Bom, algumas vezes sou obrigado a gastar um pouquinho de dinheiro em uma planta que eu gosto muito. Este é o caso desta Coelogyne usitana.
Comparando com a média normal de preço de orquídeas aqui no Brasil, esta planta já entra em um patamar um pouco mais elevado, afinal, não estamos falando de uma orquídea de 50 reais e sim de uma que passa tranquilamente de 100, 150 reais, dependendo do fornecedor. Bom, comprei esta com apenas 3 bulbos e já fui agraciado com uma flor (seriam duas, mas o frio acabou com a segunda).
Acredite, é linda. Para quem gosta de Coelogynes, é indispensável na coleção.
Sobre os cuidados, ela ainda está no mesmo vaso plástico em que veio. Assim que o inverno passar, vou procurar a forma correta de replantá-la. Enfim, enquanto este momento não chega, aproveite as imagens e vejam os detalhes! A parte vermelha do labelo é sensacional!
Encontrada apenas na ilha de Mindanao, nas Filipinas, em altitudes de cerca de 800 metros, é uma planta de pequeno a médio porte, que gosta de temperaturas um pouco mais quentes. De crescimento epífita e, muito raramente rupícolas, florescem em qualquer época do ano, mas principalmente entre a primavera e o verão.
Mais uma Masdevallia em flor, minha Masdevallia pachyura! Ou devo chamar de Dracula? Bom, veio como Dracula, mas na pesquisa para montar este post não vi lugar algum onde ela é chamada de Dracula. Pelo menos ainda. Então, vou de Masdevallia por enquanto.
Linda, pequena, abundante. No cachepot onde a minha está estão se formando seis hastes. Esta que apresento é a primeira, precoce, já em flor.
Vou dizer uma coisa, se todas as Masdevallia’s e Dracula’s que comprei no final do ano passado forem tão belas quanto esta, vai ser melhor que prêmio na loteria.
A partir de hoje vou colocar a origem da planta (quando houver), pois muitos me perguntam e já ajuda quem quiser uma igual.
Ficha da planta
Conhecida como: Masdevallia pachyura Rchb. f. 1874 SUBGENUS Amanda SECTION Amandae Rchb.f 1874; Sinônimos: Masdevallia aureodactyla Luer 1982; Masdevallia polysticta var. crassicaudata Rchb.f. 1881; Spilotantha pachyura (Rchb.f.) Luer 2006; Origem: Equador e Peru – entre 1000 e 3000 metros de altura; Planta: Epífita e terrestre, 12 centímetros; Flor: 2 centímetros; Época de floração: outono; Longevidade das flores: 10 dias; Fragrância: não; Luminosidade: baixa; Umidade: alta; Temperatura: média, baixa; Dificuldade de cultivo: média;
Bom, depois da leva de Dracula’s, Masdevallia’s e afins que chegaram aqui em casa, agora é hora de colher os frutos, como a flor desta Dryadella edwallii.
Como todos sabem, estou focando minha coleção nestas espécies e suas adjacências. A Dryadella é uma delas. Durante muito tempo foi Masdevallia, então considero que deve fazer parte da minha coleção de Dracula’s e Masdevallia’s.
A primeira a florir foi esta, Dryadella edwallii, e confesso que começou da melhor maneira possível esta minha nova empreitada. Que flor maravilhosa! Com uma coloração forte e uma aparência marcante, esta plantinha certamente seria sucesso em qualquer coleção. Vi fotos por aí de touceiras abarrotadas de flores. Por enquanto, a minha está solitária. Aliás, achei ela bem maior do que eu imaginava…
Ficha da planta – Dryadella edwallii
Conhecida como: Dryadella edwallii [Cogn.]Luer 1978; Sinônimo: Masdevallia edwallii Cogn. 1880; Origem: Brasil – 1300 metros de altitude; Planta: Epífita, 5~10 centímetros; Flor: 2,5~3 centímetros; Época de floração: normalmente no verão; Longevidade das flores: 15 dias; Fragrância: não; Luminosidade: muito baixa; Umidade: alta; Temperatura: média; Dificuldade de cultivo: relativamente fácil, desde que os parâmetros sejam obedecidos.
Vi esta belezinha em uma exposição aqui na região, há alguns meses. Não resisti à sua beleza e a trouxe para casa, ainda com o nome de Dendrochilum arachnites Red. Fui ler sobre a tal arachnites Red e vi que muitos comerciantes, em todo o planeta, acabam vendendo gato por lebre, ou seja Dendrochilum wenzelii como se fosse Dendrochilum arachnites Red, sendo que este último nem existe.
Enfim, não me importei muito. A planta é fantástica e sua coloração é fora de série, como vocês podem ver nas fotos abaixo. Espero que no próximo ano venha uma florada mais intensa, para que eu possa curtir ainda mais esta bela aquisição.
Natural das Filipinas (Luzon, Mindanao e Visayas), a uma altitude de 500 à 1800 metros, embora Ames (1915) tenha escrito que uma planta foi coletada à 300 metros.
Os pseudobulbos aglomeram-se ao longo do rizoma e estão graciosamente em forma fusiforme. Os pseudobulbos medem entre 1,3 e 3,7 centímetros, com 0,2 à 0,4 centímetros de diâmetro. Os pseudobulbos são cobertos por 4 a 5 catafilos enquanto eles estão crescendo. Os catafilos desintegram-se em fibras persistentes como o amadurecimento dos pseudobulbos. As folhas são pecioladas, mas não claramente. As lâminas foliares são moldadas linearmente e têm ápices agudos. As folhas medem 13,2 à 43,8 centímetros de comprimento e 0,2 à 0,4 centímetros de largura. As folhas têm um nervo distinto.
As flores são mais comumente vermelho brilhante, mas pode ser marrom ou amarelo-esverdeado. Até 30 flores podem crescer em uma inflorescência. As sépalas e pétalas abrem-se amplamente.
Talvez uma das micros preferidas de quem curte realmente colecionar matinhos, a Pabstiella mirabilis, ou Pleurothallis mirabilis, dependendo de sua aceitação de nomenclatura, é uma orquídea fundamental em sua coleção.
Eu gosto bastante desta espécie, por sua cor singela porém extremamente dominante, além de ser capaz de formar touceiras rapidamente se bem cuidada. Tenho experimentado em uma caixeta e o resultado é visivelmente interessante, pois a planta está saindo por todos os vãos da caixeta e em pouco tempo terei uma “bola” de Pabstiella mirabilis.
O gênero Pabstiella foi inicialmente proposto por Brieger e Senghas em Die Orchidee 27(5): 195, em 1976. Para abrigar espécies de Pleurothallis que apresentam flores com um mento muito saliente e discrepante que existe apenas em poucas plantas. A mais conhecida delas é sua espécie tipo, a Pabstiella mirabilis (Schltr.) Brieger & Senghas, anteriormente conhecida como Pleurothallis mirabilis Schlechter. O nome é uma homenagem ao orquidólogo brasileiro Guido Frederico João Pabst.
Em 2001, Alec M. Pridgeon e Mark W. Chase, ao estudarem a filogenia de Pleurothallidinae comprovaram o isolamente destas espécies em meio aos clados, julgando que Pabstiella não havia sido descrito segundo as normas do código internacional de nomenclatura botânica, propuseram o gênero Anthereon, ao qual subordinaram três espécies de Pleurothallis um tanto quanto diferentes morfologicamente. Além da Pabstiella mirabilis a ele subordinaram também a Pleurothallis tripterantha e a Pleurothallis mentosa, esta última originalmente descrita por João Barbosa Rodrigues como Lepanthes yauaperiensis. Cada uma destas duas últimas constituia uma secção monotípica de Pleurothallis, segundo a primeira classificação de Carlyle August Luer em 1986. Pridgeon e Chase justificam a congregação de três espécies morfologicamente bastante diferentes em um único gênero para evitar a criação de novos gêneros monotípicos, bem como pela proximidade genética dessas espécies. A inclusão da Pleurothallis tripterantha e da Pleurothallis yauaperiensis neste gênero torna sua descrição um tanto complicada.
Em abril de 2002, Fábio de Barros, publicou um artigo restabelecendo Pabstiella e subordinando a este gênero mais três espécies que haviam sido descritas por Luer nos últimos anos.
Em agosto de 2007 Luer subordinou as 62 espécies restantes de a secção Mentosae e do subgênero Mirabilia de Pleurothallis, por ele mesmo propostos em 1986, à Pabstiella, elevando o total de espécies classificadas neste gênero a 68. As alterações ainda prosseguem, enquanto mais estudos moleculares ainda são necessários. Filogeneticamente, este gênero situa-se entre Pleurothallis e Stelis, no quinto grande grupo de gêneros da subtribo Pleurothallidinae. Texto do artigo “Três novas espécies de Pabstiella da Mata Atlântica Brasileira“, cujo link está nas referências desta página.
Detalhes
Encontrada no Sul e Sudeste do Brasil em altitudes em torno de 900 metros, epífita, e de cultivo em climas mais temperados para frio. Preferencialmente, cultive sombreada.
As espécies subordinadas a este gênero ocorrem do México ao sul do Brasil, a grande maioria delas descritas para Brasil, que pode ser considerado seu centro de dispersão. Normalmente epífitas em florestas úmidas e sombrias. São espécies pequenas, de crescimento cespitoso, com inflorescência multiflora e flexível. Originalmente sua caracterização era muito simples pois a coluna de suas flores possuem pé extremamente longo na coluna, resultando em mento enorme, no entanto as alterações recentes da classificação das Pleurothallis tornaram este o gênero mais heterogêneo de espécies de Pleurothallis existentes no Brasil, uma vez que praticamente todas as espécies de características evidentes foram classificadas em Acianthera ou Anathallis, as restantes, que não foram subordinadas ao dois gêneros citados, quase todas estão agora subordinadas a Pabstiella.
Xodó aqui de casa, esta Bifrenaria inodora aurea sempre nos presenteia com lindas floradas. Com um perfume suave e interessante, sua cor deixa a todos maravilhados. Este ano foram mais de 20 flores. As fotos são do início da florada.
Ficha da planta
Conhecida como: Bifrenaria inodora Lindl. 1843; Sinônimos: Bifrenaria aurantiaca Wms. Non Lindley 1894; Bifrenaria fragrans Barb. Rodr. 1881; Bifrenaria fuerstenbergiana Schlechter 1906; Lycaste inodora Hort.; Stenocoryne inodora [Barb Rodr.] Kraenzl. 1896; Origem: Sul do Brasil, 50 a 1000 metros de altitude; Planta: Epífita, 10~20 centímetros; Flor: 7,5 centímetros; Época de floração: primavera e verão; Longevidade das flores: ~20 dias; Fragrância: forte; Luminosidade: média; Umidade: média; Dificuldade de cultivo: fácil;
Sempre tive fascinação pelo Pleurobotryum crepinianum.
O caso é que é uma plantinha chatinha aqui em casa. Tive muitas mudas e elas sempre emperraram por algum motivo. Agora parece que peguei uma leva boa, vamos ver se vai para frente. Acho que tenho uma alba, mas tenho que esperar florir. Isto se ainda estiver bem depois de todo o frio que fez por aqui.
Esta semana estou retomando as obras do orquidário. O material chegou, então logo estarei postando umas fotos de como vai ficar. Acho que vão gostar.
Bom, ontem postei a minha favorita. Acabou? Não é bem assim. Temos a Pleurothallis pectinata.
Não pensem que é fácil chamar uma de favorita. Na verdade, a medusae sempre foi minha inspiração no hobby, tipo meu hour-concurs. Mas se tem outra que me atrai, por mais simples que possa parecer, é a Pleurothallis pectinata.
Não liguem para as folhas judiadas pelos mal tratos de tantos anos sendo jogada para um lado e para o outro, ficando no Sol e sofrendo o ataque de pragas. A essência desta planta está na sua beleza plástica que, sinceramente, não sei explicar. Eu acho a combinação de suas folhas e flores algo fora de série. Procurei por uma muda há anos. Quando encontrei, tive a grata surpresa e poder financiar em 36 vezes e ainda ganhar uma surpresinha na compra.
Falando sério. Eu acho que não há coleção de minis sem esta planta. Sei que é uma planta cara, mas é um investimento que vale. Ah, mas tá muito caro? Hum, quem sabe eu possa te ajudar. Tenho um amigo que cultiva esta espécie há anos. De tempos em tempos ele libera umas mudas quando as que ele reproduz ficam adultas. Quem sabe.
Ah, você quer saber a surpresinha na compra desta? É que veio uma alba junto… 🙂 Aliás, está quase abrindo… quem sabe semana que vem não posto sobre ela.
Ficha da planta
Conhecida como: Pleurothallis pectinata Lindl. 1839 SUBGENUS Acianthera SECTION Sicariae SUBSECTION Pectinatae Luer 1986; Sinônimos: Acianthera pectinata (Lindl.) Pridgeon & M.W. Chase 2001; Humboldtia pectinata (Lindl.) Kuntze 1891; Origem: Rio de Janeiro; Planta: Epífita, 20~50 centímetros (ou mais); Flor: ~1 centímetro, em cacho no meio da larga folha; Época de floração: outono; Longevidade das flores: 20 dias; Fragrância: não; Luminosidade: baixa (por isto minhas folhas estão horríveis, não fica nunca em baixa iluminação aqui); Umidade: média, alta; Temperatura: média; Dificuldade de cultivo: média;
Orquídea antiga em casa, uma das minhas primeiras.
Descendente de uma grande planta que está na casa de minha mãe, esta pequena sempre me encantou. Quando não entendia nada de nada, ou seja, quando era pequeno, não sabia que era uma orquídea. Demorou muito para que ela realmente despertasse minha atenção. Mas convenhamos, é belíssima!
Ficha da planta
Conhecida como: Anacheilium glumaceum (Lindl.) Pabst, Moutinho ex A.V. Pinto 1981; Sinônimos: Aulizeum glumaceum [Lindley] Lindley ex Stein 1892; Encyclia almasii [Hoehne] Pabst 1967; Encyclia almasyi [Hoehne] Pabst 1967; Encyclia glumacea (Lindl.) Pabst 1972; Epidendrum almasii Hoehne 1947; Epidendrum almasyi Hoehne 1947; Epidendrum glumaceum Lindl. 1839; Hormidium almasii (Hoehne) Brieger 1960; Hormidium glumaceum (Lindl.) Brieger 1960; Prosthechea glumacea [Lindl.] Higgins 1997; Origem: Nicarágua, Guatemala, Equador e Brasil – 50 metros de altitude; Planta: Epífita, 15 centímetros; Flor: 5 centímetros; Época de floração: verão, outono; Longevidade das flores: 10~20 dias; Fragrância: sim; Luminosidade: média; Umidade: média; Temperatura: média, alta; Dificuldade de cultivo: baixa.