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Plantando orquídeas que necessitam de umidade em vaso plástico com musgo

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Amigos, muitas dúvidas chegam por e-mail e pelas redes sociais de como faço o plantio de espécies como Masdevallia, Dracula e Pleurothallis.

Bom, o que estas espécies tem em comum? Precisam de umidade. Dada a característica das plantas, optei por alguns métodos de cultivo. As Dracula eu coloco no EcoTronco ou na caixeta, pois deixam a parte de baixo da planta bem livre para que as flores cresçam sem problemas. Nesta espécie as flores tendem a ir para baixo e em vasos completamente fechados elas podem se perder.

Já os Pleurothallis que tenho que são provenientes do Equador e necessitam de mais umidade, além das Masdevallia que também gostam de um ambiente mais úmido, eu optei por colocar em vasos plásticos. Este tipo de vaso retém mais a umidade e o musgo é um tipo de substrato que se mantem úmido por muito mais tempo. Para mostrar este plantio, montei o vídeo abaixo. Vale lembrar que o tipo de plantio pode variar de região para região e do tipo de orquidário que você tem em casa. No meu caso, moro em uma cidade fria e úmida. Por este motivo, meu orquidário é coberto e tenho que controlar as regas. Assim, o controle de umidade é essencial.

Abraços

Como devo alimentar minha orquídea?

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As orquídeas precisam ser alimentadas regularmente. Mas como, se na natureza ninguém faz isso?

Bom, a natureza é sábia. Quando a orquídea está em seu habitat natural, há elementos que contribuem com sua nutrição. Pode ser restos de folhas, o tipo da árvore ou do solo que ela está, até eventuais dejetos de animais específicos da região que ela habita.

Em casa não temos este mesmo habitat. Logo, nutrientes certamente faltarão na dieta de sua orquídea. Por isto devemos adubá-las constantemente.

Muitos orquidófiulos sugerem o uso de um fertilizante balanceado, como o NPK 20-20-20. Entretanto, é imprescindível que ele também inclua todos os elementos traço necessários. Independentemente da formulação de fertilizante que você escolher usar, ele deve conter pouca ou nenhuma uréia. No meu caso, uso o B&G, pois contem todos os elementos que preciso, inclusive cálcio. Como utilizo pulverizador, a vantagem deste fertilizante é já estar na forma líquida. Desta forma, não preciso dissolver e não corro o risco de ter o pulverizador entupido.

É importante salientar que, assim como a irrigação, menos é mais. As orquídeas correrão menos risco se você utilizar menos fertilizante do que o recomendado, ao invés de usar doses maiores. Muitos orquidófilos utilizam a abordagem “fracamente, semanalmente”, aplicando um fertilizante semanalmente em uma diluição maior que a recomendada pelo fabricante (50% ou até 25%), em vez de aplicar uma dose completa uma vez por mês. Outra dica importante é não fertilizar uma planta completamente seca, pois o fertilizante pode queimar as raízes mais secas. O ideal é você molhar todas as plantas para, em seguida, aplicar o adubo. Isto também melhora a absorção do fertilizante, potencializando seu uso, pois faz com que os estômatos da planta estejam abertos.

Caso queira se aprofundar sobre este tema, principalmente na parte química, aconselho a leitura da minhas postagem sobre macro e micro nutrientes e também sobre o pH e salinidade da água.

Abraços!

Utilização de canela nas orquídeas

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À medida que vamos estudando e nos especializando mais em nosso hobby, vamos aprendendo algumas técnicas que, embora básicas, são muito úteis quando nos deparamos com algum problema. Muitas vezes estas técnicas são receitas simples e baratas, tornando-os acessíveis a qualquer pessoa do hobby.

Uma das técnicas mais úteis que conheço é a utilização da canela nas orquídeas. Entretanto, não é só sair usando na planta e pronto! É necessário saber em que casos a canela é útil e vai ajudar a sua planta a ter uma qualidade melhor de vida. Portanto, vamos entender o que a canela é capaz de fazer na sua orquídea.

Primeiramente, a canela é a especiaria obtida da parte interna da casca do tronco de algumas espécies do Gênero Cinnamomum. Muito utilizada em culinária como condimento e aromatizante e na preparação de certos tipos de chocolate e licores. Já na medicina é usada na forma de óleos destilados, sendo conhecida por “curar” constipações e gripes. O sabor e aroma intensos vêm do aldeído cinâmico ou cinamaldeído.

Já na orquidofilia (e outros cultivares também) ela apresenta uma série de benefícios no tratamento de infecções bacterianas e fúngicas, devido às suas propriedades de desidratação.

Bactericida e fungicida

Entretanto, é necessário saber como utilizar a canela. O uso incorreto da canela pode danificar seriamente uma orquídea, deixando aquela impressão de que a especiaria nunca deveria ser utilizada com orquídeas. Portanto, veja como ela pode ser utilizada:

  • A aplicação de canela em pó sobre as feridas de corte de folhas de orquídea pode evitar a reinfecção da folha restante;
  • A aplicação de canela em cortes e feridas de pseudobulbos e em outros tecidos danificados de uma orquídea seca a superfície rapidamente;
  • O tratamento de alguns tipos de podridão (como a podridão negra) é muito mais fácil quando canela é aplicada. Considerando que os fungos prosperam na umidade e alimentam-se dos sucos vitais de uma orquídea, a canela seca o tecido de tal forma que a podridão não tem um ambiente propício para sobreviver. Consequentemente, na maioria dos casos a infecção é contida e exterminadas. Remova a parte afetada com uma margem de segurança, isto é, ao cortar a lesão, inclua uma pequena parte de planta sadia. Isso diminuiu a possibilidade de deixarmos tecido contaminado. Coloque canela em pó na parte remanescente da planta e pronto!
  • Quando você descartar uma folha, espalhe canela em pó no local do corte. A canela é um cicatrizante muito eficiente;
  • A canela acelera o desenvolvimento de novas células. Pode-se usar a canela em pó logo abaixo das folhas, pois é um ótimo incentivador a brotação e, ao mesmo tempo, protegendo-as dos fungos;

Aqui em Curitiba compro canela no Mercado Municipal ou em lugares equivalentes que vendem por peso. Assim, torna-se um meio efetivo e barato de sanear suas orquídeas, visto que assim você terá uma boa quantidade a um preço bem baixo (bem, comparando com as que vendem nos supermercados é espantosamente mais baixo).

Abaixo, um vídeo (em inglês) sobre a utilização da canela nas orquídeas:

Referências

  • orchidnature.com
  • wikipedia.org

Abraços!

O fascinante mundo dos Bulbophyllum – dicas de cultivo

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Antes de entender como cultivar Bulbophyllum, é importante como funcionam seus habitats. Ou pelo menos um deles, o asiático. O continente asiático apresenta muitos contrastes climáticos. O norte de seu território é coroado pelo Círculo Polar Ártico e ao sul pelo Equador. Devido à variação de altitude, o continente asiático possui desde climas quentes até o mais frio. O relevo também é outro fator de grande influência, pois as montanhas e planaltos fazem as médias térmicas diminuírem, o que justifica o aparecimento de neves eternas. Os ventos contribuem bastante na distribuição das chuvas, principalmente no sul e sudeste asiático, onde sopram as monções.

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Na Ásia existem os seguintes tipos climáticos:

Clima equatorial

Compreende a estreita faixa próxima ao equador, como a Península Malais, Península da Indochina, uma parte da Índia e das ilhas Sumatra, Borneou, Nova Guiné e Filipinas. Devido às altas temperaturas e a umidade, a Ásia Equatorial e a Ásia das Monções possuem uma vegetação original densa e com árvores de grande porte. A savana aparece nas áreas próximas às florestas tropicais e equatoriais. Onde as temperaturas anuais possuem média de 25°C a 27°C. É um clima quente chuvoso, com umidade relativa em torno de 80%.

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Clima subtropical

Ocorre em áreas do território chinês, Coreia do Norte, Coreia do Sul e no Japão. Estas florestas sofrem intensa exploração e ocupação humana e assim cada vez mais vamos perdendo espaços ricos de diversidade da fauna e principalmente a flora assim afetando a área onde os Bulbophyllum vegetam.

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Como cultivar Bulbophyllum?

O cultivo de Bulbophyllum provenientes da ásia precisa, em grande parte, de boa claridade. Entretanto, não deve ser direta. Normalmente, 40% a 70% luminosidade é suficiente. Os meus, em sua grande maioria, estão em 50%. O ambiente deve estar constantemente úmido, quente e com boa ventilação.

Que substrato usar?

Depois de achar o local certo, a escolha do substrato correto é primordial para auxiliar no desenvolvimento dos Bulbophyllum. Eu uso musgo em 95% da minha coleção, pois meu ambiente é muito seco. Entretanto, cada planta tem suas necessidades e isto varia de ambiente para ambiente, então devemos observar cuidadosamente cada uma ser plantada. Além do musgo, os Bulbophyllum podem ser plantados em xaxim, pinus, macadâmia e também em um mix desses substratos. Se quiser ler mais sobre alguns destes substratos, clique aqui!

Onde plantar?

Existem várias formas (ou vasos, como queira chamar) para plantar Bulbophyllum. Se quiser ler mais sobre vasos, clique aqui. As imagens abaixo mostram alguns destes métodos:

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Torre – foto e criação Marcelo Invernizzi
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Cachepot
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Leque: recomendo para ambientes com umidade elevada ou plantas que não gostam de muita umidade.
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Placa ou palito de xaxim: com o passar do tempo começa a ficar rígido, seco e acido. Com isto, a planta começa a definhar. Particularmente não gosto de usar.
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Vaso de plástico: devido aos espaçados rizomas dos Bulbophyllum, estes rapidamente saem do vaso.
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Bisnaga de tela e pet: quando plantadas assim desenvolvem bem, porém a estética não é seu forte.
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Cuia: normalmente as utilizo antes dos pratos, quando as plantas são pequenas.
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Prato

Dicas de plantio

De todos os exemplos citados acima, o que mais gosto para cultivar os Bulbophyllum são os pratos. Vou mostrar como faço:

1º passo – Materiais necessários

  • A orquídea, obviamente. Vou utilizar um Bulbophyllum lilacinum;
  • Prato;
  • Musgo;
  • Faca ou tesoura com ponta (cuidado ao utilizar ambos);
  • E, se for pendurará-la, um suporte; Aqui uso o de plástico mesmo.
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Materiais necessários

2º passo

Faça de 10 a 15 furos conforme o tamanho do prato. Não precisa colocar brita como material de drenagem, pois o prato é e baixo. Os furos são grandes, do tamanho da ponta de um dedo, assim não há retenção de água e não há o risco do mosquito da dengue colocar seus ovos.

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Furos no prato

3º passo

Forre o fundo do prato com o musgo e coloque a orquídea próximo da borda, sem desfazer o “torrão”, e preencha o restante do prato com musgo sem compactar.

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Colocação do musgo

4º passo

Após colocar o musgo no prato e escorar a planta se necessário, coloque o suporte, a identificação e a acomode em um cantinho adequado no seu orquidário. No caso do Bulbophyllum lilacinum, utilizo um sombreamento de 50%.

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Pronto!

Abraços!

Como e quando regar suas orquídeas

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Como regar suas orquídeas

Pode parecer estranho – ou incrível – mas um dos fatores que mais matam orquídeas no cultivo doméstico é a rega incorreta. E pior, normalmente as pessoas pecam pelo excesso de água, ou seja, é muito mais fácil matar uma orquídea afogada do que de sede. Por isso, é muito importante saber regar suas orquídeas.

Dois componentes são fundamentais para uma rega adequada: quando e como. A grande maioria das orquídeas cultivadas com fins comerciais são epífitas (clique aqui para ler sobre as orquídeas epífitas), ou seja, que crescem em árvores acima do solo e onde a luz é mais abundante. Ou seja, estas plantas são adaptadas para ter as suas raízes expostas à luz, ao ar e a água.

As raízes das epífitas precisam de ar por uma razão bastante óbvia: o núcleo central da raiz de uma orquídea é coberto com um material esponjoso chamado velame. O velame apresenta espaços e canais microscópicos em seu interior, onde usualmente aloja-se um fungo conhecido como micorriza, responsável pela decomposição da matéria orgânica presente no meio em que as epífitas vivem em sais minerais que podem ser absorvidos pelas plantas. Quando o velame permanece molhado por muito tempo, o núcleo central sufoca e começa a apodrecer. Uma vez que as raízes começam a apodrecer, a planta não pode mais absorver água corretamente e uma série de problemas começam. Na pior das hipóteses, a podridão da raiz vai se espalhar para cima, ou seja, para o rizoma e causar a morte da planta. Em outros casos, a perda de raízes impede a planta de absorver água suficiente para se manter em bom estado e as folhas vão assumir uma aparência enrugada.

Infelizmente, os sintomas de excesso e falta de rega são superficialmente semelhantes. Aí, normalmente tendemos a aumentar a rega em vez de inspecionar as raízes e verificar o que realmente a planta precisa. Se a raiz estiver com uma coloração marrom, ela está com excesso de água. Por outro lado, se ela estiver branca ou cinza, ela está seca.

Quando eu devo regar minha orquídea?

Via de regra, as orquídeas devem ser regadas apenas quando estão secas. Esta regra aplica-se à todas as orquídeas, porém com ligeiras variações, dependendo se a sua planta tem pseudobulbos ou não. Pseudobulbos são estruturas espessadas, preenchidas por parênquima aquífero, com funções de armazenamento de água e regulação do metabolismo de síntese de carboidratos na orquídea.

Em orquídeas com pseudobulbos, como Cattleyas e Oncidiums, você pode deixar a planta secar completamente entre as regas, visto que elas acabam armazenando água em sua estrutura. Para orquídeas sem órgãos de armazenamento de água, como Phalaenopsis e Vandas, você deverá regá-las antes que elas fiquem secas por completo. Este caso pode significar regas diárias em meses quentes de verão. Para efeito de análise, Vandas e Ascocendas devidamente irrigadas terão sempre um crescimento ativo das pontas das raízes. Por outro lado, se a planta não estiver sendo irrigada corretamente, as raízes secarão e parecerão seladas.

Infelizmente, não há uma fórmula mágica para determinar a forma e a periodicidade da rega de uma orquídea que está plantada em um vaso, pois cada planta tem uma área e uma forma de crescimento diferente. Além disto, fatores externos, como a umidade, o movimento do ar, o substrato (tipo e idade – clique aqui para saber mais) e os níveis de luz, desempenham um importante papel neste processo.

Mesmo assim, algumas dicas poderão ajudá-lo a determinar o momento certo de regar uma orquídea plantada em um vaso:

  • a superfície do substrato irá parecer seca;
  • o vaso está muito leve (quando molhado um vaso fica muito mais pesado);
    vasos de barro estarão secos;
  • ao colocar um palito de madeira no substrato, este sairá quase seco. Em caso de dúvida, coloque o dedo no substrato e sinta se haverá umidade. Neste caso, tome cuidado para não causar dano à orquídea;
  • por fim, lembre-se que substrato novos secam mais rapidamente, substrato mais velhos tendem a demorar mais para secar.

 

 
 
 
 
 
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Como faço para irrigar minha orquídea?

Como regar é tão importante para a planta como quando a regá-la.

Quando as orquídeas são regadas, elas devem ser molhadas copiosamente. A água deve ser fornecida até que os furos de drenagem dos vasos comecem a expulsar a água de forma tão abundante quanto a quantidade que está sendo fornecida à ela. Isto tem um motivo. Primeiramente, a rega abundante é necessária para alocar todo o substrato no vaso, de modo a ele ficar menos solto, evitando assim danificar raízes. Além disso, uma rega vigorosa ajuda a lavar os sais que naturalmente acumulam no substrato com os fertilizantes aplicados para o bom crescimento da planta. Por fim, esta é uma excelente oportunidade de examinar como o substrato está se comportando. Se a água não passar rapidamente pelo vaso e sair pelos furos de drenagem, o substrato pode estar muito denso e você corre o risco de matar sua orquídea ou de fome ou asfixiada. Se sair muito pó de substrato (algo parecido com terra na maioria das vezes), é hora de replantar sua orquídea. Se quiser saber mais sobre como replantar sua orquídea, clique aqui! Lembre-se sempre de regar abundantemente suas plantas pelo menos uma vez por mês.

Já as plantas que são cultivadas em vasos sem substrato adicional ou de forma aérea, como as Vandas, necessitam de outro tipo de cuidados. Em primeiro lugar, evite regar as orquídeas em baldes de água. Esta prática prolifera muito facilmente as doenças porque, se uma planta tem uma doença, todos as outras que forem mergulhadas no mesmo balde estarão expostas à mesma doença.

Por fim, outra dica valiosa: duas regas separadas por alguns minutos de intervalo são muito mais eficazes do que uma irrigação mais demorada. Isto porque, uma vez que a água corre para a planta, as raízes terão absorvido essencialmente todo o possível naquele momento e o excesso de água simplesmente escorre para o chão. A técnica mais apropriada é regar suas plantas e, alguns minutos mais tarde, molhá-las de novo, sempre começando com a primeira planta que você molhou. Isto dará o tempo necessário para que as raízes da última planta regada absorvam a água antes de serem molhadas novamente. Raízes saturadas de água apresentam uma cor sólida, enquanto as não saturadas parecerão manchadas.

Abraços!

Orquídeas: dicas para iniciantes

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São vários os fatores que influenciam no desenvolvimento de uma orquídea. Para tal, estas dicas abaixo podem vir a calhar.

Imaginar que, basta colocar aquela orquídea, comprada no mercado, em algum canto da casa e que assim você estará suprindo todas as suas necessidades é um grande erro. Não será assim que você obterá floradas abundantes e um crescimento vegetativo vigoroso.

Basicamente, uma orquídea necessita de cinco elementos para que possa desenvolver-se sadiamente:

  • Água e umidade;
  • Luz;
  • Temperatura;
  • Ventilação;
  • Adubação.

Como sempre falo aqui no site, é muito importante conhecer sua planta para prover aquilo que ela necessita para se desenvolver (e não apenas sobreviver).

Água e umidade

Talvez o principal elemento dos cinco, a água – e consequentemente a umidade – é um ponto chave do cultivo. Isto posto, é importante saber que não estou falando apenas do problema da falta de água para suas plantas. Você poderá matar uma orquídea afogada muito mais facilmente do que de sede. Aliás, o termo afogada é muito mais simplista neste caso do que realmente é. O excesso de água, seja por causa das chuvas prolongadas ou regas excessivas, causam o apodrecimento das raízes. Como normalmente as raízes estão envoltas pelo substrato, dentro dos vasos, o excesso de água sem a necessária aeração acabam por decompô-las, consequência da expansão dos fungos e bactérias em meio favorável.

Com o tempo de cultivo no orquidário aqui de casa, aprendi que uma boa prática é abrigar as plantas afim de evitar o excesso de chuvas. No meu caso, optei por um orquidário fechado com regas controladas. Você pode construir uma estrutura com cobertura sólida – plástico agrícola, telhas leitosas (minha opção) – a uma altura suficiente para que o ambiente fique ventilado (uns 3 metros, por exemplo). Se não puder construir um espaço próprio, transporte suas orquídeas para um abrigo em dias de chuvas prolongadas (ou geadas). Infelizmente, este caso só é viável se você tiver poucas plantas.

O ideal é que o substrato esteja sempre ligeiramente úmido, mas nunca encharcado. Via de regra, você deve molhá-las apenas quando o substrato estiver seco. Obviamente, as regas são mais frequentes no verão, primeiro porque o substrato seca mais rápido e, segundo, porque no inverno grande parte das orquídeas entram em uma fase de repouso. Saber quando regar talvez seja o grande desafio do orquidófilo. Cada gênero, cada espécie, têm exigências muito peculiares. Muitos orquidófilos optam por regar abundantemente, até a água escoar pelos furos do vaso. Depois, aguardam que o substrato seque para que uma nova rega seja efetuada. É uma regre genérica, não válida para todas as orquídeas, mas quer faz com que a possibilidade de errar seja menor. As espécies do gênero Cattleya, muito populares, gostam deste tipo de rega. Já as espécies do gênero Phalaenopsis, Miltonia, Cymbidium e Paphiopedilum devem ter o substrato ligeiramente úmido. Uma boa forma de lembrar é: quanto maior a planta, maior a área de evaporação, logo, ela exige uma rega mais constante.

É importante salientar que alguns fatores interferem na velocidade de secagem do substrato. O tipo de substrato, o material e tamanho do vaso, a intensidade da luz, a temperatura, a ventilação e umidade ambiente são fatores importantíssimos neste aspecto.

Vasos não porosos, como os de plástico ou cerâmica vitrificada, propiciarão uma secagem mais lenta. Já os vasos de argila e cachepôs secarão mais rapidamente. Para ler mais sobre vasos, leia meu artigo clicando aqui. É bom lembrar que uma temperatura mais elevada ou uma circulação de ar melhor fará com que a evaporação aconteça mais rapidamente. Evite manter os vasos diretamente sobre os pratinhos, pois a água acumulada impede a oxigenação das raízes, o que é imprescindível para que uma boa ventilação chegue até as raízes. Afim de evitar isto, pode-se colocar pedra brita no pratinho, com um pouco de água, desde que não atinja a base do vaso. Em dias muito quentes, você pode borrifar água em volta da planta, com cuidado para não molhar a junção das folhas. Cultivá-las no mesmo ambiente das samambaias e bromélias também pode ser um bom recurso para aumentar a umidade do ambiente.

Lembre-se que plantas recém divididas também precisam de um regime de rega um pouco diferente. Como suas raízes não têm o mesmo poder de absorção, deve-se limitar a borrifar o substrato durante 3 semanas e, só quando começarem a surgir as raízes, voltar a regar normalmente. As plantas em flor precisam de menos água e, depois da floração, é necessário reduzir ainda mais a rega, até que comece a nova brotação e assim recomeçar todo o ciclo.

Luminosidade

Princípio básico dos seres vivos que realizam a fotossíntese, a luz é um elemento essencial para as orquídeas. Novamente, a intensidade luminosa poderá variar, de acordo com a espécie. As orquídeas podem vegetar na sombra, meia sombra, luminosidade intensa e até em pleno sol. Via de regra, elas não devem receber luz direta, exceto quando são raios matinais. Este é um dos motivos que fazem com que o orquidófilo opte por construir um orquidário para abrigá-las ou então abrigá-las sob as árvores, assemelhando um pouco com o que elas encontram na natureza.

Saber se a quantidade de luz é suficiente para sua orquídea é simples, bastando observar suas folhas. Se as folhas das orquídeas aparentarem uma cor verde-alface, significa que a quantidade de luz fornecida está boa. Se o verde estiver mais escuro, tendendo para o verde garrafa, você está fornecendo pouca luz à suas plantas. O resultado disto, no caso das Cattleyas e gêneros afins, é o alongamento e caimento dos bulbos, causando prejuízos para a inflorescência. Por outro lado, se a cor das folhas parecer um verde amarelado, sua orquídea está recebendo luz em excesso. Isto poderá causar desidratação e atrofiamento da planta. Neste caso, é necessário proteger as plantas em algum tipo de estrutura, como telas, sombrite ou ripado.

Como referência, é bom saber que na sombra vegetam as micro-orquídeas, Paphiopedilum e Miltonia. Em meia sombra vegetam Cattleyas, Coelogyne, algumas espécies de Dendobrium, Laelia em geral (exceto as rupícolas, que vegetam nas rochas e que precisam de luminosidade intensa), algumas espécies de Oncidium e a Sophronitis Coccinea. Em uma luminosidade intensa vegetam Catasetum, Laelia do tipo rupícola, Cattleyas walkeriana e nobilior, Dendrobium nobile e Vanda. Enfim, sob Sol pleno vegetam Vanda teres, Brassavola tuberculata e Renanthera.

Temperatura

A temperatura é outro fator que influencia bastante o cultivo de determinadas espécies. Acontece de orquídeas de clima quente, que toleram temperaturas elevadas – picos de 35ºC no verão – não se adaptam em locais onde a temperatura média fica em torno de 15ºC. Espécies como as Vandas e Phalaenopsis tem dificuldades para se adaptar em climas mais frios.

Orquídeas de clima temperado, ou seja, entre 15ºC e 28ºC, adaptam-se melhor ao clima de parte do nosso país. Entre elas estão alguns Paphiopedilum, Cattleyas, alguns Dendobriums e alguns Oncidium.

Entre as orquídeas de clima frio, quando a máxima fica em torno de 20ºC e a mínima chega a 0ºC, são os Cymbidium, Odontoglossum e a maioria dos Paphiopedilum. Mesmo assim, estas plantas resistem a temperaturas um pouco mais baixas ou elevadas, desde que não permaneçam expostas por períodos prolongados.

Aqui no Brasil não temos a necessidade de aquecimento artificial. Entretanto, as plantas precisam ser protegidas do vento frio e úmido durante o inverno. Por outro lado, o calor excessivo deve ser compensado com regas mais intensas ou água pulverizada no ambiente e sobre as folhas.

Ventilação

Uma das coisas que aprendi com o passar dos anos é que, tão importante quanto água e luz, é a tal da ventilação. Procure manter suas plantas ou construir seu orquidário em um lugar bem arejado. Se você construir uma estrutura para suas plantas, lembre-se que no frio intenso, as plantas devem ser protegidas das correntes de ar geladas. No meu caso, eu construí o orquidário na parte mais alta do terreno, de forma que o vento “encana” de tal forma que sempre atravessa o orquidário por completo. Assim, fica fácil protegê-las no inverno (praticamente só tenho que fechar algumas saídas de ar, e no verão a ventilação é constante, não esquentando demais o ambiente. Se você for cultivar suas plantas dentro de casa, lembre-se de escolher locais onde a abertura de portas e janelas promovam uma boa circulação de ar.

Adubação

Já falei algumas vezes sobre adubação aqui no site. Você pode conferir um post sobre adubação clicando aqui. Existem muitos preparados no mercado fabricados exclusivamente para o cultivo de orquídeas, como o Peters, o Plant-Prod e o nacional B&G, que eu utilizo atualmente. Basicamente, um fertilizante equilibrado irá conter macro e micro nutrientes, como descrito em outro post que publiquei há algum tempo (clique aqui para ler). A principal diferença está na quantidade dos macronutrientes: considerando que a sigla NPK significa Nitrogênio, Fósforo e Potássio, a formulação NPK 30-10-10 é utilizada para as plantas novas, em fase de crescimento e para estimular a brotação e enraizamento das plantas adultas. NPK 18-18-18 ou 20-20-20 é utilizado para o crescimento em geral. O NPK 10-30-20 é utilizado para os quatro a seis meses que antecedem a floração. Por fim, o NPK 7-6-19 é utilizado para o período próximo à floração, até o momento em que os botões estão formados. Também importantes, os micronutrientes são compostos de Magnésio, Ferro, Manganês, Boro, Cobre, Zinco e Molibdênio.

Os adubos mais modernos tem incorporados hormônios vegetais e o espalhante fixador para o produto se conservar colado à planta tempo suficiente para ser absorvido. Lembre-se de preparar o adubo de acordo com as indicações do fabricante, pois o excesso pode ser prejudicial à planta. Após a aplicação do adubo, deixar que as plantas assimilem o adubo por pelo menos 48 horas antes da próxima rega.

Referência

  • damianus.bmd.br

Abraços!

Vinagre no cultivo de orquídeas

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Vinagre

Vinagre? Nas orquídeas? Pois bem, de vez em quando procuro achar elementos que usamos no cotidiano para auxiliar em nosso cultivo e este é mais um destes casos.

Há muito tempo escrevi sobre o pH do substrato e, relendo minha anotações, achei que poderia mostrar um pouquinho mais sobre os benefícios dos produtos que podem acidificar ou alcalinizar o meio de cultivo de nossas plantas. Isto porque fungos e bactérias gostam de um substrato levemente ácido. Juntando os pontinhos, o vinagre é um dos ingredientes caseiros mais ácidos que temos em nossa despensa. Podemos, então, utilizá-lo para dificultar o desenvolvimento de doenças em nosso cultivo, bastando borrifar uma solução com vinagre em nossas orquídeas.

Para tal, basta diluir uma colher de sopa de vinagre (de maçã, por exemplo) para cada litro da água e borrifar a planta. Tome cuidado para fazer este procedimento em horários em que o Sol não está muito forte, afim de evitar queimaduras nas folhas. Como disse acima, é uma forma de evitar o desenvolvimento de doenças. Se alguma doença já estiver instalada em suas plantas, você terá que adotar outro tratamento. Tenho vários listados aqui no site, basta procurar nos artigos ou usar a busca para procurar o que você precisa.

Outras funções do vinagre

Mais especificamente, podemos utilizá-lo para controlar outras pragas, como por exemplo:

Cochonilhas e pulgões

Você pode remover manualmente cochonilhas e pulgões, quando a infestação não é gigantesca, com uma solução de água e vinagre (50% cada, ou seja, partes iguais). Basta embeber um chumaço de algodão na solução e tratar as partes da planta atingida. Quando a infestação é maior, veja as dicas deste artigo ou deste artigo.

Fungos

O vinagre pode ajudar em infestações mais pesadas de fungos. Com uma solução de duas partes de água para cada parte de vinagre, borrife nas plantas. Repita periodicamente na planta afetada para acompanhar e evolução e, se não houver progresso, parta para tratamentos mais fortes, como a calda bordalesa (clique aqui para ver mais).

Abraços

Chorume para adubar orquídeas

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Essa é para quem tem o costume de fazer compostagem caseira e não sabe o que fazer com o chorume.

Há muito tempo atrás conheci uma pessoa que utilizava biofertilizante em suas orquídeas. Depois de conversar com ela, entendi que o tal biofertilizante era o chorume proveniente da compostagem que ela realizava em casa. Ao questionar se o líquido resultante da compostagem era realmente bom para as orquídeas, ouvi atentamente a uma aula de como o chorume proveniente de composteiras caseiras é excelente e rico em nutrientes, além, é claro, de saber que ele é chamado de biofertilizante. Aliás, é bom frisar que, ao contrário do que muitos pensam, o chorume não é um contaminante quando composto apenas através da compostagem de matéria orgânica, ou seja, o que você faz em casa é um chorume do bem!

O chorume é gerado através da decomposição de matéria orgânica que, no caso de nossas residências, seria basicamente o resto de folhas, verduras, cascas de frutas e outros resíduos úmidos misturados à matéria orgânica mais seca, como grama, folhas secas, terra e por aí vai. Quando você compra uma composteira ou faz uma em casa (há vários tutoriais e vídeos na internet mostrando este processo), o último compartimento, chamado de caixa coletora, possui uma torneira para obtenção do líquido. É ali que seu biofertilizante será depositado enquanto as minhocas nos compartimentos acima trabalham sem parar. O líquido proveniente desta caixa não deverá ter cheiro ruim se a compostagem for realizada da forma correta, pois é resultado apenas de elementos orgânicos.

Como utilizar

A utilização para qualquer planta é simples, bastando diluir o líquido na proporção 10:1, ou seja, 10 partes de água para uma de chorume. Já para as orquídeas eu faria ainda mais diluído, mas isso vai de cada um, podendo ainda ser 10:1 sem apresentar problemas. Com o líquido já preparado, regue as orquídeas ou borrife as folhas, atentando-se ao fato de realizar este procedimento em horários em que o Sol não esteja tão forte.

Outras funcões

Um bônus ao utilizar chorume em suas plantas é que ele também funciona como repelente, ou seja, é possível que a incidência de insetos em seu cultivo seja menor após utilizar o produto.

Abraços

SUPERthrive e sua utilização nas orquídeas

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Há alguns anos utilizo SUPERthrive em minhas orquídeas e, talvez alguns se lembrem, mostrei alguns resultados promissores aqui no site. Revendo estes textos, notei que nunca escrevi sobre o produto e, no final das contas, tudo ficou em aberto: afinal, eu continuava utilizando? Eu tinha gostado? Os resultados eram realmente bons? Vou unificar todas as minhas postagens sobre o produto neste artigo para esclarecer alguns pontos.

*este artigo é um compilado do que escrevi entre os anos de 2013 e 2014 sobre o produto. As postagens antigas foram removidas.

O que é?

O SUPERthrive é um produto muito procurado pelos orquidófilos em geral, mas a grande maioria não sabe exatamente do que se trata. Você sabe o que ele é? Se você respondeu fertilizante, você está errado.

O SUPERthrive é um recuperador de plantas danificadas ou, em miúdos, um estimulador de crescimento. Contém mais de 50 hormônios e vitaminas que trabalham para recuperar e fortalecer as plantas, além de maximizar seu potencial de crescimento. É um complemento para a alimentação de suas plantas, não é um fertilizante.

Composição do SUPERthrive

Sua fórmula exata é mantida em segredo desde sua criação, em 1940, por Jonh A. Thomson. Aliás, o John confiava tanto em seu produto que ofereceu 1 milhão de dólares para quem inventasse um composto melhor que o SUPERthrive. Não preciso dizer que, até hoje, ninguém foi reclamar o prêmio.

Mesmo assim, é sabido que possui vitamina B1 (0,09%), Ácido Acético naftil (0,048%) e hormônios para estimular o sistema radicular de sua planta, além de sólidos dissolvidos, normalmente observados quando o líquido seca na boca exterior do frasco.

Utilização do SUPERthrive

O SUPERthrive é utilizado para melhorar o desenvolvimento em todos os estágios das plantas, acelerando o crescimento e a floração. Por não ser um fertilizante, você pode utilizá-lo junto ao seu adubo preferido.

O SUPERthrive pode ser aplicado semanalmente, quinzenalmente ou mensalmente, dependendo da deterioração das plantas ou do seu grau de estresse. Há diversas formas de utilizá-lo e tudo dependerá de como você o fará. Por exemplo, o fabricante indica usar usar 1 ml a cada 4 litros d’água para uma aplicação diária ou 1 ml por litro d’água para uma aplicação semanal ou mensal.

Por outro lado, eu acho essa proporção muito alta e prefiro fazer uma dose muito mais homeopática do produto, utilizando apenas 1 gota por litro (cada mililitro do produto contem cerca de 30 gotas).

Como comprar o SUPERthrive

Não é difícil encontrar o produto em sites de jardinagem ou no Mercado Livre. Apenas atente-se que, primeiro, não é um produto barato e, segundo, ele deverá vir em sua embalagem original e com sua pipeta de dosagem. Infelizmente, alguns dos vendedores que comercializam o produto “fracionado” batizam o produto, adulterando-o. Pode até ter vendedores idôneos fazendo o fracionamento, mas você só irá descobrir depois de receber o produto. É melhor comprar o produto original junto com mais interessados e fracionar em casa, depois de ter a certeza que ele é original.

Experiências

Tenho um Oncidium Sharry Baby “Buttercup” que tinha ido para o espaço. Literalmente, foi detonado pelo Sol, secou, preteou, perdeu todas as folhas e raízes. Ficamos tristes, afinal, era uma planta bonita. Seus bulbos ficaram parados em um vaso por cerca de seis meses. Comecei a utilizar o SUPERthrive na sua dose recomendada e, depois de dois meses, eis que o primeiro broto aparece.

Claro, não é sempre que funciona. Em algumas plantas, várias raízes também apareceram. Após algum tempo, notamos alguns brotos secos, o que me fez mudar a dosagem para metade do recomendado. O brotos que sobreviveram estavam bem, mas os irmãos secos me fazem lembrar do poder do produto e do problema de utilizá-lo de forma inapropriada.

Portanto lembre-se: uma gota faz milagres sim, mas a diferença entre o remédio e o veneno é a dosagem.

Abraços!

Enraizadores caseiros para orquídeas

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Quando falei sobre a utilização de calda de tiririca para estimular o enraizamento de orquídeas, muitas pessoas me perguntaram sobre outras receitas para obter um enraizador eficaz de uma forma fácil e barata.

Pois bem, existem outras formas de se obter o mesmo efeito. Entretanto, é importante ter em mente que utilizar um enraizador apenas porque acredita-se que assim as plantas serão melhores e mais fortes é um erro. O ideal é utilizar compostos enraizadores apenas quando há uma necessidade evidente de que, com isso, estaremos proporcionando à planta uma sobrevida, principalmente em casos de transplantes, doenças, debilitação, enfim, em casos bem específicos.

O objetivo de um enraizador é promover o surgimento e o crescimento das raízes principais e desenvolver maior número de raízes secundárias.

Receitas caseiras

Existem alguns enraizadores industrializados, como o SUPERThrive, que são caros e difíceis de achar. Entretanto, temos formas mais econômicas de obter o mesmo efeito, através de enraizadores naturais. A vantagem neste caso é que são 100% orgânicos, fáceis de fazer, econômicos e ecológicos. Vejamos alguns:

Chorume

Chorume é um subproduto de quem tem um minhocário, ou seja, de quem faz compostagem em casa. Em breve escreverei mais sobre este assunto, pois estou realizando compostagem em casa e quero usar o “xixi de minhoca” para adubação. Sua utilização é simples, bastando coletar o líquido escuro que fica acumulado no fundo do seu minhocário ou composteira.

Por ser orgânico, sua validade é curta. Recomenda-se colocar a solução em um recipiente escuro, vedado, e utilizar em até uma semana.

Vitamina ou complexo B1

Nada mais é do que o famoso medicamento Benerva, que pode ser adquirido em qualquer farmácia. Você também poderá manipulá-lo, caso queira aumentar a concentração ou queira o medicamento já em pó.

Para fazer o enraizador com Benerva você irá diluir em cerca de 750ml de água um comprimido de Benerva. A utilização é simples, basta você colocar a planta dentro desta solução durante algumas horas e pronto. Se sobrar um pouco, lembre-se que você deverá guardá-la em um recipiente escuro, não transparente, bem vedado, e a solução deverá ser utilizada em até uma semana.

Água de feijão

Esta é uma opção muito boa para quem gosta de cozinhar um bom feijão (meu caso, por sinal). Tenho o costume de deixar o feijão de molho durante algumas horas antes de cozinhá-lo. Pois bem, esta água na qual o feijão fica em repouso antes de seu cozimento pode ser usada como enraizador e até fertilizante.

Para utilizar a água de feijão você deverá optar por feijões mais novos, deixando-os de molho durante um período (uma noite, por exemplo). Separe o feijão da água e utilize o líquido conforme a sua necessidade.

Vale lembrar que você deverá dar preferência à uma água já filtrada, livre de cloro e fluor, elementos que podem prejudicar a eficácia do enraizador.

Água de feijão – versão turbinada

Você pode potencializar a água de feijão para obter um enraizador ainda mais potente. Depois de deixar o feijão de molho durante a noite, bata no liquidificador o feijão juntamente com a água na qual ele ficou. Filtre bem o liquido resultante e utilize de acordo com sua necessidade.

Novamente vale lembrar que você deverá dar preferência à uma água já filtrada, livre de cloro e fluor, elementos que podem prejudicar a eficácia do enraizador.

Café

Dentre as várias utilidades do café que, aliás, já comentei bastante aqui no site, outra delas é prover auxílio ao bom desenvolvimento das raízes.

Para fazer um enraizador baseado no café, basta você ferver os grãos de café ou café moído. Apenas um punhado é suficiente para um litro dágua. Filtre para eliminar a parte sólida da mistura, deixe repousar por algumas horas e utilize de acordo com sua necessidade.

Canela

Outro produto com diversas finalidade, também já discutidas aqui no site, é a canela. E como tal, não poderia deixar de ser um excelente enraizador.

Para fazer um enraizador baseado em canela, basta você adicionar três colheres de sopa de canela em pó em um litro dágua. Deixe a solução repousar durante e noite e filtre para eliminar a parte sólida da mistura. Depois, basta usar conforme sua necessidade.

Sementes de Soja ou Trigo

Além do feijão, a soja e o trigo também possuem propriedades enraizantes, pois durante sua germinação elas são capazes de gerar hormônios de enraizamento.

Para aproveitar estes hormônios, basta você deixar as sementes de molho em água (filtrada, lembre-se do cloro e flúor) na temperatura ambiente por algumas horas. Separe a água das sementes e reserve o líquido na geladeira. Triture as sementes com água filtrada e coe a solução, acrescentando no final a água que está na geladeira. Depois, use de acordo com sua necessidade.

Lentilhas

Talvez a semente que a maioria dos orquidófilos usam, a lentilha funciona de forma muito parecida com as sementes citadas acima, liberando hormônios durante a sua germinação.

Da mesma forma, para fazer a solução a ideia é a mesma: basta você deixar as lentilhas em repouso na água filtrada por algum tempo, até que você note que algumas começaram a germinar. Bata a água e as lentilhas e filtre para eliminar a parte sólida. Adicione mais um pouco de água filtrada para que não fique tão concentrada e utilize de acordo com a sua necessidade.

Tiririca

A tiririca mereceu um post só para ela aqui no site. O enraizante feito com a tiririca possui uma grande quantidade de ácido indol-acético, que estimula a formação das raízes. Mais detalhes você pode ler clicando aqui.

Referências

  • arbbis.com
  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br

Abraços!

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