orquídeas terrestres apresentam caules muito longos, que podem chegar a mais de seis metros de comprimento.

Rizoma

O rizoma é um tipo de caule que cresce no sentido do substrato, geralmente na horizontal. É, também, a ligação entre os pseudobulbos das orquídeas, além de ser dele que surgem as raízes. O rizoma possui nós e entrenós bem definidos, além de gemas viáveis, que dão origem à novos brotos. Este brotos formarão mais um seguimento de rizoma, pseudobulbo ou outro tipo de caule.

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Rizoma entre os pseudobulbos e gema apical
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Rizoma entre os pseudobulbos e gema apical

O rizoma é importante como órgão de reprodução vegetativa ou assexuada das orquídeas. É utilizado para replicar as orquídeas justamente por poder regenerar uma planta inteira mantendo suas características, desde que se tenha pseudobulbos em seu seguimento. Além disto, é importante também por ser o caminho por onde os nutrientes e água proveniente das raízes passam, sendo, no caso das monopodiais, o principal canal para isto.

Pseudobulbo

O pseudobulbo é uma estrutura usualmente espessada, preenchida por parênquima aquífero, bastante especializada com funções de armazenamento de água e regulação do metabolismo de síntese de carboidratos. O pseudobulbo está presente em grande parte das orquídeas, sejam as epífitas, as rupícolas ou as terrestres. Assumem as mais diversas formas e tamanhos, contribuindo assim para que a identificação de algumas espécies de orquídeas. Sua especialização na reserva de água e nutrientes faz com que as orquídeas possam se adaptar mais facilmente em ambientes que seriam desfavoráveis à elas.

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Pseudobulbos de uma Harpophylla
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Pseudobulbo de uma Coryanthes
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Pseudobulbo de um Catasetum
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Pseudobulbo
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Pseudobulbo de um Bulbophyllum
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Pseudobulbo
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Pseudobulbo de uma Coelogyne

Algumas simpodiais possuem caules com nós bem definidos, podendo ser carnosos ou secos. Orquídeas carnosas com caules finos possuem pouca capacidade de reserva, tornando-as dependentes de umidade constante e nutrientes no substrato em que vivem. Outras simpodiais podem ter pequenos caules herbáceos, muitas vezes imperceptíveis. Estes caules não possuem tecidos de reserva, tornando essas orquídeas sensíveis à seca. Por fim, há as simpodiais com caules herbáceos carnosos, como a Ludisia discolor.

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Pequeno caule herbáceo de uma Jumellea

Outros tipos de caules

Por fim, existem os caules responsáveis por segurar as inflorescências, suas ramificações e flores. Geralmente esses caules são como hastes, podendo ser finais ou grossas, curtas ou longas, com poucos ou vários nós. Podem soltar “filhotes” chamados de keikes. Os keikes podem dar origem a uma nova orquídea. Outros ainda lembram colmos (caule do bambu, por exemplo) que, depois de secos, se apresentam ocos, como as hastes florais de Cyrtopodiuns.

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Base de keikes saindo de um Dendrobium
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Mais keikes
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Outro keike
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Keikes desenvolvidos em um Dendrobium

Referências

  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br
  • wikipedia.org

Abraços!

O vaso ideal para sua orquídea

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Vasos

Depois de tanto falar sobre substratos é hora de falar um pouco sobre qual vaso é o mais indicado para sua orquídea, afinal, são assuntos complementares.

Antes de mais nada, se você perdeu a série sobre substratos, que tal dar uma olhada nos links abaixo?

Fatores que influenciam a escolha de um vaso

Beleza? Preço? Bom, depende muito de onde você quer chegar. Se você considerar estes fatores antes de considerar a espécie, o clima, o substrato e a praticidade, talvez você esteja pensando de forma errada.

É importante, antes de mais nada, conhecer a espécie que você irá cultivar ou transplantar para saber o tipo de substrato que irá utilizar (artigos citados acima) e o clima da região que você vive, para saber como irá tratar a umidade do vaso. Em um segundo plano, o tempo de dedicação que você irá dispor à sua coleção também é importante. Eu explico: se você não tiver tanto tempo disponível, talvez prefira vasos que, em conjunto com o substrato, irão manter sua orquídea em condições ideais por mais tempo. Em outras palavras, irá manter a umidade por mais ou menos tempo.

Tamanho dos vasos

– Ah, vou plantar em um vaso bem grande e não precisar replantá-la mais.

Errado. Sabem, eu pensava assim também. Ledo engano.

Antes de mais nada, quanto maior o vaso, mais substrato você irá usar. Normalmente este material não é barato, se você usar um de qualidade. Se você vai se tornar colecionador de quantidade, ira ser muito, mas muito caro.

Se você pensa que assim irá passar um longo período sem replantá-la, você corre riscos. Os substratos que utilizamos hoje tem validade. Substratos antigos podem liberar elementos em uma quantidade danosa à planta e/ou ter uma alteração significativa de pH, também prejudicial à planta. A não ser que você efetue o plantio em pedra, claro. Mas lembre-se que mesmo assim você deverá ter cuidados com o acumulo de sais.

Com o vaso maior, a planta terá mais dificuldades na fixação física e na absorção de elementos da adubação. Das duas uma: com as raízes mais espaçadas, o aproveitamento será menor. Se o orquidófilo compensar com mais adubo, irá perder dinheiro com o excesso de adubo e ainda correrá o risco de intoxicar a planta.

O ideal é sempre replantar sua orquídea em um vaso um pouco maior do que a planta em si. Mas apenas um pouco maior. Vamos analisar as imagens abaixo:

orquideas.eco.br - vasos
Vaso que ainda não precisa de replante

No exemplo acima temos algumas plantas. Apesar de parecer que elas necessitam de mais espaço, ainda é possível que elas passem outra temporada nos vasos onde elas se encontram. Claro, se o substrato estiver apto para mais este tempo sem o replante.

orquideas.eco.br - Raízes
Esta sim parece que precisa de um vasinho maior 🙂

Nesta imagem notamos que as raízes estão saindo do vaso, inclusive com partes aéreas. Neste caso o replante é quase uma obrigação. Orquídeas gostam de ficar apertadas nos vasos, mas aí já é um exagero.

Qual modelo usar?

Existem vários tipos de vasos, vou comentar sobre os mais comuns.

Plástico

Amplamente usado pelos comerciantes, tem a característica de reter mais a umidade, sendo indicado para regiões secas e quentes. É de fácil reutilização, bastando lavá-lo e esterilizá-lo. Por outro lado, é um vaso leve, que necessita de uma camada de brita (ou materiais equivalentes) para efetuar a drenagem e manter ele firme no lugar.

Existem vasos plásticos construídos com material transparente. Estes tem a vantagem de permitir que a luz chegue às raízes. Este modelo é recomendado para as Phalaenopsis, pois elas fazem fotossíntese pelas raízes. Os modelos mais comuns – não transparentes – podem ser usados com Cattleyas, Dendrobiuns e Oncidiuns.

Caso você opte por este modelo e necessite que ele não retenha tanta umidade, você poderá fazer furos na lateral do vaso.

Particularmente, eu não gosto. Acho que não combinam muito com o ar de naturalidade que as orquídeas trazem ao ambiente que se encontram. Só utilizo em último caso. Ou quando ainda não replantei determinada planta.

Cerâmica

Normalmente encontramos os vasos de cerâmica já com os furos laterais, direcionado a quem cultiva orquídeas. É de secagem rápida, sendo indicada para ambientes mais úmidos. Caso você opte por este vaso, terá que observar mais suas plantas para evitar que elas sofram com longos períodos de seca.

Para reutilizá-lo é mais complicado, pois deverá ser bem lavado (esfregado mesmo!) e esterilizado, pois como é poroso, tende a acumular mais impurezas em suas laterais. Antes do plantio, é interessante colocá-lo submerso para que absorva bem a água. Desta forma, quando você plantar sua orquídea, ele não irá puxar a umidade da planta, conservando-a hidratada por mais tempo.

Por ser mais pesado e de secagem rápida, não necessita de uma camada de pedras no fundo. Mesmo assim eu costumo a colocar algumas, dependendo da planta. Particularmente gosto bastante deste tipo. A maioria das orquídeas que tenho em vasos estão em vasos de cerâmica. É um bom vaso para Cattleyas.

Cachepot

Suas características são semelhantes ao vaso de cerâmica, por ser um vaso aberto e de secagem rápida. Aliás, suas recomendações de uso e de reutilização são praticamente as mesmas. O que irá mudar mesmo é a planta que você irá colocar nos cachepots. Eles são amplamente utilizados para o cultivo de Vandas, Renantheras e Ascocendas, por causa do substrato. Aliás, por causa da ausência dele!

Normalmente ficam pendurados, fornecendo boa aeração. É importante fixar bem o material que você utilizará para pendurá-los para que não aconteçam surpresas com suas orquídeas.

Aqui em casa utilizo os cachepots para minhas Masdevallias e Draculas. Aparentemente, elas tem gostado bastante!

Fibra de coco

Não vou me estender muito sobre vasos de fibra de coco. Não gosto muito deste material. Como está no mercado, não posso deixar de comentar algo sobre ele. Suas características se encaixariam em um vaso intermediário entre o de plástico e o de cerâmica. Ele não retém tanta umidade quanto o de plástico, mas possui esta característica. É leve, neutro e permite certa aeração das raízes. A reutilização dele é mais complicada, visto que a esterilização é complexa, se houver um meio de realizá-la.

Existem outras formas de vasos que não abordei aqui. Por exemplo, muitas pessoas cultivam Catasetums em garrafas PET. Como não é um cultivo que tenho experiência – aliás, matei todos nas minhas PET’s – prefiro ainda não emitir uma opinião a respeito. Outros cultivam em árvores ou em tocos. As possibilidades são infinitas. Basta criatividade e um pouco de conhecimento, você poderá utilizar muitos materiais!

Referências

  • rv-orchidworks.com
  • orchidstocoffee.blogspot.com
  • cynthiablanco.blogspot.com.br
  • blog.morumby.com.br

Abraços!

Morfologia: as folhas das orquídeas

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No final do artigo sobre raízes coloquei uma citação dizendo que cultivar orquídeas é cultivar raízes. Bom, tal afirmação é perfeitamente válida, mas não podemos esquecer de outro elemento muito importante no cultivo: as folhas!

A folha de uma orquídea representa uma das partes mais simples de identificar na planta. Elas são órgãos especializados na captação de luz e trocas gasosas com a atmosfera para realizar a fotossíntese, transpiração e a respiração da planta. Devido à grande concentração de clorofila em suas células, as folhas possuem colorações intensas. Seu tamanho, muitas vezes avantajado, faz com que tenha uma superfície maior para a captação de luz, ajudando no processo de fotossíntese.

Morfologia das folhas

Nas orquídeas, as folhas possuem as mais diversas formas, espessuras, estruturas, quantidades, cores, tamanhos e maneiras de crescimento. Entretanto, a grande maioria apresenta folhas com enervação paralela de cruzamentos dificilmente visíveis. Estão dispostas, normalmente, em duas carreiras opostas e alternadas em ambos os lados do caule (leia mais sobre o caule das orquídeas aqui).

Filotaxia

Filotaxia é o padrão de distribuição das folhas ao longo do caule das plantas. Grande parte das orquídeas apresentam apenas uma folha por nó, e na axila de cada uma está localizada a gema lateral. Além disto, na grande maioria das orquídeas, a forma de inserção das folhas no caule é alternada. Claro, existem outras formas, porém esta é a mais comum.

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Filotaxia das orquídeas: folhas alternadas

O número de folhas que o caule de uma orquídea pode ter varia entre uma e várias, sempre respeitando um número relativamente definido dentro do grupo a qual a orquídea pertence. No caso das monopodiais, o número de folhas é sempre indefinido, dependendo do seu crescimento.

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Outras filotaxias – na ordem: opostas cruzadas, opostas dísticas e verticiladas

Forma da lâminas foliares

Quanto a forma das lâminas foliares, as orquídeas podem ter folhas:

  • circular;

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  • elíptica;

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  • lanceolada;

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  • obovada;

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  • linear;

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  • espatulada;

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  • oblonga;

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  • intermediária entre as formas acima.

Ponta das folhas

Quanto à forma da ponta das folhas, as orquídeas podem ser:

  • arredondada;
  • reta;
  • acuminada;
  • fina;
  • espessa;
  • radial;
  • desigual.

Margens

As margens das folhas das orquídeas são suaves, parcialmente curvas, raramente denticuladas ou ciliadas.

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Suave
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Denticulada
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Ciliadas

Sustentação

A estrutura das folhas pode apresentar pecíolo ou não, com diferente número de enervações longitudinais paralelas, bastante visíveis ou quase imperceptíveis a olho nu. O pecíolo (por vezes também denominado estipe) é um caule (clique aqui para ler sobre o caule) que fica entre a bainha e o limbo ou lâmina das folhas. Quando as folhas possuem pecíolo elas são consideradas folhas completas. Quando as folhas não possuem pecíolo, chamam-se folhas sésseis. Em outras, quando o pecíolo liga-se diretamente ao centro do limbo, chamam-se peltada.

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Pecíolo

Espessura e cor

A espessura das folhas das orquídeas varia entre muito finas e maleáveis, carnosas e firmes e inteiramente suculentas. Sua cor normalmente varia entre as mais diversas graduações da cor verde. Entretanto, podem também ser vermelhas, marrom escuro, de tons acinzentados, azulados ou amarelados. Além disto, algumas espécies apresentam folhas maculadas, estriadas ou pintalgadas por cores diversas. Normalmente possuem superfície brilhante, mas ainda podem ser foscas ou com aparência farinosa.

Lepanthes – folhas diferentes do comum

Outras características

A maioria das espécies de orquídeas conserva suas folhas por alguns anos. Outras perdem as folhas logo após o período de crescimento, ou seja, caducam, entrando em estado de dormência que podem, muitas vezes, ser sucedido por florações. Via de regra, quando a planta entra em estado de dormência, as regas e adubações devem ser suspensas ou reduzidas consideravelmente, dependendo da espécie. Os Catasetuns e Cyrtopodiuns são exemplos de espécies cuja folhas caducam em um determinado período do ano.

Ainda há aquelas que perdem as folhas apenas em condições ambientais desfavoráveis. Existem alguns gêneros nos quais as folhas são apenas rudimentares, dando a impressão de serem constituídas apenas pelas raízes e flores. Nestes casos as raízes são responsáveis pela fotossíntese. Por fim, curiosamente, algumas espécies são desprovidas de clorofila nas folhas.

Folhas modificadas ou reduzidas

Existem outros tipos de folhas de orquídeas, incompletas ou modificadas, que não estão ligadas diretamente com a fotossíntese. A função destas folhas é proteger os brotos novos ou as hastes florais, além de prover a atração de polinizadores em alguns casos.

Folhas que protegem os brotos

As folhas que recobrem um broto em estágio de desenvolvimento é composta de uma bainha de folhas ou folhas bem reduzidas. Em geral, costumam ser mais duras, garantindo proteção aos novos brotos em formação, ainda muito frágeis e tenros. Brotos em formação são muito visados pelas pragas e mais suscetíveis à doenças. Quando estes brotos atingem a maturidade, essas folhas tendem a secar e cair. Em alguns casos permanecem na planta, aparentando uma palha, podendo torna-se abrigo para cochonilhas (clique aqui para ler mais sobre como combater as cochonilhas). Nestes casos, é recomendado que sejam completamente retirados após secarem.

Brácteas

Brácteas são estruturas foliáceas associadas às inflorescências das Angiospermas. Têm origem foliar e a função original de proteger a inflorescência ou as flores em desenvolvimento. Nas orquídeas, tem o papel de preparação da planta para o período reprodutivo. Pode assumir diversas formas, tamanhos e funções, sendo a mais comum a proteção, chamada espata.

Espatas

Espatas são um tipo de bráctea fechada que garante a segurança das hastes e botões que ali se desenvolvem. Possuem uma região mais frágil que permite que os botões ou haste a rompam sem muitas dificuldades. Algumas orquídeas podem apresentar espatas duplas ou simplesmente não apresentar espatas.

Espata
Espata

Pode acontecer de plantas florescerem com espatas secas ou com espatas verdes. Nestes casos, é bom conhecer a espécie para saber se ela floresce com espata seca ou verde, pois o orquidófilo mais desavisado poderá remover uma espata assim e acabar perdendo uma floração.

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Entender nossas orquídeas é um grande passo para cultivá-las corretamente. Desta forma, elas irão viver e não apenas sobreviver.

Referências

  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br
  • wikipedia.org

Abraços!

Classificação das orquídeas por habitat: as rupícolas, litófitas ou rupestres

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Orquídeas em pedras. Pera lá, pode isto?

Sim! E se você pensa que isto é coisa de ficção científica, saiba que você pode estar mais perto destas belezas do que imagina.

Orquídeas litófitas, saxícolas, rupícolas, petrófitas ou ainda rupestres (ufa!) são plantas que crescem diretamente sobre rochas. Bom, na verdade não é bem sobre elas, mas sim em suas rachaduras ou em lugares onde haja o acúmulo de matéria orgânica e umidade. É um ambiente extremamente inóspito, fazendo com que apenas plantas especializadas consigam o feito de se desenvolver plenamente em lugares assim. Por que? Obviamente, um ambiente assim não é um centro de excelência no fornecimento de nutriente a uma planta. Por isto, uma orquídea rupícola normalmente não é uma planta de grandes proporções.

O grande barato destas orquídeas (e outras plantas rupícolas) é que elas dependem muito da composição rochosa abaixo delas. Em um ciclo comum, temos uma rocha colonizada por aquilo que chamamos de litófitas primárias, como os musgos. Estas litófitas irão instalar-se sobre rochas que, por consequência de sua forma, acumulam minerais e matéria orgânica. Desta forma, acabam permitindo a instalação de outras espécies maiores, como orquídeas e bromélias.

Você pensa que a dureza acabou? Não, veja só como pode ser ainda mais complicado. Levando-se em consideração que estas orquídeas vivem sobre as rochas elas estão, em sua grande maioria, sob Sol pleno. Para sobreviver, protegem suas raízes colocando-as sob a matéria orgânica onde se encontra. Porém isto não é uma unanimidade, pois não é difícil encontrar orquídeas vivendo sobre rochas que atingem temperaturas bem mais altas e ver que todo este calor não danifica a planta e suas raízes. Como regra geral, formam touceiras compactas cobrindo pequenas áreas.

laelinhas rupicolas
Laelias em seu habitat natural

Seu metabolismo faz com que ela não perca muita água durante o dia, não abrindo seus estômatos neste período. Estas estruturas abrem apenas no período noturno, para a realização das trocas gasosas importantes para a formação de ácidos que serão estocados nos vacúolos das células e que depois, durante o dia, serão utilizados nos processos fotossintéticos.

Algumas dicas importantes para o cultivo

  • alta luminosidade e boa ventilação;
  • substrato misto de pedra canga – laterita – e casca de pinus em decomposição;
  • uso de isopor na parte de baixo do vaso – preferencialmente de plástico – para ajudar na drenagem;
  • adubação orgânica – torta de mamona, farinha de ossos e cinzas (5-2-3);
  • irrigação sempre que estiver seco, a noite no verão e pela manhã no inverno.
Rupícola
Laelias em seu habitat natural

Respondendo a pergunta do início do artigo: por que você estaria mais perto do que imagina destas belezuras? Muito simples, temos uma vasta gama de Laelias (hoje chamadas de Hoffmannseggella) no Brasil, principalmente em Minas Gerais e no Espírito Santo. Portanto quando for adquirir uma beleza destas, fique de olho nos cuidados para que ela cresça bem e floresça sempre!

Referência

  • awzorchids.com.br

Listagem de Híbridos Intergenéricos

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A maioria das espécies de orquídeas é capaz de cruzar com as espécies próximas e produzir híbridos férteis. Estes híbridos ainda podem ser cruzados com outras espécies e produzir novas gerações de híbridos férteis. Mesmo a maioria dos gêneros próximos pode cruzar produzindo descendentes férteis. Há inumeráveis híbridos entre espécies, e milhares mesmo entre gêneros. Há híbridos obtidos através do cruzamento de várias gerações de híbridos de quatro ou mais gêneros distintos. Este é o segredo dos orquidários comerciais, que podem misturar suas espécies e obter uma combinação quase infinita de novas formas e cores para nosso deleite.

Os híbridos também ocorrem naturalmente, sem a intervenção humana. É possível que várias espécies classificadas pelos botânicos hoje sejam, na verdade, híbridos naturais há muito estabelecidos na natureza.

Afim de elucidar um pouco aqueles que buscam informação na hora da compra de uma planta, querendo saber sua procedência não só comercial como também biológica, eis uma listagem de híbridos, suas siglas e seu parentesco mais próximo. Lembro que na definição do nome de uma orquídea, quando de cruzamentos entre plantas diferentes, seja espécies e/ou híbridos, o nome que será dado a progênie deverá ser escrito colocando o primeiro nome da espécie/hibrido da planta-mãe, ou seja, da planta que recebeu as políneas e teve seu ovário fecundado. O segundo nome
O segundo nome refere-se à espécie/híbrido da planta-pai, ou seja, a planta que doou as políneas.

Gênero híbrido Abreviatura Pais
Acinbreea Acba Acineta x Embreea
Adacidium Adcm Ada x Oncidium
Adaglossum Adgm Ada x Odontoglossum
Adioda Ado Ada x Cochlioda
Aerasconetia Aescta Aerides x Ascocentrum x Neofinetia
Aeridachnis Aerdns Aerides x Arachnis
Aeridisia Aersa Aerides x Luisia
Aeriditis Aerdts Aerides x Doritis
Aeridocentrum Aerctm Aerides x Ascocentrum
Aeridochilus Aerchs Aerides x Sarcochilus
Aeridofinetia Aerf Aerides x Neofinetia
Aeridoglossum Aergm Aerides x Ascoglossum
Aeridoglottis Aegts Aerides x Trichoglottis
Aeridovanda Aerdv Aerides x Vanda
Aeridovanisia Aervsa Aerides x Luisia x Vanda
Aitkenara Aitk Otostylis x Zygopetalum x Zygosepalum
Alangreatwoodara Agwa Colax x Promenaea x A
Alexanderara Alxra Brassia x Cochlioda x Odontoglossum x Oncidium
Aliceara Alcra Brassia x Miltonia x Oncidium
Allenara Alna Cattleya x Diacrium x Epidendrum x Laelia
Alphonsoara Alph Arachnis x Ascocentrum x Vanda x Vandopsis
Andrewara Andw Arachnis x Renanthera x Trichoglotis x Vanda
Angraecentrum Angctm Angraecum x Ascocentrum
Angraecostylis Angsts Angraecum x Rhynchostylis
Angraecyrtanthes Ancyth Aeranthes x Angraecum x Cyrtorchis
Angraeorchis Angchs Angraecum x Cyrtorchis
Angrangis Angchs Aerangis x Angraecum
Angranthellea Angtla Aeranthes x Angraecum x Jumellea
Angranthes Angth Aeranthes x Angraecum
Angreoniella Angnla Angraecum x Oeoniella
Angulocaste Angcst Anguloa x Lycaste
Anoectomaria Anctma Anoectochilus x Haemaria
Ansieium Asdm Ansellia x Cymbidium
Aracampe Arcp Arachnis x Acampe
Arachnoglossum Arngm Arachnis x Ascoglossum
Arachnoglottis Arngl Arachnis x Trichoglottis
Arachnopsis Arnps Arachnis x Phalaenopsis
Arachnostyllis Arnst Arachnis x Rhynchostylis
Aranda Aranda Arachnis x Vanda
Aranthera Arnth Arachnis x Renanthera
Arizara Ariz Cattleya x Domingoa x Epidendrum
Ascandopsis Asctm Ascocentrum x Vandopsis
Ascocenda Ascda Ascocentrum x Vanda
Ascocleinetia Ascln Ascocentrum x Cleisocentron x Neofinetia
Ascofinetia Ascf Ascocentrum x Neofinetia
Ascogastisia Agsta Ascocentrum x Gastrochilus x Luisia
Ascoglottis Asgts Ascocentrum x Trichoglottis
Asconopsis Ascps Ascocentrum x Phalaenopsis
Ascorachnis Ascns Ascocentrum x Arachnis
Ascovandoritis Asvts Ascocentrum x Doritis x Vanda
Aspasium Aspsm Aspasia x Oncidium
Aspodia Asid Aspasia x Cochlioda
Aspodonia Aspd Aspasia x Miltonia x Odontoglossum
Aspoglossum Aspgm Aspasia x Odontoglossum
Ayubara Ayb Aerides x Arachnis x Ascoglossum
Bakerara Bak Brassia x Miltonia x Oncidium
Baldwinara Bdwna Aspasia x Cochlioda x Odontoglossum x Oncidium
Banfieldara Bnfd Ada x Brassia x Odontoglossum
Barangis Brgs Aerangis x Barombia
Baptirettia Btta Baptistonia x Comparettia
Barbosaara Bbra Cochlioda x Gomesa x Odontoglossum x Oncidium
Bardendrum Bard Barkeria x Epidendrum
Barkonitis Bknts Barkeria x Sophronitis
Bateostylis Btst Batemannia x Otostylis
Baumannara Bmnra Comparettia x Odontoglossum x Oncidium
Beallara Bllra Brassia x Cochlioda x Miltonia x Odontoglossum
Beardara Bdra Ascocentrum x Doritis x Phalaenopsis
Bifrenidium Bifdm Bifrenaria x Oncidium
Bifreniella Bifla Bifrenaria x Rudolfiella
Bishopara Bish Broughtonia x Cattleya x Sophronitis
Blackara Blkr Aspasia x Cochlioda x Miltonia
Bloomara Blma Broughtonia x Laeliopsis x Tetramicra
Bokchoonara Bkch Arachnis x Ascocentrum x Phalaenopsis x Vanda
Bollopetalum Blptm Bollea x Zigopetalum
Bovomara Bov Arachnis x Ascocentrum x Rhynchostylis x Vanda
Bradeara Brade Comparettia x Gomesa x Rodriguezia
Brapasia Brap Aspasia x Brassia
Brassada Brsa Ada x Brassia
Brassidium Brsdm Brassia x Oncidium
Brassioda Broda Brassia x Cochlioda
Brassocattleya Bc Brassavola x Cattleya
Brassochilus Brchs Brassia x Leochilus
Brassodiacrium Bdia Brassavola x Diacrium
Brassoepidendrum Bepi Brassavola x Epidendrum
Brassoepilaelia Bpl Brassavola x Epidendrum x Laelia
Brassokeria Brsk Barkeria x Brassavola
Brassolaelia Bl Brassavola x Laelia
Brassolaeliocattleya Blc Brassavola x Cattleya x Laelia
Brassophronitis Bnts Brassavola x Sophronitis
Brassotonia Bstna Brassavola x Broughtonia
Brilliandeara Brlda Aspasia x Brassia x Cochlioda x Miltonia x Odontoglossum x Oncidium
Brownara Bwna Broughtonia x Cattleya x Diacrium
Brummittara Brum Comparettia x Odontoglossum x Rodriguezia
Buiara Bui Broughtonia x Cattleya x Epidendrum x Laelia x Sophronitis
Burkhardtara Bktra Leochilus x Odontoglossum x Oncidium x Rd
Burkillara Burk Aerides x Arachnis x Vanda
Burrageara Burr Odontioda x Miltonia x Odontoglossum x Oncidium
Caloarethusa Clts Arethusa x Calopogon
Campbellara Cmpba Odontoglossum x Oncidium x Rodriguezia
Carpenterara Cptra Baptistonia x Odontoglossum x Oncidium
Carterara Ctra Aerides x Renanthera x Vandopsis
Casoara Csr Brassavola x Broughtonia x Laeliopsis
Catamodes Ctmds Catasetum x Mormodes
Catanoches Ctnchs Catasetum x Cycnoches
Catasandra Ctsda Catasetum x Galeandra
Cattkeria Cka Barkeria x Cattleya
Cattleyopsisgoa Ctps Cattleyopsis x Domingoa
Cattleyopsistonia Ctpsta Broughtonia x Cattleyopsis
Cattleytonia Ctna Broughtonia x Cattleya
Cattotes Ctts Cattleya x Leptotes
Charlerworthara Cha Cochlioda x Miltonia x Oncidium
Charliera Charl Rhynchostylis x Vanda x Vandopsis
Chewara Chew Aerides x Renanthera x Rhynchostylis
Chilocentrum Chctm Ascocentrum x Chiloschista
Chondrobollea Chdb Bollea x Chondrorhyncha
Christiera Chtra Aerides x Ascocentrum x Vanda
Chuanyenara Chnya Arachnis x Renanthera x Rhynchostylis
Cirrhophyllum Crphm Bulbophyllum x Cirrhopetalum
Cischostalix Cstx Cischweinfia x Sigmatostalix
Cleisocalpa Clclp Cleisocentron x Pomatocalpa
Cleisodes Clsd Aerides x Cleisocentron
Cleisofinetia Clfta Cleisocentron x Neofinetia
Cleisonopsis Clnps Cleisocentron x Phalaenopsis
Cleisopera Clspa Cleisostoma x Micropera
Cleisoquetia Clq Cleisocentron x Robiquetia
Clesostylis Clsty Cleisocentron x Rhynchostylis
Cleisothera Cltha Cleisostoma x Pelatantheria
Cochella Chla Cochleanthes x Mendoncella
Cochlecaste Cccst Cochleanthes x Lycaste
Cochlenia Cclna Cochleanthes x Stenia
Cochleottia Colta Cochleanthes x Galeottia
Cochlepetalum Ccptm Cochleanthes x Zygopetalum
Colaste Cste Colax x Lycaste
Colmanara Colm Miltonia x Odontoglossum x Oncidium
Conphronitis Conph Constancia x Sophronitis
Cookara Cook Broughtonia x Cattleya x Diacrium x Laelia
Coryhopea Crhpa Coryanthes x Stanhopea
Crawwhayara Craw Aspasia x Brassia x Miltonia x Oncidium
Cycnodes Cycd Cycnoches x Mormodes
Cymphiella Cymph Cymbidium x Eulophiella
Cyrtellia Cyrtl Ansiellia x Cyrtopodium
Darwinara Dar Ascocentrum x Neofinetia x Rhynchostylis x Vanda
Debruyneara Dbra Ascocentrum x Luisia x Vanda
Degarmoara Dgmra Brassia x Miltonia x Odontoglossum
Dekensara Dek Brassavola x Cattleya x Schomburgkia
Dendroberia Denga Dendrobium x Flickingeria
Devereuxara Dvra Ascocentrum x Phalaenopsis x Vanda
Diabroughtonia Diab Broughtonia x Diacrium
Diacattleya Diaca Cattleya x Diacrium
Diakeria Dkra Barkeria x Diacrium
Dialaelia Dial Diacrium x Laelia
Dialaeliocattleya Dialc Cattleya x Diacrium x Laelia
Dialaeliopsis Dialps Diacrium x Laeliopsis
Diaphanangis Dpgs Aerangis x Diaphananthe
Dieselara Dsla Laelia x Schomburgkia x Sophronitis
Dillonara Dill Epidendrum x Laelia x Schomburgkia
Diplonopsis Dpnps Diploprora x Phalaenopsis
Domindesmia Ddma Domingoa x Hexadesmia
Domintonia Dmtna Broughtonia x Domingoa
Dominyara Dmya Ascocentrum x Luisia x Neofinetia xRhynchostylis
Domliopsis Dmlps Domingoa x Laeliopsis
Doncollinara Dclna Cochlioda x Odontoglossum x Rodriguezia
Dorandopsis Ddps Doritis x Vandopsis
Doricentrum Dctm Ascocentrum x Doritis
Doriella Drlla Doritis x Kingiella
Doriellaopsis Dllps Doritis x Kingiella x Phalaenopsis
Dorifinetia Dfta Doritis x Neofinetia
Doriglossum Drgm Ascoglossum x Doritis
Doristylis Dst Doritis x Rhynchostylis
Doritaenopsis Dtps Doritis x Phalaenopsis
Dorthera Dtha Doritis x Renanthera
Dossinimaria Dsma Dossinia x Haemaria
Downsara Dwsa Aganisia x Batemannia x Otostylis x Zygosepalum
Dracuvallia Drvla Dracula x Masdevallia
Dresslerara Dres Ascoglossum x Phalaenopsis x Renanthera
Duggerara Dugg Ada x Brassia x Miltonia
Dunnara Dnna Broughtonia x Cattleyopsis x Domingoa
Dunningara Dngra Aspasia x Miltonia x Oncidium
Durutyara Dtya Batemannia x Otostylis x Zygopetalum x Zygosepalum
Eastonara Eas Ascocentrum x Gastrochilus x Vanda
Edeara Edr Arachnis x Phalaenopsis x Renanthera x Vandopsis
Epibarkiella Epbkl Barkeria x Epidendrum x Nageliella
Epibrassonitis Epbns Brassavola x Epidendrum x Sophronitis
Epicatonia Eoctn Broughtonia x Cattleya x Epidendrum
Epicattleya Epc Cattleya x Epidendrum
Epidella Epdla Epidendrum x Nageliella
Epidiacrium Epdcm Diacrium x Epidendrum
Epiglottis Epgl Epidendrum x Scaphyglottis
Epigoa Epg Domingoa x Epidendrum
Epilaelia Epl Epidendrum x Laelia
Epilaeliocattleya Eplc Cattleya x Epidendrum x Laelia
Epilaeliopsis Eplps Epidendrum x Laeliopsis
Epiopsis Eps Cattleyopsis x Epidendrum
Epiphronitis Ephs Epidendrum x Sophronitis
Epistoma Epstm Ambostoma x Epidendrum
Epitonia Eptn Broughtonia x Epidendrum
Ernestara Entra Phalaenopsis x Renanthera x Vandopsis
Eryidium Erdm Erycina x Oncidium
Eulocymbidiella Eucmla Cymbidiella x Eulophiella
Euryangis Eugs Aerangis x Eurychone
Eurygraecum Eugcm Angraecum x Eurychone
Eurynopsis Eunps Eurychone x Phalaenopsis
Freedara Frda Ascoglossum x Renanthera x Vandopsis
Fergusonara Ferg Brassavola x Cattleya x Laelia x Schomburgkia x Sophronitis
Fialaara Fia Broughtonia x Cattleya x Laelia x Laeliopsis
Forgetara Fgtra Aspasia x Brassia x Miltonia
Fujioara Fjo Ascocentrum x Trichoglottis x Vanda
Fujiwarara Fjw Brassavola x Cattleya x Laeliopsis
Galeansellia Gslla Ansellia x Galeandra
Galeopetalum Gptm Galeottia x Zygopetalum
Galeosepalum Glspm Galeottia x Zygosepalum
Gastisia Gsta Gastrochillus x Luisia
Gastisocalpa Gscpa Gastrochilus x Luisia x Pomatocalpa
Gastritis Gtts Doritis x Gastrochilus
Gastrochiloglottis Gchgl Gastrochilus x Trichoglottis
Gastrosarcochilus Gsarco Gastrochilus x Sarcochilus
Gastrothera Gsrth Gastrochilus x Renanthera
Gauntlettara Gtra Broughtonia x Cattleyopsis x Laeliopsis
Georgeblackara Gbka Comparettia x Leochilus x Oncidium x Rodriguezia
Goffara Gfa Luisia x Rhynchostylis x Vanda
Gohartia Ghta Gomesa x Lockhartia
Gomada Gmda Ada x Gomesa
Gomettia Gmtta Comparettia x Gomesa
Gomochilus Gnch Gomesa x Leochilus
Goodaleara Gdlra Brassia x Cochlioda x Miltonia x Odontoglossum x Oncidium
Gottererara Gott Ascocentrum x Renanthera x Vandopsis
Grammatocymbidium Grcym Cymbidium x Grammatophyllum
Grammatopodium Grtp Cyrtopodium x Grammatophyllum
Graphiella Grpla Cymbidiella x Graphorkis
Hagerara Hgra Doritis x Phalaenopsis x Vanda
Hamelwellsara Hmwsa Aganisia x Batemannia x Otostylis x Zygopetalum x Zygosepalum
Hanesara Han Aerides x Arachnis x Neofinetia
Hartara Hart Broughtonia x Laelia x Sophronitis
Hasegawaara Hasgw Brassavola x Broughtonia x Cattleya x Laelia x Sophronitis
Hattoriara Hatt Brassavola x Broughtonia x Cattleya x Epidendrum x Laelia
Hausermannara Haus Doritis x Phalaenopsis x Vandopsis
Hawaiiara Haw Renanthera x Vanda x Vandopsis
Hawkesara Hwkra Cattleya x Cattleyopsis x Epidendrum
Hawkinsara Hknsa Broughtonia x Cattleya x Laelia x Sophronitis
Helpilia Hpla Helcia x Trichopilia
Herbertara Hbtr Cattleya x Laelia x Schomburgkia x Sophronitis
Higashiara Hgsh Cattleya x Diacrium x Laelia x Sophronitis
Hildaara Hdra Broughtonia x Laeliopsis x Schomburgkia
Himoriara Hmra Ascocentrum x Phalaenopsis x Rhynchostylis x Vanda
Holttumara Holtt Arachnis x Renanthera x Vanda
Hookerara Hook Brassavola x Cattleya x Diacrium
Howeara Hwra Leochilus x Oncidium x Rodriguezia
Hueylihara Hylra Neofinetia x Renanthera x Rhynchostylis
Hugofreedara Hgfda Ascocentrum x Doritis x Kingiella
Hummelara Humm Barkeria x Brassavola x Epidendrum
Huntleanthes Hnths Cochleanthes x Huntleya
Ionettia Intta Comparettia x Ionopsis
Irvingara Irv Arachnis x Renanthera x Trichoglottis
Isaoara Isr Aerides x Ascocentrum x Phalaenopsis x Vanda
Iwanagara Iwan Brassavola x Cattleya x Diacrium x Laelia
Izumiara Izma Cattleya x Epidendrum x Laelia x Schomburgkia x Sophronitis
Jewllara Jwa Broughtonia x Cattleya x Epidendrum x Laelia
Jimenezara Jmzra Broughtonia x Laelia x Laeliopsis
Joannara Jnna Renanthera x Rhynchostylis x Vanda
Johnkellyara Jkl Brassia x Leochilus x Oncidium x Rodriguezia
Johnyeeara Jya Brassavola x Cattleya x Epidendrum x Laelia x Schomburgkia x Sophronitisÿÿÿÿ
Jumanthes Jmth Aeranthes x Jumellea
Kagawara Kgw Ascocentrum x Renanthera x Vanda
Kanzerara Kza Chondrorhyncha x Promenaea x Zygopetalum
Kawamotoara Kwmta Brassavola x Cattleya x Domingoa x Epidendrum x Laelia
Keferanthes Kefth Cochleanthes x Kefersteinia
Leptokeria Lptka Barkeria x Leptotes
Laeptolaelia Lptl Laelia x Leptotes
Leptovola Lptv Brassavola x Leptotes
Leslieara Lesl Broughtonia x Cattleyopsis x Diacrium x Epidendrum
Lewisara Lwsra Aerides x Arachnis x Ascocentrum x Vanda
Liaopsis Liaps Laelia x Laeliopsis
Lichtara Licht Doritis x Gastrochilus x Phalaenopsis
Liebmanara Lieb Aspasia x Cochlioda x Oncidium
Limara Lim Arachnis x Renanthera x Vandopsis
Liaponia Lpna Broughtonia x Laeliopsis
Lockcidium Lkcdm Lockhartia x Oncidium
Lockochilettia Lkctta Comparettia x Leochilus x Lockhartia
Lockochilus Lkchs Leochilus x Lockhartia
Lockogochilus Lkgch Gomesa x Leochilus x Lockhartia
Lockopilia Lckp Lockhartia x Trichopilia
Lockostalix Lkstx Lockhartia x Sigmatostalix
Lowara Low Brassavola x Laelia x Sophronitis
Lowsonara Lwnra Aerides x Ascocentrum x Rhynchostylis
Luascotia Lscta Ascocentrum x Luisia x Neofinetia
Luicentrum Lctm Ascocentrum x Luisia
Luichilus Luic Luisia x Sarcochilus
Luinetia Lnta Luisia x Neofinetia
Luinopsis Lnps Luisia x Phalaenopsis
Luisanda Lsnd Luisia x Vanda
Luisistylis Lst Luisia x Rhynchostylis
Luivanetia Lvta Luisia x Neofinetia x Vanda
Lutherara Luth Phalaenopsis x Renanthera x Rhynchostylis
Lycasteria Lystr Bifrenaria x Lycaste
Lymanara Lynra Aerides x Arachnis x Renanthera
Lyonara Lyon Cattleya x Laelia x Sophronitis
Maccoyara Mcyra Aerides x Vanda x Vandopsis
Macekara Maka Arachnis x Phalaenopsis x Renanthera x Vanda x Vandopsis
Maclellanara Mclna Brassia x Odontoglossum x Oncidium
Maclemoreara Mclmra Brassavola x Laelia x Schomburgkia
Macomaria Mcmr Haemaria x Macodes
Macradesa Mcdsa Gomesa x Macradenia
Mailamaiara Mai Cattleya x Diacrium x Laelia x Schomburgkia
Masonara Msna Aganisia x Batemannia x Colax x Otostylis x Promenaea x Zygosepalum
Matsudaara Msda Barkeria x Cattleya x Laelia x Sophronitis
Maymoirara Mymra Cattleya x Epidendrum x Laeliopsis
Maxillacaste Mxcst Lycaste x Maxillaria
Maxilobium Mxlb Maxillaria x Xylobium
Mendosepalum Mdspl Mendoncella x Zygosepalum
Micholitzara Mchza Aerides x Ascocentrum x Neofinetia x Vanda
Milpasia Mpsa Aspasia x Miltonia
Milpilia Mpla Miltonia x Trichopilia
Miltada Mtad Ada x Miltonia
Miltadium Mtadm Ada x Miltonia x Oncidium
Miltassia Mtssa Brassia x Miltonia
Miltistonia Mtst Baptistonia x Miltonia
Miltonidium Mtdm Miltonia x Oncidium
Miltonioda Mtda Cochlioda x Miltonia
Mizutara Miz Cattleya x Diacrium x Schomburgkia
Moirara Moir Phalaenopsis x Renanthera x Vanda
Mokara Mkra Arachnis x Ascocentrum x Vanda
Monnierara Monn Catasetum x Cycboches x Mormodes
Moorara Mnra Aerides x Ascocentrum x Neofinetia x Rhynchostylis
Moscosoara Mscra Broughtonia x Epidendrum x Laeliopsis
Nakagawaara Nkgwa Aerides x Doritis x Phalaenopsis
Nakamotoara Nak Ascocentrum x Neofinetia x Vanda
Nashara Nash Broughtonia x Cattleyopsis xÿ
Naugleara Naug Ascocentrum x Ascoglossum x Renanthera
Neoaeristylis Nrst Aerides x Neofinetia x Rhynchostylis
Neobatopus Nbps Cryptopus x Neobathiea
Neoglossum Neogm Ascoglossum x Neofinetia
Neograecum Ngrcm Angraecum x Neofinetia
Neostylis Neost Neofinetia x Rhynchostylis
Ngara Ngara Arachnis x Ascoglossum x Renanthera
Nobleara Nlra Aerides x Renanthera x Vanda
Nonaara Non Aerides x Ascoglossum x Renanthera
Normahamamotoara Nhmta Aerides x Rhynchostylis x Vandopsis
Northenara Nrna Cattleya x Epidendrum x Laelia x Schomburgkia
Norwoodara Nwda Brassia x Miltonia x Oncidium x Rodriguezia
Notylettia Ntlta Comparettia x Notylia
Notylidium Ntldm Notylia x Oncidium
Notylopsis Ntlps Ionopsis x Notylia
Odontioda Oda Cochlioda x Odontoglossum
Odontobrassia Odbrs Brassia x Odontoglossum
Odontocidium Odcdm Odontoglossum x Oncidium
Odontonia Odtna Miltonia x Odontoglossum
Odontopilia Odpla Odontoglossum x Trichopilia
Odontorettia Odrta Comparettia x Odontoglossum
Okaara Oks Ascocentrum x Renanthera x Rhynchostylis x Vanda
Oncidenia Oncna Macradenia x Oncidium
Oncidesa Oncsa Gomesa x Oncidium
Oncidettia Onctta Comparettia x Oncidium
Oncidiella Onclla Oncidium x Rodrigueziella
Oncidioda Oncda Cochlioda x Oncidium
Oncidpilia Oncpa Oncidium x Trichopilia
Onoara Onra Ascocentrum x Renanthera x Vanda x Vandopsis
Opsisanda Opsis Vanda x Vandopsis
Opsiscattleya Opsct Cattleya x Cattleyopsis
Opsistylis Opst Rhynchostylis x Vandopsis
Orchiserapias Orsps Orchis x Serapias
Ornithocidium Orncm Oncidium x Ornithophora
Osmentara Osmt Broughtonia x Cattleya x Laeliopsis
Otaara Otr Brassavola x Broughtonia x Cattleya x Laelia
Otocolax Otcx Colax x Otostylis
Otonisia Otnsa Aganisia x Otostylis
Otosepalum Otspm Otostylis x Zygosepalum
Owensara Owsr Doritis x Phalaenopsis x Renanthera
Pageara Pga Ascocentrum x Luisia x Rhynchostylis x Vanda
Palermoara Pal Ada x Comparettia x Gomesa
Palmerara Plmra Batemannia x Otostylis x Zygosepalum
Pantapaara Pntp Ascoglossum x Renanthera x Vanda
Parachilus Prcls Parasarcochilus x Sarcochilus
Parnataara Parn Aerides x Arachnis x Phalaenopsis
Paulara Plra Ascocentrum x Doritis x Phalaenopsis x Renanthera x Vanda
Paulsenara Plsra Aerides x Arachnis x Trichoglottis
Pehara Peh Aerides x Arachnis x Vanda x Vandopsis
Pelacentrum Plctm Ascocentrum x Pelatantheria
Pelachilus Pelcs Gastrochilus x Pelatantheria
Pelastylis Pelst Pelatantheria x Rhynchostylis
Pelatoritis Pltrs Doritis x Pelatantheria
Perreiraara Prra Aerides x Rhynchostylis x Vanda
Pescatobollea Psbol Bollea x Pescatorea
Pescawarrea Psw Pescatorea x Warrea
Pescoranthes Psnth Cochleanthes x Pescatorea
Pettitara Pett Ada x Brassia x Oncidium
Phaiocalanthe Pheal Calanthe x Phaius
Phaiocymbidium Phcym Cymbidium x Phaius
Phalaerianda Phda Aerides x Phalaenopsis x Vanda
Phalandopsis Phdps Phalaenopsis x Vandopsis
Phalanetia Phnta Neofinetia x Phalaenopsis
Phaliella Phlla Kingiella x Phalaenopsis
Phragmipaphium Phrphm Paphiopedilum x Phragmipedium
Phillipsara Phill Cochleanthes x Stenia x Zygopetalum
Plectochilus Plchs Plectorrhiza x Sarcochilus
Plectrelgraecum Plgcm Angraecum x Plectrelminthus
Pomacentrum Pmctm Ascocentrum x Pomatocalpa
Pomatisia Pmtsa Luisia x Pomatocalpa
Porterara Pal Rhyncostylis x Sacochilus x Vanda
Potinara Pot Brassavola x Cattleya x Laelia x Sophronitis
Prolax Prx Colax x Promenaea
Propetalum Pptm Promenaea x Zygopetalum
Raganara Rgn Renanthera x Trichoglottis x Vanda
Ramasamyara Rmsya Arachnis x Rhynchostylis x Vanda
Recchara Recc Brassavola x Cattleya x Laelia x Schomburgkia
Renades Rnds Aerides x Renanthera
Renafinanda Rfnda Neofinetia x Renanthera x Vanda
Renaglottis Rngl Renanthera x Trichoglottis
Renancentrum Rnctm Ascocentrum x Renanthera
Renanda Rnnd Arachnis x Renanthera x Vanda
Renanetia Rnet Neofinetia x Renanthera
Renanopsis Rnps Renanthera x Vandopsis
Renanstylis Rnts Renanthera x Rhynchostylis
Renantanda Rntda Renanthera x Vanda
Renanthoglossum Rngm Ascoglossum x Renanthera
Renanthopsis Rnthps Phalaenopsis x Renanthera
Rhinochilus Rhincs Rhinerrhiza x Sarcochilus
Rhynchocentrum Rhctm Ascocentrum x Rhynchostylis
Rhynchonopsis Rhnps Phalaenopsis x Rhynchostylis
Rhynchorides Rhrds Aerides x Rhynchostylis
Rhynchovanda Rhv Rhynchostylis x Vanda
Rhyndoropsis Rhdps Doritis x Phalaenopsis x Rhynchostylis
Richardmizutaara Rcnza Ascocentrum x Phalaenopsis x Vandopsis
Richardsonara Rchna Aspasia x Odontoglossum x Oncidium
Ridleyara Ridl Arachnis x Trichoglottis x Vanda
Robifinetia Rbf Neofinetia x Robiquetia
Robinara Rbnra Aerides x Ascocentrum x Renanthera x Vanda
Rodrassia Rdssa Brassia x Rodriguezia
Rodrettia Rdtta Comparettia x Rodriguezia
Rodrettiopsis Rdtps Comparettia x Ionopsis x Rodriguezia
Rodrichilus Rdchs Leochilus x Rodriguezia
Rodricidium Rdcm Oncidium x Rodriguezia
Rodridenia Rden Macradenia x Rodriguezia
Rodriglossum Rdgm Odontoglossum x Rodriguezia
Rodriopsis Rodps Ionopsis x Rodriguezia
Rodritonia Rdtna Miltonia x Rodriguezia
Rolfeara Rolf Brassavola x Cattleya x Sophronitis
Ronnyara Rnya Aerides x Ascocentrum x Rhynchostylis x Vanda
Rosakirschara Rskra Ascocentrum x Neofinetia x Renanthera
Roseara Rsra Doritis x Kingiella x Phalaenopsis x Renanthera
Rothara Roth Brassavola x Cattleya x Epidendrum x Laelia x Sophronitis
Rotorara Rtra Bollea x Cochleanthes x Kefersteinia
Rumrillara Rlla Ascocentrum x Neofinetia x Rhynchostylis
Sagarikara Sgka Aerides x Arachnis x Rhynchostylis
Sanderara Sand Brassia x Cochlioda x Odontoglossum
Sanjumeara Sjma Aerides x Neofinetia x Rhynchostylis x Vanda
Sappanara Sapp Arachnis x Phalaenopsis x Renanthera
Sarcocentrum Srctm Ascocentrum x Sarcochilus
Sarcomoanthus Sran Sarcochilus x Drymoanthus
Sarconopsis Srnps Phalaenopsis x Sarcochilus
Sarcorhiza Srza Rhinerrhiza x Sarcochilus
Sarcothera Srth Renanthera x Sarcochilus
Sarcovanda Srv Sarcochilus x Vanda
Saridestylis Srdts Aerides x Rhynchostylis x Sarcanthus
Sartylis Srts Rhynchostylis x Sarcochilus
Sauledaara Sdra Aspasia x Brassia x Cochlioda x Miltonia x Rodriguezia
Schafferara Schfa Aspasia x Brassia x Cochlioda x Miltonia x Odontoglossum
Schombavola Smbv Brassavola x Schomburgkia
Schombocatonia Smbcna Broughtonia x Cattleya x Schomburgkia
Schombocattleya Smbc Cattleya x Schomburgkia
Schombodiacrium Smbdcm Diacrium x Schomburgkia
Schomboepidendrum Smbep Epidendrum x Schomburgkia
Schombolaelia Smbl Laelia x Schomburgkia
Schombonia Smbna Broughtonia x Schomburgkia
Schombonitis Smbts Schomburgkia x Sophronitis
Scottara Sctt Aerides x Arachnis x Luisia
Scullyara Scu Cattleya x Epidendrum x Schomburgkia
Seahexa Sxa Hexasdemia x Hexisea
Severinara Sev Diacrium x Laelia x Sophronitis
Shigeuraara Shgra Ascocentrum x Ascoglossum x Renanthera x Vanda
Shipmanara Shipm Broughtonia x Diacrium x Schomburgkia
Shiveara Shva Aspasia x Brassia x Odontoglossum x Oncidium
Sidranara Sidr Ascocentrum x Phalaenopsis x Renanthera
Sigmacidium Sgdm Oncidium x Sigmatostalix
Silpaprasertara Silpa Aerides x Ascocentrum x Sarcanthus
Sladeara Slad Doritis x Phalaenopsis x Sarcochilus
Sobennigraecum Sbgcm Angraecum x Sobennikoffia
Sophrocattleya Sc Cattleya x Sophronitis
Sophrolaelia Sl Laelia x Sophronitis
Sophrolaeliocattleya Slc Cattleya x Laelia x Sophronitis
Staalara Staal Barkeria x Laelia x Sophronitis
Stacyara Stac Cattleya x Epidendrum x Sophronitis
Stamariaara Stmra Ascocentrum x Phalaenopsis x Renanthera x Vanda
Stanfieldara Sfdra Epidendrum x Laelia x Sophronitis
Stangora Stga Gongora x Stanhopea
Stanhocycnis Stncn Polycycnis x Stanhopea
Stellamizutaara Stlma Broughtonia x Cattleya x Brassavola
Stewartara Stwt Ada x Cochlioda x Odontoglossum
Sutingara Sut Arachnis x Ascocentrum x Phalaenopsis x Vanda x Vandopsis
Teohara Thra Arachnis x Renanthera x Vanda x Vandopsis
Tetracattleya Ttct Cattleya x Tetramicra
Tetradiacrium Ttdm Diacrium x Tetramicra
Tetrakeria Ttka Barkeria x Tetramicra
Tetraliopsis Ttps Laeliopsis x Tetramicra
Tetratonia Tttna Broughtonia x Tetramicra
Thesaera Thsra Aerangis x Aeranthes
Thompsonara Thmpa Catasetum x Cymbidium x Grammatophylum
Trautara Trta Doritis x Luisia x Phalaenopsis
Trevorara Trev Arachnis x Phalaenopsis x Vanda
Trichocidium Trcdm Oncidium x Trichocentrum
Trichonopsis Trnps Phalaenopsis x Trichoglottis
Trichopsis Trcps Trichoglottis x Vandopsis
Trichostylis Trst Rhynchostylis x Trichoglottis
Trichovanda Trcv Trichoglottis x Vanda
Trigolyca Trgca Mormolyca x Trigonidium
Trisuloara Tsla Barkeria x Brassavola x Cattleya x Epidendrum x Laelia x Sophronitis
Tubaecum Tbcm Angraecum x Tuberolabium
Tuckerara Tuck Cattleya x Diacrium x Epidendrum
Turabowara Tbwa Barkeria x Broughtonia x Cattleya
Uptonara Upta Phalaenopsis x Rhynchostylis x Sarcochilus
Vanalstyneara Vnsta Miltonia x Odontoglossum x Oncidium x Rodriguezia
Vancampe Vcp Acampe x Vanda
Vandachnis Vchns Arachnis x Vandopsis
Vandaenopsis Vdnps Phalaenopsis x Vanda
Vandaeranthes Vths Aeranthes x Vanda
Vandewegheara Vwga Ascocentrum x Doritis x Phalaenopsis x Vanda
Vandofinetia Vf Neofinetia x Vanda
Vandofinides Vfds Aerides x Neofinetia x Vanda
Vandopsides Vdpsd Aerides x Vandopsis
Vandoritis Vdts Doritis x Vanda
Vanglossum Vgm Ascoglossum x Vanda
Vascostylis Vasco Ascocentrum x Rhynchostylis x Vanda
Vaughnara Vnra Brassavola x Cattleya x Epidendrum
Vejvarutara Vja Broughtonia x Cattleya x Cattleyopsis
Vuylstekeara Vuyl Cochlioda x Miltonia x Odontoglossum
Warneara Wnra Comparetia x Oncidium x Rodriguezia
Westara Wsta Brassavola x Broughtonia x Cattleya x Laelia x Schomburgkia
Wilburchangara Wbchg Broughtonia x Cattleya x Epidendrum x Schomburgkia
Wilkinsara Wknsra Ascocentrum x Vanda x Vandopsis
Wilsonara Wils Cochlioda x Odontoglossum x Oncidium
Wingfieldara Wgfa Aspasia x Brassia x Odontoglossum
Withnerara With Aspasia x Miltonia x Odontoglossum x Oncidium
Wooara Woo Brassavola x Broughtonia x Epidendrum
Yahiroara Yhra Brassavola x Cattleya x Epidendrum x Laelia x Schomburgkia
Yamadara Yam Brassavola x Cattleya x Epidendrum x Laelia
Yapara Yap Phalaenopsis x Rhynchostylis x Vanda
Yeepengara Ypga Aerides x Phalaenopsis x Rhynchostylis x Vanda
Yoneoara Ynra Renanthera x Rhynchostylis x Vandopsis
Yonezawaara Yzwr Neofinetia x Rhynchostylis x Vanda
Yusofara Ysfra Arachnis x Ascocentrum x Renanthera x Vanda
Zygobatemannia Zbm Batemannia x Zygopetalum
Zygocaste Zcst Lycaste x Zypopetalum
Zygocella Zcla Mendoncella x Zygopetalum
Zygocolax Zcx Colax x Zygopetalum
Zygodisanthus Zdsnth Paradisanthus x Zygopetalum
Zygolum Zglm Zygopetalum x Zygosepalum
Zygoneria Zga Neogardneria x Zygopetalum
Zygonisia Zns Aganisia x Zygopetalum
Zygorhyncha Zcha Chondrorhyncha x Zygopetalum
Zygostylis Zsts Otostylis x Zygopetalum
Zygotorea Zgt Pescatorea x Zygopetalum
Zygowarrea Zwr Warrea x Zygopetalum

Referências

  • microplanta.com
  • wikipedia.org

Abraços!

Morfologia: o fruto e as sementes das orquídeas

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Pode ser um pensamento cruel para alguns, mas, conforme escrevi no artigo sobre a morfologia das flores, a finalidade real da flor de uma orquídea é ser o chamariz para que insetos sejam atraídos e efetuem a sua polinização. A beleza e o fato que a apreciamos é apenas um bônus que a natureza nos dá.

Polinização

Quando o inseto poliniza a flor e os óvulos no ovário são produzidos, o tubo polínico cresce dentro da coluna até chegar no ovário. Seus núcleos fecundam os óvulos e, então, o ovário começa a se desenvolver, tornando-se o que chamamos de cápsula, fruto ou frutos capsulares. Dentro deste fruto os óvulos se desenvolvem dando origem às sementes, protegidas e alimentadas pelo próprio fruto.

https://www.youtube.com/watch?v=RDjcxlvpzZ0

Frutos – ou cápsulas

Quase que a totalidade das orquídeas geram frutos. Suas formas, tamanhos e cores variam bastante, sendo que nas epífitas são mais espessos com paredes carnosas e nas terrestres são mais finos e com paredes delicadas. Sua forma, normalmente triangular mais ou menos arredondada, possui lamelas cujo número varia de três a nove. A exceção é a subfamília Vanilloideae, que possuem uma cápsula que lembra muito uma vagem e, como tal, apresenta sementes bem maiores que as usuais.

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Cápsulas – fruto – de um híbrido

Os frutos podem ser lisos ou rugosos, possuir tricomas (espécie de pelo dos vegetais), verrugas ou protuberâncias em sua superfície. Por se desenvolver do engrossamento do ovário na base da flor, é normalmente dividido em três câmaras. Seu tempo de desenvolvimento varia, dependendo da espécie. Você pode conferir o tempo de maturação das cápsulas de orquídeas lendo meu artigo sobre o tema. Quando finalmente maduro, o fruto seca, “explodindo”, e abre-se em três ou seis partes ao longo do comprimento, mantendo-se sempre preso à inflorescência, ou seja, não se destacando da planta principal.

Quando rompe, o fruto libera a maioria das suas sementes no mesmo local, entre as raízes da planta geradora. Entretanto, e esta é a beleza de toda esta história, as sementes são muito leves e, com isto, são levadas pelo vento também, podendo percorrer grandes distâncias.

Sementes

Excetuando as orquídeas da subfamília Vanilloideae, que possuem sementes maiores, a grande maioria das orquídeas possui sementes microscópicas e leves. Provavelmente, um artifício da natureza para que fazer com que sua propagação seja mais esparsa, pois são facilmente levadas pelo vento. Por serem minúsculas e leves, são constituídas apenas por um pequeno aglomerado de células de cobertura abrigando um embrião, desprovidas ou com pouco tecido de reserva, chamado endosperma.

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Cápsulas e sementes
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Detalhe do tamanho das sementes

Cada planta é capaz de produzir milhares de sementes em cada um dos seus frutos. Por possuírem pouco ou nenhum endosperma para se alimentar, nos primeiros estágios o embrião utiliza-se de um processo simbiótico com o fungo Micorriza, que excreta os nutrientes utilizados pela jovem orquídea a partir da decomposição do material encontrado próximo à semente pelo fungo. Os detalhes desta simbiose você pode conhecer no artigo que escrevi sobre a Micorriza, clicando aqui.

Assim que o embrião torna-se capaz de realizar a fotossíntese, passa a alimentar-se deste processo. Com isto, a Micorriza não é mais necessária. Apenas quando a orquídea não é capaz de realizar a fotossíntese é que ela torna-se dependente da Micorriza. Isto acontece com algumas espécies saprófitas.

Assim, o ciclo do crescimento continua, e a orquídea irá se desenvolver até o ponto de, mais uma vez, perpetuar sua espécie através das suas sementes. Você pode ler mais sobre os passos desta evolução da semente até a flor clicando aqui.

Curiosidade: os oportunistas

escrevi aqui no orquideas.eco.br sobre isto, mas é sempre bom lembrar aqueles que não conhecem profundamente o assunto: não caia no golpe das sementes das orquídeas! Se você gosta de comprar produtos online, não deixe-se levar pelos anúncios bonitos e a raridade das plantas em sites como Mercado Livre ou AliExpress. Inúmeros vendedores inescrupulosos utilizam estes meios para lucrar com a boa fé das pessoas, vendendo um produto que simplesmente não existe. Bom, não na mão deles!

Basta um acesso ao Mercado Livre, por exemplo, para você encontrar anúncios que vendem este tipo de mercadoria. Agora me diga, como um vendedor consegue ficar contando sementes microscópicas para enviar o número anunciado? Claro que não consegue! Fora os que tem a audácia de dizer que “é só plantar na terra” – o que a descaracteriza ainda mais das orquídeas, devido à sua necessidade de simbiose com a micorriza. O que eles fazem é mandar qualquer semente no lugar das prometidas. É um crime perfeito para eles, pois quando a semente brotar (se brotar), o cliente não poderá reclamar e já terá perdido seu dinheiro.

O mais importante desta série sobre a morfologia das orquídeas é você aprender o que elas realmente são, como se comportar e quais suas necessidades. Assim, estará apto a cultivá-las sadiamente – e não cairá em golpes assim!

Referências

  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br
  • wikipedia.org

Abraços!

Classificação das orquídeas por tipo de crescimento: monopodial e simpodial

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Uma das classificações mais simples de utilizamos na família Orchidaceae é a relacionada ao seu tipo de crescimento, ou seja, o seu sistema caulinar. Basicamente, elas podem ter o crescimento monopodial ou simpodial.

Orquídeas monopodiais

As orquídeas monopodiais tem uma única haste principal, que cresce verticalmente e produz uma série de folhas na gema apical em sua ponta de crescimento. Esta ponta de crescimento, no final da haste, estende-se continuamente, e as hastes de flores emergem da haste principal entre os nós acima de cada folha. A haste pode, ocasionalmente, gerar ramos, mas isto é muito pouco frequente.

As orquídeas que crescem deste modo têm pouca capacidade para armazenar água. Sendo assim, normalmente precisam ser regadas com maior freqüência, geralmente sem secar muito bem entre as regas. Em muitos casos, as raízes ficam aéreas, expostas, sendo uma das principais fontes de umidade da planta, caso o ambiente tenha umidade suficiente para tal.

orquideas.eco.br - orquidea monopodial
Orquídea monopodial – Desenho de Malena Barretto, 1997

A divisão das orquídeas monopodiais é difícil, sendo que muitos procuram evitar, exceto os especialistas. Neste caso, os keikis são geralmente a melhor forma de propagar estas orquídeas.

Uma das vantagens das orquídeas monopodiais é que, devido à sua característica de crescimento para cima, você poderá reutilizar seus vasos, pois o tamanho poderá ser o mesmo, apenas acrescentando um novo substrato, se for o caso.

As orquídeas monopodiais mais comuns são as Phalaenopsis, Vanda e a Vanilla (baunilha).

Orquídeas simpodiais

As orquídeas simpodiais (ou de crescimento basítona) tem um rizoma a partir do qual emergem uma série de brotos, normalmente um por ano. Cada novo broto que amadurece torna-se um pseudobulbo. Neste, há a geração de flores e, geralmente, antigos pseudobulbos podem durar vários anos. Após a floração, quando a orquídea retomar o crescimento, irá começar a crescer outro segmento de rizoma e o processo é repetido. Normalmente, o pseudobulbo que gerou uma flor não irá florescer novamente. Entretanto, em algumas espécies de orquídeas, as florações podem persistir por muitos anos. Este pseudobulbo, com o tempo, vai perder suas folhas e depois de mais alguns anos acabará por morrer.

orquideas.eco.br - orquidea simpodial
Orquídea simpodial – Desenho de Malena Barretto, 1997

Ao dividir orquídeas simpodiais, o rizoma pode ser cortado mantendo pedaços com 3 a 4 pseudobulbos em cada parte. Pseudobulbos traseiros também podem desenvolver novos brotos.

As orquídeas simpodiais mais comuns são as Cattleyas e seus híbridos.

Referência

  • orchid-care-tips.com
  • Malena Barretto

Abraços

Classificação das orquídeas por habitat: as epífitas ou dendrícolas

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Orquídeas do mato (3) – conscientize-se

É hora de começar mais uma série de artigos. Desta vez, vou falar sobre um assunto que gera bastante dúvidas nos orquidófilos iniciantes: a classificação das orquídeas de acordo com o seu habitat.

Neste artigo estarei focando as epífitas, mas falarei mais adiantes sobre as terrestres, rupícolas e saprófitas.

Epifitismo

Antes de mais nada, é necessário entender o que significa ser epífita. Muitos acreditam que as orquídeas são parasitas por estarem sobre outras
plantas, principalmente árvores. Não é bem o caso.

Segundo o Wikipedia, epífitas são, por etimologia, plantas sobre plantas, ou seja, plantas que vivem sobre outras plantas.

O epifitismo é algo comum nas florestas tropicais. A competição por um espaço onde um pouco de luz forneça o necessário para que a planta prospere é acirrada. E, como natureza é sábia, certas espécies são capazes de germinar em ambientes um pouco diferentes do habitual, como cascas de árvores ou outros objetos. Resumindo, é como uma seleção natural: as espécies que foram capazes de se adaptar e germinar nestes ambientes até então inóspitos conseguiram sobreviver.

As epífitas possuem sistemas complexos e específicos para absorver umidade do ar e extrair sua alimentação dos elementos que são depositados sobre si, resultando muitas vezes em plantas com necessidades específicas de umidade e de luz. Na maioria das vezes, vicejam sobre o tronco das árvores e dispõem de raízes superficiais que se espalham pela casca e absorvem a matéria orgânica ali presente em decomposição.

Aí vem a parte interessante.

Muitas vezes, as raízes das orquídeas são acompanhadas por um fungo microscópico conhecido como micorriza, que se encarrega de transformar a matéria orgânica morta em sais minerais, facilitando a sua absorção pela planta. Por outro lado, se as epífitas não conseguem absorver matéria prima da superfície da árvore, a planta pode utilizar seu hospedeiro como suporte para alcançar seu ambiente ideal na floresta. É quase uma escalada, por assim dizer.

O mais importante nisto tudo é saber que as epífitas jamais buscam alimento nos organismos hospedeiros. Suas raízes superficiais não absorvem a seiva da planta hospedeira, ou seja, não há qualquer relação de parasitismo. A presença de epífitas não prejudica a árvore onde elas vegetam.

No cultivo caseiro as coisas não são muito diferentes. Se você optar pode deixar suas orquídeas em árvores, deverá ter a certeza que o ambiente em torno desta árvore favorecerá o crescimento da planta. De nada adianta, por exemplo, você colocar uma orquídea em uma árvore ou toco ou casca e esperar que por si só ela evolua. Lembre-se que sua casa não é uma floresta tropical, logo, muitas variáveis para o desenvolvimento dela faltarão. O mais importante aqui é a regra de não matá-la de sede ou afogada. E não esquecer de outra coisa muito importante: que as raízes irão querer respirar.

Eis alguns exemplos de minha coleção:

 
 
 
 
 
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Abraços

A morfologia das orquídeas

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Nas últimas semanas publiquei uma série de artigos sobre a morfologia das orquídeas, mostrando toda complexidade e beleza desta família. O objetivo foi, além de servir como aprendizado pessoal, aglutinar informações relevantes para a consulta de todos, das mais variadas fontes, pois acredito que quanto mais conhecemos nossas plantas, melhor podemos cuidar delas.

Sempre friso que este conhecimento é importante e posso usar meu próprio exemplo. Quando comecei na orquidofilia, o mais importante para mim era o “ter”. A primeira coisa que aprendi foi que mais importante que a quantidade era a qualidade. Lembro que escrevi algumas linhas sobre isto, que você pode ler clicando aqui. Quando comecei a focar mais na qualidade, percebi que isto sem conhecimento era inútil, pois suas características variam de espécie para espécie, tornando o cultivo um ato de estudo, conhecimento, tempo e amor.

As família Orchidaceae constitue um dos maiores e mais diversos agrupamentos de angiospermas, com cerca de 24000 espécies conhecidas. Notável por sua diversificada morfologia floral e vegetativa, é constituída de cinco subfamílias: Apostasioideae, Cypripedioideae, Vanilloideae, Vanilloideae e Epidendroideae. Nesta última, inclusive, está o esteriótipo que conhecemos quando começamos a falar de orquídeas: grandes flores e pseudobulbos, além de ser a mais numerosa.

Entre todas as características distintivas da família Orchidaceae, muito poucas são compartilhadas por todas as espécies, devido ao fato destas encontrarem-se em diferentes estágios evolucionários. Alguns grupos divergiram do grupo principal nos primeiros estágios evolutivos da família, enquanto outros permaneceram constantes por muito tempo. No entanto, há características comuns à quase todas as orquídeas: a presença da coluna, estrutura originada pela fusão de seus órgãos sexuais masculinos e femininos; grãos de pólen agrupados em estruturas cartilaginosas chamadas polínias; sementes muito pequenas, quase sem nutrientes, formada por agrupamentos com poucas células, as quais somente germinam através da simbiose com micorriza; flores de simetria lateral, não radial, constituídas por seis segmentos; raízes cobertas por estrutura esponjosa chamada velame.

Capazes de se adaptarem aos mais variados ambientes, podem ser terrestres, epífitas, litófitas, psamófitas, saprófitas ou raramente aquáticas. Apresentam crescimento contínuo ou sazonal, simpodial ou monopodial, agrupado ou espaçado, ascendente ou pendente, aéreo ou subterrâneo.

Enfim, para ler mais sobre a morfologia das orquídeas, oriente-se pelos links abaixo:

Referência

  • webbee.org.br

Abraços!

Morfologia: as flores das orquídeas

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Eis o motivo pelo qual todos nós cultivamos orquídeas: suas flores! Alguns podem até discordar, dizendo que a planta importa tanto quanto sua flor, mas eu sou categórico em dizer que, salvo raras excessões em que o vegetal é tão lindo quanto a flor, cultivamos orquídeas para apreciar suas belas flores. E, diga-se de passagem, este não é um trabalho fácil, seja para a planta, seja para o orquidófilo. O tempo que uma orquídea pode levar para gerar uma flor pode ser bem longo, como pode ser visto no meu artigo “O longo caminho entre a semente e a flor da orquídea“.

A natureza, sábia, já pensa um pouco diferente de nós. Se cultivamos as orquídeas pela beleza de suas flores, as orquídeas as geram com a finalidade de perpetuar a espécie, gerando descendentes. Este processo, de alta complexidade, demanda esforço e energia, exigindo muito mais da planta e, por isto, devemos entender todo este processo e dar a devida atenção à ele.

A família das orquídeas é uma das que apresenta o maior espectro de variação floral. Geralmente apresentam flores hermafroditas, mas podem apresentar flores exclusivamente masculinas ou femininas em alguns gêneros. O tamanho das flores também varia bastante, podendo ser milimétrica, do tamanho da cabeça de um alfinete, ou grande o suficiente para ser maior que sua mão aberta. Suas cores variam bastante também, muitas vezes mesclando várias cores, sendo ainda mais atraentes. Veja alguns exemplos:

As flores normalmente apresentam simetria bilateral, possuindo seis tépalas, sendo que estas estão divididas em duas camadas. As três mais externas são chamadas de sépalas e as três mais internas são as pétalas. Uma das pétalas, a inferior, é chamada de labelo.

Morfologia: as flores das orquídeas
Morfologia da flor. Desenho de Malena Barretto, 1997

As tépalas variam bastante no formato e tamanho, podendo até se apresentar parcialmente ou inteiramente unidas em alguns casos. É o caso dos Paphiopediluns, que possuem a sépala dorsal completamente diferente das outras duas laterais, que são fundidas formando uma só. Essa sépala é colorida e curvada por cima do labelo, formando um copo, protegendo-o da entrada de água. Confira na imagem abaixo:

Labelo

O labelo é a pétala dorsal que, por uma torção de 180° no botão floral (ressupinação), termina por posicionar-se numa posição ventral, embora em certas orquídeas isto não ocorra. O labelo diferencia-se das outras pétalas, podendo ser bastante simples e parecido com as outras pétalas ou apresentar calos, lamelas ou verrugas, com formatos e tamanhos variados, até bastante intrincados com cores diversas e contrastantes. Isto se dá por um motivo muito nobre: o labelo também tem a função de ser o chamariz da orquídea para seus polinizadores. Normalmente ele se encontra-se em posição oposta aos órgãos reprodutivos, e utiliza sua forma e suas cores para guiar o polinizador de forma a que ele entre em contato com a antera e carregue as polínias por meio de calos na sua superfície. Além disso, o labelo pode produzir odor, guiando insetos pelo olfato em direção aos órgãos sexuais da flor. O labelo ainda pode secretar néctar, que é um atrativo para certos polinizadores. Quando o labelo é altamente especializado, ele pode simular a cor e a forma de uma abelha fêmea, atraindo os machos da espécie e fazendo com que eles copulem com a flor, carregando as polínias para outra flor e assim efetuando a polinização. A observação das estruturas e padrões do labelo é uma das maneiras mais simples de reconhecer as diferentes espécies de orquídeas.

Órgãos reprodutivos

O androceu e o giniceu, orgãos reprodutivos das orquídeas, encontram-se reduzidos e fundidos em uma estrutura central chamada coluna, ginostêmio ou androstilo. A quantidade de estames varia de acordo com a subfamília, mas a maioria apresenta apenas o estame central funcional, com os dois outros atrofiados ou ausentes. Assim como o labelo, a coluna ajuda muito na identificação das orquídeas.

Morfologia: as flores das orquídeas
Morfologia da flor. Desenho de Malena Barretto, 1997

Seu pólen normalmente está aglomerado em uma massa firme e cerosa denominada polínea, porém pode estar também agrupado em uma massa pastosa ou, em alguns casos, soltos. As políneas podem ter várias cores e tamanhos e ficam penduradas em uma haste chamada caudículo ou estipe. De acordo com sua estrutura, ficam presas por um disco viscoso chamado viscídio, coladas por um líquido espesso secretado pelo rostelo. A maioria das espécies epífitas apresenta uma pequena capa recobrindo as polínias, denominada antera. O estigma é normalmente uma cavidade na coluna, onde as polínias são inseridas pelo agente polinizador. O ovário é ínfero, tricarpelar e possui até cerca de um milhão de óvulos.

É importante entender que a complexidade das orquídeas é tamanha que o gasto energético que uma orquídea despende ao produzir suas flores é altíssimo. Plantas que não se encontram saudáveis também podem florescer, até por um impulso de preservação da espécie, mas você deverá decidir se levará a floração adiante, pois isto poderá resultar na morte da planta. Em casos assim, aconselha-se eliminar a floração e fortalecer a planta.

Referências

  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br
  • Jardim Botânico do Rio de Janeiro
  • wikipedia.org
  • Malena Barretto

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