Esta pequena Psygmorchis pusilla gosta de um pé de café.
Não tenho muito a escrever sobre ela. É recente em minha coleção e não tem uma história gigantesca por trás dela. Adianto que nenhuma foto da planta toda ficou legal, por isto optei por colocar apenas a flor. Mas devo comentar que ela possui uma interessante forma de leque, equivalente às Tolumnia’s que conhecemos. Aliás, é um dos nomes dela.
Ficha da planta – Psygmorchis pusilla
Conhecida como: Psygmorchis pusilla [L.] Dodson & Dressler 1972; Sinônimos: Cymbidium iridifolium Sw. ex Steud. 1840; Cymbidium pusillum Sw. 1799; *Epidendrum pusillum L. 1763; Epidendrum ventilabrum Vell. 1827; Erycina allemanii (Barb.Rodr.) N.H.Williams & M.W.Chase 2001; Erycina pusilla (L.) N.H.Williams & M.W.Chase 2001; Oncidium allemanii Barb. Rodr. 1882; Oncidium iridifolium H.B.K. 1816; Oncidium pusillum [L.] Rchb.f 1861; Oncidium pusillum var. megalanthum Schltr. 1924; Psygmorchis allemanii (Barb.Rodr.) Garay & Stacy 1974; Tolumnia pusilla (L.) Hoehne 1949; Origem: Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Equador, Peru, Trinidade, Venezuela, Brasil, Suriname, Guiana e Guiana Francesa – entre 500 e 950 metros de altitude; Planta: Epífita, 4~5 centímetros; Flor: 2,5 centímetros; Época de floração: outono e primavera; Longevidade das flores: 10~20 dias; Fragrância: não; Luminosidade: média; Umidade: média; Temperatura: alta; Dificuldade de cultivo: média;
Com o site de cara nova, nada mais justo que começar uma nova série de postagens com a Cattleychea Siam Jade, aproveitando a beleza das orquídeas que florescem nesta época.
A primeira é este maravilhoso híbrido chamado Cattleychea Siam Jade. Conhecida até então como Epicattleya Siam Jade, esta planta é dotada de uma coloração fora do comum, visto que dificilmente vemos uma combinação de verde com branco de uma forma tão destacada e definida.
Esta planta está há uns dois anos comigo. Passou pelo período das geadas de 2013 e agora está voltando a crescer com vitalidade. Era para ter saído mais flores, mas meu orquidário no meio das árvores fornece uma gama muito grande de bichinhos que adoram se deliciar com minhas plantas. Felizmente consegui salvar um botão.
Genealogia
Aproveitando o trabalho do meu amigo Thiago Wolf, que adora fazer árvores genealógicas de híbridos (ainda acho que ele tem aquele software caro da AOS), eis a genealogia desta planta, cujo pais são Cattleya Penny Kuroda e Cattleychea Vienna Woods:
Pequena comum aqui na região, a Phymatidium tillandsioides já me enganou algumas vezes. Eu explico: algumas vezes a vi em árvores e não dei bola, achando ser uma Tillandsia ou coisa parecida. Sempre lamentava haver tantas disponíveis e não ser uma orquídea. Até o dia que me falaram que era uma orquídea. Pela lei de Murphy, nunca mais achei uma muda sequer.
Esta que está na madeira o Lorenzo, meu filho, ganhou da Maria (Orchid’s Boutique). Aparentemente, forma boas touceiras e vai muito bem no clima aqui da região. Vamos ver como desenvolve.
Ficha da planta
Conhecida como: Phymatidium falcifolium Lindl. 1833; Sinônimos: Phymatidium lopesii Ruschi 1969; Phymatidium tillandsioides Barb. Rodr. 1881; Origem: Brasil; Planta: Epífita, 4 centímetros; Flor: 5 milímetros; Época de floração: verão; Longevidade das flores: 15 dias; Fragrância: não; Luminosidade: baixa; Umidade: alta; Temperatura: média; Dificuldade de cultivo: fácil.
Classificação simples e rápida para esta Acianthera. Não sei em outros lugares, mas aqui no Planalto Cristalino Atlântico Paranaense ou Primeiro Planalto ou Planalto de Curitiba – estou meio geográfico hoje – esta plantinha é tão comum como erva de passarinho nas árvores antigas. No terreno ao lado de minha casa, por exemplo, há milhares delas, forrando troncos de uma forma que, na época de florada, torna-se quase atração turística.
Também chamada de sonderiana, que aliás é seu nome correto, é uma planta de fácil cultivo desde que respeitadas as condições ideais de seu ambiente. Floradas abundantes são muito comuns, portanto reserve um espaço legal para ela. Aqui a tenho em vaso, em tronco e em nó de pinho (a das fotos). Todas vão muito bem, obrigado, mostrando que ela se adapta bem a qualquer situação.
Ficha da planta
Conhecida como: Pleurothallis sonderiana Rchb. f. 1849 SUBGENUS Acianthera SECTION Brachystachyae Lindley 1859; Sinônimos: Acianthera sonderiana (Rchb.f.) Pridgeon & M.W.Chase 2001; Humboldtia sonderiana (Rchb.f.) Kuntze 1891; Pleurothallis sonderiana var. longicaulis Barb.Rodr. 1882; Specklinia sonderiana (Rchb.f.) F.Barros 1983 publ. 1984; Origem: Sul do Brasil; Planta: Epífita, 5~8 centímetros; Flor: 7 milímetros; Época de floração: verão; Longevidade das flores: 10 dias; Fragrância: não; Luminosidade: baixa; Umidade: média; Temperatura: baixa; Dificuldade de cultivo: fácil.
Quem me acompanha sabe que gosto muito de espécies não muito comuns aqui no Brasil. Tenho meu gosto pelas Draculas e Masdevallias diferentonas, e os Pleurothallis do Equador e região.
Comecei minha coleção destes Pleurothallis procurando em todos os orquidários possíveis e agora, com algum esforço, tenho 29 plantas diferentes provenientes daquela região. Uma delas, a primeira de todas, é o Pleurothallis teaguei.
Nosso padrão de Pleurothallis é um pouco diferente. Estamos acostumados com plantas pequenas, flores ainda menores. Talvez este seja o charme de alguns Pleurothallis de lá: são plantas enormes! Nem todos gostam, mas eu sou doido por eles.
Depois de penar para aprender como cultivá-las, achei um meio termo que faz com que, neste momento, todos os meus Pleurothallis de lá estejam em algum estágio de floração. Não posso descrever minha felicidade, apenas dizer que aprendi muito desde que comecei a cultivá-los. O principal inimigo, para mim, foi o frio. Mas aí eu contornei o problema e agora é só alegria no orquidário.
Encontrado no Equador em altitudes entre 750 e 1550 metros, é uma planta de grade porte se comparada à outros Pleurothallis. Epífita, gosta de um clima temperado. Floresce no verão, segundo os livros, mas aqui floresceu no final do inverno, começo da primavera. Uma única folha, nova ou antiga, é capaz de gerar uma dezena de flores, dando um aspecto espetacular à florada.
Vejo algumas pessoas colocando esta planta em placas de madeira ou caixetas. Não tenho coragem. Aqui, por mais que eu não goste de vasos plásticos, estes seguram a umidade. Minha teaguei só foi para frente quando eu a coloquei em um vaso plástico, um pouco de brita no fundo e musgo chileno acomodando a planta. Ela gosta de sombra parcial e um clima ameno para quente, ou seja, o frio pode prejudicá-la. Eu aprendi isto da pior forma, perdendo muitas folhas em meus Pleurothallis do Equador, inclusive perdendo meu Pleurothallis marthae (já reposta, ainda bem). Nada que uma boa proteção do frio não resolva, pelo menos em lugares como aqui, Curitiba, onde o frio é bem sacana quando vem forte. Enfim, sem muitos mistérios no cultivo, mas o mais importante é manter a umidade sempre!
Fotos
Fotos do crescimento
Fui postando a evolução da planta no meu Instagram. É interessante ver que é uma flor de Pleurothallis grande (foto com meu dedo), mas também uma folha enorme!
Quem acompanha este blog sabe do fascínio que tenho por esta Masdevallia Angel Frost. Olhando as fotos, precisa dizer algo?
Esta foi minha primeira Masdevallia, comprada há cerca de dois anos. Ano passado deu parcas três flores. Este ano resolveu o problema da escassez, me brindando com quatorze flores.
Esta é a culpada pela minha paixão pelas Masdevallia’s, Dracula’s e adjacentes. Espécies fascinantes que nos brindam com flores diferentes e curiosas. Atenção as macros desta flor, notam a penugem que resultou no nome Angel Frost? Sim, porque se ela tivesse sido batizada aqui em Curitiba provavelmente seu nome seria Masdevallia Crosta de Geada (piadinha infame do dia).
Ficha da planta – Masdevallia Angel Frost
Conhecida como: Masdevallia Angel Frost (J & L.Orch. – 1982); Pais: Masdevallia veitchiana e Masdevallia strobelii; Origem: Cruzamento da Masdevallia veitchiana x Masdevallia strobelii; Planta: Epífita, 10 centímetros, híbrido; Flor: 4~6 centímetros, em cachos; Época de floração: alguns dizem inverno, outros que é frequente. Eu só tive floradas no inverno; Longevidade das flores: 7~15 dias; Fragrância: sim; Luminosidade: baixa; Umidade: média, alta; Temperatura: média, alta; Dificuldade de cultivo: média.
O Campylocentrum grisebachii é a menor espécie aqui de casa. Com um leve perfume e sem folhas, impressiona pelo tamanho e delicadeza de suas flores.
Ficha da planta
Conhecida como: Campylocentrum grisebachii Cogn. 1906;
Sinônimos: Campylocentrum burchellii Cogn. 1906; Campylocentrum chlororhizum Porsch 1905;
Origem: Argentina, Paraguai e sul do Brasil – de 0 até 1000 metros;
Planta: Epífita, 40 centímetros;
Flor: 2,5 milímetros;
Época de floração: inverno;
Longevidade das Flores: 15 dias;
Fragrância: leve;
Luminosidade: baixa;
Umidade: alta;
Dificuldade de cultivo: médio;
Eis uma espécie que me fascinou assim que a vi em uma exposição. Apesar do preço levemente salgado, tive que trazê-la para a coleção. Seu visual e aroma fantásticos fazem da Ansellia africana uma excelente aquisição para qualquer coleção.
A Ansellia africana é encontrada em Gana, Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Libéria, Nigéria, Burundi, Camarões, Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Guiné, Ruanda, Zaire, Sudão, Uganda, Quênia, Tanzânia, Angola, Malawi, Moçambique, Zâmbia, Zimbabwe, Botswana, Namimbia, Natal, Suazilândia, Transvaal e África do Sul ao longo das costas quentes e secas e rios em altitudes de até 2200 metros, mas geralmente abaixo de 700 metros.
Altamente variável, de tamanho gigante, é uma espécie robusta variando em tamanho e cor da flor. Pode ser encontrada vegetando de forma epífita no alto da copa das árvores mais altas. Elas são comumente encontradas em áreas que sofrem longos períodos de seca, mas no seu cultivo elas vão melhores se mantidas úmidas durante o crescimento e apenas com uma ligeira queda na água e fertilizantes nos períodos de não crescimento.
Elas são delicadamente perfumadas e apreciam muita luz para florescer, normalmente no final da primavera e no verão. Esta planta forma touceiras densas de eretas raízes brancas fazendo uma cesta, assim como como os Grammatophyllum. Os bulbos parecem cana de açúcar, de forma fusiforme-cilíndrica, com muitos nós. Seus pseudobulbos amarelos transportam 6 a 7 folhas, estas em um formato ligulado-lanceoladas, plicadas e agudas.
Curiosidades
Os Zulus usam as raízes, caules e folhas desta espécie, junto com a Habenaria epipactidea, para fazer um chá que funciona como um emético. Na Zâmbia relata-se que eles usam um chá feito a partir das folhas como um remédio para a loucura. Os Zulus também tem a tradição de que um amante rejeitado pode usar pseudobulbos desta espécie para evitar que a ex-amante tenha filhos. A tribo Pedi do Zimbabwe usa esta espécie para fazer uma infusão que reduz tosse em crianças.
Esta orquídea sempre está a despontar novas flores. Estas, sempre viçosas e bem formadas. Qualquer orquidófilo ficaria satisfeito com uma planta assim.
Noto, ao longo do tempo em que possuo esta planta, que não é uma planta complicada de cultivar. Para ser sincero, desde que a comprei, nunca tive muitos cuidados com ela. Passou por dois transplantes de vasos, é bem verdade, o que pode ter feito com que suas floradas não tenham sido tão volumosas. Entretanto, o vaso atual de cerâmica parece ter caído como uma luva para ela, pois tem soltado novos brotos e mantido sua boa forma.
Quem tem mudas pequenas da Rex deve considerar que é uma planta que cresce rapidamente e forma touceiras consideráveis. Não é necessário ter um vaso gigante para ela, mas é bom ter em mente que ela irá exigir mais espaço com o tempo.
No mais, é uma planta que certamente irá trazer só alegrias para sua coleção!
Esta pequenina é fantástica quando dá o ar da graça. Coloração magnífica! Esta minha das fotos está meio ressecada, mas tenho outra que está igualmente bela e sem este aspecto feio das folhas. Esta sofreu muito com o Sol direto, tanto que as folhas estão até mais escuras.
Ficha da planta
Conhecida como: Pleurothallis recurva Lindl. 1841 SUBGENUS Acianthera SECTION Brachystachyae Lindley 1859;
Sinônimos: Acianthera punctata Scheidw. 1842; Acianthera recurva (Lindl.) Pridgeon & M.W.Chase 2001 Humboldtia acianthera (Lindl.) Kuntze 1891; Humboldtia recurva (Lindl.) Kuntze 1891; Humboltia recurva (Lindl.) Kuntze 1891; Pleurothallis acianthera Lindl. 1859; Pleurothallis albipetala (Barb. Rodr.) Hoehne & Schltr. 1921; Pleurothallis bistuberculata Barb. Rodr. 1881; Pleurothallis curitibensis Kraenzl. 1921; Pleurothallis lamproglossa Schltr. 1918; Pleurothallis leucorhoda Schltr. 1925 ; Pleurothallis lilacina Barb. Rodr. 1877; Pleurothallis lilacina var. albipetala Barb. Rodr. 1881; Pleurothallis lilacina var. microphylla Barb. Rodr. 1882; Pleurothallis maculata Rolfe 1892; Pleurothallis recurva var. microphylla (Barb.Rodr.) Garay 1954; Pleurothallis regeliana Rchb. f. 1886; Specklinia recurva (Lindl.) F.Barros 1984;
Origem: Equador, Peru, Bolívia e Brasil – entre 950 e 1100 metros de altitude;
Planta: Epífita, 3~10 cm;
Flor: 1~2 centímetros;
Época de floração: primavera;
Longevidade das Flores: 20 dias;
Fragrância: nenhuma;
Luz solar: baixa;
Umidade: moderada;
Dificuldade de cultivo: fácil;