Uma das classificações mais simples de utilizamos na família Orchidaceae é a relacionada ao seu tipo de crescimento, ou seja, o seu sistema caulinar. Basicamente, elas podem ter o crescimento monopodial ou simpodial.

Orquídeas monopodiais

As orquídeas monopodiais tem uma única haste principal, que cresce verticalmente e produz uma série de folhas na gema apical em sua ponta de crescimento. Esta ponta de crescimento, no final da haste, estende-se continuamente, e as hastes de flores emergem da haste principal entre os nós acima de cada folha. A haste pode, ocasionalmente, gerar ramos, mas isto é muito pouco frequente.

As orquídeas que crescem deste modo têm pouca capacidade para armazenar água. Sendo assim, normalmente precisam ser regadas com maior freqüência, geralmente sem secar muito bem entre as regas. Em muitos casos, as raízes ficam aéreas, expostas, sendo uma das principais fontes de umidade da planta, caso o ambiente tenha umidade suficiente para tal.

orquideas.eco.br - orquidea monopodial
Orquídea monopodial – Desenho de Malena Barretto, 1997

A divisão das orquídeas monopodiais é difícil, sendo que muitos procuram evitar, exceto os especialistas. Neste caso, os keikis são geralmente a melhor forma de propagar estas orquídeas.

Uma das vantagens das orquídeas monopodiais é que, devido à sua característica de crescimento para cima, você poderá reutilizar seus vasos, pois o tamanho poderá ser o mesmo, apenas acrescentando um novo substrato, se for o caso.

As orquídeas monopodiais mais comuns são as Phalaenopsis, Vanda e a Vanilla (baunilha).

Orquídeas simpodiais

As orquídeas simpodiais (ou de crescimento basítona) tem um rizoma a partir do qual emergem uma série de brotos, normalmente um por ano. Cada novo broto que amadurece torna-se um pseudobulbo. Neste, há a geração de flores e, geralmente, antigos pseudobulbos podem durar vários anos. Após a floração, quando a orquídea retomar o crescimento, irá começar a crescer outro segmento de rizoma e o processo é repetido. Normalmente, o pseudobulbo que gerou uma flor não irá florescer novamente. Entretanto, em algumas espécies de orquídeas, as florações podem persistir por muitos anos. Este pseudobulbo, com o tempo, vai perder suas folhas e depois de mais alguns anos acabará por morrer.

Orquídea simpodial – Desenho de Malena Barretto, 1997

Ao dividir orquídeas simpodiais, o rizoma pode ser cortado mantendo pedaços com 3 a 4 pseudobulbos em cada parte. Pseudobulbos traseiros também podem desenvolver novos brotos.

As orquídeas simpodiais mais comuns são as Cattleyas e seus híbridos.

Referência

  • orchid-care-tips.com
  • Malena Barretto

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