orquideas.eco.br - 1043 - Laelia jongheana

Eis que o frio está nos deixando e aquele calorzinho gostoso está chegando.

Ao contrário do frio, nesta época temos que ter um outro tipo de cuidado com as nossas orquídeas. Enquanto no frio a maioria das plantas estão em um período de dormência, no calor as plantas tornam-se muito mais ativas e tendem a apresentar novos brotos e flores.

Além do calor, temos que ter em mente que outros parâmetros mudam e influenciam o cultivo. Os dias mais longos, o ar mais seco, aquelas chuvas rápidas de verão e as noites mais quentes fazem com que o cuidado seja diferenciado.

Cenário

Como disse acima, uma boa parcela das orquídeas apresentam novas brotações de folhas ou flores. Isto é um claro sinal ao cultivador que ela está acordando da dormência e está precisando de cuidados especiais. Com o desenvolvimento de brotos e folhas, a necessidade de água aumenta. Com aumento de temperatura e a exposição prolongada à luz solar, as plantas aumentarão a fotossíntese, transformando nutrientes e perdendo mais água pelas folhas. Logo, as regas tornam-se mais frequentes. Entretanto, o cuidado com o substrato é o mesmo, ou seja, nada de encharcá-lo, evitando assim o apodrecimento de raízes e o aparecimento de doenças. No verão, com o calor ainda mais intenso, os cuidados devem ser ainda maiores.

Com o auge do calor, vem o auge da atividade biológica da maioria das orquídeas. Consequentemente, a quantidade de água necessária irá aumentar ainda mais, devido à necessidade da planta e ao ambiente que ela está inserida. Já tive que realizar regas diárias aqui em casa – lembrem-se que moro na capital mais fria do Brasil – para poder manter o ambiente agradável. Sim, pois além de molharmos a planta propriamente dita, é muito importante carregarmos o ambiente delas de água. Desta forma, poderão aproveitar também as gotículas da evaporação d’água ao redor delas.

Adubação nos meses mais quentes

Assim como o consumo de água aumenta, o consumo de nutrientes também eleva-se. Existem orquidófilos que preferem adubar suas plantas apenas nos meses quentes, logo, o início da primavera é o período mais indicado para que esta atividade inicie-se. Se este for seu caso, lembre-se de fazê-lo gradativamente, começando com doses mais baixas de adubo até atingir a quantidade que você utiliza normalmente. Com o calor mais intenso do verão, as orquídeas irão consumir mais nutrientes por estarem no auge da sua bioatividade. Muitas pessoas passam a administrar mais adubo nesta época.

Você pode ler mais sobre adubação clicando nos links abaixo, são textos mais antigos, mas dão uma ideia:

Particularmente, nunca utilizo mais do que 50% da dose recomendada pelo fabricante. É melhor pecarmos por dar um pouco menos do que intoxicar a planta com excesso de nutrientes. Sim, isto também pode matá-las. O excesso de fertilizante pode ocasionar danos severos nos sistema radicular, o que, por sua vez, causa até a morte da orquídea. Sem contar o acúmulo de sais no substrato, que pode prejudicar a planta a longo prazo. Estas dicas estão nos artigos acima, mas é importante lembrar a mais importante: nunca adube a planta quando ela estiver totalmente seca. Se vai adubá-las e elas estão assim, regue-as abundantemente antes, inclusive o substrato. Desta forma, quando você aplicar o adubo, ele será muito melhor aproveitado e seu acúmulo não causará danos, coisa que poderia acontecer com a planta mais seca.

Outras dicas

Ainda na primavera, aproveite para reenvasar aquelas que necessitam de uma nova morada. Em teoria, é melhor época para isto. Porém, certifique-se que o frio foi realmente embora, afinal, não é muito bacana para a planta sofrer todo o estresse do reenvase e depois passar por um frio daqueles! Se quiser ler mais sobre replante de orquídeas, clique aqui!

Por fim, fica a dica: a melhor época para reenvasar as plantas são os meses de primavera. Mas, se isso não é feito nessa época, e um exemplar está exigindo um vaso maior, mude-o no início do verão. Há quem prefira não adubar as mudas recém-plantadas, até uns três meses ou mais. Após a operação, fique atento no enraizamento, pois o composto novo já contém nutrientes necessários. Quando iniciar a fertilização, deve-se apenas disponibilizar doses suaves.

Referência

  • orquidarioilhadodesterro.com.br

Abraços!

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Nascido na apaixonante cidade de Curitiba. Fã de Formula 1, trabalha com tecnologia da informação. Divide seu tempo livre entre as suas paixões: família, fotografia, aquarismo e a orquidofilia. Tem quatro gatos e uma ararajuba barulhenta.

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