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Enraizadores caseiros para orquídeas

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Quando falei sobre a utilização de calda de tiririca para estimular o enraizamento de orquídeas, muitas pessoas me perguntaram sobre outras receitas para obter um enraizador eficaz de uma forma fácil e barata.

Pois bem, existem outras formas de se obter o mesmo efeito. Entretanto, é importante ter em mente que utilizar um enraizador apenas porque acredita-se que assim as plantas serão melhores e mais fortes é um erro. O ideal é utilizar compostos enraizadores apenas quando há uma necessidade evidente de que, com isso, estaremos proporcionando à planta uma sobrevida, principalmente em casos de transplantes, doenças, debilitação, enfim, em casos bem específicos.

O objetivo de um enraizador é promover o surgimento e o crescimento das raízes principais e desenvolver maior número de raízes secundárias.

Receitas caseiras

Existem alguns enraizadores industrializados, como o SUPERThrive, que são caros e difíceis de achar. Entretanto, temos formas mais econômicas de obter o mesmo efeito, através de enraizadores naturais. A vantagem neste caso é que são 100% orgânicos, fáceis de fazer, econômicos e ecológicos. Vejamos alguns:

Chorume

Chorume é um subproduto de quem tem um minhocário, ou seja, de quem faz compostagem em casa. Em breve escreverei mais sobre este assunto, pois estou realizando compostagem em casa e quero usar o “xixi de minhoca” para adubação. Sua utilização é simples, bastando coletar o líquido escuro que fica acumulado no fundo do seu minhocário ou composteira.

Por ser orgânico, sua validade é curta. Recomenda-se colocar a solução em um recipiente escuro, vedado, e utilizar em até uma semana.

Vitamina ou complexo B1

Nada mais é do que o famoso medicamento Benerva, que pode ser adquirido em qualquer farmácia. Você também poderá manipulá-lo, caso queira aumentar a concentração ou queira o medicamento já em pó.

Para fazer o enraizador com Benerva você irá diluir em cerca de 750ml de água um comprimido de Benerva. A utilização é simples, basta você colocar a planta dentro desta solução durante algumas horas e pronto. Se sobrar um pouco, lembre-se que você deverá guardá-la em um recipiente escuro, não transparente, bem vedado, e a solução deverá ser utilizada em até uma semana.

Água de feijão

Esta é uma opção muito boa para quem gosta de cozinhar um bom feijão (meu caso, por sinal). Tenho o costume de deixar o feijão de molho durante algumas horas antes de cozinhá-lo. Pois bem, esta água na qual o feijão fica em repouso antes de seu cozimento pode ser usada como enraizador e até fertilizante.

Para utilizar a água de feijão você deverá optar por feijões mais novos, deixando-os de molho durante um período (uma noite, por exemplo). Separe o feijão da água e utilize o líquido conforme a sua necessidade.

Vale lembrar que você deverá dar preferência à uma água já filtrada, livre de cloro e fluor, elementos que podem prejudicar a eficácia do enraizador.

Água de feijão – versão turbinada

Você pode potencializar a água de feijão para obter um enraizador ainda mais potente. Depois de deixar o feijão de molho durante a noite, bata no liquidificador o feijão juntamente com a água na qual ele ficou. Filtre bem o liquido resultante e utilize de acordo com sua necessidade.

Novamente vale lembrar que você deverá dar preferência à uma água já filtrada, livre de cloro e fluor, elementos que podem prejudicar a eficácia do enraizador.

Café

Dentre as várias utilidades do café que, aliás, já comentei bastante aqui no site, outra delas é prover auxílio ao bom desenvolvimento das raízes.

Para fazer um enraizador baseado no café, basta você ferver os grãos de café ou café moído. Apenas um punhado é suficiente para um litro dágua. Filtre para eliminar a parte sólida da mistura, deixe repousar por algumas horas e utilize de acordo com sua necessidade.

Canela

Outro produto com diversas finalidade, também já discutidas aqui no site, é a canela. E como tal, não poderia deixar de ser um excelente enraizador.

Para fazer um enraizador baseado em canela, basta você adicionar três colheres de sopa de canela em pó em um litro dágua. Deixe a solução repousar durante e noite e filtre para eliminar a parte sólida da mistura. Depois, basta usar conforme sua necessidade.

Sementes de Soja ou Trigo

Além do feijão, a soja e o trigo também possuem propriedades enraizantes, pois durante sua germinação elas são capazes de gerar hormônios de enraizamento.

Para aproveitar estes hormônios, basta você deixar as sementes de molho em água (filtrada, lembre-se do cloro e flúor) na temperatura ambiente por algumas horas. Separe a água das sementes e reserve o líquido na geladeira. Triture as sementes com água filtrada e coe a solução, acrescentando no final a água que está na geladeira. Depois, use de acordo com sua necessidade.

Lentilhas

Talvez a semente que a maioria dos orquidófilos usam, a lentilha funciona de forma muito parecida com as sementes citadas acima, liberando hormônios durante a sua germinação.

Da mesma forma, para fazer a solução a ideia é a mesma: basta você deixar as lentilhas em repouso na água filtrada por algum tempo, até que você note que algumas começaram a germinar. Bata a água e as lentilhas e filtre para eliminar a parte sólida. Adicione mais um pouco de água filtrada para que não fique tão concentrada e utilize de acordo com a sua necessidade.

Tiririca

A tiririca mereceu um post só para ela aqui no site. O enraizante feito com a tiririca possui uma grande quantidade de ácido indol-acético, que estimula a formação das raízes. Mais detalhes você pode ler clicando aqui.

Referências

  • arbbis.com
  • orquideassemmisterio.blogspot.com.br

Abraços!

Receitas caseiras para eliminar pragas de suas orquídeas

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orquideas.eco.br - pragas e doenças nas orquídeas - pulgões

Fora as principais receitas apresentadas aqui no orquideas.eco.br, existem várias outras que podem ajudar você a se livrar, ou pelo menos controlar, um problema com pragas e doenças. Sem enrolação, aqui estão algumas receitas simples e suas finalidades:

Controle de lesmas

Distribua à noite, ao redor das plantas e canteiros, uma faixa de uns 15 cm de largura de pó de cal virgem ou de cinzas de madeira. Use também iscas de pão embebido em leite ou cerveja e coloque-as no pé da planta que precisa de proteção. As lesmas virão até as iscas, simplificando a catação manual no dia seguinte.

Calda de Agave contra formigas

Pegue três folhas de agave (Agave americana L. e Agave atrovirens), macere e misture com água. Depois é só localizar a entrada do formigueiro e despejar o preparado. Ele reduz o desenvolvimento das formigas dentro do próprio formigueiro.

Tomateiro contra pulgões

As folhas e o caule do tomateiro (Lycopersicum esculentum) têm ação inseticida contra diversos insetos, inclusive pulgões. Há duas formas de preparo: ferva as folhas e caules em água e deixe esfriar ou coloque as folhas de molho em água fria por 24 horas. Qualquer uma das misturas deve ser pulverizada sobre as plantas.

Pimenta repelente de pulgão e cochonilha

Os frutos da pimenta (Capsicum annuum) são repelentes de pulgões, cochonilhas e insetos em geral. Coloque a pimenta em uma vasilha e soque-a até triturar bem. Cubra com água e deixe descansar de um dia para o outro. No dia seguinte, mexa bem e coe em um pano ralo ou coador para não entupir o pulverizador.

Mostarda contra cochonilha

As sementes da mostarda (Sinapis alba) combatem cochonilhas. Moa as sementes misturando 100 gramas do pó em 1 litro de água. Coe e pulverize.

Pimenta contra pragas em geral

Os frutos da pimenta (Capsicum annuum) são repelentes de pulgões, cochonilhas e insetos em geral. Coloque a pimenta numa vasilha e soque-a até triturar bem. Cubra com água e deixe descansar de um dia para o outro. No dia seguinte, mexa bem e coe em um pano ralo ou coador para não entupir o pulverizador.

Manjericão contra moscas, mosquitos e besouro-da-batata

O manjericão (Oncimum basilicum) é um bom repelente de moscas e mosquitos se plantado perto da casa e é ótimo contra o besouro-da-batata. Para combater pulgões e outros insetos, deixe as folhas em água fria por 24 horas, em seguida, coe e pulverize a solução.

Girassol contra insetos

O Girassol (Helianthus anuus) é um excelente repelente de insetos através de suas folhas e flores. Coloque flores ou folhas em água e deixe ferder por 1 minuto. Coe, deixe esfriar e pulverize sobre as plantas atacadas.

Hortelã contra ratos, formigas e insetos

A planta hortelã (Menta piperita) se plantada nas bordaduras dos canteiros, repele ratos, formigas além de insetos. Ferva água junto com a erva, deixe esfriar e pulverize sobre as plantas. O chá de hortelã é muito útil para as plantas em geral, protegendo-as e desinfetando-as.

Fruta-do-conde ou pinha contra broca, cochonilha e pulgões

A fruta-do-conde ou pinha (Annona squamatosa) tem ação contra brocas, cochonilhas e pulgões através de suas sementes e raízes. Triture as sementes ou raízes e espalhe sobre os locais infestados.

Cinamomo contra gafanhotos e pulgões

As folhas do Cinamomo (Melia azedarach) são inseticidas contra gafanhotos e seus frutos combatem pulgões. Deixe as folhas de molho em água fervente por cerca de 10 minutos e, em seguida, pulverize. No caso de utilização dos frutos, corte-os e deixe de molho em uma solução com 50% de água e 50% de álcool durante 24 horas. Coe e pulverize em seguida.

Coentro contra ácaro e pulgão

A erva denominada como coentro (Coriandrum sativum) tem combate a ácaros e pulgões. Moa as sementes e polvilhe-as sobre as plantas e o solo.

Capuchinha como repelente de insetos

Flores e folhas da capuchinha (Tropaeolium majus) repelem insetos como os pulgões. Plante a capuchinha perto de árvores frutíferas e de outras plantas.

Cebola controla insetos

A cebola (Allium cepa) controla lagartas em beterrabas, broca e ferrugens em plantas e também combate pulgões. Corte a cebola em fatias ou bata no liquidificador com água. Adicione meio litro de água. Borrife a mistura sobre as plantas 2 vezes ao dia num intervalo de 5 dias. Plante cebola perto da planta lantana ou cambará para repelir brocas.

Calêndula como inseticida

As flores da calêndula (Calendula officinalis) têm ótima ação inseticida. Coloque as flores em um recipiente de vidro despejando água fervente sobre elas. Tampe o recipiente e deixe a infusão descansar por cerca de cinco minutos. Pulverize a infusão fria sobre as plantas.

Arruda no combate de pulgões

As folhas de arruda (Ruta graveolens) são ótimas para combater os pulgões e ajudam a manter os cítricos saudáveis. Ferva folhas durante 5 minutos. Deixe esfriar e pulverize as plantas.

Combate de pulgões com folhas de alamanda

As folhas da trepadeira de grandes flores amarelas: Alamanda (Alamanda catharica) são ótimas para o para o combate de pulgões. Ferva as folhas por 10 minutos, deixe esfriar e pulverize sobre a planta atacada. Tome cuidado ao manusear a alamanda porque ela é tóxica.

Alho contra brocas, cochonilhas e pulgões

O alho (allium sativum) pode ser utilizado contra brocas, cochonilhas, pulgões e ácaros. Quando plantado entre as roseiras, diminui o ataque de pulgões. Bata o alho no liquidificador com água (2 litros para cada dente). Em seguida pulverize as plantas atacadas. Não use sobre feijões, pois o alho inibe seu crescimento.

Citronela como inseticida

O perfume da Citronela (Cymbopogon nardus) é um repelente contra insetos. Visto que são elaboradas velas que quando acessas exalam um perfume que repelem os insetos. Plante a espécie no jardim onde você quer repelir os insetos. É importante que a planta esteja no caminho percorrido pelo vento, para que seu perfume atinja os insetos.

Referência

  • agronomianet.com.br

Abraços!

Borra de café no cultivo de orquídeas

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Borra de café no cultivo de orquídeas

Muitas pessoas tentam agregar alguns elementos do nosso cotidiano em diversas atividades afim de reciclar materiais e ajudar o meio ambiente de alguma forma.

O café é uma das bebidas preferidas dos brasileiros, afinal, somos o segundo maior consumidor desse estimulante no mundo. Mas além de delicioso, o café também é um ótimo fertilizante para a terra, pois torna o solo mais fértil, rico em nutrientes, contribuindo para o bom desenvolvimento das plantas.

Como repelente de pragas

Ao usar o repelente químico é preciso considerar que, embora eficaz no combate às pragas, ele tem uma sobrevida maior na terra, pode matar outros insetos que são benéficos para o cultivo, além de prejudicar a qualidade da planta. Para evitar esses transtornos, uma boa opção é utilizar a borra de café como repelente, principalmente se você mesmo tiver moído o café – ele se torna ainda mais efetivo no combate às pragas (sabe como é, o café comum não é puro e sim uma mistura).

A cafeína presente na borra de café afasta pragas como caracóis e lesmas, formigas (que são vetores de outras pragas) e até mosquitos.

Faça a experiência: não jogue fora a borra do seu cafezinho matinal: separe e deixe secar, depois aplique na borda dos vasos. Talvez este seja o único repelente de pragas que você irá precisar em seu orquidário.

Além disto, o café contém grandes quantidades de nitrogênio e potássio, ambos importantes para o desenvolvimento das plantas. Você poderá usar como fertilizante para suas plantas, ou diluindo 150 gramas de borra de café em 10 litros de água ou utilizando-o na compostagem (neste caso só para orquídeas terrestres mesmo).

Curiosidade – limpeza

A borra também é ótima para limpar as folhas das plantas que ficam dentro de casa, diluindo uma parte dela em cinco partes de água. Molhe um pano ou algodão e passe na planta. As folhas ficam brilhantes!

Lembre-se: não guarde a borra do café por muitos dias porque ela vai criar mofo.

Referências

  • Foto: Marcos Santos/USP Imagens
  • Flores da Lulu
  • aorquidea.com.br
  • ecycle.com.br

Abraços!

Cattleya loddigesii – cultivo e características

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A Cattleya loddigesii é uma orquídea de porte médio que pode ser encontrada na América do Sul. No Brasil, foi identificada nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul.

História

Inicialmente, essa orquídea foi descrita como Epidendrum violaceum pelos irmãos George Loddiges e Joachim Conrad Loddiges. Porém, em 1823, na publicação Collectanea Botanica, John Lindley a registrou como Cattleya loddigesii, sendo que loddigesii foi em homenagem aos dois irmãos.

Características e curiosidades

A Cattleya loddigesii foi a primeira Cattleya a ser levada e cultivada na Europa. Epífita e em alguns casos litófita, gosta de viver em altitudes entre 500 e 1200 metros.

Considerada uma Cattleya bifoliada, seu tipo de crescimento é o simpodial. Muitos cultivadores iniciantes a confundem com a Cattleya harrisoniana, mas essas 2 espécies possuem algumas diferenças que nos ajudam a diferenciá-las.

  1. O labelo da Cattleya harrisoniana é mais fechado;
  2. Seus períodos de floração são diferentes;
  3. A época de enraizamento também é diferente.

Flores

A Cattleya loddigesii pode florescer mais de uma vez no ano. Sua primeira floração ocorre entre julho e setembro, ou seja, no inverno. Sua segunda floração, se ocorrer, será no verão. Ela irá gerar entre 2 a 9 flores de tamanho médio, variando entre 8 a 12 centímetros e durando cerca de 15 dias.

Suas flores possuem coloração variada, apesar de serem normalmente rosa, exalando um perfume de madeira molhada. É uma das Cattleyas que floresce mais cedo, ou seja, se você a comprou nova, em pouco tempo ela já vai florir.

Dica: para aumentar a floração dessa orquídea, não corte seus bulbos para realizar a multiplicação.

Cultivo da Cattleya loddigesii

O cultivo dessa planta é considerado simples, sendo bem resistente a uma grande variedade de ambientes. Um iniciante provavelmente não terá muitas dificuldades em cultivá-la. Entretanto, é necessário que você conheça algumas necessidades desta orquídea, pois isso irá facilitar o seu cultivo.

Iluminação

A Cattleya loddigesii gosta de uma iluminação média, por isso, um sombreamento entre 50% a 70% é o ideal. Para garantir que sua orquídea realmente esteja recebendo uma boa iluminação, verifique as cores de suas folhas. Basicamente, se suas folhas estiverem com uma cor mais amarelada, elas estão recebendo muito sol. Caso suas folhas estejam verdes escuras, elas precisam de mais sol.

Temperatura

Essa é uma planta muito resistente a temperaturas quentes e frias. Normalmente, seu cultivo é ideal em locais que variam entre 15ºC a 30ºC, mas ela também pode aguentar por um curto período de tempo temperaturas até 5ºC. Seus bulbos podem desidratar durante a sua floração, o que é natural para essa Cattleya.

Onde Plantar

A Cattleya loddigesii é muito resistente. Assim, ela consegue se adaptar a vários locais, tais como:

  • Árvores;
  • Vasos de plástico;
  • Vasos de terracota;
  • Cachepôs;
  • Tutores (casca de árvore);
  • Troncos.

O único cuidado que você deve ter é evitar plantá-las na terra, pois isso pode (e provavelmente irá) matá-las.

Umidade

A umidade é o fator mais complicado no cultivo dessa orquídea. Essa Cattleya gosta muito de locais com alta umidade, especialmente durante a noite e o começo da manhã. Por isso, garanta que ela fique em um local que atenda a essas necessidades e que também a temperatura caia durante a noite. Entretanto, é necessário tomar cuidado para não exagerar, pois elas não gostam que seus brotos fiquem úmidos, o que pode ser pode ser resolvido com a rega correta.

Substrato

A escolha do substrato depende muito de onde você escolheu cultivar sua orquídea. Em média, a loddigesii precisa de um substrato poroso e que garanta uma boa aeração nas raízes. Por isso, alguns dos substratos recomendados são:

  1. Casca de pinus;
  2. Brita;
  3. Tronquinhos de café.

Lembre-se que, em média, a cada 2 anos o substrato deverá ser trocado, exceto a brita.

Adubação

A adubação é algo essencial para a grande maioria das orquídeas, pois como não estão na natureza, não conseguem captar nutrientes de folhas ou restos de animais. No caso da Cattleya loddigessi, a adubação deve ocorrer a cada 15 dias utilizando um adubo equilibrado. Desta maneira, você vai conseguir que sua planta tenha um crescimento e uma floração melhor.

Rega

Como escrito acima, essa é uma planta que gosta muito de umidade, mas você deve evitar o excesso de água. Por isso, algumas dicas são necessárias:

  • Caso ela esteja plantada em uma árvore, regue-a todos os dias.
  • Caso ela esteja plantada em um vaso, verifique com o seu dedo ou com seu lápis se o substrato está seco. Regue pouco antes dele secar.

Essa rega mais frequente é causada pelo finura dos pseudobulbos, pois eles são os responsáveis por guardar água e nutrientes em orquídeas. Quando as hastes florais começarem a aparecer, diminua um pouco a rega.

Pragas e Doenças

Durante as suas brotações, essa orquídea é atacada principalmente por pulgões e cochonilhas. Mas, além dessas pragas, também podem aparecer lesmas e caracóis devido a umidade alta do ambiente que essa planta gosta. Agora caso ela contraia alguma doença ou fungo, coloque-a longe das demais orquídeas e trate-a adequadamente.

Híbridos

Uma das maiores características da Cattleya loddigesii é a sua grande quantidade de híbridos. Além de serem cruzadas com outras orquídeas através de métodos artificiais, essa planta também criou os híbridos naturais. Abaixo estão alguns dos principais híbridos dessa orquídea:

  • Coerulea;
  • Trilabelo;
  • Alba;
  • Aquini;
  • Candida;
  • Estriata.

Por fim, eis alguns híbridos naturais:

  • Cattleya sororia;
  • Cattleya valentine;
  • Cattleya dolosa;
  • Laelicattleya amoena;
  • Laeliocattleya fredna;
  • Laeliocattleya leeana.

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Cultivo: orquídea Dracula no cachepot apenas com musgo

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Neste vídeo mostro o processo de plantio de uma Orquídea Dracula em um cachepot (caixeta de madeira) utilizando apenas musgo chileno. Também é mostrada minha outra forma de cultivo de Dracula e Masdevallia, no EcoTronco.

É importante salientar que este vídeo é um primeiro teste para verificar a receptividade de um canal com conteúdo próprio. Portanto, seu comentário será muito bem vindo!

Obviamente, a produção ainda é limitada mas, com o tempo, devo melhorar a edição e o áudio. Vou testar outras formas de enquadramento também, além do tempo do vídeo. Fiz uma gravação amadora, apenas para testar alguns elementos. Sei que o som está ruim, mas já tenho ideias de como melhorar isto nas próximas gravações.

Referências

Alguns dos produtos que utilizei no vídeo, além de referências de conteúdo explicando mais sobre alguns itens:

EcoTronco

https://www.orquideas.eco.br/ecotronco-faberge-orquideas/
https://www.orquideas.eco.br/orquidea-dracula-no-ecotronco/

Caixetas

https://www.facebook.com/JMGCaixetas/

Musgo

https://www.orquideas.eco.br/substratos-para-orquideas-sphagnum-esfagno-musgo/
https://www.facebook.com/ParaflorSphagnumMoss

Orquídea Dracula

http://www.orquidarioolimpia.com.br

Abraços!

Como utilizar óleo de neem nas orquídeas

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Muitas são as receitas mágicas que podemos aplicar em nosso cultivo para resolver problemas e assim ter uma coleção de orquídeas mais saudável. Inclusive, aqui mesmo no site já publiquei algumas que certamente podem ajudar naquele momento de necessidade, como por exemplo nestas receitas caseiras para eliminar as pragas de suas orquídeas. Entretanto, uma das ferramentas mais utilizadas pelos orquidófilos é o famoso óleo de neem – ou nim.

O óleo de neem é extraído de uma árvore chamada Azadirachta índica. Esta árvore, conhecida há mais de 2000 anos na Índia e também em outros países do Oriente, possui propriedades medicinais muito importantes para à saúde do homem, dos animais e das plantas. Por isto, seu uso é muito comum e antigo. Na Azadirachta índica é possível encontrar mais de uma centena de compostos bioativos, dentre os quais mais de 50 são compostos terpenoides de ação eficaz contra os insetos. Todas as partes da planta podem ser aproveitadas para a extração destes compostos tóxicos, porém no fruto é onde encontramos a maior concentração.

Como atua

O principal componente do óleo de neem é a azadiractina. Estudos científicos comprovam que o neem, seja em óleo ou pó, possui propriedades repelentes, antialimentar, antissépticas, antioxidantes, antivirais, bactericidas, antifúngicas, inseticida, acaricida, nematicidae, reguladora de crescimento e até espermicidas. Sua natureza faz com que ele não deixe resíduos tóxicos e nem contamine o ambiente. A consequência disto é que os extratos de neem são mundialmente reconhecidos e aprovados para uso em cultivos orgânicos.

Falando mais especificamente do cultivo de orquídeas e suas doenças, o óleo de neem causa distúrbios fisiológicos nas pragas, alterando o seu desenvolvimento e funcionalidade, agindo também sobre os processos reprodutivos, sobre a inibição do seu crescimento, desenvolvimento e da mobilidade do parasita, além de apresentar efeito repelente. Entretanto, o neem não causa a morte imediata dos insetos como muitos pensam – e até reclamam achando que não funciona. Sua ação começa algumas horas após a aplicação e pode se prolongar por vários dias. Isso acontece porque essa substância age seletivamente em cada tipo de inseto, atingindo as suas funções vitais de forma diferenciada. Para se ter uma ideia do poder do neem, eis mais alguns de seus efeitos sobre as pragas:

  • Controle da metamorfose das diversas fases de vida dos insetos – larvas, pupa e adultos;
  • Repelente de larvas e insetos adultos;
  • Impede a comunicação sexual dos insetos;
  • Esteriliza insetos adultos;
  • Envenena larvas e ovos;
  • Inibe a alimentação dos insetos;
  • Bloqueio da muda de larvas para ninfas;
  • Bloqueio da habilidade de deglutir, isso é redução da mobilidade intestinal dos insetos;
  • Não contamina os inimigos naturais das pragas.

Como usar

Aqui em casa tenho usado pouco o neem pois, misteriosamente, depois que reformei o orquidário, as pragas sumiram. Tá, exceto os pulgões. Estes nunca me dão trégua. Enfim, quando uso o neem procuro adquirir um óleo de boa procedência e tenho duas formas de usá-lo, preventivamente ou para tratamento.

Se eu estiver aplicando apenas para prevenção, faço uma solução utilizando 1 ml do óleo de neem para cada um litro de água. Por outro lado, se eu estiver utilizando para tratamento de alguma praga, tenho feito soluções com cerca de 3 ml a 6 ml de óleo de neem para litro de água, dependendo do grau de infestação. Faço a pulverização desta solução quinzenalmente, normalmente alternadamente à minha aplicação de fertilizantes. Segundo alguns colegas que entendem do assunto, a dosagem máxima de neem não deve ultrapassar 10 ml para cada litro de água.

Alguns colegas adicionam sabão – detergente mesmo – à mistura afim de aumentar sua eficiência e raio de ação. Se quiser adicionar o detergente, coloque cerca de 5 a 7 ml para cada litro de água.

É importante salientar que a aplicação da solução de neem deve ser sempre realizada ao final da tarde, de preferência sem Sol. Isto é indicado porque o óleo de neem é fotossensível, consequentemente, quanto menos luz, melhor será sua ação. Além disto, é importante realizar a aplicação depois da rega, afim de espalhar melhor o produto. Por fim, evite borrifar de forma a deixar a planta pingando, pois o acúmulo de óleo e sabão pode queimar as pontas das folhas onde fica o excesso.

Riscos

No que tange aos riscos ambientais, o neem é uma espécie exótica com características de invasora aqui no Brasil, podendo ser prejudicial à flora e a fauna local. Entretanto, especialistas nessa espécie de árvore destacam que o neem também está sendo utilizado em áreas que sofreram processo de desertificação e em projetos de reflorestamento, em substituição ao pinus e ao eucalipto, pois seus frutos atraem os animais. Em contrapartida, o pólen do neem demonstra ter uma capacidade tóxica sobre determinados tipos de abelhas. Já para os seres humanos, pode causar aborto, infertilidade e baixo nível de açúcar no sangue. Para as crianças pequenas, o óleo de neem é tóxico e pode levar à morte.

Referências

  • remedio-caseiro.com
  • wikipedia.org
  • ecycle.com.br
  • neemfoundation.org

Abraços!

Como realizar o replante de suas orquídeas

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orquideas.eco.br - Raízes

Invariavelmente, chegará o momento em que você deverá realizar o replante de sua orquídea. Muitos são os motivos para isto, desde plantas que estão crescendo para fora do vaso, substrato antigo e deteriorado, substrato errado ou simplesmente para revigorar a planta.

Um substrato deteriorado compromete a saúde de sua planta. Fará com que as raízes apodreçam e o poder de absorção da orquídea seja menor. Isto fica evidente quando uma planta bem hidratada ainda sim tem a aparência de desidratada.

Ainda em relação ao substrato, alguns fatores influenciam no tempo que ele irá levar para deteriorar-se. Além do tipo de substrato utilizado, os produtos que você usa nas plantas, como adubos, por exemplo, influenciarão no tempo que este substrato levará para se decompor.

É importante você saber que o ato de mexer em uma orquídea causa um certo desgaste e estresse à planta e deve ser evitado sempre que possível. Até a simples troca de lugar de um vaso é capaz de causar isto. Consequentemente, o replante, por ser muito mais complexo, acaba tirando a orquídea de sua zona de conforto. Mas quando necessário, isto não é tão ruim assim, como veremos a seguir.

Época

Muitos divergem sobre o melhor momento de replantar uma orquídea. Alguns defendem épocas específicas do ano. De certa forma, não concordo com isto, pois cada planta tem sua época de crescimento e dormência. Acredito que, pela lógica, elas deverão ser replantadas no momento em que seu sistema radicular está sendo renovado e se expandindo, quando novas raízes estão surgindo. Desta forma, as novas raízes crescerão já acomodadas ao novo substrato. Fazendo o inverso disto, ou seja, replantando uma orquídea que está em seu período de dormência, você estará forçando-a a gastar suas reservar de energia para emitir novas raízes, desgastando a saúde a planta e até podendo matá-la.

Substrato

O substrato a ser utilizado depende de uma série de fatores, principalmente da espécie de orquídea a ser cultivada nele. Neste momento é interessante você entender a classificação das orquídeas por habitat, para saber o que é melhor para sua plantinha. Recomendo a leitura dos seguintes artigos:

Sabendo as características do habitat original de sua orquídea, você poderá determinar o melhor substrato para ela. Por exemplo, as epífitas vivem grudadas em árvores e, como o suprimento de água nestas condições não é contínuo, elas dependem muito da sua capacidade de absorver água rapidamente, seja esta da chuva ou da umidade do ar. Elas possuem raízes esponjosas que absorvem rapidamente os líquidos. Da mesma forma, secam rapidamente, portanto, os substratos empregados nestas plantas deverá secar rapidamente, fornecendo uma boa ventilação. A grande maioria das Cattleyas e seus híbridos, por exemplo, podem ser plantadas nos mix que encontramos no mercado. Entretanto, há plantas mais exigentes que não crescem bem em vasos e precisam ser plantadas em pedaços de casca, como por exemplo a Cattleya walqueriana, a Cattleya nobilior e a Cattleya aclandiae. Recomendo fortemente a leitura dos seguintes artigos:

Vaso

O vaso a ser utilizando também depende de uma série de fatores. Via de regra, existem vários tipos, como os de barro, plástico, cimento, xaxim, cascas de árvores, casca de coco, enfim, uma infinidade de materiais. Caso você queira se aprofundar nas alternativas, faça a leitura do seguinte artigo:

O mais utilizado é o vaso plástico, principalmente porque a grande maioria das plantas comerciais são vendidas em vasos plásticos, por ser um material barato e leve. Particularmente, passei alguns anos querendo me livrar dos vasos plásticos, mas depois entendi que, para algumas plantas, ele pode ser a melhor opção. O vaso de cerâmica possue uma melhor aeração e, consequentemente, retêm água por menos tempo. Por um bom tempo era meu vaso preferido, visto que cultivava minhas plantas sob sombrite e não tinha o controle da água das chuvas. Agora tenho usado bastante os cachepots de madeira. Caso você opte por vasos de cerâmica, lembre-se que vasos antigos não são tão bons quantos os novos, visto que seus poros estarão entupidos. Além disto, podem transmitir doenças de uma planta anterior e devem, obrigatoriamente, passar uma boa esterilização.

Hora de replantar

Você decidiu replantar sua orquídea. Escolha um vaso que comporte o crescimento de sua orquídea por pelo menos 3 anos (ou o tempo que o substrato irá durar) e que seja de drenar corretamente a água acumulada. Agora é só seguir os seguintes passos:

Remoção e limpeza

  • Retire a planta do vaso original – processo relativamente fácil, só é complicado quando as raízes estão coladas nas laterais do vaso. Neste caso, é importante esterilizar bem qualquer ferramenta de corte que você use para soltar ou aparar as raízes para soltar a planta do vaso. Lembre-se que isto agride a planta, então faça o menos possível de estrago;
  • Retire todo substrato antigo com cuidado para não machucar as raízes vivas. Em especial, cuide para não quebrar novas raízes, pois elas são sensíveis e importante para a adaptação da planta no novo local;
  • Não caia na tentação de remover raízes velhas que ainda estão vivas. Mais raízes significam mais absorção e melhor fixação. Além disto, podem se ramificar, aumentando ainda mais o poder de absorção;
  • Já as raízes velhas devem ser removidas, pois aceleram o processo de decomposição do novo substrato;
  • Limpeza – faça uma revisão em sua planta, removendo restos das florações anteriores e retirando as partes secas coladas ao pseudobulbo, esconderijos perfeitos para as cochonilhas e outras pragas. Aproveite para verificar se não é uma boa hora para remover os pseudobulbos mais antigos, que já deixaram de contribuir para o desenvolvimento por não possuírem raízes vivas e folhas;
  • Separação – verifique se não é uma boa hora para dividir sua planta, se ela estiver muito grande.

Replante

  • Coloque um material para realizar a drenagem no fundo do vaso, afim de melhorar o escoamento da água. Para isto você pode utilizar cacos de telhas limpos, pedras, isopor ou carvão;
  • Respeite a direção de crescimento da planta: o pseudobulbo mais velho deverá ficar junto à borda do vaso e a parte nova da planta deve estar direcionada ao centro do vaso. Desta forma, haverá espaço para o desenvolvimento de novos pseudobulbos;
  • Posicione o rizoma um pouco abaixo da altura do vaso;
  • Preencha o vaso com o substrato escolhido colocando-o pelas laterais, tomando cuidado para não machucar as raízes. A quantidade ideal será suficiente para firmar e equilibrar a planta. Evite compactar demais o substrato, pois isto afetará a aeração das raízes. Caso a planta não fique firme, prenda-a com estacas e arames. É importante não deixar a planta bamba, pois o movimento dela fará com que as novas raízes não consigam se fixar, prejudicando o desenvolvimento;
  • O substrato não deverá cobrir as gemas. O ideal é ele ele apenas encoste no rizoma, não ficando muito abaixo dele e nem cobrindo-o;
  • Feito o plantio, é importante ambientar a planta. Coloque-a em um lugar com um pouco menos de luz e, principalmente, deixe-a úmida com mais frequência, mas sem excesso (não regue a planta em abundância). Em pouco tempo a planta poderá voltar ao seu local de origem.

Lembre-se sempre de usar ferramentas esterilizadas para evitar a transmissão de doenças entre as plantas.

Referência

  • orkideas.com.br

Abraços!

O pH dos substratos – como isso influencia sua orquídea?

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O tal do pH, quando falamos de um hobby, é muito discutido no aquarismo. Lembro-me bem que, quando tinha aquários em casa, o pH era o primeiro teste que fazia para verificar se a água estava apta a receber determinados tipos de peixes. Também ouvimos isso quando falamos de piscinas e até de quem fabrica cerveja artesanalmente (experiência própria). Mas no substrato – sólido – de uma orquídea, dificilmente você irá ouvir alguém comentar.

Muitas pessoas não tem idéia de como o pH pode influenciar o desenvolvimento e a saúde de suas orquídeas. Vejo que muitos orquidófilos se preocupam com a água água usada para irrigar suas plantas, medindo pH ou optando por usar água da chuva (eu faço isso também). Entretanto, ouvir algum orquidófilo falar de como cuida do pH do seu substrato é praticamente inexistente.

É importante saber o que significa o pH. Para isso, escrevi há alguns anos um artigo sobre o pH e como ele influencia a absorção de nutrientes provenientes de uma adubação. Este artigo você poderá ler clicando aqui. Se não leu, clique e leia, depois volte neste artigo.

Agora que você já se familiarizou com o termo e o que ele significa, é bom fixar que o pH do substrato interfere diretamente na absorção de macro e micro nutrientes pela orquídea. Conforme explicado com maior detalhes no artigo acima, um pH muito alto ou muito baixo faz com que a orquídea não consiga absorver determinados nutrientes, prejudicando seu desenvolvimento – ou pelo menos aquele que você queria que a planta tivesse ao fornecer nutrientes à ela.

Um exemplo básico é a absorção do Nitrogênio. Este elemento será absorvido apenas o meio de cultura em que a orquídea se encontra estiver com o pH entre 6 e 8. Como o Nitrogênio é responsável pelo crescimento da orquídea, o pH estando abaixo de 6 ou acima de 8 impedirá que ela absorva o elemento que a fará crescer melhor.

Aí você aduba a planta e não vê resultados. Não vendo resultados, aduba ainda mais. Com isso, você acabo por intoxicar a planta, prejudicando seu sistema radicular e, em casos extremos, matando a orquídea. Por isso, além de adubar (afinal, ela precisa se alimentar), precisamos ter cuidado com o meio de cultura no qual mantemos nossas plantas. Isso inclui o pH do substrato e também o pH utilizado na água que provemos à nossas plantas. Com estes cuidados, garantimos a completa absorção de todos os nutrientes oferecidos, tornando nossas orquídeas sadias, com crescimento vigoroso e pleno.

Vale lembrar que, mesmo que alguns substratos sejam indicados para orquídeas, devemos cuidar sempre de seu pH. Com o tempo, alguns substratos tendem a se deteriorar. Junto com a adubação e a água utilizada na planta, seu pH poderá mudar drasticamente, prejudicando a planta. Este é um dos motivos que a troca periódica de substrato é tão importante.

Como medir o pH do substrato

Medir o pH do substrato é simples. Tenha em mãos um kit de medir pH, que pode ser encontrado em lojas de produtos para piscinas ou lojas de aquarismo. Encha uma bacia com água e deixe descansar por algumas horas, para eliminar o cloro. Certifique-se esta água esteja neutra, ou seja, com o pH em 7. Com o auxílio de outra bacia, segure o vaso a ser analisado de modo que você possa regar sua planta com a água de pH neutro e toda água utilizada na rega escorra e seja armazenada na bacia abaixo do vaso. Depois, basta seguir as instruções do kit de medição de pH utilizando esta água que escorreu do vaso. Este não é um método preciso, mas pode ajudar a determinar um caminho a ser seguido. Existem outros métodos mais eficazes, porém mais custosos e não tão práticos.

Se o resultado for algo diferente de 7 (pH neutro), teremos uma água ácida (pH menor que 7) ou alcalina (pH maior que 7). Se trocar o substrato não for uma opção, você poderá tentar corrigir o pH. Existem produtos que fazem esta correção do pH e uma forma simples de realizar esta correção é adicioná-los na água utilizada para irrigação (que deve ser neutra) e analisar periodicamente o resultado, medindo novamente o pH do substrato para observar a evolução.

Outra opção é misturar um substrato diferente para tentar equalizar o pH. Eis o pH médio de alguns substratos:

  • Casca de arroz carbonizada – pH de 6,5 a 7,0;
  • Casca de pinus – pH de 4,0 a 4,5;
  • Fibra de coco – pH de 5,5 a 6,0;
  • Fibra de xaxim – pH de 4,0 a 5,0;
  • Sphagnum – pH de 3,5 a 4,2;
  • Turfa – pH de 3,5 a 4,5;
  • Vermiculita – pH de 7,5 a 8,5.

Referência

  • orquideas-ago.blogspot.com.br

Abraços!

Utilizando água oxigenada nas orquídeas

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orquideas.eco.br - peróxido de hidrogênio

O peróxido de hidrogênio – conhecido comercialmente como água oxigenada quando em solução aquosa – é um líquido claro de fórmula química H2O2. Foi descrito a primeira vez por Louis Jacques Thénard, numa reação de peróxido de bário com ácido nítrico.

Incolor à temperatura ambiente, apresenta característico sabor amargo e aparência viscosa. O peróxido de hidrogênio é um poderoso oxidante com propriedades viruscidas, bactericidas e fungicidas (incluindo esporicida, atacando a molécula que o torna tão resistente). A água oxigenada é muito útil na desinfecção do material de cultivo, sementes de orquídeas e como fungicida e inseticida a ser aplicado às plantas. Também é um poderoso agente para rápida desinfecção e é capaz de dissolver sais acumulados.

Pode ser aplicado na irrigação das orquídeas – inclusive foliar – conseguindo matar com eficiência insetos, fungos e ovos que estão nas folhas e no substrato. Complementarmente, o peróxido de hidrogênio decompõe-se ao entrar em contato com a matéria orgânica, pois é instável quando perturbada. Desta forma, acaba sendo benéfico para o sistema radicular da orquídea, também sendo capaz de aumentar a eficiência foliar da planta, melhorando o desempenho fotossintético da orquídea.

Como usar e dosagem

  • Para aplicações foliares e irrigação, utilize 0,3 ml de peróxido de hidrogênio a cada litro de água;
  • Para a desinfecção de vasos, suportes e outros itens não metálicos, utilize 3 ml de peróxido de hidrogênio a cada litro de água. Faça a imersão dos objetos por 30 minutos nesta mistura para assegurar a sua desinfecção;
  • Para a desinfeção de sementes, utilize 0,2 ml de peróxido de hidrogênio por litro de água destilada e deixe por 10 minutos.

Dicas importantes

Vale lembrar que, por precaução, a próxima rega após a aplicação do peróxido de hidrogênio não deverá conter adubos ou semelhantes. Como o peróxido de hidrogênio decompõe-se na presença de qualquer matéria orgânica e luz, ele deve ser armazenado em garrafas bem fechadas e opacas. Além disto, sua aplicação deve ser preferencialmente a noite. Por fim, é aconselhável misturá-lo com água de baixa mineralização.

Recuperando orquídeas

Via de regra, a grande maioria das orquídeas sai do estado de dormência e começa o crescimento radicular após o inverno, quando a temperatura começa a aumentar.

Entretanto, há fatores que podem impedir o crescimento de novas raízes, especialmente quando são atacadas por pragas ou doenças. Nestes casos, é importante que, após tratamento, seja estimulado o crescimento de novas raízes para salvar a planta, já que uma orquídea sem raízes perecerá.

Caso você note que a maioria das raízes estão mortas, provavelmente isto é consequência de raízes doentes ou um substrato velho, entrando em estado de decomposição liberando substâncias tóxicas para as raízes ou sufocando-as. Em casos assim, a troca do substrato e remoção das raízes mortas se faz necessária. Desinfete a planta mergulhando o seu rizoma por 15 minutos em uma solução de meio litro de água com cinco colheres de sopa de água oxigenada de 10 volumes. Depois deste processo, deixe a planta em uma UTI, daquelas feitas em casa com garrafa PET. Ou então, deixe a planta secar e coloque a planta em um saco transparente com um pouco de musgo umedecido de forma que a água não fique acumulada fundo do saco. Assopre o saco enchendo-o de ar e feche-o, colocando-o em um local com pouca luz. Então é só aguardar até surgirem as novas raízes e replantar. O ar que sai dos pulmões tem uma concentração de gás carbônico maior que o ar ambiente, estimulando a planta a se desenvolver.

Redução

A água oxigenada vendida comercialmente é uma mistura de água e peróxido de hidrogênio, sendo que o peróxido de hidrogênio representa entre 3% e 9% desta mistura. Apesar de ser muitas vezes empregada dessa forma, “água oxigenada” não é sinonimo de “peróxido de hidrogênio”. Procurando em lojas especializadas, é possível encontrar peróxido de hidrogênio em uma concentração de até 50%. Para reduzir a concentração do produto e ajustá-lo às nossas necessidades é necessário adicionar água destilada a uma certa quantidade de produto.

Exemplo

Suponha que queremos 200 ml de água oxigenada a 3% com base no 50% que tem o produto original:

x = [(quantidade desejada) x (porcentagem procurada)] / (porcentagem original)

Neste exemplo, como precisamos de 200 ml de água oxigenada a 3%:

  • quantidade desejada = 200 ml
  • porcentagem procurada = 3%
  • porcentagem original = 50%

Assim, ficaria:

x = [(200) x (3)] / 50
x = 600/50
x = 12 ml

Assim, você irá colocar em um recipiente não metálico 12 ml de peróxido de hidrogênio a 50% e 188 ml de água destilada para completar 200 ml que precisamos. Estes 200 ml resultantes estarão a 3% de concentração.

É bom lembrar que o peróxido de hidrogênio é altamente corrosivo, especialmente neste nível de concentração (50%). Sendo assim, você deve evitar o contato do produto com a pele e, especialmente, seus olhos.

Referências

  • wikipedia.org
  • todorquidea.com
  • aprendendocomasorquideas.blogspot.com.br

Abraços!

Calda de tiririca – enraizador natural para orquídeas

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Este artigo retrata uma curiosidade que alguns orquidófilos utilizam para reprodução de orquídeas, principalmente por estaqueamento, ou seja, o que é feito com orquídeas terrestres. É importante salientar que deve-se ter muito cuidado ao utilizar este método pois, dependendo da concentração, o efeito é contrário e prejudicial. Entretanto, como meu objetivo é informar e discutir ideias, não poderia deixar de escrever sobre algo que está rolando há algum tempo na Internet e alguns orquidófilos utilizam com muito sucesso.

A planta

A Cyperus rotundus, também conhecida como tiririca ou junça, é uma planta pequena, de rápido desenvolvimento, pertencente à família Cyperaceae e ao gênero Cyperus. Produz pequenos tubérculos de alto poder regenerativo (um único tubérculo cortado pode dar origem a várias plantas) ricos em fitormônios. Essa alta quantidade de fitormônios faz com que a planta seja usada para a produção e enraizamento de outras plantas, principalmente por estaqueamento.

Infelizmente, é uma erva daninha de difícil controle e, consequentemente, um saco de controlar quando há uma infestação.

Bom, pelo menos agora você pode tirar proveito disso, dependendo do caso.

Curiosidades

Proveniente da Índia, é considerada uma das espécies vegetais de maior distribuição no mundo. Está presente em todos os países de clima tropical e subtropical e em muitos de clima temperado. No Hemisfério Norte ocorre a partir do sul dos Estados Unidos e da Europa, aumentando sua presença em direção aos trópicos.

Aqui no Brasil, como a maioria de vocês deve ter notado, ocorre praticamente em toda a extensão territorial.

A grande sacada da tiririca é sua enorme capacidade de multiplicação, podendo formar até 40 toneladas de matéria vegetal por hectare. Ou seja, uma praga. Para isso, extrai o equivalente a 815 kg de sulfato de amônio, 320 kg de cloreto de potássio e 200 kg de superfosfato por hectare, calculados para 30 toneladas de massa vegetal.

Ácido Indol Acético (AIA)

Este é o cara central em toda a questão de utilizar ou não utilizar a calda em qualquer orquídea. Uns dizem que não há problema, outros dizem que temos que ter cuidado com a concentração ao AIA, pois pode queimar raízes e até matar a planta.

O AIA age como um fitorregulador. Fitorreguladores são substâncias utilizadas para interferir no metabolismo (anabolismo e catabolismo) dos vegetais. Os mais conhecidos são hormônios, tanto nas formas naturais (como o AIA) quanto sintéticas. Eles são utilizados para induzir o crescimento de partes ou o todo da planta.

Uso

Quando aplicado diretamente no rizoma, é absorvido e desencadeia processos de formação de calos, que são precursores na formação de raízes. É importante salientar novamente que doses excessivas podem acarretar em inibição da formação de raízes. O ideal é utilizar apenas no (re)plantio de suas orquídeas, ou seja, uma vez só, para dar aquele empurrão que a planta precisa.

Plantas bem adubadas e com substratos arejados não terão problemas de falta de raízes, então não se justifica a aplicação de estimulantes radiculares.

Receita

Existem algumas receitas por aí que usam uma quantidade bem grande de titirica para fazer a calda (do tipo 1 quilo de batatas para 1 litro de água). Como sei que não é fácil conseguir tanto material assim e a alta concentração pode ser prejudicial a planta, vamos fazer uma receita mais básica:

  1. Colha toda tiririca que conseguir (ou junte apenas uma porção generosa, se você tem bastante disponível);
  2. Lave bem e retire toda a terra, deixando apenas a planta;
  3. Junte as folhas e batatinhas no liquidificador e cubra todo material com água;
  4. Bata bem.

Esta calda poderá ser guardada em recipiente escuro, não transparente, pois o ácido indol-acético perde a sua propriedade se for exposto a luz, por até 20 dias.

Como utilizar

Você poderá banhar suas plantas com a calda. Alguns deixam por alguns minutos de molho na calda, outros apenas pulverizam. Fica ao seu critério. É possível, após alguns dias, repetir o processo.

Referências

  • greenme.com.br
  • bonsai.andretoledo.com.br
  • eventosufrpe.com.br
  • aprendendocomasorquideas.blogspot.com.br
  • comofazermudas.com.br
  • arbbis.com
  • mvlocatelli.blogspot.com.br

Abraços!

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